Olá viajantes!
Foram 11 dias de muita diversão no Rio e entre um show e outro, aproveitei para bater muita perna e conhecer um pouco a Cidade Maravilhosa.
Boa viagem!
Rio de Janeiro por Karla Larissa
Eu tinha 14 anos, prestes a completar 15, quando pedi aos meus pais para ir ao Rock in Rio, meu ídolo da época, Axl Rose, iria tocar e o evento seria no fim de semana que antecedia meu aniversário. Minha mãe olhou para mim com uma cara de “Aham, Cláudia, senta lá” e disse: quando você tiver 18 anos, você vai. Ao invés dos ingressos para o festival, ganhei uma festa com toda pompa e circunstância. Mas mãe sabe o que faz. O que ela não sabia é que o Rock in Rio só acontecia a cada 10 anos e ao invés de ir aos 18, só pude participar do evento aos 25! Não poderia ser melhor!
Aos 25 anos, eu mesma pude comprar os ingressos, escolher o hotel onde ficar, ir com o marido, curtir os dois finais de semana de shows, conhecer Búzios e Angra no meio da semana, e tomar todas! 😛 Nada disso, poderia ser feito aos 14!
Quando foi anunciada a realização do Rock in Rio 2011, não senti a menor vontade de comprar os ingressos, a vontade de adolescente tinha passado, mas a oportunidade surgiu quando a irmã do marido, Sara Lívia, resolveu vender seus ingressos. E como o evento aconteceria na semana do aniversário do marido e haveria um dia do metal, resolvi presenteá-lo, e prometi comprá-los. Ela desistiu da venda, mas eu não da compra.
Esperei o dia da pré-venda para clientes Itaú e chegou a hora da escolha: que dias ir? Na época, a line-up não estava toda confirmada, apenas as bandas principais, o ídolo Axl Rose já era dado como certo. Mas resolvi não vê-lo, pois já não era mais o mesmo, preferia guardá-lo em minha memória como era no auge de sua carreira. Optei pelos dias do Red Hot Chilli Peppers, Metallica e Slipknot (por causa do marido) e Shakira (podem rir, mas gosto dela desde o início da carreira! kkk).
A compra foi feita com quase seis meses de antecedência e logo corri para comprar as passagens e fazer as reservas dos hotéis e não foi fácil, principalmente a hospedagem, pois o Rio de Janeiro tem um déficit enorme de leitos (imaginem na Copa). Como no meio da semana iria para Angra dos Reis e Búzios, não consegui ficar no mesmo hotel. Então no primeiro final de semana fiquei no Olinda Othon, na Av. Atlântica, e no segundo, no Royalty Copacabana, duas quadras atrás.
A Cidade do Rock fica mais próxima da Barra da Tijuca, mas como a Barra parece mais outra cidade de tão longe que é do centro do Rio, além de ser ter um custo bem mais alto, resolvi me hospedar em Copacabana mesmo, o que foi ótimo, pois de lá, pudemos visitar vários lugares durante o dia.
Para ir aos shows, compramos o Rio Card Rock in Rio, cartão que permitia o acesso a linhas de ônibus especiais de vários pontos da cidade até o evento. O transporte funcionou direitinho, mas o cartão pelo qual pagamos o frete só chegou depois que voltamos do evento e até demos entrevista à Folha de São Paulo sobre isso!kkk
Chegamos ao Rio na sexta-feira (23), mas antes de desembarcar, nosso avião ficou dando voltas no céu, pois por questões meteorológicas não podia pousar. Momentos de tensão! Depois do susto, avião no chão e aplausos! Kkkk
Pegamos o táxi e aí começou a reclamação: “Vocês vão para onde? Para Barra da Tijuca? Lá está um caos!”. “Não, não, vamos para Copacabana!”.
O percurso demorou mais do que o normal, pois além de ser dia de estreia do Rock in Rio, chegamos no horário do rush!
Mas o atraso valeu a pena! Logo que chegamos ao hotel, o recepcionista disse: “o hotel está lotado! E vocês ganharam um up grade!” Oba! Nós pagamos por um apartamento standard, ou seja, o mais simples de todos e ficamos numa suíte luxo de frente para o mar! 🙂
Como nesta primeira noite não íamos para nenhum show, resolvemos explorar a cidade, íamos para a Lapa, mas o recepcionista deu a dica: “conheçam a Rio Scenarium, no Centro”.
Apostamos na dica e não nos arrependemos. A Casa que fica na rua do Lavradio, no Centro Histórico do Rio, é um misto de casa de shows e museu. Funcionando em três lindos prédios do século 19, totalmente restaurados, tem em sua decoração e mobiliário, peças dos séculos 18, 19 e 20! Além disso, o clima da casa é de muita alegria! Tem desde salão para gafieira até espaço para muito samba! A entrada custou R$ 30 por pessoa com direito a shows de várias bandas. Para quem quisesse jantar, o que era nosso caso, o menu era bem variado e a comida muito boa. A Rio Scenarium foi eleita pelo jornal inglês The Guardian como um dos 10 melhores bares do mundo!
No dia seguinte, acordamos cedo, e fomos passear no Jardim Botânico, na Lagoa Rodrigo de Freitas, almoçamos em um restaurante português muito bom na Lapa, e depois voltamos ao hotel e fizemos um passeio pelo calçadão de Copacabana, o tempo estava fechado e fazia um friozinho gostoso, então não dava para pegar uma praia.
A programação na Cidade do Rock começava em torno das 14h e os portões abriam às 12h, mas preferíamos ir apenas à noite para aproveitar o dia conhecendo a cidade, que só havia visitado uma vez quando tinha 6 anos!
Pegávamos o ônibus especial em frente a uma estação de metrô na rua lateral do hotel. O trajeto para a Cidade do Rock levava mais de uma hora.
Descemos do ônibus, caminhamos alguns metros, e passamos por umas cinco revistas até entrar na Cidade do Rock. Pode parecer besteira, mas foi uma sensação maravilhosa. Um sonho da adolescência que era realizado.
Mais surreal ainda foi quando os Red Hot Chilli Peppers subiram no palco! De longe o melhor show da minha vida! Sensacional!!!
Quando víamos no telão aquela multidão, parecia não ser real: 100 mil pessoas por noite, mas a tranquilidade era muito grande, nada de empurra empurra ou confusão. Todos estavam lá para curtir a noite e se divertir.
Na saída, a mesma coisa, fazíamos uma fila e logo estávamos no ônibus. No trajeto até o hotel, o cochilo era inevitável. Chegamos ao hotel por volta das 6h e nos demos o direito de acordar quase às 11h. Levantamos e fomos andar pelo calçadão de Copacabana, agora no outro sentido, em direção à Ipanema.
Tirei foto com meu querido, Carlos Drummond, paramos para tomar uma água de coco, visitamos o Forte de Copacabana com sua vista belíssima, subimos o Arpoador, e enfim, depois de horas caminhando chegamos à Ipanema. A volta teve que ser de táxi, almoçamos, e fomos nos arrumar para o segundo dia de shows: o dia do metal. Massss,que dor, que dor, os pés doíam demais! Pois caminhamos tudo, devidamente de havaianas.
As primeiras bandas não eram muito do nosso agrado, então fomos conhecer a Rock Street, espaço criado dentro do Rock in Rio com inspiração em Nova Orleans. Muito legal! Lá tinham mágicos, shows de bandas de jazz, lojinhas, lanchonetes e muita coisa bacana.
Voltamos para o palco principal para ver o Slipknot. Que show! Que show! Parecia que estávamos vendo um filme! Mas meu cansaço era tanto, que tirei um cochilo no gramado, enquanto o marido se divertia. O Metallica foi uma superprodução, mas não emocionou tanto.
Voltamos umas 5h, dormimos um pouco, e próximo das 9h, seguimos para Rodoviária, íamos para Angra! Vivemos dois dias lindos lá, que depois contarei aqui, e mais dois em Búzios, que já compartilhei com vocês.
Voltamos na sexta-feira para o Rio, quase na hora do show. Era dia de Shakira. Fomos cedo, para desta vez, assistir aos shows do Palco Sunset, que começava às 14h. Assistimos à Cidade Negra com Martinho da Vila e Emicida e a Monobloco, com Macaco e Pepeu Gomes. Depois fomos para o Palco Principal, ficamos bem próximos, então não arredei o pé, fiquei quase 12h dançando, sem sair do canto. Marcelo D2 fez um bom show, Jota Quest fez o seu trabalho. Mas a Ivete me emocionou. Todo mundo critica o fato do Rock in Rio misturar estilos e sons, mas acho que isso é o legal do evento e foi assim desde o início. Vi a Ivete que hoje é a artista que mais bem paga no Brasil se emocionar com aquela gigantesca plateia e falar para si “Obrigada meu Deus” (numa leitura labial feita por mim! hehe). A Shakira é uma fofa, linda, canta, dança, arrasa! Tem um carisma incrível! E ainda teve um dueto delas, cantando “País Tropical”.
Foi assim que me despedi do Rock in Rio, mas não do Rio de Janeiro. Reservei o sábado para os passeios tradicionais: Cristo Redentor, Santa Tereza, Pão de Açúcar. Contratamos um motorista/guia, que nos levou a todos os lugares. Mas a cereja do bolo ficou por conta da visita a Confeitaria Colombo! Lugar lindo! Sábado era dia de feijoada!
A noite, fomos ao shopping Rio Sul, e vi um trechinho do show do Skank pela tv, pois em todo lugar estava passando. E foi aí que me bateu o maior arrependimento. Não podia ter perdido aquela noite de Skank, Maroon 5 e Coldplay. Mas não se pode ter tudo!
Voltei para Natal no domingo e a noite, fiquei esperando assistir o último dia pela TV. Foi uma pena ter perdido o show do System of a Down ao vivo, mas já o Guns´n Roses foi melhor mesmo guardá-los na memória como nos bons tempos.
Bem viajar para um grande evento, tem uns contratempos como dificuldade de conseguir voos e hospedagens, mas o principal é o alto custo. O Rio de Janeiro já não é uma cidade barata e nesse período então! Chegamos a pagar uma diária mais alta do que pagaremos em Paris! Dentro da Cidade do Rock, pagamos até R$ 10 por um copo de cerveja! Mas fazer o que? Quem tá na chuva, é para se molhar!
E se eu faria tudo de novo? Farei, se Deus quiser, em setembro do próximo ano! Rock in Rio! Eu vou!
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