A apenas 55km ao Norte do Porto, Braga é uma ótima opção para um bate-volta. A cidade é pequena, mas pode render um dia inteiro de passeio, pois além das atrações do centro tem como destaque o santuário de Bom Jesus do Monte, que fica a quase 6 km de distância da praça principal.
O nosso ponto de partida para conhecer Braga foi a Praça da República. Nesta praça fica a Basílica e o Convento dos Congregados, construído pela Congregação dos Padres Oratorianos de São Filipe de Nery, em 1703. A entrada para igreja é gratuita.
Bem na frente da basílica tem um parquinho público e enquanto eu visitava a igreja, Elis (com 10 meses na época) aproveitava para brincar com Fred.
Na Praça da República fica também o prédio da Arcada, onde funcionam alguns restaurantes. Como já chegamos tarde, aproveitamos para almoçar, antes de iniciarmos o passeio. Bem em frente fica o chafariz, que foi a atração preferida de Elis. E de lá, é possível ter uma vista para o santuário de Bom Jesus, que fica bem na parte alta da cidade.
A rua que desce a partir da Arcada é a Av. da Liberdade, que neste trecho é apenas para pedestres e toda decorada com canteiros de flores. Aliás, Braga é uma cidade de muitos jardins e visitamos vários outros ao longo do dia.
Bem atrás da Arcada fica a Torre de Menagem, que foi o que restou do antigo castelo da cidade. A torre fica no local que era o ponto mais alto do burgo medieval. A fortificação teve sua construção iniciada em 1375. E em 1906, o castelo de Braga foi demolido, com o apoio majoritário da população. Das oito portas que faziam parte da muralha, hoje restam apenas duas.
Continuando pela Rua do Souto, à direita, chega-se ao Jardim de Santa Bárbara e ao Paço Arcebispal dos Braganças. Os jardins são abertos e podem ser visitados gratuitamente.
Seguindo pela rua Eça de Queiroz chega-se ao Paço do Concelho de Braga (Câmara Municipal). A obra do edifício foi iniciada em 1753 e só foi concluída mais de um século depois.
Continuando a descida, chegamos ao Palácio e aos jardins dos Biscainhos. O palácio do século 17 foi residência de uma família nobre por três séculos e hoje é um museu ilustrativo de um casa senhorial urbana dos séculos 17 e 18. O museu funciona de terça a domingo, das 9h30 às 12h45 e das 14h às 17h30. A entrada custa 2 euros. Já os jardins podem ser visitados gratuitamente.
Os jardins dos Biscainhos são do século 18 e são um exemplo autêntico da época barroca, com fontes, esculturas e portões. O destaque é para uma árvore de mais de 200 anos, um Tulipeiro da Virgínia.
Bem próximo ao palácio, fica o Arco da Porta Nova. Este era o eixo fundamental de circulação intramuros. A construção atual é de 1772.
Em frente ao arco fica o Campo das Hortas, uma praça com canteiros com hortaliças e um grande chafariz.
Do outro lado da rua, a poucos metros fica a Sé de Braga. Também chamada de Sé Primacial, é a mais antiga Sé Catedral de Portugal. Consagrada em 1089 é monumento nacional desde 1910. A entrada custa 2 euros.
Depois da visita a Sé, caminhamos uns 600 metros até chegarmos às Termas Romanas de Maximinos, também conhecidas por Alto da Cividade. Durante o Império Romano, Braga era chamada de Bracara Augusta. As ruínas das termas foram descobertas em escavações em 1977. Eu imaginava que a visita seria mais interessante do que de fato foi, mas achei que as ruínas não estão tão bem conservadas a ponte de remeterem a como as termas eram de fato. De toda forma, a entrada é apenas 1,90 euros e no dia estava gratuita, pois era comemoração do dia do museu.
Encerramos nosso passeio pelo centro da cidade, passando pelo Largo de Santa Cruz, onde fica o letreiro de “Braga” e pelo Palácio do Raio.
Depois, pegamos o carro e seguimos para o Santuário Bom Jesus do Monte, que fica a quase 6 km morro acima. Existe transporte público para lá também. O ônibus custa apenas 2 euros o trecho.
O Santuário é Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO e é o maior destaque entre as atrações de Braga. As obras da basílica ocorreram entre 1784 e 1857. As escadarias que levam até a basílica estão divididas em três lances: Escadaria do Pórtico, onde estão as primeiras capelas da Via Sacra; a Escadaria dos Cinco Sentidos, com fontes que representam a cada sentido e a Escadaria das Três Virtudes (Fé, Esperança e Caridade).
Quem não quiser subir os 581 degraus (eu subi com Elis dormindo no colo), pode optar pelo elevador (funicular). Basta estacionar o carro um pouco mais embaixo. Um trecho custa 1,50 euros e ida e volta 2,50 euros.
Para quem tiver mais tempo, ainda pode visitar o Santuário do Sameiro, que fica a 2 km de distância de Bom Jesus do Monte.
Algumas pessoas também optam por fazer Braga e Guimarães no mesmo dia. As cidades ficam a 25 km de distância entre elas. Essa era nossa intenção inicial. Mas acabamos aproveitando o dia inteiro em Braga.
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