Depois do Real Gabinete Português de Leitura, um dos passeios mais interessantes que fizemos em nossa última viagem ao Rio de Janeiro foi ao Parque das Ruínas, no bairro de Santa Teresa. Trata-se de um centro cultural que funciona, nas ruínas de um antigo palacete, e de onde é possível ter vista para alguns dos principais cartões postais da cidade, como o Cristo Redentor, a Baía de Guanabara, a Catedral e os Arcos da Lapa. Assim como no Real Gabinete, a entrada é gratuita.
As ruínas são de um neo-colonial, construído entre 1898 e 1902 e que pertencia a Laurinda Santos Lobo, mecenas das artes do Rio de Janeiro, que realizava famosos bailes e saraus, que contavam com a presença de artistas como Villa Lobos e Tarsila do Amaral. O casarão era considerado o ponto de encontro do modernismo no Rio.
Laurinda faleceu em 1946 e não deixou herdeiros. O casarão foi deixado, em testamento, para a Sociedade Homeopática, que nunca tomou posse. Com o abandono, o prédio foi saqueado e ocupado por moradores de rua.
Em 1996, a prefeitura do Rio encomendou um projeto desenvolvido pelos arquitetos Ernani Freire e Sônia Lopes, que uniram às ruínas do palacete a novas estruturas, em ferro e vidro. Após a reforma, o espaço foi aberto em 1997 para funcionar como centro cultural, que inclui teatro, galeria de arte, palco externo, parque infantil, terraços panorâmicos e café.
No terraço que fica no alto do prédio é possível ter uma vista para o centro do Rio, o Corcovado, para Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar, estes dois últimos também podem ser vistos do terraço ao lado do café.
O passeio ao Centro Cultural pode levar 1h ou 2h dependendo do ritmo do viajante, pois rende muitas fotos e também pode ser um bom lugar para descansar, tomar um café ou brincar com as crianças.
Endereço: Rua Murtinho Nobre, 169 Santa Teresa Telefone: (21) 2215-0621/ 2224-3922 Horário: Aberto de terça-feira a domingo, das 8h às 18h.
Eu sei, eu sei. Um dia apenas em qualquer cidade é muito pouco. Mas, às vezes, é o que temos. Fazia muito tempo que queria conhecer Curitiba, mas a oportunidade só surgiu este ano, quando fizemos a viagem do Chile ao Rio de Janeiro. Como deixamos para o final, o tempo ficou curto e acabou restando apenas um dia em Curitiba. Mas o que importa é que aproveitamos muito bem. Demos a sorte de pegar um dia ensolarado (que dizem que é raro por lá) e conseguimos visitar alguns dos lugares mais bonitos da cidade. Se você também tem só 1 dia ou 2 (e não quer viajar tão corrido) na capital paranaense, o nosso roteiro pode lhe ajudar.
Além de um dia de sol, conhecemos Curitiba em um domingo. Dia da feirinha do Largo da Ordem. Nós chegamos bem cedo, vindos no ônibus noturno de Foz do Iguaçu, e estávamos hospedados no Hostel Matilda, um albergue muito bom, com quartos compartilhados e privativos, que fica a menos de 200 metros do Largo da Ordem, onde começa a feira.
A feira é enoooorme e ocupa o centro histórico de Curitiba. Enquanto íamos passando pelas barraquinhas que vendem de tudoo, comida, artesanato, quadros, objetos usados, lembrancinhas da cidade etc, íamos vendo também e visitando alguns dos prédios históricos do centro, como a Igreja da Ordem, Igreja do Rosário, a Catedral de Nossa Senhora da Luz, o Palácio Garibaldi, a Mesquita Imam Ali e vários casarões e palacetes.
Se você também tiver em Curitiba em um domingo, reserve a manhã inteira para a feirinha, que vai das 9h às 14h. O legal é que não é um evento apenas para turistas, as pessoas da cidade frequentam em peso e, além das barraquinhas, há várias atividades paralelas, como yoga no parque, brincadeiras para crianças, exposição de carros antigos e, quando fomos, tinha até várias pessoas vestidas com roupas típicas alemãs e Hare Krishna cantando e tocando no largo. Os restaurantes e bares também abrem e dá para esticar o passeio com o almoço.
Nós aproveitamos para visitar a Mesquita de Curitiba, que está aberta para visitação aos domingos, das 10h30 às 13h30. A mesquita é menor do que a de Foz, mas é muito bonita, especialmente a fachada. Para entrar, como em toda mesquita, é preciso tirar os sapatos e as mulheres recebem uma abaya para cobrir a cabeça e o corpo.
Também visitamos a Catedral, que fica em frente ao Marco Zero de Curitiba, onde a cidade nasceu.
Mesmo para quem não estiver na cidade no domingo, vale visitar o centro histórico da cidade, que é bem preservado e aparentemente seguro para passear (claro que em se tratando de Brasil, é preciso sempre ter cuidado). Vários hostels, pousadas e hotéis ficam nesta região. Quem quiser saber mais sobre o centro histórico de Curitiba, encontrei este site com várias informações sobre a história do lugar, os prédios, eventos, bares e restaurantes etc: http://www.centrohistoricodecuritiba.com.br/
Depois da feirinha, seguimos o passeio em um dos cartões postais da cidade, o Jardim Botânico. Inspirado nos jardins franceses, o Jardim Botânico de Curitiba se destaca por sua grande estufa em estrutura de ferro e vidro. Dentro dela estão espécies de plantas de todo o Brasil, mas em especial da flora paranaense.
O parque tem ainda lagos, pista de caminhada, um Museu Botânico, um Jardim de Plantas Nativas e um Jardim de Sensações, onde o visitante pode percorrer uma trilha de 200 metros com os olhos vendados para perceber as plantas, por meio do tato e olfato. São 60 espécies de plantas neste jardim, que possui também placas em braile com informações sobre as plantas. O Jardim Botânico está aberto todos os dias, das 6h às 20h no verão e até às 19h30 no inverno. O Jardim das Sensações funciona de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 17h.
O Jardim Botânico é enorme, são 178 mil metros quadrados e poderíamos passar a tarde inteira lá, ainda mais em um domingo de sol. Mas de lá, seguimos para a Ópera de Arame. Se tivéssemos mais tempo (se não tivéssemos demorado tanto na feira), poderíamos ter ido também no Museu Oscar Niemeyer, também conhecido como Museu do Olho, que fica no caminho entre o Jardim Botânico e a Ópera de Arame. O museu funciona de terça a domingo, das 10h às 18h. A entrada custa R$ 16 inteira e R$ 8 meia.
A Ópera de Arame é um teatro com capacidade de 1.572 espectadores. Mas mesmo que você não esteja indo lá para ver um espetáculo, a estrutura metálica com teto de vidro, que fica em parte sobre um lago, é bem bonita e moderna e merece ser vista de perto. A ópera fica dentro do Parque das Pedreiras e tem muito verde em volta e uma cascata.
A ópera pode ser visitada (o exterior) de terça a domingo, das 8h às 18h. No andar de baixo tem um café e quando fomos tinha música ao vivo. Também deve ser bonito ir à noite para ver a ópera toda iluminada.
A última parada do nosso dia em Curitiba foi no Parque Tanguá. Um parque gigantesco de 235 mil metros quadrados, que foi criado para proteger o curso do rio Barigui. O parque tem muito verde, duas pedreiras, o rio, pistas de cooper, ciclovia, mirante, bistrô.
Como chegamos já no fim de tarde, fomos direto para o mirante assistir ao pôr do sol, que foi lindo. Para fechar, à noite, ainda tomamos uma cervejinha e comemos comida alemã no Bar do Alemão, que fica no centro histórico.
Todos os lugares que visitamos podem ser acessados de ônibus convencional (a tarifa custa R$ 4,25) ou ônibus da linha turística, a famosa jardineira de Curitiba. O ticket do ônibus turístico custa R$ 45, podendo desembarcar 4 vezes. Mas como estávamos em 3 pessoas, fizemos tudo de Uber e gastamos R$ 52,30 para os 3, fazendo 4 trechos, incluindo a volta para o hostel!
Bem, eu sei que Curitiba tem muito mais a oferecer, mas acho que consegui aproveitar bem para uma primeira vez e apenas um dia. Para quem quiser saber mais sobre a cidade, indico o blog Mochilão Trips, da Carol Moreno, que é curitibana e, quando não está viajando, mora na cidade e organiza o Tour Comida de Boteco, um passeio muito legal em que são visitados 4 bares da cidade, provando petiscos. Uma maneira muito legal de conhecer a noite curitibana. O tour acontece às quintas ou sábados. Estava morrendo de vontade de ir, mas infelizmente, não fomos no dia que tinha o tour. Mais um motivo para voltar.
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A cidade de Salta, capital da província argentina de mesmo nome, é escolhida, por muitos viajantes, como base para conhecer a região andina no Norte do país. Em quéchua, a língua dos Incas, “Sarta”, como era chamada por eles, significa “A Linda”. O nome faz jus a bela cidade colonial, cercada por montanhas. Nós dedicamos 1 dia para conhecer o centro histórico de Salta e acompanhamos um free walking tour, que considero uma ótima maneira de conhecer cidades em um curto tempo.
O free walking tour de Salta, sai às 10h, de segunda a sábado, de frente a Catedral. São 2 horas de passeio com guia em dois grupos: inglês e espanhol. A empresa que oferece o passeio é a Salta Free Walks. Nós fizemos o tour com o guia Homero, que deu ótimas explicações, enquanto apresentava a cidade.
Começamos o tour no Parque Plaza 9 de Julio, onde estão a Catedral Basílica de Salta, o Museu de Arte Contemporânea, Museu de Arqueologia de Alta Montanha e o Cabildo. Esses dois últimos visitamos depois do walking tour.
No período colonial, Salta fazia parte da rota Camino Real dos espanhóis e era uma cidade estratégica, por estar na metade entre Lima e Buenos Aires. A cidade era dividida entre os ricos, que viviam ao Norte do centro, e os pobres, ao Sul. A Plaza 9 de Julio é o ponto central da cidade, onde começam os números dos prédios, a partir do 0, contando de Norte a Sul e de 500, de Leste a Oeste.
A Calle Caseros, que fica em uma das laterais da praça, era a antiga Calle do Comércio, o centro da movimentação comercial de Salta no período colonial. Se vocês observarem nas ruas do centro histórico de Salta
tem plaquinhas com o nome atual e o antigo e uma breve explicação sobre os nomes. Nas calçadas, também tem plaquinhas com setas, que indicam uma rota turística que pode ser feita por conta própria. Mas como são pisadas o tempo todo, nem todas estão em boas condições.
Depois da praça principal, seguimos para a Igreja de São Francisco, um dos prédios mais antigos da cidade. Os espanhóis sempre que fundavam uma cidade, construíam primeiramente uma igreja franciscana ou jesuíta.
A Igreja de São Francisco de Salta tem uma torre independente, que mede 54 metros de altura, sendo o campanário mais alto da América do Sul. Esta igreja tem uma bela fachada e um interior muito bonito também. Durante o tour, é dado um tempo para visitá-la.
Ao lado da igreja fica o Convento San Bernardo, que foi o primeiro hospital da cidade. Hoje funcionam como um claustro, onde vivem 19 freiras enclausuradas. A mais nova tem 30 anos e entrou há 12 anos. Depois que as freiras entram no Convento, não podem sair, nem para visitar as pessoas de fora. Antigamente, elas não podiam falar com ninguém. Mas hoje em dia, elas podem conversar entre elas e falar com outras pessoas pelas janelas. Também hoje em dia é permitido desistir da vida enclausurada.
A porta do Convento foi toda feita a mão por nativos, em 1762, e foi doada por uma família rica da cidade. Na porta estão talhadas imagens que representam o ciclo da vida. A porta também tem abertura que permitia a entrada de carruagens.
Depois do Convento, caminhamos em direção a avenida General Güemes, uma rua muito bonita, cheia de casarões, até chegarmos ao Monumento General Martín Miguel de Güemes, um importante personagem da independência argentina.
O general Güemes, era criollo (descendente de espanhol nascido na América Latina), nascido em Salta, e criou uma guerrilha para lutar na revolução contra os espanhóis pela independência da Argentina.
O monumento em sua homenagem que fica em um parque, em uma parte alta de Salta, celebra a comunhão entre a guerrilha de Güemes e o exército de Manuel Belgrano, outro militar independentista, que foi o criador da bandeira argentina.
Aliás, a Argentina comemora a Independência em duas datas, 25 de maio, data que marca a Revolução de Maio, quando em 1810, os argentinos declararam independência, começando uma guerra contra a Espanha e 19 julho, quando em 1816, houve de fato o reconhecimento da independência.
O free walking tour termina na Plaza Manuel Belgrano, onde fica o prédio onde funcionou a primeira cadeia de Salta, no século 17, que atualmente funciona como um prédio administrativo da Polícia.
Como todo free walking tour não é cobrado um valor fixo, mas é esperado que se pague uma gorjeta ao guia no final. Como comentei, Homero deu ótimas explicações e o tour foi uma boa maneira de começar a conhecer a cidade.
Se quiser almoçar antes de passear mais pela cidade, os restaurantes que nos foram recomendados por Homero foram o Viracocha e o Doña Salta. Este último fica próximo a igreja São Francisco e foi a nossa escolha, pois nos disseram que tinha as melhores empanadas da cidade. O restaurante é bem chiquezinho e o preço não é tão acessível, mas os pratos são bem saborosos. Se você procura algo mais em conta, pode ir também ao Mercado Municipal San Miguel, que tem vários restaurantes com pratos regionais.
Também há muitos restaurantes na chamada região Macrocentro, que fica nos arredores do centro histórico, e é considerada o Palermo de Salta.
Para completar o roteiro de 1 dia em Salta, visitamos o Museu de Arqueologia de Alta Montanha. O museu funciona de terça a domingo, das 11h às 19h30.
O MAAM preserva a descoberta arqueológica chamada de Filhos do Llullaillaco, que são crianças que foram sacrificadas há mais de 500 anos, em cerimônias incas, no alto do vulcão Llullaillaco, que fica na fronteira entre Argentina e Chile. Em 1999, uma expedição arqueológica descobriu as múmias dessas crianças e objetos que foram enterrados junto com elas, que estão hoje em exibição no museu. A descoberta foi fundamental para os cientistas estudarem esses rituais incas.
Devido às condições climáticas da montanha, as múmias são consideradas as mais bem preservadas do mundo. As múmias do museu são La Doncella, de 15 anos de idade; El Niño, de 7 anos de idade; e La Niña del Rayo, de 6 anos, que foi chamada assim porque caiu um raio em cima dela e queimou parte do rosto, braços e sua roupa. As múmias não ficam todas em exposição ao mesmo tempo.
Além da coleção, o MAAM traz explicações sobre o mundo andino e a cultura Inca. A entrada custa 130 ARS para adultos. Não é permitido fotografar dentro do museu.
Depois do museu visitamos ainda o Cabildo, prédio da antiga prefeitura de Salta, que funciona hoje como um museu com peças históricas, quadros, móveis, objetos que pertenceram ao General Martín Miguel de Güemes e a sua família e também do Gral. Manuel Belgrano, como uniformes, armas e objetos pessoais. No andar de baixo, tem ainda uma exposição de carruagens. E da varanda do Cabildo é possível ter uma vista para a praça principal. Funciona de terça à sexta (das 9h30 às 13h30 e das 15h30 às 20h30), sábados (16h30 às 20h30) e domingos (das 9h30 às 13h30). Entrada gratuita.
Para fechar o dia em Salta é imperdível fazer o passeio de teleférico no Cerro San Bernardo. É possível subir o cerro caminhando, mas é uma boa subida. Por isso, recomendo ir mesmo de teleférico. Funciona todos os dias, das 10h às 18h30. O bilhete ida e volta custa 200 ARS por adulto. O endereço de partida do teleférico é: Av. San Martín esquina com Hipólito Irigoyen.
O cerro está a 1471,92 metros de altitude e a cidade de Salta, a 1187 metros. Além da vista incrível para a cidade e para as montanhas, lá no alto do Cerro tem jardins, uma fonte artificial, lojas de artesanato, anfiteatro.
Recomendo ir no fim da tarde para ver o pôr do sol e o anoitecer lá do alto. Um fim de dia perfeito.
Onde ficar em Salta
O ideal em Salta é ficar o mais próximo possível do centro histórico e da praça principal. Nós nos hospedamos no Coloria Hostel, que fica a 200 metros da praça principal. O hostel é grande com quartos compartilhados e privativo, com banheiro compartilhado. Tem uma área de uso comum bem espaçosa e jardim com piscina. O café da manhã está incluído na diária.
Eles oferecem transfer para o aeroporto (pago a parte), e opções passeios para os arredores de Salta e também tem parcerias com locadora de carro, que deixam o carro lá. Nós alugamos o carro com eles e ocorreu tudo bem.
A cidade medieval de Dubrovnik, na região da Dalmácia, sul da Croácia, está entre as mais bonitas do país e, na minha humilde opinião, do mundo (entre as que já estive, claro!). Conhecida como “Pérola do Mar Adriático”, Dubrovnik tem um centro histórico Patrimônio Mundial da Unesco, protegido por muralhas e fortificações bem conservadas, repleto de igrejas, museus e galerias. E em volta da cidade estão belas praias de águas cristalinas. Como se não bastasse, a cidade foi uma das principais locações da série no Game of Thrones, que fez explodir o número de turistas. Por isso, o custo em Dubrovnik é um dos mais caros do país. Para conhecer o mais importante que a cidade tem a oferecer, com o mínimo de tempo e de forma mais econômica, nós fizemos um roteiro de 2 dias em Dubrovnik, utilizando o Dubrovnik Card, que compartilho agora com vocês:
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Como chegar
Dubrovnik fica no sul da Croácia, na parte do país que fica depois da Bósnia. A distância da capital, Zagreb, é de quase 600 km e é preciso cruzar a fronteira com a Bósnia, o que demanda custos extras com o seguro do carro, por isso, muita gente prefere chegar de avião. Do aeroporto de Dubrovnik (http://airport-dubrovnik.hr/index.php/hr/) até o centro histórico são cerca de 30 minutos.
Como nós fizemos uma viagem de carro de 10 dias pela Croácia, chegamos em Dubrovnik de carro, por Hvar (186 km de distância). E, na volta para Zagreb, passamos uma dia em Split (229 km). Na ida e na volta, precisamos cruzar a fronteira com a Bósnia (observe o mapa da Croácia, o país é dividido em dois, devido a um pequeno trecho de acesso ao mar que pertence a Bósnia).
Para cruzar a fronteira, se você estiver de carro, é preciso ter um “Green Card”, um seguro especial só para ter direito a cobertura na Bósnia que é obrigatório para quem aluga carro na Croácia. Esse seguro é feito na hora, na própria locadora e sai em torno de 40 euros com as taxas (julho de 2016), com validade para 14 dias. Também lembre-se de ter o passaporte em mãos na hora de cruzar a fronteira.
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Onde ficar
As principais atrações de Dubrovnik ficam no centro histórico (Old Town), mas as hospedagens dentro das muralhas e no entorno também são mais caras. E tudo em Dubrovnik já é bem mais caro do que nos demais destinos croatas. Se você estiver viajando de carro, também precisa ficar atento se a hospedagem dispõe de estacionamento.
Nós nos hospedamos em uma área mais moderna da cidade, em Lapad. Ficamos em um Bed and Breakfast muito bom, o Cosmopolitan House Dubrovnik. O nosso quarto era muito confortável, espaçoso e com uma varanda com uma vista incrível para o mar. O dono da casa é muito simpático e prestativo. Muito próximo à casa, na rua que leva até a praia, tem muitos restaurantes e bares. É muito bonito!
A praia fica a 3 minutos de caminhada e é também muito bonita, com aquele mar azul translúcido da Croácia. Para chegar até o centro histórico, pegávamos um ônibus bem próximo e em 15 minutos estávamos lá.
*O Compartilhe Viagens participa de um programa de afiliados do Booking.com, por meio do qual é possível reservar hotéis com descontos e segurança e ainda ajudar ao blog se manter. Nós recebemos uma pequena comissão e você não paga nada mais por isso.
Dubrovnik Card
A forma mais econômica de visitar as principais atrações da cidade é com o Dubrovnik Card. O cartão pode ser facilmente adquirido em vários pontos da cidade, como hoteis e centros de informações turísticas (Veja aqui os pontos de venda: http://www.dubrovnikcard.com/how-it-works/#where-to-buy-). E comprando online, você tem 10% de desconto.
O cartão de 1 dia a entrada em 6 museus, 2 galerias e nas muralhas da cidade antiga. Além de 24h de transporte público. Custa 170 Kunas (Vale muito a pena, pois só a entrada da Muralha, se for paga a parte, custa 150 kunas) ou 153 KN, comprando online.
O cartão de 3 dias dá direito a entrada nos mesmos locais e mais o Museu em Cavtat, e ônibus até Cavtat. Além de 30% de desconto no Konavle Heritage Museum, Račić Family Mausoleum, Lokrum Reserve e Dubrovnik Summer Festival. Custa 250 Kunas ou 225 KN, comprando online.
O cartão de 7 dias oferece o mesmo que o de 3 dias mais 30% de desconto no Konavle Heritage Museum, Račić Family Mausoleum e no Mljet National Park; e 50% de desconto na Lokrum Reserve e Dubrovnik Summer Festival. Sai por 350 Kunas ou 315 KN, comprando online.
Uma dica importante, a contagem de 1 dia é feita a partir da primeira validação no ônibus ou entrada em uma das atrações e vale por 24 horas. Por isso, para o roteiro de 2 dias compramos apenas o cartão de 1 dia. Assim, começamos as visitas no centro histórico em uma tarde e finalizamos na manhã seguinte.
Como disse, conhecemos o centro histórico de Dubrovnik em 2 dias com o cartão de 1 dia. Para não validarmos logo o cartão, pagamos o primeiro ônibus a parte, chegamos no centro histórico e fizemos primeiro um passeio por dentro das muralhas e locais que não precisavam pagar.
Depois começamos a visitas das atrações incluídas no cartão pela Muralha da Cidade Antiga.
A muralha tem mais de 25 metros de altura e quase 2km de extensão. Foi construída entre os séculos 8 e 16.
É um ótimo ponto de partida para conhecer a cidade, pois é possível vê-la do alto e identificando alguns lugares que você visitará em seguida. A vista lá de cima é realmente incrível e também é possível ver as praias e a ilha de Lokrum.
Um ponto importante das muralhas é a Minčeta Tower, onde foram gravadas cenas da série Game of Thrones com Daenerys Targaryen.
Entrada: 150 kunas (se for pago a parte) – Incluído no Dubrovnik Card
Recomendo começar a volta nas muralhas pelo Pile Gate e ir pela esquerda, no sentido anti-horário. Ao dar a volta completa, você descerá próximo ao Museu do Mosteiro dos Frades Franciscanos (Friars Minor Franciscan Monastery Museum), que também está incluído no cartão.
O mosteiro e a farmácia, que pertence a ele, são do ano de 1317. A farmácia é uma das mais antigas da Europa e tem uma coleção de literatura sobre farmacologia e medicina, com mais de 2.000 prescrições. O mobiliário e os equipamentos são do século 15.
O museu guarda manuscritos, partituras de corais, pinturas e a relíquia da cabeça de Santa Úrsula, que datam do século 14.
Mosteiro dos Frades Franciscanos
Horários: Verão, das 9h às 18h; Inverno, das 9h às 14h
Ao lado do monastério fica a Igreja de São Salvador (Crkva sv. Spasa), uma construção de 1520, onde são frequentemente realizados concertos de música clássica e exposições de arte. Em frente à igreja está a Velika Onofrijeva Fontana, uma fonte enorme que fica logo na entrada do centro histórico. Se for verão, aproveite para se refrescar.
Do monastério, siga caminhando pela rua principal, Placa ou Stradun, em direção à Igreja de São Brás (Crkva sv. Vlaha). Essa rua é muito bonita e também movimentada. É cheia de restaurantes, cafés e lojas. Aproveite para observar as ruelas perpendiculares, com suas escadarias.
Não sei se vocês conhecem, mas existe uma tradição de quando alguém, especialmente uma criança, se engasga, as pessoas dão um tapinha nas costas e chamam por São Braz (pelo menos minha mãe fazia isso! haha). Isso é porque o santo ficou conhecido por retirar um espinho da garganta de uma criança, após uma oração (Viu? Compartilhe Viagens também é cultura! hahaha). Por isso, é também o padroeiro das doenças da garganta.
Pois bem, São Brás é o padroeiro da cidade de Dubrovnik, por esta razão, esta é uma das igrejas mais importantes da cidade antiga. A construção atual é do século 18, em estilo barroco e substituiu a mais antiga que era do século 14 e foi destruída por um incêndio em 1706. A igreja atual também sofreu danos por um terremoto e pela Guerra Civil Iugoslava, no início dos anos 1990. No altar principal da igreja encontra-se uma estátua banhada a ouro do Santo, que está segurando na mão esquerda um modelo da cidade de Dubrovnik. A entrada na igreja é gratuita.
Em frente à igreja de São Brás ficam a Torre do Relógio e o Sponza Palace, um palácio do século 16, onde funciona o Arquivo Nacional. Na lateral da igreja está o Palácio do Reitor (Rector´s Palace), que funciona como Museu Histórico Cultural e a entrada está incluída no Dubrovnik Card.
Este palácio foi construído, inicialmente, em estilo gótico no século 14 e depois passou por reconstruções em estilo barroco. O acervo do museu está distribuído no térreo, mezanino e primeiro andar.
Entre os espaços do Palácio estão uma sala de tribunal, o calabouço e o escritório de escribas. As exposições incluem coleção de moedas, relógios, armas, objetos dos séculos 16 a 19, selos, brasões. No primeiro andar estão móveis e pinturas de mestres italianos em estilo rococó e barroco.
Palácio do Reitor
Horário: Todos os dias, das 9h às 18h (verão) e até às 16h (inverno). O palácio está temporariamente fechado para reconstrução até 31 de maio de 2017.
Um pouco mais a frente do Palácio do Reitor está a Catedral de Dubrovnik, dedicada a Assunção da Virgem Maria. O prédio atual é em estilo barroco e foi concluído em 1713. Durante um trabalho de restauração, no início dos anos 1980, foram encontradas ruínas da igreja bizantina, que foi construída no local, no século 6, um fato que até então era desconhecido. Está guardada na Catedral uma relíquia da cabeça de São Brás, que é guardada a sete chaves. No interior da igreja também tem valiosas pinturas, inclusive,a Anunciação de Nossa Senhora, do italiano Ticiano. A entrada é gratuita.
Próximo a Catedral fica ainda a Dulčić-Masle-Pulitika Gallery, uma galeria criada pelo governo americano como um memorial a Ronald Brown, Secretário de Comércio americano, que morreu em um acidente aéreo voando para Dubrovnik, durante a Guerra Civil da Iugoslávia.
Atualmente, a galeria faz parte do Museu de Arte Moderna de Dubrovnik, que tem sua sede principal fora das muralhas, e expõe obras de importantes artistas, principalmente, Ivo Dulčić, Antun Masle e Duro Pulitika, que dão nome à galeria.
Dulčić-Masle-Pulitika Gallery
Horário: terça a domingo, das 9h às 15h (se não tiver tempo de visitar no primeiro dia, pode deixar para o dia seguinte).
Entre as Muralhas e a Catedral, está a Igreja de Santo Estêvão. As escadas desta igreja, que fica bem escondida, foram usadas para gravar cenas de pregação dos Pardais na série Game of Thrones. Esse é um dos cenários em que eles usaram menos efeitos gráficos e é bem fiel ao que foi mostrado na série.
Provavelmente, nesta altura do campeonato, o seu dia já terá esgotado. Mas se tiver mais tempo, no verão, por exemplo, o sol se põe só depois das 21h, aproveite para caminhar pelo lado de fora das muralhas, saindo pelo porto antigo. Por aí, é possível ver algumas das praias de Dubrovnik.
Você pode aproveitar para almoçar ou jantar na cidade antiga, mas lá os restaurante são muito mais caros! Foi lá que pagamos a cerveja mais cara da Croácia, quase 4 vezes mais do que o que pagamos em Zagreb.
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Dia 2
Comece o dia cedo e vá direto para a cidade antiga para aproveitar as últimas horas do Dubrovnik Card e visitar o que ainda falta.
Recomendo começar pelo Fort Lovrijenac, que fica em frente a Cidade Antiga. Ele foi construído em cima de uma rocha de 37 metros de altura e dele é possível ter uma bonita vista para as muralhas e para a Cidade Antiga. Ele também foi uma das locações para gravar as cenas da Fortaleza Vermelha, em Porto Real, cidade fictícia de GOT.
Neste forte tem uma inscrição em latim “Non bene pro toto libertas venditur auro”, que significa “Liberdade não é para ser vendida nem por todo ouro (do mundo)”.
Fort Lovrijenac
Horário: das 8h às 18h
Entrada: 30 kunas. Incluído no Dubrovnik Card (é preciso escolher entre o Forte e as Muralhas). Mas mostramos o cartão a pessoa da portaria e ela nos deixou entrar do mesmo jeito.
Entre o Fort Lovrijenac e a Cidade Antiga também foram gravadas algumas cenas de GOT.
O próximo local a ser visitado pode ser a Casa Marin Držić, que fica próxima a entrada pelo portão Pile. A casa é uma homenagem a um dos mais famosos dramaturgos croatas, Marin Držić, que viveu no século 16.
Com apresentações em audiovisual, o museu apresenta de forma interessante a vida e obra do dramaturgo, considerado o melhor do período do Renascimento na Croácia.
A poucos metros da Casa Marin está o Museu Etnográfico (Rupe Etnographic Museum), que funciona em um antigo celeiro estatal do século 16, que armazenavam reservas de grãos a uma temperatura de 17°C.
A exibição permanente do museu mostra objetos e fotografias da vida cotidiana e trabalho. Uma parte interessante deste museu é a dedicada ao vestuário típico da região de Dubrovnik.
Museu Etnográfico
Horário: quarta a segunda, das 9h às 16h. Fechado às terças-feiras.
Para fechar a manhã, que a esta altura o tempo do seu cartão já deve está se esgotando, você pode visitar os museus de História Natural de Dubrovnik e o Museu Marítimo.
O Museu de História Natural funciona desde 1872 e foi criado a partir da coleção privada de Antun Drobrac. É interessante, principalmente, para quem viaja com crianças.
Museu de História Natural
Horário: das 10h às 18h (verão), das 10h às 17h (inverno), das 10h às 14h aos sábados.
O Museu Marítimo funciona no Fort St John, na muralha, e reúne mais de 4 mil itens de instrumentos náuticos, mapas marítimos, bandeiras, canhões, navios e modelos navais dos séculos 17 e 18.
O museu conta a história marítima de Dubrovnik e do desenvolvimento do comércio marítimo da região.
Museu Marítimo
Horário: das 9 h às 18h (verão), das 9h às 16h (inverno). Fechado às segundas.
O Dubrovnik Card de 1 dia inclui ainda a Galeria de Arte de Dubrovnik (Museu de Arte Moderna), mas como fica fora das muralhas provavelmente você não terá tempo suficiente. Mas se for algo que realmente lhe interessa, você pode priorizar.
Depois de esgotar o tempo do cartão, você pode aproveitar o resto do dia na praia, especialmente no verão! =) Lembrando que as praias da Croácia tem a água maravilhosa, mas não são formadas por areias e, sim, pedras.
Uma das praias próximas ao centro histórico é Banje, mas no verão é bem lotada. Por isso, nós preferimos ir para a praia de Lapad, onde estávamos hospedados. E depois da praia aproveitamos também pela rua que leva até a orla que é cheia de restaurantes, bem movimentada.
Bem, se você tiver mais dias em Dubrovnik terá muito mais o que ver como a ilha de Lokrum, o teleférico de Dubrovnik entre outras atrações. Também são oferecidos muitos tours na cidade, como os que levam aos locais de gravação da série Game of Thrones, mas eu já revelei eles aqui nest post:
Apesar do idioma estranho ao nosso, é muito fácil viajar pela Croácia e, principalmente, por Dubrovnik que é uma das cidades mais visitadas. Você vai encontrar todas as sinalizações em inglês, os lugares podem ser facilmente também achados pelo Google Maps.
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Havana ou La Habana, a capital cubana dos prédios imponentes, dos carros antigos, das roupas estendidas em varais em janelas de prédios que mais parecem abandonados, dos músicos de rua, de muitas igrejas e onde os praticantes de religiões africanas caminham livremente vestidos de branco dos pés à cabeça (sem medo de sofrer preconceito, como no Brasil). Existem muitas “Havanas”, a depender do olhar de cada um. A cidade desperta curiosidade, inspira o charme de um tempo antigo e provoca muitas reflexões. Mas o fato é que não fica de fora do roteiro de quem viaja a Cuba. Neste post, organizei em 3 dias nosso roteiro em Havana.
Apesar da longa pausa nas postagens, a série sobre Buenos Aires continua. E desta vez, preparei um longo post, que dividi em dois, o de hoje e outro que publicarei amanhã, sobre o meu roteiro em BsAs, com todos os lugares que visitei nos quase cinco dias na cidade. Claro que muita coisa ficou de fora, mas creio que a maioria das atrações que citarei neste post deve ser visitada por quem viaja a capital portenha pela primeira vez. Para a parte gastronômica, no entanto, prepararei um novo post que publicarei nos próximos dias.
Buen viaje!
Buenos Aires por Karla Larissa
Primeiro Dia (Sábado)
Como disse no último post (leia aqui), ficamos hospedados na Recoleta, próximo a Avenida Santa Fé. Começamos nosso roteiro por ela.
Avenida Santa Fé
A Santa Fé, na verdade, é uma avenida enorme que pelo que percebi cruza vários bairros. Na área que ficamos, na Recoleta, tinha muitas lojas, cafés, entre eles, o Havana, restaurantes, uma das lojas das sorveterias Freddo, supermercados, estações de metrô. Enfim, tudo que for preciso, além de lindos prédios no melhor estilo “Belle Époque” francês.