Como organizar um mochilão pelo Sudeste Asiático

Sempre que nos perguntam qual foi a melhor parte da nossa Volta ao Mundo, respondemos os 3 meses no Sudeste Asiático.  As belezas naturais, o povo acolhedor, a gastronomia, o baixo custo e a facilidade de viajar são alguns dos bons motivos para viajar pela região (Leia também: 10 motivos para viajar para o Sudeste Asiático).  A maior parte dos países está muito bem preparada para receber os turistas, principalmente, os mochileiros. Mesmos nos países menos desenvolvidos dá para viajar por conta própria tranquilamente. Mas para fazer um mochilão pelo Sudeste Asiático é preciso planejamento e estar atento a peculiaridades da região, como o período de monções.

Koh Phi Phi, Tailândia
Koh Phi Phi, Tailândia

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Myanmar: Inle Lake e o balé dos pescadores

Myanmar é um país que não cansa de surpreender. E depois de ficarmos extasiados com Bagan, voltamos a pegar a estrada rumo a Nyaung-Shwe, uma das cidades ao redor do Inle Lake, no Leste de Myanmar. O lago de 100 km de extensão fica em meio as montanhas, a quase 900 m acima do nível do mar.

Ao longo do Lago Inle há centenas de vilarejos flutuantes, com casas construídas com bambu tecido, palha e madeira, erguidas sobre palafitas. Percorremos o Inle em um pequeno barco, com capacidade para quatro pessoas. O passeio saiu por 15 dólares, que poderia ter sido dividido entre 4 pessoas, mas fomos apenas nós dois. E levou quase todo o dia.

Pescadores dão fama ao Inle Lake
Pescadores dão fama ao Inle Lake

O que dá fama ao Inle Lake são os pescadores. No lago há 9 espécies de peixes que são encontradas apenas lá;  é relativamente raso, com profundidade média de 2 m, mas a água é coberta por juncos e plantas flutuantes. Para facilitar a visualização dos peixes, os pescadores têm estilo único, equilibrando uma perna na popa do barco e a outra ao redor do remo. Parece um balé. Continue reading Myanmar: Inle Lake e o balé dos pescadores


Myanmar: Yangon, a cidade dos pagodes dourados

Chegamos em Myanmar pela antiga capital, Yangon.  As primeiras impressões são as melhores possíveis. Yangon tem um aeroporto moderno e, agora, há sim ATMs por toda parte, mesmo com muito deles em manutenção. Na entrada da cidade, os outdoors anunciavam a chegada dos cartões de crédito e o retorno da Coca-Cola, que há seis décadas não era vendida no país.

Mas logo percebemos que Yangon é feita de contrastes. E que a transição entre o antigo e o moderno é um longo caminho que está apenas começando e a passos curtos.

A cidade de dezenas de pagodes dourados, belos parques, luxuosos hotéis e campos de golfe é também das ruas enlameadas, da falta de iluminação pública (em Myanmar há cortes de energia praticamente todo dia) e, claro, como em todo o país, há muita pobreza.

Shwe Dagon
Shwe Dagon

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Myanmar pela primeira vez: dicas e o que você precisa saber

Myanmar foi para mim um dos países mais especiais entre os 20 da Volta ao Mundo. O país não estava em nossos planos iniciais. Tínhamos notícias de que viajar pelo país era difícil, inseguro, que não havia caixas eletrônicos para saque com cartões estrangeiros (ATMs) e que boa parte da internet era bloqueada. Mas depois de conversar com um amigo que havia visitado o país alguns meses antes, decidimos arriscar.

Demos entrada no visto em Bangkok, capital da Tailândia, e para consegui-lo tive que omitir minha condição de jornalista. A antiga Birmânia vive há mais de 50 anos sob comando do regime militar. E jornalistas definitivamente não são bem vindos em ditaduras, assim como advogados e ativistas sociais.

Informei que era estudante de língua portuguesa e no dia seguinte recebemos o visto. Dois dias depois, pegamos o voo para Yangon, a antiga capital do país. E até receber o carimbo da imigração estava com o coração apertado, pois mesmo com o visto em mãos, poderia ter sido barrada.   Mas ainda bem que não fui e pudemos viver os oito dias mais intensos de nossa Volta ao Mundo até agora.

Mas o que me fez amar tanto o país?  Continue reading Myanmar pela primeira vez: dicas e o que você precisa saber


Companheiros de viagem ao redor do Mundo

Para mim, os lugares são feitos pelas pessoas e as pessoas fazem os lugares. É, por isso, que meus países favoritos são aqueles que têm um povo alegre, simpático e hospitaleiro. E, além dos locais, as pessoas que encontramos na “estrada” também fazem toda a diferença em uma viagem. E são elas que fazem a saudade aumentar.

Os nossos melhores momentos de viagem foram aqueles acompanhados de gente bacana. Em nosso caminho tivemos muita sorte de encontrar pessoas muito, muito especiais. Alguns, tiveram passagem rápida em nossa vida, outros, são amigos que ficarão.

Conheça agora nossos companheiros de viagem ao redor do Mundo:

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10 momentos mais marcantes da nossa Volta ao Mundo

Uma pergunta é inevitável para quem faz a Volta ao Mundo: – do que você mais gostou? Eleger um lugar ou um momento em uma viagem longa e marcante como essa é praticamente impossível. Mas nos lançamos um desafio e resolvemos escolher os 10 momentos mais marcantes de nossa Volta ao Mundo.

A escolha não foi fácil e, claro, muitos momentos importantes ficaram de fora. Mas dá para ter uma ideia do que foi a viagem e dos textos que publicarei no decorrer dos próximos meses.

Os fatos estão por ordem cronológica e não de importância, pois escolher entre os dez já seria demais para nosso coraçãozinho.

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Missão cumprida: demos a Volta no Mundo! Mas a viagem continua

10h25 de viagem de Los Angeles a Londres e cruzamos o último oceano que faltava para alcançarmos a nossa linha de chegada. O sonho que um dia parecia impossível, enfim, foi realizado. Demos a volta completa no Mundo!!!

Até aqui foram 161 dias, 4 continentes, 11 países, cerca de 40 cidades. Viajamos de avião, ônibus, trem, barco, jeepney, carro… Ainda não parei para contar em quantas superfícies dormimos. Sim, porque nem sempre é uma cama que temos para o nosso descanso. Aprendemos a dizer Oi e Obrigado (a) em pelo menos sete línguas e já temos uma pequena coleção de cédulas e moedas. Os imãs, que são os únicos souvenires que compramos, já pesam na mochila.

As estatísticas, na verdade, são o que menos importam agora. Pois, o mais valioso de tudo isso, o que iremos levar para o resto de nossas vidas, é imensurável. Não há como medir a transformação pessoal pela qual estamos passando, as amizades que fizemos, a sensação de estar em lugares que nem em nossos sonhos mais audaciosos imaginávamos um dia estar. Não há como medir uma tarde de conversa fiada com crianças de Myanmar ou uma brincadeira na praia com crianças nas Filipinas. Não há como medir um bate papo com um monge budista no Camboja.

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