Olá viajantes!

Nem só de sertão e litoral é feito o Rio Grande do Norte. Em meio a tantas belezas do  estado, as regiões serranas ganham um charme especial, pois são as únicas que oferecem uma possibilidade (ainda que em algumas épocas do ano) de sentir um friozinho bom, além dos seus lindos cenários. E a mais famosa delas é sem dúvida a Serra de Martins, que fica a 650 metros de altitude e a 362km de Natal. O roteiro foi enviado pelo analista de TI, Édipo Elder, um apaixonado por motocicletas. Ele compartilha com a gente, o roteiro que ele fez com o motoclube B-17 para participar do encontro Encontro Hiran Xavier de Motociclismo. As belas fotos são da sua namorada, Pâmela Sabrina.

Serra de Martins (RN) por Édipo Elder e fotos de  Pâmela Sabrina

Aprendi a pilotar moto em 5 minutos. Tinha 12 anos e naquela época era comum aprender a dirigir ou pilotar com o próprio pai. Desde então adoro andar de motos e só vou parar no dia que não puder mais.

Com 18 anos ia para a faculdade na mesma XL 125, com a qual aprendi a pilotar, mas esse prazer foi interrompido logo cedo quando meu pai caiu com ela e resolveu vendê-la. Somente quando sai da casa dos meus pais tive o prazer de pilotar novamente. Comprei uma moto custom 250cc, modelo que sempre achei bonito. Para quem não entende, é tipo uma “Harley Davidson”. O Estilo estradeiro dela logo me motivou a participar de um motoclube e começar a viajar de moto. Hoje já não faço parte de motoclube mas sempre que posso faço um “passeio” de moto.

Das cidades para as quais viajei, as pequenas são as que me atraem mais, principalmente Martins pelo seu clima serrano. Esta última viagem foi especial pois era a primeira viagem longa com minha namorada e o retorno à Martins após quatro anos (oito anos se for contar da última vez que visitei Martins de moto).

Não é bom viajar de moto sozinho, então peguei “carona” com o B-17, um motoclube de Parnamirim/RN. Saímos na sexta-feira no meio da tarde, tivemos um pequeno contra-tempo para irmos mais cedo, e entre Lajes e Assu escureceu. Apesar de ser indicado não dirigir (e pilotar) no escuro, a estrada estava muito boa, sem buracos e bem sinalizada, e a noite de lua “quase” cheia ajudou. Foi uma tranquilidade até chegarmos. Só lamentei porque não conseguimos ver a serra de Martins na subida.

Crepúsculo no Pico do Cabugi.
Crepúsculo no Pico do Cabugi

Após descarregarmos a bagagem no chalé e tomarmos um banho, fomos à Praça Almino Afonso no centro de Martins onde ocorria o Encontro Hiran Xavier de Motociclismo. Fizemos um lanche, conversamos com alguns amigos motociclistas e voltamos ao chalé para dormimos.

Sábado de manhã haveria o ônibus que levaria os motociclistas para conhecer a Casa de Pedra, a segunda maior gruta calcária do Brasil. O cansaço não nos deixou acordar cedo e quando chegamos na praça o ônibus já tinha saído. Mas encontramos com o Márcio, presidente do B-17, que nos convidou para descemos a serra de moto. Somente neste momento é que Pâmela pode ver quão bonito é a subida da serra e entender minha vontade de pilotar uma moto por 5 horas até quase o fim do Rio Grande do Norte.

Descendo a Serra de Martins
Descendo a Serra de Martins

Ao pé da serra, tiramos algumas fotos, subimos a serra novamente para conhecer os mirantes. Paramos no Mirante da Carranca para um refrigerante e tiramos mais algumas fotos. A tarde e a noite foi curtindo o Encontro, conversando com amigos motociclistas.

Formações rochosas ao pé da serra de Martins
Formações rochosas ao pé da serra de Martins
Vista de um mirante que está sendo construído no final da subida da serra
Vista de um mirante que está sendo construído no final da subida da serra
Vista do Mirante da Carranca
Vista do Mirante da Carranca
Vista do Mirante da Carranca
Vista do Mirante da Carranca

A noite voltamos no mirante da Carranca para curtir o frio da serra comen founde de queijo e um chocolate quente.

Curtindo o frio no mirante
Curtindo o frio no mirante

No domingo, infelizmente, tinhamos que voltar. Arrumamos a bagagem e saímos por volta das 10 horas. Seria a quarta vez que visitava Martins e voltaria sem conhecer a Casa de Pedra. Parei na entrada para a estrada de barro que dá acesso e perguntei à Pâmela se encararia 12 km de estrada de barro para conhecer a gruta. Um “bora!” foi o suficiente para encararmos mais ou menos 12 km sem a menor condição de passar dos 30km/h. Tivemos sorte de não ter chovido e a estrada de barro dar condição de passar na minha moto, a qual não é a mais indicada para “rally”.

Valeu a pena essa pequena aventura: em um salão, uma imponente estalagmite. Em outro, corais fossilizados. A gruta atravessa a rocha de um lado a outro e um dos salões chega a ter 10 metros de altura. Só acho que falta um pouco mais de investimento no turismo da região. A gruta sofreu com pixações. Além disto, a ideia de uma tirolesa ou um teleférico que levasse os turistas do alto da serra até a gruta seria um atrativo que impulsionaria muito o turismo na reigão. Enfim, não pudemos passar mais tempo conhecendo a gruta porque tínhamos de pegar a estrada de volta antes de escurecer.

Placa informativa na Casa de Pedra
Placa informativa na Casa de Pedra
Coral fossilizado
Coral fossilizado
Pixações na gruta
Pixações na gruta

Com a parada na Casa de Pedra e outra um Assu para almoçar, chegamos por volta das 19 horas em casa. Conhecer Martins é viagem gratificante que recomendo aos amigos. Nosso Estado tem um interior com belas paisagens e pontos turísticos que podem ser facilmente uma viagem de final de semana barata e ao mesmo tempo muito interessante.

Parada em Patu para abastecer
Parada em Patu para abastecer
Do posto de gasolina dava para comtemplar a Serra do Lima
Do posto de gasolina dava para comtemplar a Serra do Lima
Parada em Assu para almoçar
Parada em Assu para almoçar

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