Chegamos na Itália por Pisa, vindos de Fez, no Marrocos. Já estávamos com mais de 6 meses de viagem, era nosso 18º país da Volta ao Mundo e a essa altura não fazíamos mais planos ou roteiros, apenas íamos aonde o destino nos levasse ou aonde desse vontade no dia ou na hora. Mas eu tinha apenas uma exigência na Itália: não poderia sair de lá sem conhecer Veneza. Nem que fosse por um único dia. Em 10 dias no país, conhecemos as principais cidades da Toscana, passamos por Roma e fomos convidados para ir à Milão. Deixamos para o final, o último dia, a ida à Veneza. Eu geralmente faço isso com coisas que quero muito, ou deixo para o final ou adio um pouco, como quem guarda a sobremesa preferida cuidadosamente para o final de um banquete.
Adiamos até o último momento a compra do bilhete do trem da Trenitalia e acabamos pagando mais caro por isso. Pegamos o trem em uma manhã bem cedo de novembro de 2013. A viagem completou um ano e eu já deveria ter escrito sobre ela há muito tempo. Mas fiquei esperando o momento certo de comer a sobremesa. E, de repente, esses dias me deu uma saudade de Veneza. E ontem, assistindo a mais um filme (“Apenas uma chance“. Está disponível no Netflix. Assistam!) que tem a cidade como cenário, decidi que de hoje não passava.
Viajamos algo em torno de 2h30 a 3h da Estação Centrale de Milano até a Estação Venezia Santa Lucia. Deixamos nossas mochilas no guarda volumes da estação e saímos para aproveitar nosso único dia na cidade.
Geralmente as estações de trens e rodoviárias, mesmo as mais centrais, não ficam em locais muito bonitos e quando você sai delas, não tem uma primeira impressão ideal. Mas em Veneza, até nisso, eles pensaram. Quando saímos da Estação Venezia Santa Lucia, estávamos lá, na cidade que vimos tantas vezes em fotos e filmes. E que tanto sonhei em conhecer um dia. Fred tinha implicância com a cidade porque dizia que tinha certeza que a cidade fedia. Mas, por sorte, não é verdade.
Eu me arriscaria a dizer que Veneza é a cidade mais bonita do Mundo, mas ainda preciso conhecer muito Mundo para dar esse veredito. Mas a cidade é simplesmente indescritível. É preciso, antes de tudo, sentí-la.
Se eu ainda não dei o meu veredito, alguém ou alguma instituição com mais propriedade, como a Unesco, por exemplo, já. E desde 1987, Veneza é Patrimônio da Humanidade.
A palavra surreal bem que poderia ter sido criada para descrever Veneza. Apesar de insistirem em dar títulos a outras cidades do mundo, como Amsterdã, Bruges e Recife de “A Veneza do Norte”, “A Veneza brasileira”, Veneza é única.
A cidade construída em um arquipélago no Mar Adriático ganhou fama internacional pelos seus canais e o charme de ter os carros substituídos por barcos e gôndolas. Mas reúne um patrimônio incalculável de prédios históricos e monumentos.
Como em toda Itália, não traçamos roteiro para conhecer Veneza. Aproveitamos nosso único dia, sem pagar uma “pequena fortuna” (para mochileiros) em um passeio de gôndola, mas caminhando pela cidade, conhecendo e reconhecendo cada cantinho daquele lugar que era tão familiar e ao mesmo tempo tão distante da nossa realidade. Mas para quem tem o sonho de fazer o tradicional passeio de gôndola, pode comprar com antecedência aqui.
Passamos pelo Grande Canal (de barco público, Vaporetti) , a Praça e a Basílica de São Marcos, as pontes Rialto, do Suspiros, e tantas outras igrejas, praças, pontes, palácios e museus de Veneza. Tomamos gelatto, paramos para ouvir alguns artistas de rua, apreciamos o pôr do sol e jantamos à beira do Grande Canal, observando o acender das luzes.
As fotos descrevem melhor:
Nos despedimos de Veneza ao anoitecer. E, ao final do dia, tive a certeza que aquele era, sim, um sonho. Mas, por sorte, eu estava bem acordada.
Neste post, eu não queria sugerir lugares para serem visitados em Veneza, apenas matar um pouco da minha saudade e, quem sabe, inspirar em vocês o desejo de passar também um dia em Veneza.
Veneza é, sem dúvidas, um lugar que inspira, apaixona e provoca muitos, muitos suspiros.
Compre ingressos com desconto para as principais atrações de Veneza e não perca tempo em filas.
*O Compartilhe Viagens participa de um programa de afiliados do Ticketbar, por meio do qual é possível comprar ingressos on- line com descontos e segurança e ainda ajudar ao blog se manter.
*O Compartilhe Viagens participa de um programa de afiliados do Booking.com, por meio do qual é possível reservar hotéis com descontos e segurança e ainda ajudar ao blog se manter.
