Bali entrou para o nosso Top 10 de melhores momentos da Volta ao Mundo. E também ganhou um lugar privilegiado no meu coração. Mas a ilha é assim, pode ir do paraíso ao inferno, de amada a odiada.

Nós não íamos a Bali, pois havia lido muito sobre a ilha e tinha concluído que não seria um lugar interessante para mim. Mas aí a Fernanda Fagundes, jumper que conhece 50 países, me chamou para ir e desvirtualizar nossa amizade lá. Ela encontrou passagens baratas para mim no mesmo período em que ela estaria na ilha. Eu pensei, por que não?

Mas o que me fez amar Bali?

Primeiro eu usei a experiência negativa das outras pessoas para fazer diferente. Nisso, a Fernanda Souza do Preciso Viajar ajudou muito. Nesse post ela explica porque não gostou de Bali e deu dicas para que as pessoas pudessem ter uma experiência melhor do que a dela.

E o que eu fiz?

– Menos expectativas, mais surpresa:

Cheguei em Bali sem expectativa nenhuma. E isso ajudou e muito. Com a expectativa baixa, valorizei mais cada lugar da ilha, que tem sim, muitas belezas.

– Boas companhias:

O que fez toda diferença em nossa viagem a Bali foi sem dúvida as boas companhias. Além da Fernanda Fagundes e Nancy, sua amiga argentina. Dividimos nossos dias na ilha com os queridos Luís e Nicky. Luís um espanhol conhecemos, uns meses antes, nas Filipinas e Nicky, um italiano, que é a personificação da alegria.

Com Luís e Nicky
Com Luís e Nicky

– Mais cultura, menos praia

Bali é um lugar com uma cultura totalmente original. A ilha é a única da Indonésia, país com maior número de muçulmanos do mundo, a ter maioria hindu. Mas o hinduísmo de Bali não é mesmo da Índia. A começar que eles acreditam que existe um único Deus, mas com muitas representações. Além disso, os hindus balineses não dispensam carne de vaca, o que para os hindus indianos é impensável. Em Bali, a poligamia também é permitida, apesar de não ser tão comum hoje em dia. Os balineses vivem sua fé em cada detalhe do seu cotidiano. Em todas as casas há três templos, dedicados a Brahma (deus criador), Vishnu (deus protetor) e Shiva (deus da destruição). Assim, em Bali há mais templos do que casas. E somam-se ainda aos templos particulares os muitos templos públicos que existem em toda a ilha.

Pelas ruas e casas são espalhadas muitas oferendas. As colocadas no chão são para os espíritos maus e as do alto para os bons espíritos. Aliás, Bali significa oferenda ou sacrifício oferecido aos deuses.

Também são para os deuses e espíritos as danças balinesas.

Diante de uma cultura tão rica, me dediquei em Bali, a conhecer os templos e sua cultura, ao invés, de focar nas praias, que são muito procuradas pelos surfistas, mas deixam a desejar aos banhistas.

– Contratamos um guia

O trânsito é caótico com congestionamentos impressionantes. Em um dia alugamos um carro e levamos 4 horas para cruzar menos da metade da ilha. Por isso, o melhor jeito de conhecer Bali é contratando um guia. Nós tivemos dois, mas um foi muito especial, Mario Bali. Falarei dele em outro post. Mas ter um guia, além de nos livrar do estresse  com o trânsito, nos fez ver Bali com os olhos dos locais e entender melhor as peculiaridades da ilha.

– Hospedagem na parte mais tranquila

Kuta é a praia favorita da ilha para quem procura badalação. Mas eu queria outra Bali, então, fiquei em Ubud, no centro da ilha. O lugar não é aquela paz dos filmes, mas é muito gostoso de se hospedar, com tudo o que é necessário por perto, restaurantes, lojinhas, supermercados, ATMs, templos, estúdios de yoga.

Nós ficamos na Nicky´s Homestay, uma pousada familiar no estilo bem tradicional de Bali.

– Yoga

Sou praticante de yoga e Bali é um paraíso para quem é admirador dessa filosofia milenar. Em Ubud ficam os principais estúdios de yoga da ilha, aproveitei e fiz uma aula. Mas da próxima vez que for a Bali vou me hospedar em um lugar que inclua aulas de yoga e refeição saudável. Esses lugares me inspiraram tanto que pensei até em ter um, quem sabe um dia!

– Povo simpático

O povo de Bali é alegre e muito gentil. Pois no hinduísmo, eles também acreditam em Karma, ou seja, todo bem que você faz, volta para você. Da mesma forma com o mal. Mas pelo que me falou o nosso guia Mário Bali nas partes mais turísticas da ilha o povo tem mudado: “Se você quer mesmo conhecer Bali e os balineses, tem que ficar no interior da ilha”.

Foi por tudo isso que amei Bali. Mas cada viagem é única. E antes de escolher um destino, pense bem no que está procurando. Pondere os prós e contras e seja feliz! O importante é viajar!


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