Depois de revelar todo meu amor por Bali neste post é hora de compartilhar os lugares que visitei na ilha e que considero imperdíveis.
Templos
Uma visita a Bali deve incluir os templos. Aliás, Bali tem mais templos do que casas, pois em cada casa há 3 templos, um para cada representação de Deus: Brahma, Vishnu e Shiva . Mas há também os templos públicos e comunitários.
Os grandes templos Uluwatu, Monkey Forest, Tana Lot, Taman Ayun, Ulun Danu e Goa Lawah são mais turísticos e foram estrategicamente construídos nos lugares mais bonitos da ilha. Tudo para agradar o que eles consideram as várias representações de Deus.
O Uluwatu fica no extremos sul da ilha. O templo fica na beira de um penhasco, em uma praia de muitas ondas. Lá é possível apreciar um pôr do sol belíssimo. Há alguns macacos nesse templos, mas nada como na Monkey Forest.
A Floresta dos Macacos é um lugar sagrado para os balineses que fica em Ubud. Dentro da Floresta há um complexo de templos e, claro, lá moram muitos macacos, que são sagrados para os balineses. Mas não se enganem, eles não são nada santos e qualquer descuido é suficiente para eles levarem uma máquina fotográfica, óculos, brincos. Por isso, guarde tudo muito bem guardado e não se aproxime muito. Um amigo chegou a ser mordido porque quis dar comida no ombro ao macaco, foi ao médico e ele disse: você estava com má sorte.
O Tana Lot é um dos sete templos no mar de Bali. Construído bem em cima de uma rocha, esculpida pela ação da maré. Para visitar o Tana Lot participamos de um ritual de benção. Dentro da área do Tana Lot há um outro templo o Batu Balong. O pôr do sol visto do Tana Lot também é perfeito.
O templo Taman Ayun é dedicado aos antepassados dos príncipes que governaram até 1892 Mengwi, a região onde está localizado, próximo a Ubud. O templo fica em um jardim cercado por água em três lados e decorados com flores de lótus.
Um dos meus preferidos em Bali é o Ulun Danu. Um complexo de templos nas margens do Lago Bratan, a 1.200 metros do nível do mar, nas montanhas perto de Bedugul. A paisagem no entorno desse templo é belíssima. É um templo dedicado a Shiva, mas dentro há também uma imagem de Buda, uma vez que o hinduísmo balinês é mistura de hinduísmo com budismo.
Conhecido como caverna dos morcegos, o Goa Lawah, também é um complexo de templos. No principal deles foi construído em dentro da caverna repleta de morcegos. É de dar arrepios!
Como estávamos acompanhados de um guia balinês tivemos a sorte também de visitar um templo comunitário. Eram dias de festas para Brahma. Assistimos às celebrações. Em parte do templo, alguns hindus oravam e faziam oferendas, enquanto em outra, muitos assistiam e apostavam em uma briga de galo, jogavam baralho e entre outros jogos. Fomos convidados a almoçar com eles e provamos um prato local, comendo usando apenas as mãos, sem talheres, como é de costume no Sudeste Asiático. Foi uma experiência única!
Lagos Gêmeos
O norte da ilha de Bali tem paisagens especialmente bonitas, de muitas montanhas, lagos e cachoeiras. Recomendo uma parada no mirante para ver os lagos gêmeos e também a cachoeira Gigit. São cerca de 60 a 70 metros de altura. Tomei banho de cachoeira, mesmo com a água congelante, e foi uma delícia!
Nessa região também tem um templo budistas e um balneário de águas termais. Mas não fomos.
Water Palaces
Dois lugares de Bali que fiquei encantada foram o Water Palace of Tirta Gangga e Taman Ujung Water Palace.
O Palácio de Tirta Gangga, construído entre 1946 e 1948, era um antigo palácio das piscinas reais, cheio de fontes, jardins e esculturas. Lá tem duas piscinas de banho, que é aberta aos visitantes. Tirta Gangga, significa água do Ganges, rio sagrado para os hindus.
Taman Ujung é outro palácio de água construído pelo antecessor do rei que construiu Tirta Gangga. Taman Ujung foi construído em 1909 como um lugar de lazer e relaxamento real. As piscinas do Taman Ujung não são abertas ao banho.
Os dois palácios tiveram boa parte destruída pela erupção do Monte Agungin de 1963, o Taman Ujung também foi danificado por um terremoto em 1979. Os dois passaram por uma restauração.
Shows de Dança
Também são para os deuses e espíritos as danças balinesas. A mais famosa delas, Kecak, dançada em antigos rituais, chama atenção pelo número de homens que entoam uma música hipnotizante, enquanto uma história é representada. Assisti aos shows duas vezes, uma em um templo em Ubud e outra em Uluwatu.
Terraços de Arroz
Além das praias, a paisagem de Bali é formada por muitas montanhas, lagos, vulcões e também os campos de arroz. Muitas delas foram mostradas no filme Comer, Rezar e Amar, adaptação do best seller de mesmo nome, que tornou a ilha ainda mais famosa mundialmente.
Os campos de arroz de Bali estão espalhados pelo o interior da ilha. Alguns são maiores e mais bonitos do que outros. Os mais conhecidos são de Tegalalang e Ubud.
Ubud
Por falar em Ubud é uma região da ilha, que caso você não esteja hospedado lá (em Ubud, nós ficamos na Nick´s Homestay), merece sem dúvida uma visita. Bem no centro da ilha, em Ubud é onde você irá encontrar a Bali genuína, de templos, arrozais, oferenda nas ruas e casas. Mas com tudo que um turista precisa: restaurantes, lojinhas, supermercados, ATMs. Em Ubud estão a maioria dos estúdios de yoga. Vale fazer uma aula, inclusive, para iniciantes.
Além de aula de yoga, aproveitei também para fazer uma massagem indonésia, que é bem diferente da tailandesa e na minha opinião, mais relaxante.
É em Ubud que também vive Ketut Liyer, o conselheiro da Liz Gilbert, em Comer, Rezar e Amar. Ele tem um espaço para quem quiser se hospedar e também faz “consultas”. Eu não pedi para ele ler minha mão porque sinceramente achei caro, 25 dólares. Mas conversei com ele e ele foi muito simpático e me falou as mesmas coisas que dizia para Liz: “eu sou muito velho, tenho mais de 100 anos, veja não tenho mais dentes”.
Quando for procurar por Ketut, o mais importante é lembrar do sobrenome dele Liyer, pois em Bali só existem quatro primeiros nomes: Wayan, Kadek, Nyoman e Ketuk. Os nomes são dados por ordem de nascimento, primeiro, segundo, terceiro e quarto filhos. O quinto filho, volta a ser Wayan. E se for mulher, acrescenta-se o Ni antes de cada nome.