Assim como Rio e São Paulo, existe uma “rixa” entre Barcelona e Madri. Meu coração já era de Barcelona, pois já havia estado lá duas vezes, quando conhecemos a capital espanhola. Mas, depois de conhecê-la, prefiro não tomar partido. A verdade é que as duas cidades são bem diferentes e interessantíssimas.
Madri é uma cidade com uma bonita arquitetura e com uma vida cultural pulsante. É lá que ficam em cartaz os principais espetáculos teatrais do país, concertos e musicais. Também estão na capital os principais museus da Espanha, como o Museu do Prado e o Museu da Reina Sofia, que guardam obras de mitos da artes espanhola como Pablo Picasso, Salvador Dalí e Joan Miró.
Madri tem também bonitos prédios, parques e praças, com destaque para o Parque Del Retiro e a Plaza Mayor, que são alguns dos pontos turísticos mais visitados na cidade. Mas o melhor jeito de conhecer Madri e os madrilenhos é tapeando, ou melhor, degustando as deliciosas tapas (petiscos espanhóis), em algum de seus inúmeros bares e restaurantes. Para quem gosta, Madri também é famosa por sua noite animada. As baladas mais famosas ficam no Chuenca, distrito GLS da cidade.
Para sobrar dinheiro para as tapas, vinhos e baladas, preparei um roteiro de 2 dias em Madri só com atrações gratuitas (algumas são pagas, mas tem horários gratuitos). Para ficar melhor ainda, se você estiver hospedado em uma boa localização, dá para fazer tudo a pé e não gastar nem com transporte. Continue reading Roteiro de 2 dias em Madri só com atrações gratuitas
A Espanha é um dos meus países favoritos. As paisagens, a diversidade cultural, as pessoas, a comida, tudo me encanta naquele país. Estivemos lá a primeira vez em 2012. Mas apenas em Barcelona. Durante, a Volta ao Mundo, em 2013, voltamos a capital da Catalunha e aproveitamos para conhecer outras cidades espanholas: fomos a Costa Brava, Madri, Salamanca, Ávila, Segóvia. Pouco ainda. Mas a Espanha é assim: é preciso visitá-la muitas vezes para conhecer cada um dos “pequenos países” que estão dentro dela, que são chamados comunidades autônomas. Das próximas vezes, queremos ir a Andaluzia, país Basco, Galícia…
Para quem nunca viajou para a Espanha, divido algumas informações importantes sobre o país. E inicio esta semana a série “Espanha”.
A Grécia é mesmo feita de lugares surpreendentes. Mas um em especial não pode faltar no roteiro de quem visita o país: Santorini. O nome oficial da ilha é Thira, mas poderia ter permanecido como Kalliste, como era chamada anteriormente, e que em grego significa “a mais bela”.
Santorini não é simplesmente uma ilha é, na verdade, um vulcão ativo, onde ao redor da caldeira foi construída a cidade, com casas “cavernas” pintadas de branco e azul, as cores da bandeira grega. É o destino mais romântico da Grécia. O pôr do sol visto de Oia é imperdível e pode ser apreciado acompanhado por um vinho local.
As vinícolas fazem parte da paisagem da ilha, assim como as praias de areia negra. De longe o mar é de um azul intenso, mas de perto, a água é simplesmente cristalina.
Por sorte fomos após o verão, a ilha estava mais vazia e a brisa mais fresca.
Independente da estação, Santorini é um lugar que todo mundo deveria ir pelo menos uma vez na vida.
A 353 km de Atenas, na região da Tessália está Meteora, um Patrimônio Mundial da UNESCO. Meteora não é uma cidade, mas um complexo de monastérios ortodoxos construídos no topo de montanhas que vão de 305 a 549 metros de altura.
O lugar é simplesmente inacreditável. As montanhas de arenito têm um formato único e são como pilares. E no alto de seis delas estão os monastérios construídos a partir do século 12. Continue reading Grécia: Meteora e os templos suspensos
De Atenas, fomos de carro até Delfos, a 180 km, a cidade que na antiguidade era considerada o centro do universo.
Viajar pelas estradas gregas é uma emoção. Pois, as placas de sinalização, é claro, estão em alfabeto grego. As que indicam destinos mais turísticos também aparecem em nosso alfabeto. Mas nem sempre os nomes estão inglês, muitas vezes, a tradução é feita apenas de um alfabeto para o outro. Assim, Delfos, que inglês, é Delphi, aparece como Delfio e Atenas, que seria Athens, como Athina. No fim, dá para chegar.
Na base do Monte Parnaso, Delfos é uma cidade de duas ruas, mas de uma importância incalculável. Era em Delfos que as pessoas iam consultar o oráculo. Segundo a mitologia grega, na cidade havia uma fonte que emitia vapores que permitiam as sacerdotisas, chamadas pitonisas, fazerem profecias. Continue reading Delfos: a cidade onde era feita a consulta ao oráculo
Se a Grécia era o país que mais queria conhecer no Mundo. Atenas certamente era a cidade número 1 na minha lista. Atenas é o berço do mundo Ocidental e viajar pela cidade é como mergulhar nos livros de história. Até mesmo nas estações do metrô é possível ver os achados de escavações, vestígios do rico passado cultural grego.
A maior parte dos monumentos antigos se encontra nos bairros de Anafiotika, Makrygianni e Plaka. Este último é o mais charmoso e o mais turístico deles, com muito cafés, restaurantes, lojas e hotéis. A maior parte dos turistas se hospeda nessa região, onde é possível visitar as principais atrações a pé.
Com um patrimônio histórico e cultural tão rico é claro que, em Atenas, há uma infinidade de atrações. Mas as imperdíveis podem ser visitadas em dois dias.
Comprando um ticket por apenas 12 euros é possível visitar algumas das principais atrações da cidade: a Acrópole de Atenas, a Ágora de Atenas, a Biblioteca de Adriano, Kerameikos , o Templo de Zeus Olímpio e a Ágora Romana. O ticket pode ser comprado na bilheteria da Acrópole e as atrações podem ser vistas em dois dias. Crianças e idosos pagam meia entrada.
Nesta quarta-feira (9) completou 1 ano que partirmos para a nossa Volta ao Mundo. Mas como só colocamos os pés fora do Brasil no dia 10, pois nosso voo foi noturno, é essa a data que consideramos e queremos comemorar. Daqui a três dias fará 5 meses que voltamos. E além de trabalhar muito nesses últimos meses, tenho refletido sobre tudo o que aconteceu e até colocado alguma coisa no papel, mas isso só poderei contar mais para frente.
A Volta ao Mundo era de longe o nosso sonho mais audacioso e conseguimos realizar. E quando você realiza o seu maior sonho é preciso ser grato e retribuir aquilo que a vida te deu. Nunca foi nada combinado, mas geralmente quem faz a Volta ao Mundo toma para si uma “missão” de ajudar outras pessoas que sonhem em fazer o mesmo. Nós, por exemplo, recebemos muita ajuda e incentivo da Fernanda Souza do Preciso Viajar, do Guilherme Tetamanti do Viajando com Eles, do Gustavo Azeredo, que apesar de não ser blogueiro é um viajante profissional, e de várias outras pessoas.
Agora, temos dado nossa contribuição, não só para quem pretende fazer a Volta ao Mundo, mas para quem pretende viajar para os países que estivemos. E, claro, sempre acabo puxando sardinha para os lugares pelos quais me apaixonei, por exemplo, Myanmar.
Para marcar essa data, quero dividir aqui 7 reflexões que transformei em “conselhos” para quem sonha em fazer a Volta ao Mundo.
Vamos a eles:
1- Não é um sonho impossível
No primeiro momento eu também achei que era e foi a Fernanda Souza quem abriu meus olhos, me mostrando que a Volta ao Mundo era, sim, um sonho possível e viável financeiramente. Na época em que eu e Fred decidimos, já éramos casados há 3 anos, tínhamos nosso apartamento próprio, empresa e empregos. As pessoas acham que esse tipo de viagem é só para quem está insatisfeito com a vida ou para quem tem muito dinheiro e pode dar-se o luxo de viajar por muito tempo. Mas não é. É para quem sonha com isso e quer realizá-lo. E isso tem que ser verdadeiro e não apenas porque soube de algumas pessoas que fizeram e acha que seria legal fazer o mesmo. Antes de decidir, reflita se é isso mesmo que você quer, depois corra atrás e realize.
2- Economize antes, durante e depois
Todo mundo pensa que viajar pelo mundo implica em ter muito dinheiro. A verdade é que em 7 meses de viagem gastamos apenas o dobro do que gastamos em nossa festa de casamento de um dia e que foi realizada há 4 anos, sem muita pompa. O que você precisa mesmo ao decidir fazer a Volta ao Mundo é economizar, antes, para juntar a grana necessária, durante, para aproveitar ao máximo a viagem, do ponto de vista das experiências e, depois, para não ter que ficar sem viajar por muito tempo, pois depois que cria-se o hábito de estar sempre viajando, a abstinência pode ser muito difícil. Essa é uma das partes mais difíceis para muitas pessoas, mas é uma das coisas que mais nos ensina durante a viagem: viver melhor com menos.
3 – Escolha destinos mais econômicos e mais distantes
Esse conselho muita gente me deu, mas eu simplesmente não ouvi. Mas é preciso entender que a Volta ao Mundo não será a única viagem da sua vida, então, não precisa escolher de uma vez todos os países que você sempre sonhou em conhecer. Escolha os destinos mais econômicos para poder aproveitar mais e os mais distantes para não perder a oportunidade de viajar com tempo para conhecê-los bem.
Assim, nós poderíamos facilmente ter cortado do nosso roteiro Europa e Estados Unidos, pois além de mais caros, são mais próximos e sempre há promoções de passagens aéreas. Não me arrependo dessa escolha, mas se fosse planejar novamente a viagem, escolheria passar esses 3 meses ou na América do Sul e África ou ficar mais tempo na Ásia.
4 – Menos é mais
Esse ponto serve para muita coisa. Escolha menos lugares e passe mais tempo neles. A melhor parte da nossa viagem foi no Sudeste Asiático, pois tínhamos mais tempo em cada lugar e poderíamos aproveitar cada um deles melhor. A Europa, por exemplo, acabou sendo mais desgastante, pois estávamos sempre indo de um lugar para o outro e, às vezes, visitávamos duas cidades por dia.
Leve menos bagagem e viaje mais leve. Levamos 13 kg cada um, 10 kg na mochila maior e 3 kg em uma menor, com computadores e outros acessórios eletrônicos. Mas acredita que ainda assim muito do que levamos não usamos? Além disso, no caminho fomos perdendo várias coisas e que sequer nos dávamos conta. Ou seja, é possível viajar com bem menos bagagem e, assim, ser mais ágil nos dias de mudança, além de tornar tudo menos cansativo. Viajar com uma bagagem pequena de até 10 kg permite, por exemplo, voar nas companhias de low cost sem pagar bagagem extra, que muitas vezes, saem o preço da passagem.
Planeje menos e tenha mais surpresas. Todo mundo pergunta como fizemos para planejar sete meses de viagem. Mas a verdade é que nós só planejamos os destinos que queríamos ir e não o que iríamos fazer em cada um deles. Até a hospedagem, fazíamos a reserva ou no dia anterior ou procurávamos um lugar quando chegávamos ao destino. Sem roteiro definido, muitas coisas boas aconteceram. Port Barton, que é o nosso lugar no mundo, só conhecemos porque não tínhamos planos algum.
5- Experimente
Eu passei o primeiro mês de viagem comendo spaguetti porque tinha receio de provar a comida asiática (frescura, eu sei). E depois que comi meu primeiro pad thai é que vi o que eu estava perdendo. Então, não tenha medo, experimente sempre. É assim que você terá um verdadeiro contato com as culturas que está conhecendo. E isso não serve só para comida.
6 – Faça amigos
Eu costumo dizer que dos lugares tenho fotos para mostrar e das pessoas histórias para contar. Aproveite sua viagem e faça amigos, locais ou viajantes, esteja sempre aberto para conhecer novas pessoas, novos modos de ver e viver a vida. Pode acreditar, muitas dessas pessoas vão se tornar grandes amigos e você poderá manter contato pós viagem.
7- Esteja aberto as mudanças
Pode parecer óbvio dizer isso para quem pretende fazer a Volta ao Mundo, mas na prática, estar aberto a mudança não é fácil. É preciso tentar conhecer as pessoas, lugares e culturas sem fazer julgamento e aprender um pouco com cada um. Uma vez perguntei a uma australiana o que ela tinha achado de Myanmar e ela resumiu sua experiência, dizendo que a comida era ruim. Mas Myanmar tem um dos povos mais cordiais que já conheci, uma das culturas mais únicas e preservadas e alguns dos lugares mais bonitos do Sudeste Asiático, mas só consegue enxergar isso quem está aberto as mudanças e aprendizados. E acredite: a Volta ao Mundo irá te mudar para sempre desde o dia em que você tomar a decisão de partir.
Quando o avião vindo da Bélgica desembarcou na ilha de Zakynthos, a emoção foi inevitável. Enfim, eu estava na Grécia, país que sonhei por toda minha vida conhecer, o número 1 da minha bucket list.
Na tarde que chegamos a Zakynthos, o tempo estava fechado. Era o primeiro dia de chuva em 6 meses, isso porque fomos no outono, entre final de setembro e início de outubro. A previsão para os dois dias seguintes, período em que ficaríamos na ilha, era de mau tempo. Mas por sorte não se cumpriu.
Aproveitamos o sol, alugamos uma “motinha” 50cc e percorremos os quatro cantos da ilha.
Zakynthos é uma das ilhas Jónicas e fica do lado grego mais próximo à Itália. Talvez, por isso, a ilha não tem as tradicionais casinhas gregas brancas e azuis, mas casas que se assemelham às das vilas italianas.
As plantações de azeitonas e a criações de cabra dão a Zante, como a chamam os italianos, uma atmosfera bucólica.
Mas, é claro, são as praias que levam os turistas à ilha. E uma em especial: Navagio Beach, em italiano e Shipwreck, em inglês, ou a Praia do Naufrágio, em português.