Bate-volta saindo de Santiago: Visita a Valparaíso e Viña del Mar por conta própria


Uma visita clássica nos arredores de Santiago do Chile é a casadinha Valparaíso e Viña del Mar, cidades litorâneas que ficam a, respectivamente, 116km e 122km da capital. No nosso post, Dicas práticas e roteiro de 4 a 6 dias em Santiago do Chile, sugerimos fazer um bate-volta por conta própria. Agora, vou explicar como chegar nessas duas cidades e o que fazer em cada uma delas.

Como chegar

Em Santiago existem duas opções de estações para pegar o ônibus para Valparaíso e/ou Viña del Mar: a estação Alameda (estação de metrô Universidad de Santiago) e a Estação Pajaritos. Normalmente, o ônibus sai da Alameda e, depois, para na Pajaritos.

Optamos por ir primeiro para Valparaíso e de lá seguir para Viña del Mar. Se você for fazer o bate-volta é recomendável sair bem cedo de Santiago e voltar o mais tarde possível, pois há muito o que fazer nas duas cidades.

Chegando em uma dessas duas estações, você, provavelmente, será abordado por vendedores de tour, dizendo que estão fazendo promoção, que vale muito mais a pena o passeio. Mas continue em direção ao guichê das empresas e procure o próximo ônibus.

Porém, se quiser economizar mais, comprando com antecedência, a passagem sai bem mais barata. Também sai mais barato comprar logo ida e volta (mesmo que seja ida Valparaíso e volta Viña del Mar, basta fazer a compra separada). Caímos no erro de comprar separado e paguei quase o dobro do preço na volta e ainda tivemos que esperar muito para embarcar. Também nos finais de semana, a passagem custa mais caro.

A companhia que tem vários horários para o trajeto é a Turbus, que dispõe de venda pela internet. A passagem custa a partir de $ 2.000 CLP. Comprando direto na estação, pagamos $ 3.300 CLP. Na estação, vimos que a Pullman Bus também faz o trecho, mas pelo site aparece como não disponível. E nós voltamos com a Condor, mas também não está com a opção de compra disponível pela internet.

A viagem de Santiago a Valparaíso dura entre 1h30 a 1h55, dependendo da estação em que você irá sair de Santiago. A viagem de Viña del Mar a Santiago leva em torno de 2h.

Para ir de Valparaíso a Viña del Mar basta pegar o ônibus convencional. O número depende do local onde você estiver, mas pode ser o 105, 601, 602, 603, 612, 704. Também há a opção de ir de metrô. Nós pegamos o ônibus 612, da La Sebastiana, em Valparaíso até Viña del Mar e custou $ 470 CLP para cada.

Para se deslocar entre os pontos turísticos de Valparaíso, você pode optar entre o transporte público ônibus ou metrô e também Uber.

Em Viña del Mar fizemos tudo a pé, mas alguns trechos foram bem longos, então, também dá para fazer do mesmo jeito de transporte público ou Uber.

Para fazer as contas se vale mais ir de conta própria ou tour, basta saber que, em Santiago, o tour mais barato que encontramos para Valparaíso e Viña del Mar saia por $ 32.000 CLP. Claro que incluía o transporte de ida e volta para as cidades, o transporte entre as atrações lá e o guia. Então, vai da opção de cada um.

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O que fazer em Valparaíso

Valparaíso vista de La Sebastiana
Valparaíso vista de La Sebastiana

Valparaíso é uma cidade portuária, mas cheia de arte e cultura. É conhecida por suas casas coloridas e murais de grafites. Desde 2003, o seu centro histórico foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

A cidade litorânea é cercada por morros, são 42 ao todo. Alguns deles, juntamente com o centro histórico, estão entre os principais atrativos da cidade, especialmente por seus mirantes. Os ascensores (elevadores) que levam até os cerros também fazem parte das atrações de Valparaíso.

Casa colorida em Valparaíso
Casa colorida em Valparaíso

Valpo tem forte influência de imigrantes vindos, principalmente, da Inglaterra, Alemanha e Itália e isto fica bem visível na arquitetura de alguns prédios antigos e casas.

Grafite de Neruda próximo a La Sebastiana
Grafite de Neruda próximo a La Sebastiana

A cidade está entre as maiores do Chile, com uma população 278 mil habitantes (Censo de 2002). A primeira vista, Valparaíso passa uma ideia de cidade bem desgastada, com prédios antigos e mal cuidados, mas depois você vai encontrando charme na cidade, com seu colorido e grafites.

Infelizmente, no dia que fizemos o bate-volta choveu torrencialmente e como os atrativos de Valparaíso ficam mais espalhados dos que os de Viña del Mar, priorizamos Viña.

Em Valpo, tivemos a chance de visitar apenas a “La Sebastiana”, a casa do prêmio Nobel de Literatura, Pablo Neruda.

Por isso, para quem quiser saber mais sobre o que fazer na cidade, recomendo o post da Camila Lisboa do blog O Melhor Mês do Ano:

http://www.omelhormesdoano.com/o-que-fazer-em-valparaiso/

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La Sebastiana, a casa de Neruda em Valparaíso

La Sebastiana
La Sebastiana

“Sinto o cansaço de Santiago. Quero em Valparaíso uma casinha para viver e escrever tranquilo. Tenho que impor algumas condições. Não pode ser muito em cima nem muito abaixo, deve ser solitária, mas não em excesso. Vizinhos, oxalá, invisíveis. Não deve ver-se nem escutar-se. Original, mas que não seja incômoda. Nem muito grande, nem muito pequena. Longe, mas próxima da movimentação. Independente, mas com comércio próximo. Além do mais, tem que ser muito barata. Acredita que pode encontrar uma casa assim em Valparaíso?”

Este foi o pedido que Pablo Neruda fez as suas amigas Sara Vial e Marie Martner para procurarem uma casa para ele em Valparaíso, em 1959.

A casa encontrada por elas fica no cerro Florida e tinha começado a ser construída pelo arquiteto espanhol Sebastião Collado, que havia morrido em 1949, antes de terminá-la.

Neruda decidiu comprar a casa e em 3 anos terminou de construí-la e lhe deu o nome de “La Sebastiana”, em homenagem ao antigo dono da casa. A inauguração foi em 1961, com uma grande festa. O escritor também fez um poema dedicado a casa, que está no livro “Plenos Poderes”.

Olhando pela mesma janela que inspirava Neruda
Olhando pela mesma janela que inspirava Neruda

Achei esta casa de Neruda ainda mais interessante do que “La Chascona”, em Santiago. Com 5 andares, é decorada com muitos mapas, objetos náuticos, pinturas, objetos que Neruda trazia de suas viagens, inclusive, um cavalo em madeira de um carrossel, que ele trouxe de Paris. Eu amo carrosseis e fiquei apaixonada por essa peça e fiquei pensando que viajante básico era Neruda. “Vou levar uma lembrancinha de Paris… ah! Pode ser esse cavalo do carrossel”. haha

Escotilha em La Sebastiana
Escotilha em La Sebastiana

O que também encanta na La Sebastiana são as vistas das janelas, que ocupam grande parte de todos os cômodos. Delas, Neruda podia fazer o mar e as casas coloridas de Valparaíso. Aliás, o escritor era um apaixonado pelo mar e deixa isso claro, em vários itens da casa, inclusive, uma das janelas é uma escotilha (as janelinhas circulares dos navios).

Pablo Neruda tinha o hábito de receber frequentemente os amigos para almoços e jantares na casa, por isso, tem cômodos bem aconchegantes para receber as visitas. E um bar bem pitoresco!

Durante o período da ditadura militar, que teve início em 1973, a casa sofreu vandalismo e só foi restaurada em 1991. Em 1992, foi aberta para visitação.

A visita a La Sebastiana é feita com sistema de áudio guia, que explica a história de cada cômodo e objetos. A opção em português também está disponível. O ingresso custa $ 7.000 CLP por pessoa e inclui o áudio guia. Estudantes com carteira internacional pagam $ 2.500 CLP. A visita leva em torno de 1h.

É possível chegar até a La Sebastiana de transporte público, com o ônibus 612 (a passagem custa $ 470 CLP.

Não são permitidas fotos dentro da casa, apenas fotos das janelas.

La Sebastiana

Endereço: Ferrari 692, Valparaíso.

Horário:

De março a dezembro, terça a domingo, das 10h às 18h

Janeiro e fevereiro, de terça a domingo, das 10h às 19h

Fechado às segundas-feiras

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O que fazer em Viña del Mar

Na metade do século 20, Valparaíso sofreu um declínio e muitas famílias ricas se mudaram para Viña del Mar. Apesar de serem vizinhas, Viña é bem diferente de Valparaíso. A cidade não seguiu a vocação portuária de Valparaíso e é um popular destino de férias dos chilenos.

Relógio de Flores de Viña del Mar
Relógio de Flores de Viña del Mar

Conhecida como “Cidade Jardim”, Viña é bem mais organiza que Valparaíso (não posso falar muito, pois não conheci bem Valparaíso, mas a impressão que tive foi essa). Cheia de jardins, bonitos hotéis, tem também castelos (sim, isso mesmo!), cassino e ruas repletas de restaurantes, bares e cafés. As praias de Viña del Mar são o grande atrativo para os chilenos, mas acredito que não seja o principal interesse dos brasileiros na cidade. Mas vale um passeio pela orla. Ou talvez, se for no verão, aproveitar um pouco mais.

Como disse, no dia do bate-volta chovia muito em Valparaíso e em Viña del Mar, mas com os guarda-chuvas que compramos logo quando descemos no terminal de ônibus, deu para conhecer nossos principais pontos de interesse em Viña só caminhando.

No Castelo Wulff, debaixo de chuva
No Castelo Wulff, debaixo de chuva

Descemos do ônibus, vindo de Valparaíso, próximo ao Relógio de Flores (Reloj de Flores), que fica em frente a Playa Caleta Abarca, desta praia tem uma bonita vista para Valparaíso. Dela, fomos caminhando pela avenida La Marina até chegar no Castelo Wulff, construído em estilo francês-alemão entre 1905 e 1906. O castelo foi construído pelo empresário Gustavo Wulff para ser sua residência, mas atualmente, pertence ao município e funciona como “Unidad de Patrimonio de la Municipalidad de Viña del Mar”. No caminho passamos em frente a outro castelo, o Ross, construído em 1912 para ser residência do político e empresário Gustavo Ross Santa Maria e, hoje, funciona como Club Unión Árabe.

Viña del Mar
Viña del Mar, Castelo Brunet lá no alto

Continuamos caminhando pela La Marina, margeando o rio, até chegar ao Cassino de Viña del Mar. Do lado direito é possível ver no alto, o Castelo Brunet, construído em 1923, também para ser uma residência. Parece que era modinha viver em castelos no início do século 20 em Viña del Mar! hehe O prédio hoje pertence aos Carabineros de Chile e funciona como um centro de eventos e espaço para receber visitas ilustres.

Já o Cassino de Viña del Mar pertence ao município. Foi construído em 1930, sendo o primeiro centro de jogos do país. O prédio é bem bonito por fora e por dentro, tem também bonitos jardins, um pequeno teatro, espaço de diversão para crianças, bar. A entrada é gratuita e vale a visita, mesmo que você não vá fazer nenhuma aposta. Para nós, foi uma boa escapada da chuva também! =)

A avenida em frente ao cassino se chama San Martin e está repleta de bares, restaurantes, cafés, lanchonetes. O díficil é escolher um. Encerramos nosso dia com um almoço, lá pelas 16h, no Kaiser, que tem uma comida muito saborosa e um delicioso pisco sour! =)

Outono em Viña del Mar
Outono em Viña del Mar

Depois fizemos uma longa caminhada (mas deveríamos ter pego um ônibus) até o terminal de ônibus de Viña del Mar e regressamos para Santiago já à noite.

Bem, isso foi o que deu para conhecer em meio dia, chuvoso. Mas em Viña del Mar tem muito mais o que visitar, como o Museu de Arqueologia e História Francisco Fonk, que tem ao lado da sua fachada o único Moai original, fora da Ilha de Páscoa. Morri de arrependimento por não termos ido até lá. =( Mas, na hora que chegamos em Viña, o museu já estava fechado e eu pensava que o Moai ficava dentro! kkkk Só escrevendo o post para vocês que descobri que é do lado de fora! =/

Viña tem ainda outras praias, museus, parques. Enfim, se você tiver mais tempo de viagem e tiver a sorte pegar um melhor tempo que nós, recomendo passar pelo menos uma noite em Viña del Mar ou Valparaíso para aproveitar melhor essas duas cidades.

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* No Chile, nos mantivemos conectados com internet ilimitada do plano de dados da T-Mobile, com o chip enviado pela EasySim4u. Foi muito útil, principalmente, durante nossa viagem de carro, pois podíamos carregar bem os mapas, procurar restaurantes próximos e até fazer reservas de hospedagem de última hora. O legal da EasySim4u é que eles enviam o chip para o seu endereço no Brasil e você chega no país conectado. O plano de dados deles funciona em até 140 países e com o mesmo chip, nos mantivemos conectados ainda na Argentina e Paraguai.

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* O Chile não tem um sistema de saúde gratuito e o atendimento médico lá pode sair bem caro, portanto, é imprescindível fazer um seguro viagem para visitar o país.

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Dicas práticas e roteiro de 4 a 6 dias em Santiago do Chile

Santiago do Chile é a cidade preferida dos nossos leitores. E, finalmente, fomos descobrir o porquê. A capital chilena foi o nosso ponto de partida para o nosso roteiro de 20 dias no Chile e confirmamos tudo o que já tínhamos ouvíamos falar sobre ela. A cidade causa deslumbre desde a chegada, quando ainda do avião, vemos a belíssima Cordilheira dos Andes, que a cerca e aos poucos vai conquistando o visitante. Santiago tem pontos que entusiasmam qualquer turista: é uma cidade bonita, moderna, organizada, segura e cheia de atrativos. E, ainda tem no seu entorno famosos destinos turísticos chilenos, para os quais é possível fazer bate-voltas. Fizemos um roteiro de 6 dias em Santiago e arredores, que compartilho com agora vocês. Mas as sugestões também podem ser usadas para quem tem menos tempo na cidade, a partir de 4 dias.

Cordilheira dos Andes, na chegada em Santiago
Cordilheira dos Andes, na chegada em Santiago

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Roteiro de 20 dias no Chile: Santiago, Pucón, Lagos Andinos, Isla de Chiloé e Atacama

Dois anos após a nossa primeira viagem ao Chile, voltamos para fazer as pazes. Isso porque, em abril de 2015, quando viajamos pelo Norte do país, pegamos uma semana inteira de fortes chuvas, a ponto de o governo decretar estado de calamidade na região. Desta vez, queríamos aproveitar o máximo, mas levando em considerando o clima da época (maio), por isso, adiamos o sonho de conhecer a Patagônia e planejamos nossos 20 dias entre Santiago e arredores, Lagos Andinos, Isla de Chiloé e Atacama. Por sorte, a primeira impressão não ficou e saímos do Chile enamorados pelo país. Continue reading Roteiro de 20 dias no Chile: Santiago, Pucón, Lagos Andinos, Isla de Chiloé e Atacama


Um roteiro de 07 dias em Santiago do Chile e regiões vizinhas

ATUALIZAÇÃO: Publiquei um post novo (19/06/2017) com dicas práticas e roteiro de 4 a 6 dias em Santiago e arredores. Leia aqui:

Olá viajantes!

Buenos Aires tem sido a queridinha dos brasileiros na América do Sul. Mas Santiago do Chile também tem se destacado na lista dos destinos de férias preferidos dos turistas brasileiros. O Chile, aliás, tem uma grande vantagem de ser um país estreito, então em uma pequena distância você consegue ir à cidade, à praia, às montanhas e às estações de esqui. Por esse motivo, a dentista Mariana Melo, potiguar residente em Brasília (DF), escolheu o Chile como seu primeiro destino internacional com o marido. No post de hoje, ela detalha o roteiro de 7 dias que fez em janeiro de 2011 em Santiago e nos arredores. Em uma outra oportunidade, ela compartilhará com a gente sua experiência nos Lagos Chilenos.

Buen viaje!

Santiago (CHL) por Mariana Melo

Eu e meu marido decidimos que nossa primeira viagem internacional juntos seria para o Chile, pois já tínhamos ouvido falar muito bem da capital chilena, Santiago. Mas como queríamos passar uns doze dias viajando decidimos ir além e descer 700 km para o sul para conhecer também a região dos Lagos Chilenos. Além do Sul, vimos que no Chile também tem praia e pensamos “por que não conhecer uma praia do Pacífico também?” E estava formado nosso roteiro, que incluía Santiago, Valparaíso, Viña Del Mar, Pucón e Puerto Varas. Reservamos todos os hotéis pela internet e nos informamos também sobre nosso deslocamento pelo Chile. Com tudo organizado era só arrumar as malas e esperar.

Primeiro dia

Pegamos o voo em Natal, com escala no Rio de Janeiro e de lá para Santiago. No total foram 16h de viagem, bastante cansativo. Chegamos ao Hotel em Santiago às três da tarde e já fomos direto almoçar. Nos hospedamos no Cesar Business, um hotel novo, com quartos amplos, internet sem fio, preço justo e bem localizado.

Como o hotel ficava no centro da cidade resolvemos dar uma volta pelo centro histórico e almoçar no Mercado Central. O Mercado de Santiago é uma atração imperdível pra quem vai conhecer a capital. Lá é possível encontrar frutos do mar fresquíssimos, alguns que eu nem sabia que existia. Em Santiago não tem como fugir dos vinhos e frutos do mar, que aliás são uma atração à parte. Recomendo o ceviche e vinhos brancos para as tarde quentes.

No centro há vários prédios históricos que merecem visitação. Na Praça das Armas se encontram a Catedral e a prefeitura da cidade. Também merece visitação o Palácio da Moeda. No centro também fica o Passeio Ahumada, que é como se fosse o “camelô” de lá, nada muito diferente do Brasil.

Escultura na Plaza de Armas
Escultura na Plaza de Armas

À noite fomos curtir os barzinhos do Barrio Bellavista. É um bairro com vida noturna bem agitada, vários bares e mesinhas nas calçadas. Como fomos num dia de semana não tinha tanto movimento. Pra quem gosta de provar comidas e bebidas típicas dos locais visitados recomendo provar as emapanadas com pisco souer. O pisco é a bebida típica chilena, como se fosse a caipinha deles. Eu particularmente não gostei muito, mas tem muita gente que gosta.

Segundo dia

Mais descansados. Foi o dia de bater perna. Pela manhã fomos ao mesmo bairro que tínhamos ido na noite anterior. É que nele fica localizado o Cerro San Cristóbal, que é um morro, como se fosse o Corcovado do Rio. No Cerro há um plano inclinado pra chegar lá em cima. No alto existe uma imagem da Imaculada Conceição e uma capela. A vista lá de cima é linda, dá pra ver Santiago toda. Só não é melhor porque a cidade é muito poluída e você tem aquela impressão de que tá o tempo inteiro nublado. No mesmo bairro, bem pertinho do Cerro fica uma das casas que foi de Pablo Neruda, e hoje abriga um interessante Museu sobre o escritor. Vale a pena a visita. O almoço pode ser feito em um dos vários restaurantes do bairro.

Imagem da Imaculada Conceição em Cérro San Cristóbal
Imagem da Imaculada Conceição em Cérro San Cristóbal

Santiago vista do alto do Cérro Sán Cristóbal
Santiago vista do alto do Cérro Sán Cristóbal

À noite fomos jantar em um restaurante interessantíssimo chamado Giratorio, que fica no bairro Las Condes. Ele fica localizado, se não me engano, no último andar de um prédio de 17 andares e o restaurante simplesmente fica girando. As paredes são de vidro e você vê a cidade quase toda lá do alto. O giro não é rápido a ponto de ficar tonto, mas durante um jantar da pra dar um giro de 360 graus. E o preço não é tão caro para os padrões chilenos. Recomendo.

Terceiro dia
Foi o dia que fomos mais longe. Até então tínhamos andado praticamente tudo a pé, mas nesse dia pegamos o metrô e só fomos descer na estação final. Fomos a uma vilazinha de artesanato chamada Pueblito de los Dominicos. É um centro de artesanato que imita um povoado chileno, com as fachadas das casinhas coloridas, tudo muito lindo. Pra quem gosta de comprar artesanato, ou apenas olhar coisas bonitas, é um prato cheio, tem de tudo, couro, joias, comidinhas, etc.

Saindo de Pueblito pegamos o metrô novamente e descemos no bairro de Providencia para visitar o Parque de las Esculturas. É um museu a céu aberto e de entrada franca. No parque estão espalhadas esculturas de vários artistas chilenos. Pra completar o bairro é repleto de opções para um bom almoço.

Feira de artesanato Pueblito de los Dominicos
Feira de artesanato Pueblito de los Dominicos

Praça das esculturas
Praça das esculturas

Quarto dia

Dia de se despedir temporariamente de Santiago e pegar o ônibus em direção ao litoral. Uma hora e meia de estrada depois chegamos a Viña Del Mar. Esta cidade praiana é o balneário dos chilenos. Tem vida diurna e noturna agitadas. Vale a pena passar por lá pra conhecer o Cassino Viña Del Mar, que foi inaugurado em 1929 e funciona até hoje dentro do Hotel Viña Del Mar. Eu não tive sorte e não ganhei nada no cassino, mas quem quiser tentar… Ou até quem não quiser jogar tem que visitar o Cassino.

A praia da cidade não é feia, mas a água e o vento frios espantam qualquer vontade de ficar por lá de biquíni. Isso para os brasileiros porque os chilenos adoram e tomam banho como se água estivesse morninha. Passamos a tarde inteira só passeando pela cidade. Destaco para conhecer o Castelo que fica na beira mar e o relógio de flores que fica no centro da cidade.

Oceano Pacífico ao fundo (Viña del Mar)
Oceano Pacífico ao fundo (Viña del Mar)

 Relógio de flores no centro de Viña del Mar
Relógio de flores no centro de Viña del Mar

Castelo em Viña del Mar
Castelo em Viña del Mar

A noite de Viña é agitadíssima, muito carro e muita gente circulando pelas ruas. Tem ótimos restaurantes. Uma boa pedida é jantar e depois ir ao Cassino.

Quinto dia

Como já tínhamos conhecido a praia de Viña Del Mar fomos passar o dia em uma cidade vizinha chamada Valparaíso. Ela fica bem perto de Viña e tem ônibus toda hora indo pra lá. Valparaíso é tombada como patrimônio histórico da humanidade, tem aquelas ruazinhas estreitas, casinhas coloridas e muita ladeira, quem quiser andar por lá tem que ter preparo físico. A cidade só não está tão bem conservada por causa dos diversos terremotos que a região enfrenta. Uma pedida interessante é fazer um passeio de barquinho (há vários no porto da cidade) para ir ver de perto os leões marinhos que ficam se exibindo no mar e depois subir um dos planos inclinados para apreciar a vista lá de cima. Como é uma região portuária a melhor opção para o almoço mais uma vez são os frutos do mar. E confesso que nesse dia fiz a melhor refeição no Chile, e num restaurante que ninguém dava nada por ele. Não lembro o nome, mas fica na região portuária mesmo, e eu comi uma massa com frutos do mar que lembro até hoje do gosto.

Casas tombadas como patrimônio histórico em Valparaíso
Casas tombadas como patrimônio histórico em Valparaíso

 Mar de Valparaíso ao fundo
Mar de Valparaíso ao fundo

Sexto dia
Ainda estávamos hospedados em Viña e no próprio Hotel em que estávamos contratamos um pacote pra conhecer uma vinícola.

O Chile tem regiões muito famosas por produzirem bons vinhos e hoje em dia já existe roteiro de viagem só para conhecer vinícolas, tem até algumas que possuem hotel e pousadas dentro delas. A vã dom passeio foi nos pegar no hotel que estávamos e depois de mais ou menos uma hora de estrada chegamos a uma região linda, cheia de plantações de uvas. Entramos na vinícola para fazer um tour e aprender sobre as fases de produção do vinho. Muito interessante pra quem gosta de vinho e até pra quem não gosta. No final veio a melhor parte: a da degustação. Recebíamos quatro tipos de vinho, todos dessa vinícola, pra apreciar. Depois dessa vinícola ainda fomos conhecer outra. Agora uma dica pra quem curte vinho como eu. No Chile os melhores vinhos são os da uva Carmenere e os brancos.

Vista dos vinhedos
Vista dos vinhedos

Uvas para produção de vinho
Uvas para produção de vinho

Sétimo dia
Voltamos para Santiago pra passar o último dia na cidade. Aproveitamos para ir assistir a troca da guarda que acontece em dias alternados sempre às 10h da manhã em frente ao Palácio da Moeda. Achei bem interessante, as crianças adoram, lembra os desfiles de 07 de setembro, guardadas as proporções.

Palácio de la Moneda
Palácio de la Moneda

Desfile da troca da guarda
Desfile da troca da guarda

Depois da troca da guarda fomos visitar mais um Cerro, desta vez o Cerro Santa Lúcia, que é uma construção como se fosse um castelo que fica no alto de um morro. Detalhe: só vá a esse passeio se estiver com preparo físico. Quando eu fui o plano inclinado que leva para o alto estava quebrado e subimos de escada. Foi bem cansativo, mas mais uma vez a vista compensou.

Cérro Santa Lúcia
Cérro Santa Lúcia

Depois do Cerro pegamos um táxi e fomos conhecer um shopping da cidade. Fomos ao bairro moderno e chique de Santiago, que se chama Las Condes e o shopping se chama Alto Las Condes. Pra quem gosta de comprinhas baratas como eu aí vai uma dica: nesse shopping tem uma loja da Ellus com calças baratíssimas, além de ter várias lojas de departamento, uma delas, a Falabella vende até Topshop. E pra quem gosta de compras caras pode ir à Avenida Alonso de Córdova, a Oscar Freire de lá, que fica no bairro vizinho, Vitacura.
À noite fomos pegar o ônibus para ir ao Sul do Chile, mas isso fica para os próximos capítulos.

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