Se você já está planejando uma viagem para a Croácia ou sonha em algum dia conhecer o país, certamente colocou na sua lista conhecer os Lagos Plitvice. Se não, deveria. Declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde a década de 1970, o Parque Nacional dos Lagos Plitvice (Plitivicka Jazera, em croata) chama atenção pelo grande número de lagos, cachoeiras em tons de verde e azul, dentro de um enorme bosque. O Plitvice fica a 130km da capital Zagreb e pode ser visitado em um bate-volta ou no caminho de uma viagem de carro pelo litoral da Croácia, que foi o que fizemos.
A Croácia parece que caiu no gosto dos brasileiros e não é para menos. É um país lindo, com parques nacionais incríveis, belas praias e cidades medievais; pequeno, sendo possível viajar de Norte a Sul em poucos dias; barato, se comparado com outros países europeus, tem um povo acolhedor e, não está entre os países com alto risco de atentados terroristas, inclusive, o país entrou no nosso roteiro depois que desistimos da Turquia.
Viajamos pela Croácia por 10 dias, durante os meses de junho e julho deste ano, e fizemos a maior parte do roteiro de carro. Neste post, compartilho o nosso roteiro e as dicas para fazer uma road trip pelo país.
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Como chegar
Como estávamos em uma viagem de um mês pela Europa, que incluiu ainda Alemanha, Áustria, Hungria e República Tcheca, nós chegamos pela capital Zagreb de ônibus, vindos de Viena, e deixamos o país também de ônibus, saindo de Zagreb para Budapeste.
Para quem chega de avião pela Croácia, acho que duas opções são mais viáveis, o aeroporto da capital, Zagreb, ao Norte, ou o aeroporto de Dubrovnick, que fica no Sul do país. Chegando em um desses aeroportos, é possível fazer um bom ponto de partida para conhecer o país.
Além de ônibus e avião, também é possível viajar para a Croácia de trem, saindo de vários países da Europa.
Normalmente, eu uso o site Rome2Rio para saber quais os meios de transportes, empresas e melhor custo benefício para fazer a viagem.
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Informações importantes:
– Nome oficial: Republika Hrvatska (por isso, você irá ler em muitos lugares a palavra Hrvatska e também as siglas dos sites do país e das placas de carro são HR).
– Moeda: Kuna Croata (Veja a cotação atual para Real e para Euro).
– Fuso horário: UTC+01:00 (4 horas a mais que o Brasil em horário normal e 5 horas a mais, durante o horário de verão).
– A Croácia faz parte da União Europeia desde 2013. Portanto, seguem as mesmas regras. Brasileiros não precisam de visto para entrar no país e permanecer por até 90 dias. Mas é necessário ter passaporte com validade superior a 3 meses e pelo menos uma página para o carimbo de entrada. Não é necessária nenhuma vacina.
– Clima: apesar de ser um país pequeno, o clima na Croácia depende muito da região, pois há áreas muito montanhosas, outras no litoral. Então, é bom pesquisar e acompanhar o clima para o período em que pretende realizar a viagem: http://www.accuweather.com/en/hr/croatia-weather
– Língua oficial: Croata. Mas a maioria das pessoas fala inglês. As placas nas estradas e de informações turísticas nas cidades também estão escritas em inglês.
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Roteiro
Viajamos pela Croácia por 10 dias e o nosso roteiro foi o seguinte:
– Zagreb (2 noites – chegamos à cidade a noite / 1 dia);
A distância entre Zagreb e os Lagos Plitvice é de 130 km.
– Lagos Plitvice (passamos o dia no caminho entre Zagreb e Zadar);
A distância entre os Lagos Plitvice e Zadar é de 118 km.
– Zadar (2 noites / 1 dia);
A distância entre Zadar e Hvar é de pelo menos 210 km, mas é preciso pegar balsa em Split ou Drvenik. Nós fizemos um trecho maior e pegamos a balsa em Drvenik, que sai bem mais barata do que a balsa de Split.
– Hvar (3 noites / 3 dias);
A distância entre Hvar e Dubrovnik é 186 km, mas é preciso cruzar a fronteira com a Bósnia.
– Dubrovnik (2 noites / 2 dias);
A distância entre Dubrovnik e Split é de 229 km, mas é preciso cruzar a fronteira com a Bósnia.
– Split (1 noite / 1dia);
A distância entre Split e o Krka é de 86,7 km.
– Parque Nacional Krka (1 dia – visitamos na volta entre Slipt e Zagreb).
A distância entre o Krka e Zagreb é de 328 km.
Considero que a quantidade de dias foi suficiente para ter uma boa ideia do país e fiquei bastante satisfeita com a escolha das cidades. Claro que para quem tem mais tempo há outros lugares incríveis para conhecer no país. Mas quem tem menos tempo, terá que abrir mão de alguns desses destinos. Levem em consideração as distâncias entre as cidades, por exemplo, apesar de Split ficar entre Zadar e Hvar, deixamos para o final para não viajarmos direto de Dubrovnik para Zagreb, o que seriam 600km.
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Hospedagem
Na Croácia, o tipo de hospedagem que encontramos o melhor custo-benefício foi a hospedagem domiciliar ou bed and breakfast. A maioria delas é apresentada em sites de reservas como “apartamentos” e são quartos privativos com banheiro e, muitas vezes, o café da manhã não está incluído.
O que mais gostei nesse tipo de hospedagem na Croácia é que os anfitriões (os donos dos apartamentos) são bastante hospitaleiros, dão informações, conversam bastante. Apenas em Zagreb, nos hospedamos em hostel.
Dependendo da estação em que for viajar é importante fazer a reserva com antecedência. Como fomos no verão, que é altíssima estação, fizemos todas as reservas com 3 meses de antecipação com “cancelamento grátis”. Assim, se tivéssemos algum problema, poderíamos alterar a reserva.
*O Compartilhe Viagens é parceiro do Booking.com, quando você faz reserva pelo nosso link, nós ganhamos comissão, sem você pagar nada mais por isso. Ajude o blog a se manter.
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Viagem de Carro
Como disse, fizemos a maior parte da nossa viagem pela Croácia de carro, pois achamos essa opção mais viável para conhecermos o maior número de destinos que desejávamos dentro do tempo que tínhamos no país.
Fizemos a reserva do carro com antecedência pela Rentalcars.com (do mesmo grupo do Booking.com, também parceira do blog) e conseguimos um preço excelente.
Pegamos o carro em Zagreb no dia do nosso check out, pois na capital não é necessário carro, o transporte coletivo funciona muito bem, e devolvemos também em Zagreb no dia em que tínhamos o ônibus para Budapeste, assim, não foi necessário dormir mais uma noite na cidade.
Veja as nossas dicas para viajar de carro pela Croácia:
– As estradas na Croácia, em geral, são muito boas. Mas as principais e melhores têm cobrança de pedágio. Os valores, é claro, dependem da distância do trecho em que você irá percorrer. Pelo Google Maps é possível saber os trechos em que haverá cobrança de pedágio e se há uma rota alternativa.
– A gasolina no país não é barata. Pagamos (em julho de 2016) em torno de 9,22 kunas pelo litro, o que na cotação atual dá cerca de R$ 4,50.
– Se você for viajar para Dubrovnik, precisará cruzar a fronteira com a Bósnia (observe o mapa da Croácia, o país é dividido em dois, devido a um pequeno trecho de acesso ao mar que pertence a Bósnia). Se você estiver de carro é preciso ter um “Green Card”, um seguro especial só para ter direito a cobertura na Bósnia que é obrigatório para quem aluga carro na Croácia. Esse seguro é feito na hora, na própria locadora e sai em torno de 40 euros com as taxas, com validade para 14 dias. Também lembre-se de ter o passaporte em mãos na hora de cruzar a fronteira.
– Se você for para Hvar de carro, precisará pegar a balsa. Existem duas opções: uma que sai de Split e outra de Drvenik. Nós optamos por essa última, pois sai infinitamente mais barato, mas precisamos cruzar quase toda a ilha de carro.
A empresa que faz o trajeto é a mesma saindo das duas cidades, a Jadrolinija, o que muda é a duração da viagem.
– A Croácia nos pareceu um país muito seguro e não tivemos nenhum problema durante nossa viagem. Mas seguro morreu de velho e é sempre bom tomar cuidado. Nós, por exemplo, só viajamos durante o dia, especialmente porque algumas estradas são bastante sinuosas e ficam entre montanhas e o mar (penhascos).
– Em algumas estradas encontramos rest areas, com acostamento e banheiros. Os postos de gasolina também têm banheiros gratuitos nas lojas de conveniência que estão sempre muito limpos.
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Custo
A Croácia é um país barato, quando comparado a países da Europa Ocidental, já na comparação com o Leste Europeu, pode ter um custo mais alto dependendo da cidade.
Como em qualquer lugar do mundo, as cidades mais turísticas e as ilhas têm um custo mais alto. Em Zagreb, por exemplo, uma cerveja pode ser até 4 vezes mais barata do que em Dubrovnik, que foi, sem dúvida, a cidade mais cara que visitamos no país.
Média de nossos gastos:
Hospedagem – Pagamos entre 25 (Zagreb) e 75 euros (Dubrovnik), em quarto privado com banheiro.
Refeição – Pagamos entre 50 a 370 kunas (6 a 49 euros) em refeições para duas pessoas. A variação de preço depende da refeição, se inclui bebida e da cidade.
Gasolina – Pagamos 9,22 kunas pelo litro (1,23 euros).
Cerveja – Pagamos entre 15 kunas até 50 kunas (2 a 6 euros) em 0,5l de cerveja. A variação do preço depende da cidade. A mais cara foi no centro histórico de Dubrovnik.
Atrações turísticas – As mais caras que pagamos foram os parques Nacionais de Plitvice e Krka, que pagamos entre 110 e 150 kunas (14 e 20 euros), mas ambas têm mudanças de preços de acordo com a época do ano. Veja aqui:
Em Dubrovnik, compramos o Dubrovnik Card, que tem opções de 1, 3 ou 7 dias e inclui as principais atrações. Compramos o cartão de 1 dia por 170 kunas (22 euros por pessoa). Comprando online tem desconto.
Com essas dicas, você já pode começar a planejar sua viagem pela Croácia. Em breve, publicarei os posts com dicas de cada cidade.
Planejei minha viagem para Croácia e roteiro com a ajuda da Carla Boechat do blog Fui, Gostei e Contei, que viveu no país por alguns meses e tem posts sobre vários destinos croatas no blog.