O Compartilhe Viagens agora também está no Youtube. Resolvi perder a vergonha de aparecer nos vídeos e encarei o desafio de atualizar o nosso canal no Youtube quinzenalmente (o canal já existia, mas tínhamos poucos vídeos postados). A partir de hoje, iremos postar a cada quinze dias (quartas-feiras), um vídeo mostrando nossas viagens, dando dicas de como viajar sem gastar muito, viagens com crianças, destinos potiguares, entre outros assuntos.
O primeiro vídeo acabou de ser publicado. Nele contei “Como conheci 38 países em 7 anos”, explicando minha trajetória de viajante, e você pode assistí-lo aqui:
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A minha primeira viagem de avião foi aos 6 anos para o Rio de Janeiro. A de Fred, por volta dos 12 anos, coincidentemente,para o mesmo destino. Agora, Elis fez seu primeiro voo, a dois dias de completar 9 meses, também para a Cidade Maravilhosa. Fizemos uma viagem para visitar familiares e aproveitamos para passear muito também. Confesso que estava ansiosa com a estreia dela, pois espero que estes tenham sido os primeiros de muitos voos, mas ela se saiu muito bem. Neste post, resolvi trazer algumas informações importantes e dicas para quem irá fazer a primeira viagem de avião com um bebê e também conto um pouco da experiência com ela.
Informações importantes
A partir de que idade é permitido viajar de avião?
É possível viajar de avião, logo que o bebê saia da maternidade. Porém, para voar com recém-nascidos, entre 1 e 7 dias de vida, é preciso apresentar uma autorização médica para o bebê e para a mãe.
E, claro, é importante ter bom senso, viagens com recém-nascidos só devem ser feitas em caso de extrema necessidade, pois só o fato de estar em um ambiente fechado com dezenas de pessoas, expõe o bebê a vários riscos.
Menores de 2 anos
As companhias aéreas brasileiras não cobram tarifa para menores de 2 anos, em voos nacionais. E costumam cobrar em torno de 10% ou taxas + impostos em voos internacionais. Só é permitido uma tarifa de bebê gratuita por adulto. No caso de gêmeos, é necessário viajar na companhia de dois adultos ou é preciso reservar um assento adicional pago.
No entanto, a criança que usufrui da gratuidade não tem direito a assento e viaja no colo de um dos pais ou responsável. Também não há direito a bagagem de mão ou de porão. Mas é permitido levar gratuitamente carrinho ou bebê conforto, que são despachados na porta da aeronave (confirme a gratuidade com a companhia que irá viajar).
Nós levamos o carrinho, despachamos e pegamos na porta do avião. No ato do check in, a atendente apenas coloca uma etiqueta com os dados do passageiro. É bem tranquilo e vale a pena usufruir desse direito, pois o carrinho foi muito útil durante a viagem e também no período que ficamos no aeroporto. Também levei o canguru, caso ela não quisesse ficar no carrinho.
Documentação necessária
– Segundo as normas da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), em voos domésticos, crianças de até 12 anos incompletos que viajam acompanhadas dos pais ou responsáveis (tutor, curador, guardião), avós ou parentes maiores de 18 anos de até terceiro grau (irmãos e tios) podem apresentar no momento do check in Certidão de Nascimento (original ou cópia autenticada) ou documento de identificação civil com foto (como RG ou passaporte), e documento que comprove a filiação ou vínculo com o responsável.
Por exemplo, viajando com os avós, pode apresentar apenas a Certidão de Nascimento que informa o nome dos avós, possibilitando a comprovação de parentesco. No caso de irmãos maiores de 18 anos, pode ser o RG de ambos poderá comprovar a mesma filiação. No caso dos tios, o menor deverá apresentar sua Certidão de Nascimento e o(s) tio(s) o RG, comprovando o parentesco, já que os avós do menor serão os pais do(s) tio(s). Para viajar com os bisavós, o menor deverá apresentar a certidão de nascimento, com o RG dos avós e o RG dos bisavós; ou o RG ou a certidão de nascimento do menor, com a certidão de nascimento dos pais do menor e o RG dos bisavós.
Para viagens acompanhadas com menor autorizado, que não seja um dos pais ou responsável, é preciso apresentar Certidão de Nascimento (original ou cópia autenticada) ou documento de identificação civil com foto (como RG ou passaporte) e ainda autorização extrajudicial feita pelo pai, mãe ou responsável. O modelo para essa autorização está disponível no site da ANAC: http://www.anac.gov.br/assuntos/passageiros/documentos-para-embarque
– No caso de voos internacionais para crianças e adolescentes de 0 a 17 anos, acompanhados dos pais ou responsáveis (tutor, curador, guardião), é necessário apenas apresentar passaporte brasileiro válido (viagens para países fora do Mercosul). No caso da criança ou do adolescente viajar acompanhado apenas de um dos pais, é necessário além do passaporte, apresentar uma autorização expressa do outro genitor por meio de documento com firma reconhecida. Para viagens em que a criança ou adolescente está acompanhado de terceiros, designados pelos genitores, é preciso apresentar o passaporte e a autorização expressa de ambos os pais ou responsáveis por meio de documento com firma reconhecida.
*Com informações da ANAC, LATAM, GOL, Azul e Avianca.
Dicas
– Antes de viajar, recomendo sempre consultar o pediatra para saber se está tudo bem com o bebê para que ele possa viajar e se é necessário tomar alguma vacina, como febre amarela, por exemplo. Também pedir dicas do que fazer durante o voo. A dica que o pediatra deu para nossa viagem com Elis foi para que durante a decolagem e aterrissagem, ela estivesse fazendo a sucção, mamando ou usando a chupeta, para evitar dores de ouvido. Usei as duas opções, de acordo com a vontade dela no momento e ela não teve problemas. Também sugiro perguntar ao pediatra que medicamentos levar durante a viagem e avisá-lo para um possível contato por telefone ou WhatsApp, em caso de necessidade.
– Na hora de comprar as passagens, dê preferência a voos em horários em que seu bebê costuma cochilar. Assim, é mais provável que ele durma durante o voo.
– Apesar da possibilidade de viajar com a Certidão de Nascimento, preferi tirar o RG de Elis e viajar com ele, pois em caso de perda ou roubo, é mais fácil para tirar a segunda via.
– Vista a criança com roupas confortáveis e que não sejam tão quentes, em caso de frio, melhor agasalhar com manta ou casaco extra, do que deixar o bebê com calor.
– Na sua bagagem de mão coloque o que for necessário para o bebê usar no voo, como fraldas, mamadeiras, roupa extra, manta, roupa de frio, copo com água. Para facilitar, guarde esta bagagem embaixo do assento à sua frente.
– Leve brinquedos, de preferência que não façam muito barulho para distrair o bebê. Se ele já fizer uso de tablets ou smartphones, baixe alguns dos seus vídeos preferidos para assistir offline. Elis ainda não usa telas, mas mesmo assim baixei uns vídeos, em caso de “emergência”, mas não foi necessário, pois ela se distraiu mexendo na janela, mesinha, revistas, panfleto com explicações de segurança e dando tchauzinho para os passageiros vizinhos. Também dormiu na maior parte do tempo nos voos.
A experiência com Elis
Como já mencionei, os dois primeiros voos (ida e volta) com Elis foram mais tranquilos do que eu esperava. Na primeira hora de voo, tanto na ida quanto na volta, ela ficou mexendo em tudo, janela, mesinha, revistas, menu, material com informações de segurança e brincando com as pessoas em volta.
Nas decolagens e aterrissagens, como ela mama ainda, oferecia primeiro o peito e caso ela não quisesse, a chupeta. Ela acabou fazendo as duas formas de sucção e não sofreu com dores de ouvido. A chupeta funcionou melhor, pois o barulho acabava distraindo ela da mamada. Ela chorou bem pouco durante os voos, mais aquele chorinho de sono mesmo do que de incômodo.
Passada a euforia da primeira hora, ela acabava dormindo, quase todo o restante do voo. A viagem de Natal ao Rio tem 3 horas de duração. Escolhemos um trecho curto para esta primeira vez, para ser o mais confortável possível para ela e para nós também. Ainda assim com tempo de deslocamento aos aeroportos de partida e chegada, mais o tempo check in e espera para o embarque, levamos quase 7h em cada dia, o que é bem cansativo para um bebê.
Por sorte, ela nos poupou de usar o trocador durante os voos, pois fica no banheiro, que já é bem apertado.
No voo de volta, pegamos bastante turbulência, então, foi preciso ter cuidado ao segurá-la, já que bebês viajam no colo sem cinto de segurança. Mas até consegui cochilar com ela no meu colo.
Depois dessa experiência fiquei mais animada para a próxima viagem de avião, que desta vez, será internacional, e bem mais longa. Assim que fizermos, atualizo o post para vocês.
Eu poderia estar dormindo, tomando um banho demorado, ou jantando calmamente. Mas não. Aproveitei o soninho da minha filha para escrever para vocês. Simm, depois de mais de 3 meses de pausa no blog para me dedicar ao final da gestação e aos primeiros meses da nossa bebê, finalmente, consegui me organizar para voltar.
Estava morrendo de saudades de compartilhar com vocês nossas viagens. Tem muito post acumulado para escrever, então, não faltará assunto para os próximos meses. E, agora, que temos uma nova tripulante, nossa baby viajante, Elis, também teremos uma nova seção no blog “Três no Mundo”, com dicas de viagem em família/com bebê/com crianças. Já temos até uma ilustração linda para a nova seção, feita pela artista potiguar Jackie Monteiro.
Esses primeiros meses do bebê são muito intensos, de muita adaptação e aprendizado, por isso, nem cogitei viajar com ela. Mas nos próximos meses, espero que possamos começar a apresentá-la a esse mundo. Ainda nada definido. Aceito dicas e sugestões inclusive. Mas espero que não demore.
Agora vamos viajar em outro ritmo e ver o mundo com novos olhos. Mal posso esperar por isso. <3