Olá viajantes!

Hoje conto para vocês mais uma das minhas aventuras, na verdade, uma das melhores que já vivi: minha ida ao Parque da Pedra da Boca, divisa da Paraíba com o Rio Grande do Norte. Um lugar lindo! Esse é um passeio que pode ser feito em um dia e tem um custo muito baixo. Para quem não tem opção para a Semana Santa é uma boa. Quem não puder ir agora, vale a pena em qualquer época do ano!

 Boa viagem!

Pedra da Boca (PB) por Karla Larissa

Há dias que são tão intensos que valem por ano inteiro vivido. E foi assim meu dia no Parque Estadual da Pedra da Boca, divisa natural da Paraíba (Araruna) com o Rio Grande do Norte (Passa e Fica).

A ideia de ir escalar a Pedra da Boca não foi minha, foi um convite feito por uma prima do marido Fred Santos e a princípio iria um grupo grande, mas depois de quase um mês tentando marcar e sempre adiando por desencontros de datas, decidimos ir apenas eu, Fred e minha cunhada, Sara Lívia. Não podíamos ter tomado decisão melhor.

Pegamos a estrada cedo, por volta de umas 7h, em um sábado de setembro de 2010, seguimos pela BR 101 sul e entramos no acesso para a cidade de Passa Fica, que não estava em boas condições e tinha uns trechos muito esburacados. Depois descobri que para quem sai de Natal é mais fácil e rápido seguir pela BR 304, pegar BR 226 até Tangará, e depois a RN 093.

Passa Fica está a 105 km de Natal e 155 km de João Pessoa. O Parque da Pedra da Boca fica a 7 km do centro da cidade e é localizado na verdade na zona rural de Araruna, cidade paraibana, e é uma área de conservação ambiental de 157 hectares.

Entrada do Parque da Pedra da Boca
Entrada do Parque da Pedra da Boca

Havíamos feito reservas em uma pousada simples em Passa Fica por apenas R$ 25 e deixamos nossas coisas lá, mas nem seria necessário. Da pousada seguimos para o sítio do Seu Tico, onde tem um camping, um restaurante, banheiros e chuveiros.

Seu Tico tem mais de 40 anos dedicados ao lugar. Ele é o guia para quem quer se aventurar pelo Parque. Uma simpatia de pessoa!

Quando chegamos, Seu Tico já havia saído com um grupo, estávamos atrasados. Mas uma moça, que se não me engano era filha dele, nos levou até o local em que ele estava, outra trilha que não era exatamente a da Pedra da Boca. Para ter a compranhia de Seu Tico na trilha arcamos com apenas R$ 5 por pessoa.

Início da trilha
Início da trilha. Na foto, a Pedra da Boca.
Encontramos o grupo. Agora é só conseguir subir!
Encontramos o grupo. Agora é só conseguir subir!

A Pedra da Boca é na verdade a mais famosa do Parque, com 336 metros de altura e uma grande cavidade, que lembra uma boca aberta. Mas o lugar reúne outras cavernas e formações rochosas, como a Pedra da Caveira, a Pedra do Letreiro, Pedra da Piriquiteira e a Pedra da Santa.  Fizemos a trilha por algumas dessas, mas infelizmente não tenho certeza de quais.

Sara Lívia e Fred Santos
Sara Lívia e Fred Santos

A trilha durou cerca de 3 horas e nela fizemos muitas escaladas, passagens por grutas e cavernas.  Um aviso! Se você é claustrofóbico é melhor não se arriscar, pois em algumas passagens você tem a impressão que não vai dar para passar por ali. Mas se Seu Tico disser que sim, confie!

Sara Lívia esperando sua hora de entrar na caverna
Sara Lívia esperando sua hora de entrar na caverna
Uma das passagens difíceis da trilha
Uma das passagens difíceis da trilha

Para quem quiser fazer a escalada, o traje ideal é calça jeans, camiseta leve, tênis ou botas de escalada.

Descidas e mais descidas
Descidas e mais descidas

Não esqueça o protetor solar, óculos e da água.

Lá de cima o visual é belíssimo e dá para fazer muitas fotos. Para quem não é acostumado com escaladas, a trilha é bem cansativa, mas dá para fazer e vale muito a pena!

Cansados, lá no alto
Cansados, lá no alto

Terminada a trilha, almoçamos no restaurante da propriedade do Seu Tico. O lugar é simples, mas a comida é boa. A tarde sairia um segundo grupo para escalar a Pedra da Boca – acreditem Seu Tico com mais de 50 anos faz até 3 trilhas por dia – mas estávamos cansados para encarar uma nova trilha. Uma pena! Na Pedra da Boca, além da escalada é possível fazer rapel. Um dia, voltarei lá, para fazer.

O trio aventureiro: Sara, Fred e eu (a fotógrafa)
O trio aventureiro: Sara, Fred e eu (a fotógrafa)

Após o almoço, fizemos um pequeno passeio pela Serra de São Bento, município vizinho, também muito bonito e que também tenho histórias para contar, mas fica para a próxima. Tomamos um banho em uma lagoa de uma propriedade da região e voltamos para a pousada. Como Passa e Fica não tem muitas opções de lazer, além do Parque da Pedra da Boca, tomamos um banho, encerramos a conta e seguimos para Pipa (que também merecer um post).

Chegamos a Pipa no final da tarde, procuramos um lugar para ficar, depois fomos curtir a noite em um dos muitos bares do centro comercial da praia. O cansaço de Sara foi tanto que a noite, ela teve uma crise de sonambulismo (não devia contar isso aqui, mas não resisti). Pense num susto grande! Na manhã seguinte, fomos tomar banho de mar na Baía dos Golfinhos.

Descanso merecido em Pipa
Descanso merecido em Pipa

Um final de semana inesquecível!

Informação importante:

Seu Tico: (83) 9967-5037


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