Sempre que nos perguntam qual foi a melhor parte da nossa Volta ao Mundo, respondemos os 3 meses no Sudeste Asiático. As belezas naturais, o povo acolhedor, a gastronomia, o baixo custo e a facilidade de viajar são alguns dos bons motivos para viajar pela região (Leia também: 10 motivos para viajar para o Sudeste Asiático). A maior parte dos países está muito bem preparada para receber os turistas, principalmente, os mochileiros. Mesmos nos países menos desenvolvidos dá para viajar por conta própria tranquilamente. Mas para fazer um mochilão pelo Sudeste Asiático é preciso planejamento e estar atento a peculiaridades da região, como o período de monções.
Saiba como organizar o seu mochilão pelo Sudeste Asiático:
A escolha dos países
O Sudeste Asiático é uma das cinco regiões do continente asiático e é formado por onze países: Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Cingapura, Tailândia, Timor-Leste e Vietnã.
Cada um desses países tem muitas cidades e atrações interessantes. Então, a menos que você tenha pelo menos 6 meses de viagem, não adianta querer conhecer todos os países de uma vez. Priorize conhecer melhor cada país, ao invés de só passar por todos.
Nós tivemos 3 meses na região e viajamos por 7 países: Filipinas (18 dias), Malásia (8 dias), Tailândia (21 dias), Myanmar (8 dias), Camboja (10 dias), Indonésia (9 dias) e Cingapura (3 dias). E se fosse refazer nosso roteiro, passaria muito mais dias em cada um desses países.
Para 1 mês de viagem, por exemplo, recomendaria no máximo 2 ou 3 países.
Monções
Antes de definir o roteiro no Sudeste Asiático é importantíssimo pesquisar sobre o período de monções em cada país. Para quem não sabe, as monções são o período de chuvas na região. Mas não é qualquer chuvinha não. Se você lembra do filme Forrest Gump, quando ele está na Guerra do Vietnã e diz que “um dia começou a chover e não parou durante 4 meses”, ele se referia ao período de monções no país. Mas não é só isso, em muitos países do Sudeste Asiático, é no período de monções que acontecem os grandes desastres naturais como furacões e tsunamis.
Cada país tem seu período de monções e nos países maiores, inclusive, tem mais de um período de acordo com a região. Mas em geral, ocorrem entre abril e outubro. De novembro a março é o melhor período para visitar a região, sendo considerada a alta estação.
Nós viajamos de abril a junho, justamente o período de baixa estação e pesquisamos detalhadamente as monções em cada país.
Veja a época de monções em cada país (período que você deve evitar):
Brunei: dezembro a março (monção nordeste). De junho a outubro (monção sudeste).
Camboja: maio a outubro.
Filipinas: junho a novembro.
Indonésia: outubro a março.
Laos: maio a novembro.
Malásia: novembro a janeiro.
Myanmar: junho a novembro.
Cingapura: dezembro a março (Nordeste), junho a setembro (Sudeste).
Tailândia: maio a outubro (na costa Oeste, mar de Andaman); de novembro a abril (costa Leste). Gravidade: média a baixa.
Timor-Leste: dezembro a abril.
Vietnã: outubro a abril (Norte), maio a setembro (Sul).
Vistos
Para boa parte dos países do Sudeste Asiático, brasileiros necessitam de vistos. Mas a maioria deles pode ser tirados na própria região ou na chegada ao país.
Brunei: Necessita de visto antecipado. Como não tem embaixada no Brasil e o visto não pode ser tirado na chegada ao país, pode ser feito na Malásia, onde tem embaixada.
Camboja: Necessita de visto, que pode ser retirado pela internet ou na chegada ao país. Tempo de estadia: 30 dias.
Filipinas: Brasileiros não necessitam de visto, mas é preciso ter a passagem de saída do país já comprada. Tempo de estadia: 28 dias, podendo ser renovado.
Indonésia: Brasileiros precisam de visto, mas pode ser retirado na chegada ao país. Tempo de estadia: 30 dias.
Malásia: Não é necessário visto.Tempo de estadia: 3 meses.
Myanmar: Brasileiros necessitam de visto, que pode ser retirado pela internet ou em alguma embaixada do país na Ásia. Também pode ser retirado no aeroporto de Yangon. Também pode ser retirado na embaixada no Brasil, que fica em Brasília. Tempo de estadia: 28 dias.
http://evisa.moip.gov.mm/NewApplication.aspx
Cingapura: Não é necessário visto. Tempo de estadia: 30 dias.
Tailândia: Não é necessário visto. Tempo de estadia: 3 meses.
Timor-Leste: É necessário visto, que pode ser retirado na chegada ao país. Tempo de estadia: 30 dias.
Vietnã: É necessário visto, que deve ser retirado antes da entrada no país. Pode ser retirado pela internet ou em embaixadas na Ásia.
Vacina
Para viajar pelos países do Sudeste Asiático é necessário ter um certificado internacional de vacinação contra febre amarela. Saiba como adquirir o seu: https://compartilheviagens.com.br/adulto-a-e-vacinado-a-saiba-como-adquirir-seu-certificado-internacional-de-vacinacao/
Companhias Low Cost
O Sudeste Asiático é o paraíso das companhias aéreas low cost, que oferecem um bom serviço por preços inacreditáveis, principalmente, para quem compra com antecedência. Com R$ 1.100 nós compramos 9 trechos em 7 países pela Air Asia, que é a maior entre as companhias low cost da Ásia.
Veja as principais companhias low cost da região:
http://www.philippineairlines.com/
Bagagem
Viajar pelo Sudeste Asiático requer muitos deslocamentos. Por isso, preferencialmente, viaje apenas com 1 bagagem de mão, o que irá lhe render maior liberdade para viajar e também muita economia. As principais companhias de low cost do Sudeste Asiático permitem levar uma bagagem de mão normalmente de até 7 kg sem custo. Já as bagagens de porão saem por quase o preço da passagem.
Veja as regras de bagagem de mão de cada companhia (incluída no preço da passagem)
AirAsia: 56cm X 36cm X 23cm <= 7kg
JetStar 1: 56cm X 36cm X 23cm <= 7kg (Mala rígida)
JetStar 2: 114cm X 60cm X 11cm <= 7kg (Mochila)
Bangkokair:
ATR72 (tipo da aeronave) – 44 x 28 x 23 centímetros – 5 kg
Airbus 319 – 56 x 36 x 23 centímetros – 5 kg
Airbus 320 – 56 x 36 x 23 centímetros – 5 kg
TigerAir: 54 centímetros X 38 centímetros X 23 centímetros – 10 kg
Philippines Airlines: 10 kg
Uma bagagem de 7 kg pode parecer muito pouco, mas não para viajar pelo Sudeste Asiático, pois como normalmente faz muito calor, são necessárias apenas peças de roupas leves. Também é muito fácil encontrar lavanderias, que saem por um custo baixíssimo. Os itens principais da bagagem para o Sudeste Asiático são protetor solar e repelente!
Hospedagem
Um dos fatores que nos fez gostar muito do Sudeste Asiático foi que como a hospedagem era muito barata, e podíamos nos hospedar em lugares bem melhores do que o que ficamos na Europa, Austrália e EUA. No período em que ficamos na região, gastamos entre 6 a no máximo 25 dólares por hospedagem em quarto privativo. Há muitas opções de hotéis, pousadas e hostels em todos os países. Mas reserve sempre pelo menos a primeira noite em cada lugar para evitar furadas. Depois da primeira noite, se preferir, você pode fazer pesquisa no próprio lugar.
Veja opções de hospedagem em cada país:
MoedaCada país do Sudeste Asiático tem sua própria moeda. Então, a melhor opção é levar um cartão de saque internacional, como o Visa Travel Money, carregado em dólar. Em todos os países, nas principais cidades, há caixas eletrônicos para saque internacional (ATMs). Também é importante levar uma quantia em espécie de dólar americano para trocar pela moeda local em casas de câmbio.Comunicação
Também cada país do Sudeste Asiático tem um idioma próprio. Mas praticamente todo mundo fala inglês e as sinalizações de lugares turísticos também é bilíngue. Mas tente sempre aprender as palavrinhas mágicas na língua local, isso irá conquistar a simpatia dos nativos.Dicas gerais
– Ao viajar pelo Sudeste Asiático não deixe de provar a gastronomia de cada país, mas tome cuidado com a pimenta, pois é muito forte;- Uma das melhores experiências do Sudeste Asiático são as amizades que fazemos. Esteja sempre aberto para conhecer novas pessoas, sejam elas estrangeiros ou locais;- Barganhe tudo o que puder. Os asiáticos são excelentes comerciantes e o preço inicial nunca é o preço final;- Fique atento aos golpes. Viajar pelo Sudeste Asiático é muito seguro, sem riscos de assaltos, sequestros ou outros crimes. Mas os golpes a turistas são frequentes, então desconfie quando a esmola for grande.
Veja o que já escrevemos sobre o Sudeste Asiático:
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