Nosso roteiro
Dia 1 – Havíamos agendado para pegar o carro às 10h e saímos de Santiago por volta das 11h da manhã. Alugamos o carro com a Chilean. Fizemos uma longa viagem de 785km até Pucón. Foram mais de 8h de viagem pela Ruta 5 e chegamos lá à noite. A Ruta 5 é uma rodovia em ótimo estado, mas isso tem um custo: a cobrança de vários pedágios.
O trecho final é um pouco perigoso para fazer à noite, pois tem muitas curvas e havia muita neblina. Para quem tem mais tempo, recomendo no primeiro dia, sair mais cedo de Santiago e aproveitar para ir ao Cajón del Maipo, que fica a 42 km de distância da capital. E depois se não houver tempo suficiente para chegar em Pucón, dormir em uma das cidades no caminho, que poderia ser Talca. Essa era nossa ideia inicial, mas acabamos deixando para fazer no último dia e no final das contas não deu tempo. O que foi uma pena, porque depois vimos fotos do Cajón del Maipo, que na época, estava coberto de neve.
Pucón – região de Araucanía (3 noites, 2 dias)
Nos hospedamos no Hostal French Andes
Dia 2 – Apesar da longa distância que tivemos que viajar, acabou sendo uma boa ideia ter ido direto para Pucón, pois os dias em que estivemos lá foram os únicos daquela semana, com bom tempo.
Pucón é uma cidade, que se você tiver tempo, pode ficar até uma semana que tem atividades suficientes. Mas aproveitamos bem os nossos dois dias e conhecemos bastante de Pucón e arredores.
Viajar de carro para Pucón é bastante útil e, dependendo da quantidade de pessoas, mais econômico. Pois se não tivéssemos de carro, teríamos que pagar vários tours para visitar os lugares que fomos.
No primeiro dia, visitamos o centrinho de Pucón, fomos de carro até a base do vulcão Villarica, onde fica a estação de esqui. Lá do alto, tem uma vista incrível para os lagos e também do vulcão, que estava quase todo coberto de neve. Também fomos até o “Los ojos del Caburga”, uma nascente, e até a Playa Blanca no Lago Caburgua.
No final da tarde, vimos o pôr do sol no Lago Villarica.
Leia o post completo com roteiro em Pucón:
Dia 3 – No nosso segundo dia em Pucón, fizemos a trilha no Parque Nacional Huerquehue e fomos para as Termas de Trancura.
Isla de Chiloé – região de Los Lagos (4 noites, 3 dias)
Nos hospedamos no La Minga Hostel
Dia 4 – Depois de Pucón, seria mais próximo seguir para Puerto Varas, mas preferimos descer até Isla de Chiloé para ficar mais tranquilo na volta para Santiago.
De Pucón a Castro, em Chiloé são 505km, incluindo o trecho de ferry. Saímos de Pucón às 9h e chegamos às 13h50 em Pargua, onde pegamos o ferry para Chacao (Chiloé). O trajeto de barco é bem bonito e leva em torno de 30 minutos.
A ilha de Chiloé é bem grande e entre Chacao e Castro são mais de 100 km. Então, aproveitamos o caminho para conhecer alguns vilarejos da ilha. No primeiro dia, fomos a Quemchi e Isla Aucar.
Chegamos em Castro já no início da noite.
Dia 5 – Também em Chiloé, o carro é muito útil e permite conhecer bem melhor a ilha, que é, na verdade, um arquipélago com 8.394 km². No nosso segundo dia na ilha, fomos às cidadezinhas de Achao, Quinchao, Dalcahue e aos Palafitos.
Dia 6 – No nosso penúltimo dia em Chiloé, visitamos a catedral e a praça de Castro, fomos a Rilán, Senda Viejo, Playa Quento e ao Café Marions Alemán, que foi uma maravilhosa descoberta em um dia chuvoso na ilha.
Dia 7 – No nosso último dia em Chiloé, fizemos o check in cedo e aproveitamos o caminho até o porto para conhecer um pouco mais da ilha. Como neste dia fazia sol, voltamos aos Palafitos Gamboa, fomos até Tenaún, onde fica uma das igrejas Patrimônio da Unesco de Chiloé, depois Ancud, e pegamos o ferry em Chacao já no final da tarde.
Do porto de Chacao, em Chiloé, até Puerto Varas são cerca de 85 km.
Leia o post completo com roteiro em Chiloé:
Ilha de Chiloé (Chile): como chegar, onde ficar e o que fazer em 4 dias
Puerto Varas – região de Los Lagos (2 noites, 2 dias)
Nos hospedamos no Margouya Patagonia Outdoor
Dia 8 – Dormimos a noite anterior em Puerto Varas, e aproveitamos o nosso primeiro dia na cidade para conhecermos os lugares mais distantes, já que no outro dia seguiríamos viagem.
Fomos, então, até a cidadezinha de Cochamó, que fica às margens de um fiorde no Pacífico. Depois fomos até Petrohue e o Lago de Todos os Santos, onde fizemos um passeio de barco. Depois subimos de carro até a base do vulcão Osorno, onde também fica a estação de esqui. Lá do alto também tem uma bela vista para o Lago Llanquihue.
O vulcão estava com bastante neve, mas não suficiente para chegar até a base. Infelizmente, quando chegamos lá no alto, o tempo fechou e começou a ventar muito. Por isso, não caminhamos até o local onde tinha neve. Mas valeu pela visita e pelo chocolate quente na estação de esqui.
Na volta até o hostel, fomos margeando o lago pela Ruta 225.
Dia 9 – No nosso segundo dia na região dos Lagos, fizemos o check in cedo e fomos seguindo o Llanquihue, fizemos primeiro um passeio por Puerto Varas, depois passamos pelas cidades de Llanquihue, Frutillar e Puerto Octay. Infelizmente o clima estava muito nublado, com um pouco de chuva e não havia visibilidade para os vulcões.
Também em Puerto Varas valeu muito a pena estar de carro, pois praticamente cada lugar desse que visitamos, teríamos que fazer um tour diferente, o que levaria mais tempo e gastaríamos bem mais.
No final da tarde, seguimos viagem até Valdívia, a 197 km de Puerto Varas.
Valdívia – região de Los Ríos ( 1 noite)
Nos hospedamos no Airesbuenos Hostel y Permacultura
Valdívia não era exatamente a melhor opção para passar a última noite de viagem, pois sai um pouco da Ruta 5, por onde regressamos a Santiago. Mas a cidade é bem bonita e vale ser incluída no roteiro, especialmente, para quem tem mais tempo de viagem.
Dia 10 – Como dormimos em Valdívia, aproveitamos a manhã seguinte para conhecer pelo menos um pouquinho da cidade. Fazia um dia muito bonito de sol, e aproveitamos para passear pela Costanera, onde vimos leões marinhos, dar uma volta pela Plaza de la República e visitar o Jardim Botânico UACh.
Às 12h, pegamos a estrada rumo a Santiago. Foram quase 850 km, que fizemos no último dia, dividindo a direção entre dois motoristas e com poucas paradas para ir ao banheiro e comer.
Chegamos em Santiago mais de 22h, muito cansados e ainda tínhamos um voo na tarde do dia seguinte. Por isso, recomendo que se possível acrescente um dia a mais de viagem para fazer o retorno com mais calma.
Para quem, assim como nós, terá voo no dia seguinte, reserve para o mais tarde possível para dar margens para algum imprevisto. Por exemplo, o nosso voo era 13h. Se tivéssemos tido algum problema, poderíamos ter dirigido pela manhã no dia seguinte.
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