Do lado peruano, a cidade de Puno é a principal base para conhecer o Titicaca, o lago navegável mais alto do mundo. A 143 km de Copacabana, na fronteira da Bolívia, Puno é normalmente incluída no roteiro de quem viaja pelos dois países. A cidade, em si, não é bonita e não tem muito a oferecer. O principal atrativo está no lago: as ilhas flutuantes de Uros, que remontam ao período pré-colombiano.
A cidade litorânea de Iquique foi a opção que encontramos para ir de avião do Norte do Chile a La Paz, na Bolívia, após alguns dias em San Pedro de Atacama. A distância entre San Pedro e Iquique é de 554 km, mesmo assim ainda era mais viável do que voltar a Bolívia de ônibus, pois já tínhamos feito o tour do Salar de Uyuni. Planejamos ficar um dia em Iquique que, para nossa surpresa, é uma cidade muito charmosa, com vários lugares para visitar, além de ser a maior zona Franca da América do Sul.
Do centrinho de San Pedro de Atacama, no Chile, é possível ver uma gigantesca e surpreendente formação geológica em meio ao deserto plano. São os Valles de La Luna e de La Muerte. Lugares imperdíveis para quem visita o Deserto do Atacama.
Declarado como Santuário da Natureza, o Vale de La Luna é considerado o lugar mais inóspito da Terra, sem presença de vida animal e vegetal. O vale faz parte da Cordillera de la Sal e seu nome deve-se à formação semelhante à superfície lunar, causada por estratificações de sal.
San Pedro de Atacama é a base para quem quer conhecer o Deserto do Atacama, no Chile. A cidade fica no Norte do país, próximo à fronteira com a Bolívia. Um óasis no meio do deserto mais árido e mais alto do Mundo. A 2.400 m de altitude, San Pedro vive do turismo e é uma cidade preparada para isto. À primeira vista, parece uma cidade cenográfica, com chão de terra batida, casas brancas ou cor de barro com janelas e portas em amarelo, azul ou branco. Mas em San Pedro há várias opções de hospedagem, de hotéis luxuosos a hostels; bons restaurantes; muitas lojas e agências de turismo, que oferecem excursões para o deserto e lagunas altiplánicas.
Fazer um mochilão pela Bolívia requer muitos deslocamentos e nem sempre pelos meios mais confortáveis. Por isso, é imprescindível viajar com a mochila leve e escolher os itens certos na hora de fazer as malas. Dependendo da estação do ano e dos destinos visitados, o clima pode variar muito, mas nos destinos mais turísticos do país, em geral, faz frio o ano todo, o que exige roupas apropriadas. Neste post, preparei uma lista com recomendações do que levar em uma viagem à Bolívia. Veja:
Os bolivianos dividem o país em Ocidente e Oriente. Quem é do Ocidente, é colla e quem é do Oriente, é camba. No Ocidente, a maior cidade é a capital administrativa, La Paz. Já no lado oriental, Santa Cruz de La Sierra, que também é a segunda maior cidade do país.
Santa Cruz é a porta de entrada na Bolívia para muitos brasileiros pelo fato de estar a menos horas de voo do Brasil, as passagens terem preços mais atrativos e também poderem ser emitidas com um número menor de milhas do que La Paz. Continue reading O que fazer em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia
A Bolívia não tem um mar para chamar de seu, mas tem o Lago Titicaca. Considerado o lago navegável mais alto do mundo, o Titicaca tem 8.300 km2 e está situado a 3.821 metros acima do nível do mar. O lago fica na fronteira da Bolívia com o Peru, país ao qual também pertence. Ao longo do lago, nos dois países, estão várias praias e mais de 40 ilhas. Do lado boliviano, as mais conhecidas são a praia de Copacabana e a Isla del Sol.
O Lago Titicaca é de grande importância para o povo dos dois países, pois foi de suas águas que nasceu a civilização Inca. Por isso, também ao seu redor e em suas ilhas estão diversos sítios arqueológicos. O Titicaca é abastecido pela água das chuvas e do degelo da neve que vem das montanhas do altiplano. Para os povos indígenas dos dois países, as montanhas também são consideradas sagradas.
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Copacabana
A praia brasileira de Copacabana pode até ser mais famosa, mas ganhou este nome em homenagem a praia boliviana. A Copacabana boliviana é a principal cidade às margens do Titicaca, de onde saem os barcos para a Isla del Sol. Além do lago, a cidade também é conhecida pela Igreja de Nossa Senhora de Copacabana, padroeira da Bolívia.
É possível chegar em Copacabana de ônibus vindo de La Paz, na Bolívia ou Puno, no Peru. Para quem sai da Bolívia, a viagem dura entre 3h ou 4h. Os ônibus saem da rua lateral do cemitério de La Paz e, algumas vezes, param para conseguir mais passageiros em El Alto. Por isso, pode se atrasar um pouco mais. Em um trecho do caminho é preciso descer do ônibus e pegar um barco. A travessia de barco não está inclusa na passagem do ônibus, mas custa um valor irrisório de 2 bolivianos. Para quem sai de Puno, a viagem também dura cerca de 3 horas e inclui a parada nas imigrações do Peru e Bolívia. Os ônibus saem da rodoviária da cidade.
Uma noite é suficiente para conhecer Copacabana. Apesar de muito pequena, a cidade oferece muitas opções de hospedagem. As melhores e mais caras ficam na orla (Av. Costanera) de frente para o Titicaca. As mais econômicas ficam próximas da igreja ou na rua em frente a âncora (Av. 6 de Agosto). Nessas duas ruas também estão a maior parte dos restaurantes. Não deixe de provar os pratos de “Trucha”.
A Basílica de Nossa Senhora de Copacabana é o principal ponto turístico da cidade. A igreja é enorme e muito bem conservada. A entrada é gratuita. Em frente à igreja fica a Plaza 2 de Febrero. Outro ponto visitado é o Cerro Calvario, de onde se tem uma vista para a cidade e o Lago Titicaca.
Na Orla são oferecidos passeios de pedalinho, caiaque e de barco. Copacabana é a base para quem quer conhecer a Isla del Sol.
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Isla del Sol
A Isla del Sol é, sem dúvida, a mais famosa das 41 ilhas do Lago Titicaca, pois teria sido nela que os Incas começaram o seu império. Por isso, também, é considerada sagrada.
Os barcos para a Isla del Sol saem de Copacabana duas vezes por dia. O ticket pode ser comprado no próprio cais e custa 20 ou 25 bolivianos, dependendo da negociação e do lado da ilha em que você pretende descer.
A ilha é dividida em lado Norte e Sul e em pequenos vilarejos. O lado Sul é o mais próximo de Copacabana e oferece mais opções de hospedagens. Mas para conhecer toda a ilha é interessante descer primeiro no lado Norte, conhecer os sítios arqueológicos desse lado e ir caminhando até o Sul. O trajeto de barco de Copacabana até o lado Norte dura 2 horas.
O barco deixa primeiro os passageiros do lado Sul, depois faz uma parada no centro da ilha até chegar ao Norte. Neste lado, normalmente, os turistas são recebidos por um local que oferece um tour guiado pelos sítios arqueológicos e depois indica o caminho da trilha para o lado Sul.
Importante: cada povoado da Ilha cobra uma “taxa de visita”. Muitas vezes os turistas não são informados dessas taxas até se deparar com o “pedágio”. Os locais informam que essas taxas são do governo. Mas na Isla del Sol não há nenhuma presença governamental, nenhum funcionário ou polícia. Então, espera-se que as taxas sejam revertidas em benefícios para as comunidades.
No lado Norte, “Comunidade Challapampa”, combram 10 bolivianos; no Centro, “Comunidade Challa”, 15 bolivianos; e no Sul, “Comunidade Yumani”, 5 bolivianos.
A parte chata é que uma comunidade não informa da taxa da outra. Então, você sempre pensa que aquela é a última taxa. Mas eles são bem organizados e entregam recibos bem elaborados, que teoricamente, você teria que apresentar a um “fiscal”. Mas isso não existe.
Na visita guiada no lado Norte, depois de pagar a taxa de entrada, são visitados o Museu de Ouro da Cidade Submersa, a Pedra Sagrada, o Templo del Inca, a Mesa de Sacrifício e o templo Chincana. Durante a caminhada, que leva cerca de 40 min, o guia local explica sobre a história da ilha, o significado dos templos, como funciona a agricultura na ilha, como as comunidades se organizam, entre outras coisas. É interessante para entender a importância da Isla del Sol para os Incas e o povo indígena.
O único problema é que no início do tour o guia não fala em quanto custa o passeio e ao final cobra “propina” (gorjeta) para os turistas, no valor de 20 bolivianos por pessoa. Mas cada um acaba pagando quanto pode e quer.
O guia também indica o caminho do Norte para o lado Sul, que começa próximo a “Roca Sagrada”. Eles dizem que o trajeto pode ser feito em 1h30 a 2h para quem tem um bom ritmo. Mas com paradas para descanso e fotos pode levar até 3h ou 4h. Para quem pretende voltar a Copacabana no mesmo dia é preciso apressar o passo, pois os barcos do lado Sul saem às 15h.
A trilha é de nível fácil, com algumas subidas e descidas. O maior problema, no entanto, é que a Isla del Sol fica a 4 mil metros de altitude, então, sente-se muito cansaço durante a caminhada. É importante levar água e lanche para fazer o trajeto, pois no caminho há apenas algumas barraquinhas, que nem sempre estão abertas. Leve também doces ou dinheiro trocado, pois eventualmente, surgem algumas crianças pedindo chocolates ou trocados.
A paisagem ao longo da trilha é belíssima. Como a trilha fica na parte mais alta e bem no meio da trilha, é possível ter uma visão panorâmica de todos os lados.
Ao chegar no lado Sul há várias opções de pousadas e hostels, baratas ou caras, algumas oferecem até internet. Como ficam muito próximas uma das outras, faça pesquisa ao chegar lá. Também recomendo pagar um pouco mais por um quarto com uma boa vista. Importante lembrar que a maioria das pousadas só recebe dinheiro em espécie.
Vale muito a pena passar uma noite na ilha para apreciar o pôr do sol, as estrelas, a lua, a tranquilidade e energia do lugar. No dia seguinte, você pode pegar o barco no cais do lado Sul, pela manhã ou tarde. A viagem demora 1h30 e, se sair pela manhã, você pode chegar a tempo de pegar o ônibus de volta para La Paz ou para o Peru.
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La Paz foi considerada a capital mais econômica para viajar da América Latina em 2014, em pesquisa realizada pelo site Tripadvisor. Mas, além da grande vantagem da economia, a capital administrativa da Bolívia é uma cidade cheia de atrativos. Há quem diga também que se você não for a La Paz não conheceu bem a Bolívia. A cidade é a mais populosa e multicultural do país, e por isso, é a mais representativa.