Em nosso roteiro de 10 dias de carro pela Croácia, tivemos que escolher bem os lugares que íamos visitar. Afinal, num país tão lindo é difícil eleger as prioridades. E como viajamos no verão, não podiam faltar praias. Algumas das mais bonitas encontramos na ilha de Hvar, na costa da Dalmácia, que é um destinos mais procurados no verão europeu. Além das praias de águas cristalinas, Hvar também têm vilarejos com centro históricos muito bem preservados, inclusive, fica lá a primeira cidade da Croácia, Stari Grad, que é uma das mais antigas da Europa. Para completar, Hvar é um destino famoso pelas baladas. Nós ficamos 3 dias em Hvar, tempo que considero mínimo para aproveitar um pouco de cada coisa que esta ilha apaixonante tem a oferecer. Compartilho neste post dicas de como chegar, onde ficar e o que fazer. E vou logo avisando que o difícil é querer ir embora de Hvar.
A cidade medieval de Dubrovnik, na região da Dalmácia, sul da Croácia, está entre as mais bonitas do país e, na minha humilde opinião, do mundo (entre as que já estive, claro!). Conhecida como “Pérola do Mar Adriático”, Dubrovnik tem um centro histórico Patrimônio Mundial da Unesco, protegido por muralhas e fortificações bem conservadas, repleto de igrejas, museus e galerias. E em volta da cidade estão belas praias de águas cristalinas. Como se não bastasse, a cidade foi uma das principais locações da série no Game of Thrones, que fez explodir o número de turistas. Por isso, o custo em Dubrovnik é um dos mais caros do país. Para conhecer o mais importante que a cidade tem a oferecer, com o mínimo de tempo e de forma mais econômica, nós fizemos um roteiro de 2 dias em Dubrovnik, utilizando o Dubrovnik Card, que compartilho agora com vocês:
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Como chegar
Dubrovnik fica no sul da Croácia, na parte do país que fica depois da Bósnia. A distância da capital, Zagreb, é de quase 600 km e é preciso cruzar a fronteira com a Bósnia, o que demanda custos extras com o seguro do carro, por isso, muita gente prefere chegar de avião. Do aeroporto de Dubrovnik (http://airport-dubrovnik.hr/index.php/hr/) até o centro histórico são cerca de 30 minutos.
Como nós fizemos uma viagem de carro de 10 dias pela Croácia, chegamos em Dubrovnik de carro, por Hvar (186 km de distância). E, na volta para Zagreb, passamos uma dia em Split (229 km). Na ida e na volta, precisamos cruzar a fronteira com a Bósnia (observe o mapa da Croácia, o país é dividido em dois, devido a um pequeno trecho de acesso ao mar que pertence a Bósnia).
Para cruzar a fronteira, se você estiver de carro, é preciso ter um “Green Card”, um seguro especial só para ter direito a cobertura na Bósnia que é obrigatório para quem aluga carro na Croácia. Esse seguro é feito na hora, na própria locadora e sai em torno de 40 euros com as taxas (julho de 2016), com validade para 14 dias. Também lembre-se de ter o passaporte em mãos na hora de cruzar a fronteira.
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Onde ficar
As principais atrações de Dubrovnik ficam no centro histórico (Old Town), mas as hospedagens dentro das muralhas e no entorno também são mais caras. E tudo em Dubrovnik já é bem mais caro do que nos demais destinos croatas. Se você estiver viajando de carro, também precisa ficar atento se a hospedagem dispõe de estacionamento.
Nós nos hospedamos em uma área mais moderna da cidade, em Lapad. Ficamos em um Bed and Breakfast muito bom, o Cosmopolitan House Dubrovnik. O nosso quarto era muito confortável, espaçoso e com uma varanda com uma vista incrível para o mar. O dono da casa é muito simpático e prestativo. Muito próximo à casa, na rua que leva até a praia, tem muitos restaurantes e bares. É muito bonito!
A praia fica a 3 minutos de caminhada e é também muito bonita, com aquele mar azul translúcido da Croácia. Para chegar até o centro histórico, pegávamos um ônibus bem próximo e em 15 minutos estávamos lá.
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Dubrovnik Card
A forma mais econômica de visitar as principais atrações da cidade é com o Dubrovnik Card. O cartão pode ser facilmente adquirido em vários pontos da cidade, como hoteis e centros de informações turísticas (Veja aqui os pontos de venda: http://www.dubrovnikcard.com/how-it-works/#where-to-buy-). E comprando online, você tem 10% de desconto.
O cartão de 1 dia a entrada em 6 museus, 2 galerias e nas muralhas da cidade antiga. Além de 24h de transporte público. Custa 170 Kunas (Vale muito a pena, pois só a entrada da Muralha, se for paga a parte, custa 150 kunas) ou 153 KN, comprando online.
O cartão de 3 dias dá direito a entrada nos mesmos locais e mais o Museu em Cavtat, e ônibus até Cavtat. Além de 30% de desconto no Konavle Heritage Museum, Račić Family Mausoleum, Lokrum Reserve e Dubrovnik Summer Festival. Custa 250 Kunas ou 225 KN, comprando online.
O cartão de 7 dias oferece o mesmo que o de 3 dias mais 30% de desconto no Konavle Heritage Museum, Račić Family Mausoleum e no Mljet National Park; e 50% de desconto na Lokrum Reserve e Dubrovnik Summer Festival. Sai por 350 Kunas ou 315 KN, comprando online.
Uma dica importante, a contagem de 1 dia é feita a partir da primeira validação no ônibus ou entrada em uma das atrações e vale por 24 horas. Por isso, para o roteiro de 2 dias compramos apenas o cartão de 1 dia. Assim, começamos as visitas no centro histórico em uma tarde e finalizamos na manhã seguinte.
Como disse, conhecemos o centro histórico de Dubrovnik em 2 dias com o cartão de 1 dia. Para não validarmos logo o cartão, pagamos o primeiro ônibus a parte, chegamos no centro histórico e fizemos primeiro um passeio por dentro das muralhas e locais que não precisavam pagar.
Depois começamos a visitas das atrações incluídas no cartão pela Muralha da Cidade Antiga.
A muralha tem mais de 25 metros de altura e quase 2km de extensão. Foi construída entre os séculos 8 e 16.
É um ótimo ponto de partida para conhecer a cidade, pois é possível vê-la do alto e identificando alguns lugares que você visitará em seguida. A vista lá de cima é realmente incrível e também é possível ver as praias e a ilha de Lokrum.
Um ponto importante das muralhas é a Minčeta Tower, onde foram gravadas cenas da série Game of Thrones com Daenerys Targaryen.
Entrada: 150 kunas (se for pago a parte) – Incluído no Dubrovnik Card
Recomendo começar a volta nas muralhas pelo Pile Gate e ir pela esquerda, no sentido anti-horário. Ao dar a volta completa, você descerá próximo ao Museu do Mosteiro dos Frades Franciscanos (Friars Minor Franciscan Monastery Museum), que também está incluído no cartão.
O mosteiro e a farmácia, que pertence a ele, são do ano de 1317. A farmácia é uma das mais antigas da Europa e tem uma coleção de literatura sobre farmacologia e medicina, com mais de 2.000 prescrições. O mobiliário e os equipamentos são do século 15.
O museu guarda manuscritos, partituras de corais, pinturas e a relíquia da cabeça de Santa Úrsula, que datam do século 14.
Mosteiro dos Frades Franciscanos
Horários: Verão, das 9h às 18h; Inverno, das 9h às 14h
Ao lado do monastério fica a Igreja de São Salvador (Crkva sv. Spasa), uma construção de 1520, onde são frequentemente realizados concertos de música clássica e exposições de arte. Em frente à igreja está a Velika Onofrijeva Fontana, uma fonte enorme que fica logo na entrada do centro histórico. Se for verão, aproveite para se refrescar.
Do monastério, siga caminhando pela rua principal, Placa ou Stradun, em direção à Igreja de São Brás (Crkva sv. Vlaha). Essa rua é muito bonita e também movimentada. É cheia de restaurantes, cafés e lojas. Aproveite para observar as ruelas perpendiculares, com suas escadarias.
Não sei se vocês conhecem, mas existe uma tradição de quando alguém, especialmente uma criança, se engasga, as pessoas dão um tapinha nas costas e chamam por São Braz (pelo menos minha mãe fazia isso! haha). Isso é porque o santo ficou conhecido por retirar um espinho da garganta de uma criança, após uma oração (Viu? Compartilhe Viagens também é cultura! hahaha). Por isso, é também o padroeiro das doenças da garganta.
Pois bem, São Brás é o padroeiro da cidade de Dubrovnik, por esta razão, esta é uma das igrejas mais importantes da cidade antiga. A construção atual é do século 18, em estilo barroco e substituiu a mais antiga que era do século 14 e foi destruída por um incêndio em 1706. A igreja atual também sofreu danos por um terremoto e pela Guerra Civil Iugoslava, no início dos anos 1990. No altar principal da igreja encontra-se uma estátua banhada a ouro do Santo, que está segurando na mão esquerda um modelo da cidade de Dubrovnik. A entrada na igreja é gratuita.
Em frente à igreja de São Brás ficam a Torre do Relógio e o Sponza Palace, um palácio do século 16, onde funciona o Arquivo Nacional. Na lateral da igreja está o Palácio do Reitor (Rector´s Palace), que funciona como Museu Histórico Cultural e a entrada está incluída no Dubrovnik Card.
Este palácio foi construído, inicialmente, em estilo gótico no século 14 e depois passou por reconstruções em estilo barroco. O acervo do museu está distribuído no térreo, mezanino e primeiro andar.
Entre os espaços do Palácio estão uma sala de tribunal, o calabouço e o escritório de escribas. As exposições incluem coleção de moedas, relógios, armas, objetos dos séculos 16 a 19, selos, brasões. No primeiro andar estão móveis e pinturas de mestres italianos em estilo rococó e barroco.
Palácio do Reitor
Horário: Todos os dias, das 9h às 18h (verão) e até às 16h (inverno). O palácio está temporariamente fechado para reconstrução até 31 de maio de 2017.
Um pouco mais a frente do Palácio do Reitor está a Catedral de Dubrovnik, dedicada a Assunção da Virgem Maria. O prédio atual é em estilo barroco e foi concluído em 1713. Durante um trabalho de restauração, no início dos anos 1980, foram encontradas ruínas da igreja bizantina, que foi construída no local, no século 6, um fato que até então era desconhecido. Está guardada na Catedral uma relíquia da cabeça de São Brás, que é guardada a sete chaves. No interior da igreja também tem valiosas pinturas, inclusive,a Anunciação de Nossa Senhora, do italiano Ticiano. A entrada é gratuita.
Próximo a Catedral fica ainda a Dulčić-Masle-Pulitika Gallery, uma galeria criada pelo governo americano como um memorial a Ronald Brown, Secretário de Comércio americano, que morreu em um acidente aéreo voando para Dubrovnik, durante a Guerra Civil da Iugoslávia.
Atualmente, a galeria faz parte do Museu de Arte Moderna de Dubrovnik, que tem sua sede principal fora das muralhas, e expõe obras de importantes artistas, principalmente, Ivo Dulčić, Antun Masle e Duro Pulitika, que dão nome à galeria.
Dulčić-Masle-Pulitika Gallery
Horário: terça a domingo, das 9h às 15h (se não tiver tempo de visitar no primeiro dia, pode deixar para o dia seguinte).
Entre as Muralhas e a Catedral, está a Igreja de Santo Estêvão. As escadas desta igreja, que fica bem escondida, foram usadas para gravar cenas de pregação dos Pardais na série Game of Thrones. Esse é um dos cenários em que eles usaram menos efeitos gráficos e é bem fiel ao que foi mostrado na série.
Provavelmente, nesta altura do campeonato, o seu dia já terá esgotado. Mas se tiver mais tempo, no verão, por exemplo, o sol se põe só depois das 21h, aproveite para caminhar pelo lado de fora das muralhas, saindo pelo porto antigo. Por aí, é possível ver algumas das praias de Dubrovnik.
Você pode aproveitar para almoçar ou jantar na cidade antiga, mas lá os restaurante são muito mais caros! Foi lá que pagamos a cerveja mais cara da Croácia, quase 4 vezes mais do que o que pagamos em Zagreb.
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Dia 2
Comece o dia cedo e vá direto para a cidade antiga para aproveitar as últimas horas do Dubrovnik Card e visitar o que ainda falta.
Recomendo começar pelo Fort Lovrijenac, que fica em frente a Cidade Antiga. Ele foi construído em cima de uma rocha de 37 metros de altura e dele é possível ter uma bonita vista para as muralhas e para a Cidade Antiga. Ele também foi uma das locações para gravar as cenas da Fortaleza Vermelha, em Porto Real, cidade fictícia de GOT.
Neste forte tem uma inscrição em latim “Non bene pro toto libertas venditur auro”, que significa “Liberdade não é para ser vendida nem por todo ouro (do mundo)”.
Fort Lovrijenac
Horário: das 8h às 18h
Entrada: 30 kunas. Incluído no Dubrovnik Card (é preciso escolher entre o Forte e as Muralhas). Mas mostramos o cartão a pessoa da portaria e ela nos deixou entrar do mesmo jeito.
Entre o Fort Lovrijenac e a Cidade Antiga também foram gravadas algumas cenas de GOT.
O próximo local a ser visitado pode ser a Casa Marin Držić, que fica próxima a entrada pelo portão Pile. A casa é uma homenagem a um dos mais famosos dramaturgos croatas, Marin Držić, que viveu no século 16.
Com apresentações em audiovisual, o museu apresenta de forma interessante a vida e obra do dramaturgo, considerado o melhor do período do Renascimento na Croácia.
A poucos metros da Casa Marin está o Museu Etnográfico (Rupe Etnographic Museum), que funciona em um antigo celeiro estatal do século 16, que armazenavam reservas de grãos a uma temperatura de 17°C.
A exibição permanente do museu mostra objetos e fotografias da vida cotidiana e trabalho. Uma parte interessante deste museu é a dedicada ao vestuário típico da região de Dubrovnik.
Museu Etnográfico
Horário: quarta a segunda, das 9h às 16h. Fechado às terças-feiras.
Para fechar a manhã, que a esta altura o tempo do seu cartão já deve está se esgotando, você pode visitar os museus de História Natural de Dubrovnik e o Museu Marítimo.
O Museu de História Natural funciona desde 1872 e foi criado a partir da coleção privada de Antun Drobrac. É interessante, principalmente, para quem viaja com crianças.
Museu de História Natural
Horário: das 10h às 18h (verão), das 10h às 17h (inverno), das 10h às 14h aos sábados.
O Museu Marítimo funciona no Fort St John, na muralha, e reúne mais de 4 mil itens de instrumentos náuticos, mapas marítimos, bandeiras, canhões, navios e modelos navais dos séculos 17 e 18.
O museu conta a história marítima de Dubrovnik e do desenvolvimento do comércio marítimo da região.
Museu Marítimo
Horário: das 9 h às 18h (verão), das 9h às 16h (inverno). Fechado às segundas.
O Dubrovnik Card de 1 dia inclui ainda a Galeria de Arte de Dubrovnik (Museu de Arte Moderna), mas como fica fora das muralhas provavelmente você não terá tempo suficiente. Mas se for algo que realmente lhe interessa, você pode priorizar.
Depois de esgotar o tempo do cartão, você pode aproveitar o resto do dia na praia, especialmente no verão! =) Lembrando que as praias da Croácia tem a água maravilhosa, mas não são formadas por areias e, sim, pedras.
Uma das praias próximas ao centro histórico é Banje, mas no verão é bem lotada. Por isso, nós preferimos ir para a praia de Lapad, onde estávamos hospedados. E depois da praia aproveitamos também pela rua que leva até a orla que é cheia de restaurantes, bem movimentada.
Bem, se você tiver mais dias em Dubrovnik terá muito mais o que ver como a ilha de Lokrum, o teleférico de Dubrovnik entre outras atrações. Também são oferecidos muitos tours na cidade, como os que levam aos locais de gravação da série Game of Thrones, mas eu já revelei eles aqui nest post:
Apesar do idioma estranho ao nosso, é muito fácil viajar pela Croácia e, principalmente, por Dubrovnik que é uma das cidades mais visitadas. Você vai encontrar todas as sinalizações em inglês, os lugares podem ser facilmente também achados pelo Google Maps.
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É quase um consenso que 2016 não foi um ano fácil, em muitos aspectos (política no Brasil e no Mundo, crise econômica, tragédias etc), mas em termos de viagens, nós não temos o que reclamar deste ano. Viajamos menos do que em 2015, afinal, ano passado, passamos 5 meses fora, no Dois na América, mas conseguimos visitar destinos que há muito tempo sonhávamos em conhecer. E, também, como fizemos viagens mais curtas, conseguimos ter um pouco mais de conforto. Ah! E o melhor de tudo, enquanto publico esta retrospectiva, estamos fazendo uma viagem linda, que há anos planejamos (acompanhe no nosso IG @compviagens). Então, só tenho que esperar coisas boas para 2017! Agora, vamos ao nosso top 7 de viagens marcantes de 2016:
Se você já está planejando uma viagem para a Croácia ou sonha em algum dia conhecer o país, certamente colocou na sua lista conhecer os Lagos Plitvice. Se não, deveria. Declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde a década de 1970, o Parque Nacional dos Lagos Plitvice (Plitivicka Jazera, em croata) chama atenção pelo grande número de lagos, cachoeiras em tons de verde e azul, dentro de um enorme bosque. O Plitvice fica a 130km da capital Zagreb e pode ser visitado em um bate-volta ou no caminho de uma viagem de carro pelo litoral da Croácia, que foi o que fizemos.
Confesso que não era fã da série Game of Thrones (Fred já assistia desde o começo) e só comecei a assistir depois que marcamos viagem para Croácia e soube que lá tinha sido um dos países de gravação de GOT. Meses antes de viajar, corri para colocar todos os episódios em dia e, é claro, viciei. Quando estávamos procurando mais informações sobre os locais de filmagens, encontramos esse post do BoredPanda que mostra os locais de filmagens de Game of Thrones e como fazer as fotos inspiradas nas cenas da série. Entramos na brincadeira e fizemos fotos parecidas, que você pode ver neste post.
Quem nunca assistiu a série, mas ainda pretende, ou está com os episódios atrasados, aviso que este post está repleto de spoilers.
A Croácia parece que caiu no gosto dos brasileiros e não é para menos. É um país lindo, com parques nacionais incríveis, belas praias e cidades medievais; pequeno, sendo possível viajar de Norte a Sul em poucos dias; barato, se comparado com outros países europeus, tem um povo acolhedor e, não está entre os países com alto risco de atentados terroristas, inclusive, o país entrou no nosso roteiro depois que desistimos da Turquia.
Viajamos pela Croácia por 10 dias, durante os meses de junho e julho deste ano, e fizemos a maior parte do roteiro de carro. Neste post, compartilho o nosso roteiro e as dicas para fazer uma road trip pelo país.
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Como chegar
Como estávamos em uma viagem de um mês pela Europa, que incluiu ainda Alemanha, Áustria, Hungria e República Tcheca, nós chegamos pela capital Zagreb de ônibus, vindos de Viena, e deixamos o país também de ônibus, saindo de Zagreb para Budapeste.
Para quem chega de avião pela Croácia, acho que duas opções são mais viáveis, o aeroporto da capital, Zagreb, ao Norte, ou o aeroporto de Dubrovnick, que fica no Sul do país. Chegando em um desses aeroportos, é possível fazer um bom ponto de partida para conhecer o país.
Além de ônibus e avião, também é possível viajar para a Croácia de trem, saindo de vários países da Europa.
Normalmente, eu uso o site Rome2Rio para saber quais os meios de transportes, empresas e melhor custo benefício para fazer a viagem.
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Informações importantes:
– Nome oficial: Republika Hrvatska (por isso, você irá ler em muitos lugares a palavra Hrvatska e também as siglas dos sites do país e das placas de carro são HR).
– Moeda: Kuna Croata (Veja a cotação atual para Real e para Euro).
– Fuso horário: UTC+01:00 (4 horas a mais que o Brasil em horário normal e 5 horas a mais, durante o horário de verão).
– A Croácia faz parte da União Europeia desde 2013. Portanto, seguem as mesmas regras. Brasileiros não precisam de visto para entrar no país e permanecer por até 90 dias. Mas é necessário ter passaporte com validade superior a 3 meses e pelo menos uma página para o carimbo de entrada. Não é necessária nenhuma vacina.
– Clima: apesar de ser um país pequeno, o clima na Croácia depende muito da região, pois há áreas muito montanhosas, outras no litoral. Então, é bom pesquisar e acompanhar o clima para o período em que pretende realizar a viagem: http://www.accuweather.com/en/hr/croatia-weather
– Língua oficial: Croata. Mas a maioria das pessoas fala inglês. As placas nas estradas e de informações turísticas nas cidades também estão escritas em inglês.
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Roteiro
Viajamos pela Croácia por 10 dias e o nosso roteiro foi o seguinte:
– Zagreb (2 noites – chegamos à cidade a noite / 1 dia);
A distância entre Zagreb e os Lagos Plitvice é de 130 km.
– Lagos Plitvice (passamos o dia no caminho entre Zagreb e Zadar);
A distância entre os Lagos Plitvice e Zadar é de 118 km.
– Zadar (2 noites / 1 dia);
A distância entre Zadar e Hvar é de pelo menos 210 km, mas é preciso pegar balsa em Split ou Drvenik. Nós fizemos um trecho maior e pegamos a balsa em Drvenik, que sai bem mais barata do que a balsa de Split.
– Hvar (3 noites / 3 dias);
A distância entre Hvar e Dubrovnik é 186 km, mas é preciso cruzar a fronteira com a Bósnia.
– Dubrovnik (2 noites / 2 dias);
A distância entre Dubrovnik e Split é de 229 km, mas é preciso cruzar a fronteira com a Bósnia.
– Split (1 noite / 1dia);
A distância entre Split e o Krka é de 86,7 km.
– Parque Nacional Krka (1 dia – visitamos na volta entre Slipt e Zagreb).
A distância entre o Krka e Zagreb é de 328 km.
Considero que a quantidade de dias foi suficiente para ter uma boa ideia do país e fiquei bastante satisfeita com a escolha das cidades. Claro que para quem tem mais tempo há outros lugares incríveis para conhecer no país. Mas quem tem menos tempo, terá que abrir mão de alguns desses destinos. Levem em consideração as distâncias entre as cidades, por exemplo, apesar de Split ficar entre Zadar e Hvar, deixamos para o final para não viajarmos direto de Dubrovnik para Zagreb, o que seriam 600km.
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Hospedagem
Na Croácia, o tipo de hospedagem que encontramos o melhor custo-benefício foi a hospedagem domiciliar ou bed and breakfast. A maioria delas é apresentada em sites de reservas como “apartamentos” e são quartos privativos com banheiro e, muitas vezes, o café da manhã não está incluído.
O que mais gostei nesse tipo de hospedagem na Croácia é que os anfitriões (os donos dos apartamentos) são bastante hospitaleiros, dão informações, conversam bastante. Apenas em Zagreb, nos hospedamos em hostel.
Dependendo da estação em que for viajar é importante fazer a reserva com antecedência. Como fomos no verão, que é altíssima estação, fizemos todas as reservas com 3 meses de antecipação com “cancelamento grátis”. Assim, se tivéssemos algum problema, poderíamos alterar a reserva.
*O Compartilhe Viagens é parceiro do Booking.com, quando você faz reserva pelo nosso link, nós ganhamos comissão, sem você pagar nada mais por isso. Ajude o blog a se manter.
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Viagem de Carro
Como disse, fizemos a maior parte da nossa viagem pela Croácia de carro, pois achamos essa opção mais viável para conhecermos o maior número de destinos que desejávamos dentro do tempo que tínhamos no país.
Fizemos a reserva do carro com antecedência pela Rentalcars.com (do mesmo grupo do Booking.com, também parceira do blog) e conseguimos um preço excelente.
Pegamos o carro em Zagreb no dia do nosso check out, pois na capital não é necessário carro, o transporte coletivo funciona muito bem, e devolvemos também em Zagreb no dia em que tínhamos o ônibus para Budapeste, assim, não foi necessário dormir mais uma noite na cidade.
Veja as nossas dicas para viajar de carro pela Croácia:
– As estradas na Croácia, em geral, são muito boas. Mas as principais e melhores têm cobrança de pedágio. Os valores, é claro, dependem da distância do trecho em que você irá percorrer. Pelo Google Maps é possível saber os trechos em que haverá cobrança de pedágio e se há uma rota alternativa.
– A gasolina no país não é barata. Pagamos (em julho de 2016) em torno de 9,22 kunas pelo litro, o que na cotação atual dá cerca de R$ 4,50.
– Se você for viajar para Dubrovnik, precisará cruzar a fronteira com a Bósnia (observe o mapa da Croácia, o país é dividido em dois, devido a um pequeno trecho de acesso ao mar que pertence a Bósnia). Se você estiver de carro é preciso ter um “Green Card”, um seguro especial só para ter direito a cobertura na Bósnia que é obrigatório para quem aluga carro na Croácia. Esse seguro é feito na hora, na própria locadora e sai em torno de 40 euros com as taxas, com validade para 14 dias. Também lembre-se de ter o passaporte em mãos na hora de cruzar a fronteira.
– Se você for para Hvar de carro, precisará pegar a balsa. Existem duas opções: uma que sai de Split e outra de Drvenik. Nós optamos por essa última, pois sai infinitamente mais barato, mas precisamos cruzar quase toda a ilha de carro.
A empresa que faz o trajeto é a mesma saindo das duas cidades, a Jadrolinija, o que muda é a duração da viagem.
– A Croácia nos pareceu um país muito seguro e não tivemos nenhum problema durante nossa viagem. Mas seguro morreu de velho e é sempre bom tomar cuidado. Nós, por exemplo, só viajamos durante o dia, especialmente porque algumas estradas são bastante sinuosas e ficam entre montanhas e o mar (penhascos).
– Em algumas estradas encontramos rest areas, com acostamento e banheiros. Os postos de gasolina também têm banheiros gratuitos nas lojas de conveniência que estão sempre muito limpos.
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Custo
A Croácia é um país barato, quando comparado a países da Europa Ocidental, já na comparação com o Leste Europeu, pode ter um custo mais alto dependendo da cidade.
Como em qualquer lugar do mundo, as cidades mais turísticas e as ilhas têm um custo mais alto. Em Zagreb, por exemplo, uma cerveja pode ser até 4 vezes mais barata do que em Dubrovnik, que foi, sem dúvida, a cidade mais cara que visitamos no país.
Média de nossos gastos:
Hospedagem – Pagamos entre 25 (Zagreb) e 75 euros (Dubrovnik), em quarto privado com banheiro.
Refeição – Pagamos entre 50 a 370 kunas (6 a 49 euros) em refeições para duas pessoas. A variação de preço depende da refeição, se inclui bebida e da cidade.
Gasolina – Pagamos 9,22 kunas pelo litro (1,23 euros).
Cerveja – Pagamos entre 15 kunas até 50 kunas (2 a 6 euros) em 0,5l de cerveja. A variação do preço depende da cidade. A mais cara foi no centro histórico de Dubrovnik.
Atrações turísticas – As mais caras que pagamos foram os parques Nacionais de Plitvice e Krka, que pagamos entre 110 e 150 kunas (14 e 20 euros), mas ambas têm mudanças de preços de acordo com a época do ano. Veja aqui:
Em Dubrovnik, compramos o Dubrovnik Card, que tem opções de 1, 3 ou 7 dias e inclui as principais atrações. Compramos o cartão de 1 dia por 170 kunas (22 euros por pessoa). Comprando online tem desconto.
Com essas dicas, você já pode começar a planejar sua viagem pela Croácia. Em breve, publicarei os posts com dicas de cada cidade.
Planejei minha viagem para Croácia e roteiro com a ajuda da Carla Boechat do blog Fui, Gostei e Contei, que viveu no país por alguns meses e tem posts sobre vários destinos croatas no blog.
A viagem que fizemos entre meados de junho e julho deste ano, da qual acabamos de retornar, foi a nossa terceira vez na Europa e a primeira no verão. Antes tínhamos ido na primavera (2012) e outono (Volta ao Mundo, em 2013) e precisarei de preparo psicológico, caso um dia queira encarar o inverno. Mas o fato é que, no verão, a Europa ganha outras cores, outro ritmo e uma atmosfera diferente (pude comparar isso com Alemanha, por exemplo, que fui pela segunda vez), mas tudo depende do planejamento e do roteiro que você irá escolher. Por isso, reuni neste post algumas dicas para você curtir o #verãonaeuropa da melhor forma possível.