A trilha Salkantay é uma das trilhas alternativas à trilha Inca clássica – que precisa ser reservada com vários meses de antecedência – e foi a nossa opção para chegar a Machu Picchu. Foram 5 dias muito intensos, um total de 72 km de caminhada, alcançando 4.600 m de altitude, com direito a neve, chuva, suor, muitos calos, momentos de emoção e dias para guardar para sempre na memória.

Neste post conto como foi nossa experiência e dou dicas para quem deseja fazer a Salkantay também.

No ponto mais alto da trilha Salkantay
No ponto mais alto da trilha Salkantay

A escolha da trilha e da agência

Quando procuramos informações sobre a trilha Inca clássica já era tarde demais. Não havia vagas pelos próximos cinco meses. Então, decidimos procurar uma das trilhas alternativas. Nos foram oferecidas a Inka Jungle e a Salkantay.

Depois de muita pesquisa, optamos pela Salkantay. A favor desta trilha tinha a paisagem, que todos diziam ser muito bonita, até mais do que a trilha Inca clássica, e o custo benefício, considerando que tinha melhor preço que a trilha clássica e ainda com dias a mais. O ponto contra é que todos diziam que o nível de dificuldade era maior e considerando que nunca tínhamos feito trekking por mais de um dia seguido, esse seria um desafio.

Diferente da trilha Inca clássica, a Salkantay não precisa ser reservada com tanta antecedência, pois não há limite de pessoas por dia. E é até possível fazer por conta própria, porém, isso só deve ser feito por trilheiros muito experientes.

Escolhemos a agência Amazin Adventures, da Marisol e do Saúl, que é muito recomendada por brasileiros. Em todo o atendimento e negociação, eles foram muito atenciosos. Mas o passeio acabou sendo feito junto com o grupo de outra agência e no fim tudo ocorreu muito bem.

Amazin Adventures: amazinadventureperu@yahoo.com / Tel: 51 084-237733

A preparação

Como disse, antes de fazermos a Salkantay não tínhamos experiência nenhuma em trekking com mais de um dia e muito menos na altitude. Então, encaramos os fatos e resolvemos nos preparar um mês antes, com dieta balanceada (Fred precisava perder peso), corrida e musculação, com ajuda de um personal trainer (obrigada, Felipe Veloso).

Para não ter muita dificuldade com a altitude, pois a trilha chega aos 4.600 m, deixamos para fazer a trilha quando já estávamos com 30 dias na região dos Andes, e bem adaptados às alturas. Mesmo assim caminhar na altitude não foi nada fácil.

Imprevisto

Na semana ao nosso primeiro dia na Trilha, tivemos uma intoxicação alimentar, que piorou muito um dia antes. Acionamos o seguro viagem e ficamos o dia todo no hospital e tivemos que assinar um termo de responsabilidade para ter alta antes do previsto. Também recebemos vários remédios, incluindo antibióticos, para tomar nos dias seguintes, em plena trilha. A minha situação era um pouco pior do que a de Fred, pois tive náuseas e febre. Saímos do hospital à meia noite e saímos para trilha com a “cara e a coragem” às 4h.

O que levamos

Cada pessoa tem direito a 5kg de bagagem a ser levado pelos carregadores durante a trilha. Como estávamos em dois, levamos uma mochila grande, com 10 kg e uma menor com 3kg, com objetos de valor e itens que iríamos usar durante a caminhada. Essa mochila pequena íamos alternando durante a trilha, Fred carregava um tempo e eu outro. Vocês não imaginam quanto cada kg parece pesar mais na altitude.

Levamos duas mochilas para os dois, uma com 10kg, incluindo os sacos de dormir, e outra com 3kg
Levamos duas mochilas para os dois, uma com 10kg, incluindo os sacos de dormir, e outra com 3kg

Na mochila grande levamos: blusa e calças térmicas para usar como segunda pele, suéter de lã, casaco fleece, camisetas dry fit, roupas íntimas, meias de lã, toalha, chinelos e kit de higiene pessoal, com pequenas quantidades. Na mochila menor: gorro, luvas, protetor solar, repelente, água mineral, chocolates, papel higiênico, lanterna e capa de chuva.

E já saímos com as botas de trekking, calças e casacos cortaventos, blusas segunda pele e cachecol. Todos esses itens são fundamentais. Em alguns dias da trilha faz muuito frio e é preciso estar bem agasalhado. Invista também em uma boa capa de chuva. Em Cusco é possível encontrar em várias lojas.

Leve também comprimidos para dor de cabeça, esparadrapo e band aids.

A água pode ser comprada nos acampamentos, mas, claro que o preço é bem mais alto do que em Cusco. Importante lembrar também de levar dinheiro extra para comprar água, lanches, pagar banhos e outras pequenas despesas que surgem no caminho.

O saco de dormir também não está incluso no pacote e tivemos que alugar com a agência.

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