Olá viajantes!

Voo de balãoEstamos começando uma semana curta, já que vem aí o feriadão e muita gente vai viajar (anotem tudo, façam muitas fotos, depois contem suas viagens para a gente!), então resolvi postar hoje uma das melhores histórias de viagens que já ouvi!

A história é do Fábio Leonardo Andrade, futuro biólogo, e mais conhecido como DJ Léo Carioca, e é surreal! Daquelas que só acontecem com 1 em um milhão! Ou melhor com 1 em 194 mihões!

Ele foi o único brasileiro a ser escolhido para participar do Smirnoff Experience (Não estou fazendo merchan, tá?), uma campanha promocional da bebida, realizada ás vésperas da Copa do Mundo da África do Sul.

Isso mesmo! O post de hoje é sobre a África do Sul e está sensacional!!! Tem de safári a voo de balão, passando por show de um dos melhores djs do mundo.

O texto é na verdade uma edição feita por mim de todas as postagens feitas por Léo em um blog atualizado em tempo real por ele na época da experiência (http://djleonasmirnoffexperience.blogspot.com.br/).

Have a nice trip!

 

África do Sul por Léo Carioca

Tudo começou quando o pessoal da Smirnoff colocou a promoção no ar! Eles iriam levar 01 pessoa com direito a um acompanhante para a África do Sul com tudo pago!

A ideia era criar uma frase para esta foto que você está vendo abaixo. E não é que a minha foi a escolhida? “São 7.000 km de distância e outros 7.000 motivos para ESTAR LÁ!”

Uma viagem dos sonhos. Mas antes mesmo de embarcar, passei por grande provação. Eu tenho que dizer, eu morro de medo de injeção. Medo, pavor e tudo mais nessa linha. Mas para entrar na África do Sul é necessário estar vacinado contra a Febre Amarela. É uma OBRIGAÇÃO. Sem isso não entra. Ponto. Sem papo. Não tem negociação.

Acordei cedo e fui resolver isso. Após esse momento de terror pessoal, é necessário levar o documento que prova que você tomou a vacina lá na Anvisa. O funcionário anota as informações, lote, nome do médico, local etc, tudo muito organizado e depois disso libera o documento final para você viajar.

A vantagem é que a vacina dura 10 anos. Outra dessa só em 2020!

Saí de Natal às 7h da manhã rumo a São Paulo, onde esperei quase 6 horas pelo voo para Joanesburgo, África do Sul, que só saiu às 18h. O voo São Paulo Joanesburgo tem 13h30 de duração, mas o fuso horário é de + 5 horas. Assim, da minha até eu chegar a Joanesburgo foram ao todo 20 horas. Em Guarulhos, a produção do evento, providenciou um Fast Sleep, com direito a cama, banheiro, ar condicionado, tv e internet wi-fi. Mas de toda forma a viagem foi cansativa, apesar de tranquila.

Durante a nossa estadia, ficamos em dois hotéis. O segundo hotel era bem diferente, uma espécie de hotel de campo / hotel fazenda, com os animais soltos em sua propriedade, inclusive, o Big Five (os cinco animais mais dificeis de serem capturados pelo homem): Leão, Leopardo, Elefante, Búfalo e Rinoceronte.

Fora as 4.525 línguas faladas na África do Sul, o inglês é a língua predominante, pelo menos ao que se diz respeito ao trato comercial. Eu não falo praticamente nada de inglês, só entendo alguma coisa. E no grupo da viagem havia americanos, ingleses, alemães e australianos, ou seja, eu era basicamente o único que não falava inglês! Por isso, a produção do evento me enviou um tradutor, porém não para português, mas sim espanhol, mesmo assim foi um alívio, pois poderia entender as atividades em grupo. A nossa tradutora “Rubita” é mexicana e vive na época na África do Sul há 08 anos.

Léo e a tradutora Rubita
Léo e a tradutora Rubita

Antes de viajar, comprei camisas com a bandeira do Brasil, não a da oficial da seleção que é muito cara, mas essas que vendem em todo lugar em época de Copa do Mundo.

Camisas do Brasil para representar o país no Smirnoff Experience
Camisas do Brasil e bandeira para representar o país no Smirnoff Experience

Joanesburgo é uma cidade linda.  Quando cheguei a temperatura estava em 11 graus. E lá, a relação sombra e sol é interessante. Na sombra, um frio cortante. No sol, até aqui fica gostoso.

Joanesburgo
Joanesburgo
Nelson Mandela Square
Nelson Mandela Square
Joanesburgo
Joanesburgo

Uma informação importante para quem vai à África do Sul:Só não tem pimenta na água. No resto tem. Vai por mim! A ardência vai de “ai que droga, tem pimenta” até “EU QUERO MORRER AGORA“. Na sua frente o que parece ser um saleiro, na verdade contém pimenta. O que parece um paliteiro, contém sal. Palitos? Não sei. Não vi nenhum.

Quando não se conhece a culinária local e você não é o Zeca Camargo, pode ser que algo dê errado. E muito errado. Já no primeiro almoço eu provei algo picante e noite que a culinária aqui tem uma FORTE tendência ao uso de pimenta do capeta. Nesta noite chegou a entrada e tudo ia bem. Pães variados e alguns molhos etc. Fui provando tudo. O primeiro levemente apimentado, mas passou. O segundo idem. Já cheio de confiança peguei o pão, abri e coloquei MUITO molho que ainda não tinha experimentado do terceiro pote.

O inferno estava na minha boca. Aquilo ardia feito o capetaO delicioso suco de boas vindas acabou em um único gole. Toda a lata de coca cola também. Nada parecia dar conta da ardência demoníaca que tomava minha boca. Aquilo só pode ser coisa do demo! Comi todos os pães da cesta e descobri que alguns ainda tinham mais pimenta. Ah, o que estava na minha boca acabou debaixo da mesa em uma perfeita sincronia de “quem é que tá ali gente?” e “ah foi um engano”. Rápido no gatilho retirei aquilo da minha boca e joguei ao chão. Minha vontade era de pegar a garrafa de água mineral e virar de uma só vez.

Chega de provar coisas desse jeito incompetente. Da próxima vez apenas um mínimo pedaço!

Para quem está assustando com as obras da Copa do Brasil atrasadas, estive na Joanesburgo há menos de 30 dias da Copa, e o metrô estava longe de ser concluído (vejam a foto).

Construção do metrô em Joanesburgo, poucos dias antes da Copa a obra estava assim
Construção do metrô em Joanesburgo, poucos dias antes da Copa a obra estava assim
Música e dança típicas em restaurante de Joanesburgo
Música e dança típicas em restaurante de Joanesburgo
Restaurante típico em Joanesburgo
Restaurante típico em Joanesburgo
Gravando para o Smirnoff Experience
Gravando para o Smirnoff Experience

Para se ter uma ideia do aeroporto para o Hotel no centro da cidade são 40km ou mais ou menos 50 minutos de carro, isso dependendo do caminho, se for pela auto estrada, chega rápido, uns 20 minutos, mas se estiver na hora do rush, um tremendo problema por lá, não tem jeito, leva mais de 2 horas. Eu cheguei na hora mais complicada da manhã e levei 1 hora para chegar ao hotel porque o motorista veio pelo meio da cidade, fugindo da auto estrada.

O metrô foi planejado para cortar a cidade e fazer uma ligação aeroporto-centro em 15 minutos. O que era fundamental para a Copa do Mundo, mas faltava muito coisa. Tinha muita gente trabalhando nele, mas acho que consigam terminá-lo há tempo.

Na viagem para Kwa Maritane, que durou cerca de 2 horas e onde ficava o segundo hotel que nos hospedamos, paramos em um local tipo um centro de artesanato, mas foi complicado, explico: o local é grande, limpo e bem organizado, mas os vendedores assustam a gente. Eles se jogam e puxam para o braço para que você compre qualquer coisa. O engraçado é que tinha umas peças que o cara dizia que fez, até aí tudo bem, mas todos tinham a mesma peça e o mesmo fornecedor, que deveria ser a China. Não comprei nada, pois o assédio era tão grande e incisivo que preferi voltar para o ônibus.

Outra coisa que notei é que todos tem nomes americanos, mas seus nomes verdadeiros não são mostrados. Um deles me explicou o motivo: são nomes difíceis de serem compreendidos.

Ja no Hotel Kwa Maritane, este é meu quarto. Que tal?

Hotel em Kwa Maritane
Hotel em Kwa Maritane

No dia em que chegamos a Kwa Maritane, fizemos um Safari hiper bacana naqueles carros que você só vê na TV (Discovery e National Geografic) e a noite tivemos um jantar com direito a uma fogueira linda, show musical local, muita dança e descontração com a cultura do povo local. Tudo perfeito!

 

Safári
Safári
Safári
Safári
Safári
Safári
Safári
Safári
Jantar local
Jantar local

Mas a maior surpresa estava marcada para as 4 da manhã. O telefone tocou 2 vezes, estava frio para caramba e mandaram a gente ir enrolados no cobertor.

Gente foi assim:

Terminadas às atividades do dia anterior, o pessoal da produção disse:
“Amanhã acordaremos vocês para mais uma Smirnoff Experience que vai marcar a vida de vocês. Vamos ligar às 4h da manhã. Não se preocupem, vocês vão gostar. Acordem bem dispostos porque vai valer à pena”.

Bom, tínhamos acabado de fazer um Safari e TODOS pensamos a mesma coisa: será um safari noturno, devemos ver os leões, e algum animal de hábito noturno…enfim, uma experiência também única, mas que acabávamos de fazer de dia.

Desci com todo o agasalho possível e lá fomos todos para a recepção. Eu era o único a levar o cobertor. Mico? Não…eles se ferraram kkkk

Fazia um frio do caramba no carro. Ele era todo aberto e o maior amigo do frio é o vento. Quem não levou acabou pegando uns poucos que estavam no carro. Não deu para quem quis!kkk Eu estava quentinho. kkk

Os carros do mesmo tipo do safari chegaram. Bom, aí estava a resposta. É um Safari.

Carros de safári
Carros de safári

Fui para a parte de trás do veículo, mas estranhamente colocaram somente 10 pessoas em cada veículo. Acho que éramos 30. E os 30 cabiam em 2 carros. Por que, isso? Que estranho! Será que é para não fazer muito barulho? Seguimos viagem.

Meu motorista conseguiu a proeza de se perder dentro do hotel antes de sair dele, ou seja, perdi a primeira posição no grid e caímos para a terceira posição. Se fosse um safári, isso seria ruim, pois o primeiro carro para na melhor posição, o segundo corre para pegar uma posição melhor e o que sobrar fica para o terceiro. Pra piorar os dois carros da frente sumiram. Eu estava certo, quem dirigia meu carro era um primo africano do Rubinho Barrichello. Para piorar os dois carros à frente viraram lá na frente à direita e nosso amigo seguiu reto. Oh! My Good!

Acabamos achando um bando de Rinocerontes. Oba! Assim completei meus 2 do Big Five. Vi, Leão e Rinoceronte. Faltaram Bufalo, Elefante e Leopardo. Mas ainda assim vimos Javali, Zebras e Kudus e Girafas e vários bambis de todo o tipo.

Começa a amanhecer e a minha esperança de completar o Big Five começa a desaparecer também. É o fim, não vi nada demais que valesse acordar às 4h da manhã. Eu estava enganado!

Ao longe surgem figuras estranhas, redondas e ainda por cima misturadas com uma grossa camada de neblina. Não dava para saber o que era…

Nos aproximamos. Eram balões. Imagine. Pronto vou morrer em uma grana,  mas vou andar nisso!

Voo de Balão
Léo (esquerda) e amigos da Smirnoff Experience

Nosso guia pede para que todos saiam do carro e aproveitem o passeio.

Passeio? Esta então é a surpresa???? QUE FANTÁSTICO!!!!!!! Nós íamos passear de balão! Realmente uma experiência única!

Preparando-se para o voo de balão
Preparando-se para o voo de balão
Voo de balão
Voo de balão
Vista do voo de balão
Vista do voo de balão
Certificado voo de balão
Certificado voo de balão

Então chegou a noite mais esperada de todas! Aquela que era o real motivo de estarmos na África do Sul: Show do Dj Tiesto.

A produção nos levou para jantar. E eu mais uma vez consegui ter problemas com a pimenta! kkk Eu consegui pedir uma entrada que tinha pimenta pra caramba! Havia cinco opções, quatro não tinham (tanta) pimenta. Mas eu só consigo escolher tudo que tem pimenta. Não tem jeito! Ainda bem que meu amigo venezuelano adorava pimenta. Fiquei com medo do jantar ter pimenta..Oh, céus e agora? Bom, pedi algo muito normal: massa pene com molho de carne. Simples assim. Veio pene, com molho e com um pouquinho…muito pouquinho de pimenta. Ufa! Tirando essa minha perseguição por pratos apimentados, tudo estava delicioso!!!

Ao final do jantar a produção nos levou para o local do show. Gente, o que era aquilo? Dois hangares de aviões mega decorados. Tudo lindo, tudo perfeito! Chegamos e tinha uma fila enorme, mas você acha que enfrentamos fila? Você tá vendo o meu crachá?

Léo com crachá vip
Léo com crachá vip

Pois é, somos todos VIP´S! Estramos e logo nos foi oferecido um local com bar, banheiro e ótima visão do palco. Ali seria o nosso porto seguro. Nossa pulseira crachá nos davam direito a rodar toda a festa e o bar vip é o nosso ponto de apoio e encontro.

No Hangar 01, a pista já estava bombando com alguns Djs. Já estava muito cheio lá…e preferi ficar no Handar 2 e ver os últimos ajustes para a apresentação do Dj Tiesto. Impressionante o profissionalismo do pessoal!

Chegou a hora do melhor dj do mundo atacar! E foi tudo perfeito! Tiesto tem uma abertura com os telões de ficar de boca aberta. Os efeitos que a equipe dele usa são fantásticos e totalmente integrados ao show. Isso, Dj Tiesto não é só um dj! Ele dá um show de luz e som. E a nossa noite terminou assim, com muita música, empolgação e total sentimento de felicidade! Eu estava lá. Foram de fato 7.000km de distancia e sim, mais 7.000 motivos para estar ali. E aproveitei todos eles!

Show do Dj Tiesto
Show do Dj Tiesto
Show DJ Tiesto
Show DJ Tiesto

Saí do Brasil achando que iria à um show e que talvez fizesse um city tour e coisas normais. Eu estava errado e o show era apenas mais uma das grandes experiências que vivi por lá.

E para encerrar a viagem fomos conhecer o Soweto (local histórico de resistência negra contra o “Apartheid” e também onde morou Nelson Mandela). Fantástico estar em um local tão importante para a luta contra a discriminação racial mundial.

Soweto
Soweto
Soweto
Soweto

Depois de visitar o Soweto, claro, tínhamos que conhecer o estádio onde ia ser o primeiro jogo e a final da Copa do Mundo de Futebol, o Soccer City. Não foi possível parar, mas fica o registro deste magnífico estádio.

Estádio Soccer City
Estádio Soccer City

E para fechar o dia, fomos convidados a jantar em um restaurante tradicional que fica exatamente dentro do Soweto. Comida caseira de ótima qualidade. Uma coisa bacana, quem passa por lá, deixa um recado. Deixei o meu também, claro!

Restaurante tradicional no Soweto
Restaurante tradicional no Soweto
Recado dos clientes
Recado dos clientes

Na volta para casa, acordei muito cedo, por volta das 5h30. Era para estar às 7h pronto para o transfer. Desci para o café e já foi difícil ver todas aquelas pessoas com quem me relacionei durante esses cinco dias. No hotel, todos sempre foram muito amáveis comigo e simpáticos. Alguns para brincar, em vez de falar “olá” diziam Bom Dia. E isso servia para qualquer coisa: para dar tchau, para dizer oi e a qualquer…noite, tarde etc…

Na hora marcada fui em direção à porta e saudades à parte, realmente me emocionei ao deixar aquele lugar de sonhos. Fui em direção da van, quando alguém grita: NO NO NO!!! E aponta o carro da frente. A van não era para mim. O meu carro era uma MERCEDES!!!!!

Mas não era uma Mercedes qualquer. Era uma Mercedes linda, automática, maravilhosa!!! Fiquei tão besta que não tirei foto. Não me perdoo até agora! Linda, com detalhes em madeira no painel. Fino acabamento. Não sei se tinha motor poque não se ouvia nada do lado de dentro!!!

No aeroporto, lembrei de fazer algumas fotos, mas antes quero falar sobre ele: é enorme! Tá todo lindo. Parecia que tinha passado por uma boa reforma. Há pisos novos e tudo me parece meio novo. Vi que ainda há algumas obras sendo feitas, mas tá tudo muito bonito. Achei com facilidade tudo o que eu precisava.

Aeroporto de Joanesburgo
Aeroporto de Joanesburgo

Logo que tive acesso à ponte para entrar no avião, dei de cara com esse monstro aí embaixo. Este é o A-380 da Airbus. Hoje, o maior avião de passageiros do mundo. Olha a criança:

A viagem foi muito tranquila. Acho que consegui dormir umas 6 horas. Sou bom nisso! =)

Chegamos à SP e precisei esperar o voo para Natal por uma 4 horas. Tudo bem…

O voo estava bem vazio. Que maravilha… Vou deitar e dormir. Mas.. Tem sempre um “mas”…

Tinha uma mulher, à princípio, alemã. Seus 45 anos. E esta senhora conversava em voz alta com um homem na faixa também dos seus 45 anos na poltrona do outro lado. Saca? Se ela estava na poltrona A ele estava na poltrona F. E falavam MUITO alto. MUITO MESMO e em alemão. Levantamos voo e eu tentava dormir, mas era impossível por eles falava cada vez mais alto. Cada um na sua janela… como se o outro estivesse há uns 20 metros de distância, mas estavam a uns 5 e um de frente para o outro na mesma bendita fileira 08. Sim, meus amigos, eu estava na 7A.

Chamei uma comissária e expliquei o problema e ela disse que iria apagar as luzes para eles se tocarem. Aí veio a surpresa:

“Ele não saber que falo português e estou entendendo tudo – disse a “alemã””.

Pronto, essa foi a deixa para um dos títulos do CD do Rappa: “O SILÊNCIO QUE PRECEDE O ESPORRO”.

– Ah você está entendendo? Que ótimo, me poupa de usar meu inglês. Olha aqui, você tá pensando que está em uma feira na Alemanha? Você não tem educação, não? Você acha que sou obrigado a ouvir você gritando aí bem atrás de mim? Eu quero dormir, quero silencio. Quer conversar? Sentem-se juntos e conversem”.

– Vá lá para trás (me dando uma ordem). Tem lugar lá se está te incomodando.

– Olha aqui…. Eu não tenho culpa se você acha que a gente aqui é índio e que somos obrigados a nos calar só porque seu país é na Europa. Você está no meu país e aqui a educação manda fazer silencio, principalmente a essa hora. Eu não vou trocar de lugar. Você é que vai fazer silêncio. Você não está na Alemanha. Se lá vocês são mal educados, aqui nesse país de terceiro mundo, temos educação. Então, você e seu companheiro a partir de agora vão ficar em silencio ou conversar feito gente civilizada.
(Ouvem-se pequenas risadas no avião)

Ela fala alguma frase para o companheiro em alemão e os dois dão uma pequena risada.

Eu me viro e mando em alto e bom som: Shut up + algo que não quero dizer nesse horário!

Silêncio sepulcral no avião.

E assim o resto da viagem foi com um silêncio lindo e todos dormiram em paz.


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