Veneza: uma bela história de uma cidade fascinante
Karla Larissa
Olá viajantes!
Na semana passada tivemos muitos posts sobre cidades brasileiras, belíssimas, diga-se de passagem. Então, esta semana vamos nos voltar um pouco aos destinos internacionais. E não podíamos começar com cidade mais linda: a encantadora Veneza, na Itália!
O texto foi escrito pela jornalista Amanda Faia, editora chefe do portal Pop Line, e blogueira do Operação Casório. Ela tem uma história linda e emocionante com a cidade e conta aqui para gente. Uma honra para nós!
Buon viaggio!
Veneza por Amanda Faia
Antes de contar parte da minha viagem à Itália, não custa me apresentar. Meu nome é Amanda Faia, sou jornalista, carioca e residente em Natal desde 1990. Cresci com uma mãe que brincava dizendo que o dia que ela tivesse dinheiro para visitar Veneza, a cidade já estaria debaixo d’água.
Infelizmente minha mãe faleceu em 1997, com a cidade ainda não submersa. Acredito que eu realizei o sonho dela quando pude pisar em Veneza, durante uma viagem por nove países europeus com meu pai em 2009. A viagem foi bem longa, mas é de Veneza que minha memória guarda as lembranças mais deliciosas.
A primeira impressão da Itália não foi boa. Antes mesmo de chegar ao país, a guia já informava que o setor de turismo não tinha o costume de investir na rede hoteleira porque ninguém vai deixar de ir a Itália e não ver todas as suas atrações magníficas. Dito e feito. A primeira meia hora em Veneza foi gasta procurando o ar condicionado do hotel. Quando procuramos a recepção nos foi informado que o ar central é desligado durante a primavera porque a cidade tem clima agradável. Se quiséssemos o quarto mais fresco, que abríssemos a janela. Confesso que me decepcionei um pouco, mas coloquei na cabeça que o mal atendimento não iria sujar uma memória que eu queria guardar em homenagem à minha mãe.
Após uma noite de janelas abertas, logo cedo, partimos para a cidade de balsa. O dia estava um pouco nublado, mas nada que impedisse o passeio. De longe a torre na Praça de São Marco já nos chama a atenção.
Com pés em terra firme, visitamos uma fábrica de peças em vidro, a Ponte dos Suspiros cheia de tapumes de propaganda (diz a lenda que o canal que passa embaixo dela era o caminho obrigatório de presos prestes a morrer), a Praça de São Marco (que durante o período chuvoso pode deixar os visitantes com água no joelho) e, claro, fizemos um passeio de gôndola. Não dá para ir a Veneza, sem ver a cidade do ângulo de suas “ruas”.
Não me recordo exatamente o preço, mas lembro que não era nada absurdo. Dá para ir até seis pessoas em cada gôndola, fora o “motorista”.
Algumas empresas oferecem champagne e música ao vivo (uma gôndola caminha paralela com a sua com um músico e o cantor)! Foi exatamente neste passeio
que papai me pagou o maior mico da viagem a Europa inteira. Cada um entra com cuidado na gôndola e vai tomando os assentos de maneira ordenada e sentido horário. Como não sabíamos disso antes de entrar na danada, um casal ficou separado por papai e ele resolveu “brilhantemente” levantar para dar lugar à moça. Resultado? Quase viramos o negócio! O único que não riu foi o gondoleiro que desesperado gritava alguma coisa em italiano. Não entendi nada do que ele disse, mas pelo tom da voz sabíamos que não era nada bom. 🙂
Após o susto, o passeio continuou por mais de 1 hora. Belíssimo! As ruelas, os edifícios sendo desgastados pela água, as pequenas pontes. E não pense que não há trânsito! Em período de alta estação, o congestionamento de gôndolas é normal.
Vamos a outro ponto que interessa em viagens: compras! 🙂 A Ponte di Rialto é a mais antiga e um dos principais pontos comerciais da região. Para as mulheres, é um prato cheio. Muitas joalherias, lojas com peças em vidro e barraquinhas com as famosas máscaras de Carnaval. Só é preciso muita atenção para sair da Praça de São Marco para a Rialto. É quase um labirinto e apesar da boa identificação nas paredes, você corre o risco se perder (como aconteceu com gente da excursão). Para os rapazes, há uma loja da Ferrari em Veneza. Pequena, mas cheeeeeeeia de produtos da marca mais famosa de carros do mundo. Não resisti e até eu tirei fotos.
A comida? Come-se muito bem na Itália e por um bom preço. Os restaurantes tem um cardápio bem parecido. Em Veneza não pagamos mais de 20 euros em um prato com entrada (geralmente uma brusqueta gigante), massa e carne.
Foram poucas horas em Veneza, mas valeram a pena. Se pudesse ficava mais um dia para caminhar com calma, experimentar outros restaurantes e passear melhor nas lojinhas. Não chegamos a entrar na Igreja de São Marco e Palácio dos Doges porque não havia tempo suficiente. Se você vai sem excursão, essa é uma das vantagens: não ter tempo para chegar ou sair da cidade e Veneza merece ser melhor explorada.
Linda história, né? Gostaram? Comente aqui abaixo, dê sua opinião, faça perguntas, participe!