Olá viajante,
Na sequência da série sobre Buenos Aires (quem não viu o primeiro post com dicas para quem vai a BsAs pela primeira vez, leia aqui), preparei para vocês um post sobre o lugar onde me hospedei: o Art Hotel. Fiz a reserva por conta própria, sem recomendação e acho que acertei em cheio. Confiram:
Pelos meus cálculos, 90% dos turistas que visitam Buenos Aires se hospedam no chamado Microcentro, de preferência perto do Obelisco. Bem, é sim uma região central, próximo de muitos dos pontos turísticos que devem ser visitados pelos marinheiros de primeira viagem. Mas eu resolvi fazer diferente e optei ficar numa área mais residencial, mas também central.
Na verdade, comecei minhas buscas pelo tal Microcentro, mas por serem muito procurados pelos turistas, os hotéis da região tinham preços mais altos. Na minha pesquisa no Booking.com (que você pode fazer aqui mesmo no Compartilhe Viagens e ajudar a blogueira! :P), acabei encontrando um hotel com um preço muito bom que de cara achei super charmoso: o Art Hotel. Na verdade, na hora da reserva só aparecia “A Hotel”. Acessei o site, busquei informações a respeito, conferi as fotos e fiz a reserva sem reembolso, ou seja, o pagamento veio na fatura do meu cartão no mês seguinte, antes de eu me hospedar. Mas se preferir fazer com reembolso, o pagamento só é debitado quando você estiver no hotel.
O Art Hotel fica na Azcuénaga (para falar ao taxista o “z” é mudo), no Barrio Norte/Recoleta, o que é considerada a área nobre da cidade, bem pertinho da Av. Santa Fé que tem de um tudo, inclusive, estação de metrô. O hotel funciona em um prédio belíssimo de 100 anos. E se você tem a imagem de que todos os argentinos são grossos e antipáticos, os funcionários do hotel vão acabar com essa teoria rapidinho. Você pode pensar: Ah! Mas eles são funcionários de hotel. Mas já conheci muitos recepcionistas de hotel pouco prestativos e nada simpáticos, aqui mesmo no Brasil. Enfim, tudo que precisávamos os recepcionistas do Art Hotel providenciavam. Muitas vezes ligavam para o lugar para conferir se estava aberto, o preço, etc.
No andar de baixo do hotel funciona uma galeria de arte com quadros de artistas argentinos à venda. O lugar todo é um charme! Também há computadores à disposição e internet wifi grátis em todo o hotel.
Os quartos ou “habitaciones”, como se fala por lá, apesar de pequenos e sem muito luxo, são super confortáveis e preservam o estilo do casarão. E aquele papo de sentir saudade da “minha cama”, lá, não senti não. E isso porque reservamos os quartos mais simples.
Peguei um quarto com varanda e vista para rua. A única desvantagem era que de manhã cedo, já podia ouvir o barulho dos carros. Mas para mim, era como um despertador, avisando que já era hora de curtir a cidade. Já meus pais ficaram no quarto maior, sem barulhos de carro, mas sem direito a sacada.
O café da manhã era um capítulo a parte. Antes de viajar, li em vários blogs que o café da manhã dos hotéis portenhos eram fraquinhos. O de lá, não achei. Havia muitas frutas, pães, cereais, iogurte, geleias, ovos, sucos etc e a minha paixão: medias lunas! Comi todos os dias.
Do hotel íamos a pé a muitos lugares, com muita caminhada, chegamos até a Calle Florida, a Galerias Pacífico, Casa Rosada e a Catedral. Com pouca caminhada, dava para ir até El Ateneo, ao café Havanna, a Freddo, tudo na av. Santa Fé. Para o outro lado, dava para chegar, com uma caminhada média até o Cemitério da Recoleta, a Basílica Nuestra Señora del Pilar e ao Hard Rock Café. Também dava para pegar o metrô ou ônibus na Santa Fé, ou ainda, como fizemos várias vezes, chamar um táxi na porta do hotel, passavam vários a todo tempo.