Do lado peruano, a cidade de Puno é a principal base para conhecer o Titicaca, o lago navegável mais alto do mundo. A  143 km de Copacabana, na fronteira da Bolívia, Puno é normalmente incluída no roteiro de quem viaja pelos dois países.  A cidade, em si, não é bonita e não tem muito a oferecer. O principal atrativo está no lago: as ilhas flutuantes de Uros, que remontam ao período pré-colombiano.

Ilhas flutuantes de Uros
Ilhas flutuantes de Uros

Como chegar

Para quem está no Peru é possível chegar a Puno de ônibus a partir de Arequipa ou Cusco. De Cusco também é possível ir de avião até a cidade vizinha de Juliaca e de lá pegar um táxi até Puno.

Quem sai da Bolívia normalmente faz o trajeto de ônibus entre Copacabana e Puno. Os ônibus de Copacabana saem da Av 6 de Agosto. A viagem dura cerca de 3h, incluindo as paradas nas imigrações boliviana e peruana. Um pequeno trecho entre as duas imigrações é feito caminhando.

Fronteira do Peru com a Bolívia
Fronteira do Peru com a Bolívia

Em Puno, o ônibus desembarca na rodoviária, que fica próximo ao píer. Por isso, muita gente opta por já fazer o passeio para Uros no mesmo dia, mas fica um pouco corrido.

Onde se hospedar

Como disse, algumas pessoas preferem fazer o passeio para a ilha de Uros no mesmo dia que chegam a Puno e após o passeio seguir de ônibus para outra cidade, como Arequipa ou Cusco. Essa é uma opção para quem tem pouquíssimo tempo de viagem, pois pode ser bem cansativo.

Hostal Sariri
Hostal Sariri

Nós optamos por chegar em Puno à tarde, pois tínhamos vindo da Isla del Sol pela manhã, dormir uma noite e fazer o passeio na manhã seguinte. Nos hospedamos no Hostal Sariri, muito confortável, atendentes muito simpáticos, um café da manhã bem apetitoso e ótimo preço. A única coisa é que fica um pouco distante da rodoviária e tivemos que pegar um táxi, mas no Peru é muito barato.

Passeio

Para visitar as ilhas flutuantes há opção de passeios de meio dia ou dia inteiro, que inclui outras ilhas além de Uros. Nós optamos pelo passeio de meio dia, que sai normalmente às 9h ou às 16h30. Muitas agências oferecem o passeio, então, não precisa reservar com antecedência, no dia anterior é suficiente. O passeio pode ser fechado no próprio hotel, o que inclui a van até o píer, ou a opção mais barata, que é ir até o próprio píer e negociar lá mesmo.

Ilha flutuante
Famílias vivem nas ilhas flutuantes desde a época pré-colombiana

Uma dica importante: não feche o passeio em Copacabana, pois sai muito mais caro.

O passeio é bem rápido. Dura cerca de 2h, no máximo 3h, e inclui guia, que explica um pouco da história dos Uros e como as ilhas são feitas antes de parar em uma das ilhas. Lá, a explicação mais detalhada é dada por um local.

Barco feito de totora
Barco feito de totora

Os Uros são um povo pré-colombiano que criou as ilhas flutuantes artificiais para viverem com maior segurança e evitar o domínio de outros povos, como os Incas. As ilhas são feitas com totoras, um tipo de junco, e exigem manutenção constante. Ao todo são quase 90 ilhas e quase 300 famílias.

Explicações do chefe da família sobre como as ilhas são feitas
Explicações do chefe da família sobre como as ilhas são feitas

As famílias, ao longo dos anos, viveram da pesca e da caça para sobreviver. E hoje têm o turismo como uma nova fonte de renda. As ilhas fazem um rodízio para receber os visitantes e nelas são vendidos artesanatos e oferecidos também passeio de barco feito de totora, que é pago a parte.

Hoje existe energia solar nas ilhas
Hoje em dia existe energia solar nas ilhas

Em algumas ilhas também é possível se hospedar. Também há restaurantes, lanchonetes, escolas tudo sobre as águas.

Os Uros falavam originalmente uma língua própria chamada puquina, mas hoje usam o aymara, outra língua indígena como oficial. A maioria, no entanto, também fala ou pelo menos entende espanhol.

O passeio para as ilhas flutuantes de Uros é bastante turístico, o que pode fazer algumas pessoas torcerem o nariz, mas não deixa de ser interessante por isso. Ver de perto as ilhas e conhecer a história desse povo nos faz entender melhor como a capacidade de adaptação é determinante para a sobrevivência e preservação de algumas culturas. Como disse Darwin: “Numa espécie não são os mais fortes e nem os mais inteligentes que sobrevivem e sim as que têm melhor capacidade de adaptação”.

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