Coqueiros, areia branca, águas tranquilas, de cor azul turquesa e cristalina. O caribe tal qual imaginamos não existe na famosa Cartagena das Índias, mas é possível encontrá-lo bem próximo dali, nas Islas del Rosario e em Playa Blanca, que ficam a 1h de barco do seu centro histórico. Todos os dias saem passeios que incluem a visita às ilhas e à praia. Para quem quer mais dias de sombra e água fresca, também é possível hospedar-se em Playa Blanca. Seja para um bate-volta ou para ficar mais uns dias. Se for a Cartagena não deixe de conhecer esses dois paraísos do Caribe colombiano.

Os passeios de barco saem todos os dias às 8h30, da Muelle de la Bodegita, um píer que fica próximo à Torre del Reloj. O tour com transporte de barco ida e volta, guia, passeio panorâmico pelas 27 ilhas do Parque Nacional Islas del Rosario, parada em Playa Blanca, almoço típico (arroz de coco, patacones, salada, peixe frito e suco) custa entre 40.000 e 50.000 COP. Vale a pena pechinchar. No píer estão várias agências e dá para ir perguntando a cada uma o preço até fechar com a que oferece o melhor negócio. Além do preço do tour é preciso pagar uma taxa de impostos que custa 13.500 COP por pessoa.

Os barcos, na verdade, são lanchas rápidas que suportam de 20 até 53 passageiros. Logo na saída dá para ter uma vista panorâmica da Bocagrande, a parte nova de Cartagena, onde estão prédios modernos. E mais à frente da Bocachica, onde estão dois fortes.

As lanchas fazem uma parada na Playa Blanca para quem quiser ficar logo por lá e depois seguem para as Islas Rosário. A maioria das ilhas são particulares e têm casas construídas. Algumas são até bem feias e há alguns prédios abandonados, o que estraga um pouco a beleza do lugar. Os barcos fazem uma parada na ilha para realizar duas atividades que são pagas a parte: visita ao Oceanário ou snorkelling. Cada um deles custa 25.000 COP e é necessário optar entre um ou outro porque são feitos ao mesmo tempo. É possível conseguir um desconto no snorkelling se você levar sua própria máscara.

Para quem não quer fazer nenhuma dessas atividades, a opção é ficar em uma das mesas do Oceanário, onde é possível comprar cerveja, água, refrigerantes e algumas coisas para comer. Em frente, também há ambulantes vendendo lagosta e ceviche que custa 10.000 COP, uma porção pequena e 20.000 COP, da grande. Da pequena, eles fazem duas por 15.000 COP.

Nós fomos de lagosta e ceviche com cervjinha e também nadamos um pouco na prainha em frente ao oceanário. Um amigo que estava com a gente fez o snorkelling, mas não gostou. Disse que havia pouquíssimos peixes e corais.

Depois das ilhas, o barco volta para Playa Blanca. No retorno, o barco vai de encontro com as ondas. Dá para sentir algumas pancadas e também entra água. As recomendações são as seguintes: quem tem problema de coluna, está grávida ou fez alguma cirurgia há pouco tempo não deve ir na frente; além disso, proteja seus pertences para não serem molhados.

O barco chega em Playa Blanca por volta do meio dia e logo é servido o almoço, em pratos individuais e é muito bom. Vale a pena incluir o almoço no passeio, pois o desconto que dão para quem não quer é de apenas 5.000 COP e uma refeição na praia não sai por menos de 10.000 COP.

Depois do almoço, os passageiros têm tempo livre para aproveitar a praia até às 15h, quando os barcos começam a voltar. Dependendo de onde o barco pare, a praia pode estar muito cheia, pois há algumas áreas frequentadas também por locais, além do que um barco já é suficiente para deixar uma área bem cheia. Então, recomendo caminhar pela praia, que tem uma orla extensa, e encontrar seu cantinho de tranquilidade.

Nós resolvemos ficar duas noites em Playa Blanca, e, logo depois do almoço, saímos à procura de um lugar para nos hospedar. As acomodações são todas muito simples: bangalôs feitos em madeira e palha. Os banheiros são compartilhados do lado de fora e para tomar banho é de canequinha. A energia é só por gerador e, geralmente, é ligada só à noite. Então, antes de resolver hospedar-se na praia é preciso saber desses detalhes.

No entanto, alguns hostels são mais organizadinhos que outros. Como ficam todos na orla, dá para fazer uma pesquisa ao chegar na praia. São oferecidas três opções de hospedagem: quartos, que saem entre 40.000 a 90.000 COP para o casal; redes, que ficam entre 7.000 (se você tiver a sua) e 15.000 COP; e camping, que sai entre 20.000 e 25.000 COP.

Pegamos um quarto de frente (quase dentro) para o mar, com uma vista incrível, com cama, mosquiteiro e mesinha. Com desconto ficou por 40.000 COP para nós dois.

Ficamos em uma parte da praia muito tranquila, então, sempre havia poucas pessoas em volta. A água do mar é morna. A areia é branquinha e só na entrada do mar é preciso tomar cuidado com as conchinhas e pedras.

Relaxar, nadar, tomar sol, comer e beber algo. É praticamente tudo o que tem para fazer em Playa Blanca, com exceção de algumas outras atividades como andar de jet sky ou banana boat e fazer uma massagem. Então, é uma praia para descansar. Não há muitos bares com festas ou músicas altas. As comidas e bebidas são um pouco mais caras do que na cidade e quase nenhum estabelecimento aceita cartão.

No início da manhã e depois das 16h, a praia fica ainda mais tranquila, sem os turistas que chegam de barco diariamente e sem os locais. O pôr do sol acontece no mar e é um espetáculo a parte. À noite, fica praticamente tudo escuro, os hostels acendem velas e ligam a luz só por umas 2h ou 3h. Por isso, dá para ver o céu bem estrelado.

Tivemos dois dias maravilhosos e tranquilos em Playa Blanca, que certamente deixarão saudades.

Para quem fica em Playa Blanca por uns dias é preciso pagar uma nova taxa aos barcos na hora de voltar, que custa 15.000 COP e não precisa ser necessariamente o barco em que você veio, pode ser qualquer um. Os barcos sempre voltam a Cartagena entre 15h e 15h30.

Como Playa Blanca fica em uma península, também é possível ir de ônibus ou táxi. Os ônibus são locais e custam 2.000 COP, mas param no povoado e, depois, é preciso pegar um moto táxi que custa mais 4.000 COP. Algumas pessoas dizem, no entanto, que ir de ônibus não é muito seguro, pois os turistas ficam muito visados. A corrida de táxi sai entre 150.000 e 170.000 COP, ida e volta no mesmo dia.

Não esquecer: levar protetor solar, repelente, toalha e dinheiro em espécie.