Lembro como se fosse ontem, quando estava prestes de completar 20 anos, quase pirei. Pensei: “Tenho 10 anos para resolver minha vida”. E, por resolver minha vida, entendia que era atender a tudo aquilo que a sociedade sempre nos cobra: concluir a universidade, fazer uma pós-graduação, casar, comprar uma casa, comprar um carro ou trocar o velho por um novo, viajar para algum lugar que todo mundo tem vontade de ir (tipo Paris) e, quem sabe, ter um filho.
Estava seguindo por esse caminho até que, na metade da década, me senti como se tivesse o triplo da idade. Para alcançar esses objetivos tinha sempre dois trabalhos fixos e alguns freelas, apresentava vários problemas de saúde causados por estresse e ansiedade, mal tinha tempo para lazer e família e estava sempre a ponto de explodir. Continue reading Trintando sem crise