Lago Titicaca (lado boliviano): Copacabana e Isla del Sol

A Bolívia não tem um mar para chamar de seu, mas tem o Lago Titicaca. Considerado o lago navegável mais alto do mundo, o Titicaca tem  8.300 km2 e está situado a 3.821 metros acima do nível do mar. O lago fica na fronteira da Bolívia com o Peru, país ao qual também pertence. Ao longo do lago, nos dois países, estão várias praias e mais de 40 ilhas. Do lado boliviano, as mais conhecidas são a praia de Copacabana e a Isla del Sol.

O Lago Titicaca é de grande importância para o povo dos dois países, pois foi de suas águas que nasceu a civilização Inca. Por isso, também ao seu redor e em suas ilhas estão diversos sítios arqueológicos. O Titicaca é abastecido pela água das chuvas e do degelo da neve que vem das montanhas do altiplano. Para os povos indígenas dos dois países, as montanhas também são consideradas sagradas.

Isla del Sol
Isla del Sol

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Copacabana

A praia brasileira de Copacabana pode até ser mais famosa, mas ganhou este nome em homenagem a praia boliviana. A Copacabana boliviana é a principal cidade às margens do Titicaca, de onde saem os barcos para a Isla del Sol. Além do lago, a cidade também é conhecida pela Igreja de Nossa Senhora de Copacabana, padroeira da Bolívia.

 Igreja de Nossa Senhora de Copacabana
Igreja de Nossa Senhora de Copacabana

É possível chegar em Copacabana de ônibus vindo de La Paz, na Bolívia ou Puno, no Peru. Para quem sai da Bolívia, a viagem dura entre 3h ou 4h. Os ônibus saem da rua lateral do cemitério de La Paz e, algumas vezes, param para conseguir mais passageiros em El Alto. Por isso, pode se atrasar um pouco mais. Em um trecho do caminho é preciso descer do ônibus e pegar um barco. A travessia de barco não está inclusa na passagem do ônibus, mas custa um valor irrisório de 2 bolivianos. Para quem sai de Puno, a viagem também dura cerca de 3 horas e inclui a parada nas imigrações do Peru e Bolívia. Os ônibus saem da rodoviária da cidade.

A travessia para continuar na estrada para Copacabana é feita nestes pequenos barcos
A travessia para continuar na estrada para Copacabana é feita nestes pequenos barcos

Uma noite é suficiente para conhecer Copacabana. Apesar de muito pequena, a cidade oferece muitas opções de hospedagem. As melhores e mais caras ficam na orla (Av. Costanera) de frente para o Titicaca. As mais econômicas ficam próximas da igreja ou na rua em frente a âncora (Av. 6 de Agosto). Nessas duas ruas também estão a maior parte dos restaurantes. Não deixe de provar os pratos de “Trucha”.

Av Costanera
Av Costanera

Av. 6 de Agosto
Av. 6 de Agosto

A Basílica de Nossa Senhora de Copacabana é o principal ponto turístico da cidade. A igreja é enorme e muito bem conservada. A entrada é gratuita. Em frente à igreja fica a Plaza 2 de Febrero. Outro ponto visitado é o Cerro Calvario, de onde se tem uma vista para a cidade e o Lago Titicaca.

Basílica de Nossa Senhora de Copacabana
Basílica de Nossa Senhora de Copacabana

Plaza 2 de Febrero
Plaza 2 de Febrero

Píer Copacabana
Píer Copacabana

Na Orla são oferecidos passeios de pedalinho, caiaque e de barco. Copacabana é a base para quem quer conhecer a Isla del Sol.

Pôr do Sol em Copacabana
Pôr do Sol em Copacabana

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Isla del Sol

A Isla del Sol é, sem dúvida, a mais famosa das 41 ilhas do Lago Titicaca, pois teria sido nela que os Incas começaram o seu império. Por isso, também, é considerada sagrada.

Templo Chinkana em Isla del Sol
Templo Chinkana em Isla del Sol

Os barcos para a Isla del Sol saem de Copacabana duas vezes por dia. O ticket pode ser comprado no próprio cais e custa 20 ou 25 bolivianos, dependendo da negociação e do lado da ilha em que você pretende descer.

A ilha é dividida em lado Norte e Sul e em pequenos vilarejos. O lado Sul é o mais próximo de Copacabana e oferece mais opções de hospedagens. Mas para conhecer toda a ilha é interessante descer primeiro no lado Norte, conhecer os sítios arqueológicos desse lado e ir caminhando até o Sul. O trajeto de barco de Copacabana até o lado Norte dura 2 horas.

O barco deixa primeiro os passageiros do lado Sul, depois faz uma parada no centro da ilha até chegar ao Norte. Neste lado, normalmente, os turistas são recebidos por um local que oferece um tour guiado pelos sítios arqueológicos e depois indica o caminho da trilha para o lado Sul.

Guia dá explicação no Museu do Ouro
Guia dá explicação no Museu do Ouro

Mesa de Sacrifício, no lado Norte
Mesa de Sacrifício, no lado Norte

Importante: cada povoado da Ilha cobra uma “taxa de visita”. Muitas vezes os turistas não são informados dessas taxas até se deparar com o “pedágio”. Os locais informam que essas taxas são do governo. Mas na Isla del Sol não há nenhuma presença governamental, nenhum funcionário ou polícia. Então, espera-se que as taxas sejam revertidas em benefícios para as comunidades.

Trilha do lado Norte para o lado Sul
Trilha do lado Norte para o lado Sul

No lado Norte, “Comunidade Challapampa”, combram 10 bolivianos; no Centro, “Comunidade Challa”, 15 bolivianos; e no Sul, “Comunidade Yumani”, 5 bolivianos.

Placa com a cobrança do "pedágio"
Placa com a cobrança do “pedágio”

A parte chata é que uma comunidade não informa da taxa da outra. Então, você sempre pensa que aquela é a última taxa. Mas eles são bem organizados e entregam recibos bem elaborados, que teoricamente, você teria que apresentar a um “fiscal”. Mas isso não existe.

Na visita guiada no lado Norte, depois de pagar a taxa de entrada, são visitados o Museu de Ouro da Cidade Submersa, a Pedra Sagrada, o Templo del Inca, a Mesa de Sacrifício e o templo Chincana. Durante a caminhada, que leva cerca de 40 min, o guia local explica sobre a história da ilha, o significado dos templos, como funciona a agricultura na ilha, como as comunidades se organizam, entre outras coisas. É interessante para entender a importância da Isla del Sol para os Incas e o povo indígena.

O único problema é que no início do tour o guia não fala em quanto custa o passeio e ao final cobra “propina” (gorjeta) para os turistas, no valor de 20 bolivianos por pessoa. Mas cada um acaba pagando quanto pode e quer.

O guia também indica o caminho do Norte para o lado Sul, que começa próximo a “Roca Sagrada”. Eles dizem que o trajeto pode ser feito em 1h30 a 2h para quem tem um bom ritmo. Mas com paradas para descanso e fotos pode levar até 3h ou 4h. Para quem pretende voltar a Copacabana no mesmo dia é preciso apressar o passo, pois os barcos do lado Sul saem às 15h.

A trilha é de nível fácil, com algumas subidas e descidas. O maior problema, no entanto, é que a Isla del Sol fica a 4 mil metros de altitude, então, sente-se muito cansaço durante a caminhada. É importante levar água e lanche para fazer o trajeto, pois no caminho há apenas algumas barraquinhas, que nem sempre estão abertas. Leve também doces ou dinheiro trocado, pois eventualmente, surgem algumas crianças pedindo chocolates ou trocados.

Paisagem ao longo da trilha em Isla del SOl
Paisagem ao longo da trilha em Isla del Sol

A paisagem ao longo da trilha é belíssima. Como a trilha fica na parte mais alta e bem no meio da trilha, é possível ter uma visão panorâmica de todos os lados.

Paisagem ao longo da trilha em Isla del SOl
Paisagem ao longo da trilha em Isla del Sol

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Ao chegar no lado Sul há várias opções de pousadas e hostels, baratas ou caras, algumas oferecem até internet. Como ficam muito próximas uma das outras, faça pesquisa ao chegar lá. Também recomendo pagar um pouco mais por um quarto com uma boa vista. Importante lembrar que a maioria das pousadas só recebe dinheiro em espécie.

Vista da janela do nosso quarto no lado Sul da ilha
Vista da janela do nosso quarto no lado Sul da ilha

Vale muito a pena passar uma noite na ilha para apreciar o pôr do sol, as estrelas, a lua, a tranquilidade e energia do lugar. No dia seguinte, você pode pegar o barco no cais do lado Sul, pela manhã ou tarde. A viagem demora 1h30 e, se sair pela manhã, você pode chegar a tempo de pegar o ônibus de volta para La Paz ou para o Peru.

Escadaria que dá acesso ao lado Sul de Isla del Sol
Escadaria que dá acesso ao lado Sul de Isla del Sol

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Bate volta de La Paz a Tiwanaku, as ruínas pré Incas

A 72 km de La Paz está o sítio arqueológico de Tiwanaku (também se escreve Tiahuanaco, Tiahuanacu e Tihunaco), Patrimônio Mundial da Unesco desde 2000. Um bate-volta imperdível para quem visita a capital administrativa da Bolívia. Algumas agências oferecem o passeio de um dia, mas ir por conta própria é bem fácil.

As vans para Tiwanaku saem da rua paralela ao cemitério de La Paz, do mesmo lugar de onde partem. Duas cooperativas oferecem o trajeto. O trecho custa 10 bolivianos por pessoa, com o mínimo de 10 pessoas. É preciso esperar a van lotar ou ratear o valor mínimo. Por isso, o melhor horário para ir é no início da manhã, quando mais pessoas procuram o serviço e o número mínimos de passageiros é alcançado logo.

Tiwanaku
Tiwanaku

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Hospedagem em La Paz: Review Landscape – Bolivian Home B&B

Em La Paz tivemos uma das melhores hospedagens do nosso mochilão pela Bolívia, Chile e Peru. Ficamos no Landscape – Bolivian Home B&B, no bairro de Sopocachi, uma área residencial, bonita e tranquila. O Landscape fica em um casarão de quatro andares e até quando nos hospedamos tinha apenas quartos duplos e triplos. Mas estavam construindo quartos compartilhados, com poucas camas.

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Nosso quarto no Landscape
Nosso quarto no Landscape

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La Paz, a capital mais barata da América Latina é cheia de atrativos

La Paz foi considerada a capital mais econômica para viajar da América Latina em 2014, em pesquisa realizada pelo site Tripadvisor. Mas, além da grande vantagem da economia, a capital administrativa da Bolívia é uma cidade cheia de atrativos. Há quem diga também que se você não for a La Paz não conheceu bem a Bolívia. A cidade é a mais populosa e multicultural do país, e por isso, é a mais representativa.

La Paz vista de El Alto
La Paz vista do teleférico

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Mochilão na Bolívia: 10 coisas que você precisa saber antes de ir

Um país cheio de belezas naturais e culturalmente rico. Vizinho do Brasil, barato para viajar e  que não exige visto para os países do Mercosul. Assim é a Bolívia. No entanto, o país ainda está fora da lista dos destinos mais visitados pelos turistas brasileiros, que na América do Sul, inclui Chile e Argentina. Talvez porque a Bolívia tenha  fama de “durona”. Você sempre irá ouvir alguém dizer que é um país difícil de viajar. Para os mochileiros, no entanto, esse pode ser um atrativo a mais. Um desafio. Mas não é para tanto. Você só precisa saber de algumas coisas antes de ir e poderá tirar a viagem pelo país “de letra” e, certamente, irá se surpreender. Neste post, listei as 10 principais coisas que você precisa saber para planejar o seu mochilão pela Bolívia.

Laguna e vulcão da região de Lipez
Laguna e vulcão da região de Lipez

1- Viaje com milhas

É possível viajar para Bolívia com a mesma quantidade de milhas necessárias para viajar pelo Brasil. Com 10 mil milhas por trecho é possível emitir uma passagem para o país. Em geral, os trechos com milhas são oferecidos para Santa Cruz de la Sierra. Para quem é da região sul e sudeste também há muitas promoções de passagens que podem compensar mais do que usar as milhas.

2- É muito barato

Em tempos de alta de dólar, todo mundo está buscando por destinos mais baratos e a Bolívia é um deles. Apesar de o real também ter se desvalorizado com relação ao Boliviano (veja aqui a cotação atual), o custo de viajar pelo país é ainda muito baixo. É possível ficar em um quarto compartilhado, pagando R$ 15, na capital La Paz; pagar em torno de R$ 5 por uma refeição com entrada, prato principal e suco; e menos de R$ 0,50 em uma passagem de transporte público.

3- É um país cheio de belezas

Alguns dos lugares mais bonitos que já vimos no Mundo (Salar de Uyuni, Lipez e Isla del Sol) ficam na Bolívia. O país tem muitas belezas e o melhor é que algumas delas ainda não são tão exploradas. Mas da mesma forma também não estão preparadas para receber os turistas mais exigentes, porém satisfazem bem as necessidades de um mochileiro.

Isla del Sol
Isla del Sol

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Bolívia: La Paz, Salar de Uyuni, Copacabana e Isla del Sol

Olá viajantes!

Hoje o Compartilhe Viagens recebe a visita do casal blogueiro Jackeline Mota e Rômulo Elizardo do Viaje Sim. Jackie é mineira, jornalista e mestranda em Estudos Estratégicos; Rômulo, médico e pós-graduando em neurociências. Juntos, eles dividem relatos e dicas sobre suas viagens no blog que tem uma história da escolha do nome muito interessante: o SIM faz uma referência ao casamento (os dois começaram escrevendo sobre destinos de lua de mel). Mas também faz uma referência a um episódio da vida de John Lennon e Yoko Ono. Pois Jackie é Beatlemaníaca. 

Segundo conta o casal SIM, John conheceu Yoko ao visitar sua exposição em Londres e a primeira obra que John viu no local era uma escada branca que levava ao teto também branco onde estava pendurada uma lupa e com ela lia-se no teto a palavra “Sim”. John disse que se houvesse lido qualquer outra palavra, teria ido embora. Mas como era sim, resolveu ficar e acabou conhecendo Yoko.
Bem, hoje Jackie e Rômulo dividem com a gente o Mochilão que eles fizeram em janeiro deste ano pela Bolívia e revelam para a gente um país vizinho com paisagens belíssimas e lugares incríveis.
Boa viagem! 

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