Fazia tempo que a gente não publicava relatos de outros viajantes. E para compensar, hoje compartilho com vocês um post lindo sobre Torres del Paine, na Patagônia Chilena, que recebi da Fernanda Peixoto. Fernandinha, que eu vi nascer, por isso, a intimidade, é natalense, mas já morou em várias partes do país, literalmente de Norte a Sul. Formada em administração hoteleira pela Castelli ESH do RS, juntou-se com mais dois amigos do tempo da faculdade, e viajou de carro de Canela-RS até a Patagônia Chilena, passando pela Patagônia Argentina, num total de 12 mil km percorridos. Nest post, ela conta um pouco da viagem “Rumo ao Fin do Mundo” e dá mais detalhes sobre Torres del Paine. Os textos e, especialmente, as fotos são de dar vontade de pegar o carro e partir imediatamente. =)
Na nossa retrospectiva de 2013, o ano que fizemos a Volta ao Mundo, escrevi: “2013 foi o melhor ano das nossas vidas até agora, mas que venham outros melhores anos!”. 2015 foi um desses “outros melhores anos”. Na verdade, foi quase uma continuação daquele incrível 2013. Se eu tivesse que escolher uma palavra para definir o ano 2015, seria intenso.
Este foi o ano da vida nômade, da renovação de votos matrimoniais, do Dois na América, lançamento do nosso primeiro guia (Guia de Mochilão pela Tailândia), em que finalmente consegui concluir um projeto que comecei em 2013 (em breve divulgarei mais detalhes) e que conheci pessoas especiais. Resumindo em números, estivemos em 11 países, sendo dez novos. As cidades nem parei para contar.
Ao encerrar 2013, eu sabia exatamente o que não queria para minha vida. Saber para o que dizer “não” era o primeiro passo para a mudança que vivi nos últimos anos. Em 2015, encerro sabendo a que quero dizer “sim”. Foi, acima de tudo, um ano dedicado ao auto conhecimento.
Sem dúvida, também será um ano para lembrar em 2076, quando eu estiver aos 90 anos. Agora, começo os preparativos para os meus 30, que completo daqui a menos de 1 mês.
E para 2015 o que espero é continuar a viver com intensidade e, ao mesmo tempo, com serenidade. Mais ou menos como disse o Sri Sri Ravi Shankar (Arte de Viver): “O ser humano precisa ter mais paciência. Tirar um tempo para meditar e aproveitar a vida intensamente. Paciência na mente e dinamismo na ação é a fórmula correta”.
Muito obrigada por tudo, 2015!
2016, te espero cheia de planos para você. <3
Agora vamos às fotos e aos fatos de 2015:
1- Começamos 2015 com a vida nômade em Pipa, que tem algumas das praias mais bonitas do Brasil, e onde moramos por quase 3 meses. Como deu muita sorte começar 2015 em Pipa, também vamos encerrar o ano lá, onde iremos passar o Réveillon.
2- Ainda em janeiro, viajamos para Fernando de Noronha para comemorar meu aniversário e nossas bodas de 5 anos de casamento. Aproveitamos para renovar os votos com o mesmo vestido que casei.
3- Em março, começamos a primeira parte do Dois na América. O primeiro país foi a Bolívia. O Salar de Uyuni foi um dos lugares mais incríveis por onde já estivemos.
4- Nessa viagem também fomos ao deserto do Atacama, no Chile.
5- Encerramos a primeira parte do Dois na América no Peru. Um dos nossos desafios nessa viagem foi fazer a Trilha Salkantay, de cinco dias, de Cusco a Machu Picchu.
6- Começamos a segunda parte do Dois na América (fizemos em duas partes, pois voltamos ao Brasil para o casamento do meu irmão) na Colômbia, onde ficamos por um mês. Um dos lugares mais bonitos que conhecemos no país foi Playa Blanca.
7- Fomos da América do Sul à Central de barco, no passeio pelas ilhas caribenhas de San Blás, no Panamá.
8- Continuamos a viagem pela América Central por terra. Seguindo do Panamá para a Costa Rica.
9- Depois, Nicarágua, onde fizemos Volcano Boarding, que é mais ou menos como um esqui bunda, mas em um vulcão ativo, descendo 450 metros em menos de 2 minutos!!
10- O último país da América Central foi a Guatemala, onde vivemos dias tensos por causa dos protestos para derrubar o presidente. De dez dias no país, cinco foram de deslocamento, devido as horas paradas nas estradas fechadas pelos manifestantes, que conseguiram, no final, a prisão da vice presidente e do presidente.
Apesar dos transtornos que enfrentamos, a Guatemala é um país incrível.
11 e 12- Eu geralmente não tomo partido dos países que visitamos, mas não posso negar que o México foi o meu país preferido em 2015. Amei tudo no país, que visitamos em dois momentos: Chiapas, Oaxaca, Cidade do México e Cancún e depois de irmos e voltarmos a Cuba, passamos uns dias na Riviera Maya e em Isla Mujeres.
13- Como disse, entre uma parte e outra da viagem ao México, fomos a Cuba, onde passamos dez dias e visitamos várias cidades.
14- Depois de Cuba e México, fomos aos Estados Unidos, país que já havíamos conhecido em 2013, durante a Volta ao Mundo, quando viajamos pela costa Oeste. Desta vez, fomos a Fort Lauderdale, Washington DC e Nova York.
15- No final do Dois na América, passei um dia em São Paulo, onde aproveitei para visitar as exposições de Frida Kahlo e a de Câmara Cascudo, que infelizmente, foi destruída recentemente no incêndio do Museu da Língua Portuguesa. 🙁
Alguns desses países ainda não ganharam posts no blog. E terminar de escrever sobre o Dois na América é a primeira das metas para 2016. 🙂
A cidade litorânea de Iquique foi a opção que encontramos para ir de avião do Norte do Chile a La Paz, na Bolívia, após alguns dias em San Pedro de Atacama. A distância entre San Pedro e Iquique é de 554 km, mesmo assim ainda era mais viável do que voltar a Bolívia de ônibus, pois já tínhamos feito o tour do Salar de Uyuni. Planejamos ficar um dia em Iquique que, para nossa surpresa, é uma cidade muito charmosa, com vários lugares para visitar, além de ser a maior zona Franca da América do Sul.
Do centrinho de San Pedro de Atacama, no Chile, é possível ver uma gigantesca e surpreendente formação geológica em meio ao deserto plano. São os Valles de La Luna e de La Muerte. Lugares imperdíveis para quem visita o Deserto do Atacama.
Declarado como Santuário da Natureza, o Vale de La Luna é considerado o lugar mais inóspito da Terra, sem presença de vida animal e vegetal. O vale faz parte da Cordillera de la Sal e seu nome deve-se à formação semelhante à superfície lunar, causada por estratificações de sal.
San Pedro de Atacama é a base para quem quer conhecer o Deserto do Atacama, no Chile. A cidade fica no Norte do país, próximo à fronteira com a Bolívia. Um óasis no meio do deserto mais árido e mais alto do Mundo. A 2.400 m de altitude, San Pedro vive do turismo e é uma cidade preparada para isto. À primeira vista, parece uma cidade cenográfica, com chão de terra batida, casas brancas ou cor de barro com janelas e portas em amarelo, azul ou branco. Mas em San Pedro há várias opções de hospedagem, de hotéis luxuosos a hostels; bons restaurantes; muitas lojas e agências de turismo, que oferecem excursões para o deserto e lagunas altiplánicas.
A Bolívia foi o nosso 25° país. Já tínhamos visto muitos lugares incríveis por esse Mundo, mas o que vimos nos três dias de tour pelo Salar de Uyuni e região de Lipez parece coisa de outro planeta. O Salar de Uyuni é a atração número 1 do país. É a maior planície de sal do mundo, com 10.582 quilômetros quadrados, a 3.656 metros de altitude, isso em um país que sequer tem mar. Um imenso chão branco a perder de vista, que por vezes, reflete o azul e as nuvens do céu e proporciona uma sensação de estarmos mesmo em um paraíso. Ao visitar o Salar, é difícil de acreditar que os lugares que visitaremos nos dias seguintes irá nos impressionar. Mas a região de Lipez surpreende ao reunir Lagunas Altiplánicas, vulcões, montanhas, geysers, árvores de pedra, desertos e piscinas termais. Ao final dos três dias, você ainda pode escolher se retorna a Uyuni ou se cruza a fronteira com o Chile até San Pedro de Atacama.
Nunca em toda nossa vida de viajante esperamos tanto por uma viagem. Desde que fizemos a Volta ao Mundo, sonhamos com uma continuação pela América do Sul. Mas primeiro faltava dinheiro, depois tempo. Conseguimos comprar as passagens em setembro do ano passado. No começo iríamos passar 20 dias, que seria o tempo de férias que Fred teria no emprego anterior, depois com a #vidanômade iríamos só com a passagem de ida. Mas aí meu irmão caçula resolveu marcar a data do casamento para maio deste ano (assim faltando dois meses!) e agora vamos viajar por 37 dias. Nesta, que será a primeira parte do Dois na América, pois este ano queremos focar as nossas viagens no continente americano, iremos viajar por Bolívia, Chile (Atacama) e Peru.
Neste mochilão teremos um novo desafio: o de conciliar a viagem com os nossos trabalhos remotos. Teremos que dar conta de trabalhar 8 horas por dia e ainda viajar por esses três países. Para isso, pretendemos dividir as horas de trabalho entre o início da manhã e noite e deixar o restante do dia para conhecer as cidades e fazer passeios. Espero, inclusive, conseguir fazer alguns posts durante a viagem. Mas garanto muitas fotos em nossas redes sociais: siga @compviagens e curta fb.com/compartilheviagens.
Mendoza fez do improvável a sua principal qualidade. Aos pés das Cordilheiras dos Andes, a cidade foi construída em meio ao deserto, onde quase não se chove e que tem como única fonte de abastecimento de água, o gelo derretido das montanhas. Arborizada, teve praticamente todas as árvores da cidade plantadas pelo homem. A história da cidade se confunde com a história da vinicultura na região, que tem mais de 500 anos, e é a principal produtora de vinho da Argentina. A produção do vinho, de azeite, o refinamento de petróleo e o turismo são as principais atividades econômicas da região. A terra do Malbec, como é conhecida, orgulha-se também de ter o ponto mais alto do hemisfério Sul: o Aconcágua.
Uma região de muita beleza e cheia de atrativos, por isso mesmo, Mendoza é uma das mais procuradas pelo turismo na Argentina. Reuni neste post, em formato de mini guia, algumas dicas para quem pretende visitar Mendoza.