Cercada por montanhas da Cordilheira dos Andes, com construções em branco e verde, com muitas flores nas fachadas, Villa de Leyva é a mais famosa entre as cidades coloniais de Boyacá, departamento vizinho ao de Cundinamarca, onde fica Bogotá. O município, fundado em 1572, fica a 177 km da capital colombiana e é um dos lugares dos arredores que merecem ser visitados. O ideal é reservar pelo menos uma noite na Villa. Mas nós arriscamos um bate-volta.
De ônibus, saindo de Bogotá, a viagem pode levar entre 3h30 e 4h. As vans e microônibus partem do Portal Norte e custam entre 20 e 25 mil COP o trecho, por pessoa. Para chegar ao portal partindo do centro é preciso pegar um Transmilenio (BRT), cuja passagem custa 1.800 COP.
As vans e ônibus não têm bem um horário certo e os destinos estão, normalmente, escritos nos parabrisas. Há duas opções: pegar um transporte com destino a Villa de Leyva ou pegar uma van ou ônibus até Tunja, capital de Boyacá e de lá pegar outro até Villa de Leyva. Se tiver tempo, vale passar primeiro por Tunja, para conhecer um outro município colonial e a viagem ser menos cansativa.
Também, se possível, reserve pelo menos uma noite em Villa de Leyva, pois em um bate-volta serão quase 8h de viagem e aproveita-se pouco da cidade. Para fazer o bate-volta, saímos muito cedo de Bogotá, antes das 7h, pois o Transmilenio de La Candelaria até o Portal Norte leva cerca de 45 minutos.
Logo que chegamos ao Portal Norte, conseguimos pegar uma van para Villa de Leyva. A viagem durou mais de 4h e a van pegou muitas estradas de barro e fez paradas em pequenos vilarejos. Uma dica: leve um lanchinho e água para o período em que ficará no ônibus.
Chegamos em Villa de Leyva já no início da tarde. A van ou microônibus para no pequeno terminal rodoviário da cidade e há poucos metros de caminhada está a praça principal. Nos arredores da praça, os antigos casarões coloniais abrigam lojas, restaurantes, hotéis, pousadas e hostels.
Na cidade, em que normalmente tem um clima frio, fazia sol e calor. Perfeito para se refrescar com uma das várias marcas de cervejas colombianas.
Para quem tem pouco tempo na cidade, a visita pode se resumir ao seu centro histórico: a Plaza Mayor, com 14.000 m² é a maior da Colômbia; a igreja principal; a Casa del Cabildo; a Casa Museu de Antonio Nariño, um dos políticos colombianos que lutou pela independência do país; e a Calle Caliente, rua com muitos restaurantes e lojas de artesanatos.
Com um pouco mais de tempo na cidade, pelo menos uma noite, é possível conhecer outros atrativos como Claustro de San Agustín, primeira igreja da Villa; os museus El Carmen, Luis Alberto Acuña e paleontológico. Nos arredores da cidade também há várias atividades ao ar livre, como passeio de cavalo, rafting, visita ao Parque Arqueológico de Monquirá e sítio com pinturas rupestres de Sáchica, entre tantas outras. Nos arredores da praça principal várias agências oferecem esses passeios.
Villa de Leyva me lembrou cidades históricas brasileiras como Ouro Preto, Mariana e Paraty, só que com um outro tipo de arquitetura, claro, já que a colonização foi espanhola.
Vale a pena a viagem, pena que tivemos pouco tempo. Na volta para Bogotá, pegamos um micro ônibus bem mais confortável do que a van da ida e, desta vez, sem paradas. Deu até para descermos no Centro Comercial Santa Fé, um grande shopping de Bogotá, que fica pertinho do Portal Norte.
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