Novos tempos, novos critérios – o que estamos levando em conta na hora de viajar

Seis meses de pausa aqui no blog. E já estava mais do que na hora de voltar, não é mesmo? Mas o intervalo se deve a vários motivos, incluindo, é claro, a nossa parada nas viagens devido à pandemia. Ficamos de março a setembro, basicamente, isolados na casa de praia dos meus pais, que fica num município vizinho a Natal e depois fomos tendo que retomar a vida. E, bem timidamente retomamos a fazer algumas poucas viagens, aqui pelo Rio Grande do Norte e fomos à Paraíba também. Masss, para viajar nesses novos tempos, tivemos novos critérios também, especialmente quando viajamos com Elis. Vou contar para vocês quais têm sido eles.

1️⃣ Em primeiro lugar, só viajamos nos meses de queda no número de casos. Por exemplo, viajamos a dois, Fred e eu, em setembro e com nossa filha Elis, em novembro. Quando começou a alta estação e, consequentemente, o número de casos voltaram a subir, optamos por não viajar.

Nosso bangalô na Pousada Spa dos Amores, em São Miguel do Gostoso-RN
Nosso bangalô na Pousada Spa dos Amores, em São Miguel do Gostoso-RN

 

2️⃣ Optamos por viajar apenas para destinos que poderíamos ir de carro e que fossem tranquilos. O nosso primeiro destino foi São Miguel do Gostoso, a 2h de carro de Natal, que na baixa estação, é bem tranquilo. E, em novembro, fomos a Bananeiras e a Barra de Camaratuba, na Paraíba. Além disso, fizemos alguns passeios diferentes em lugares bem tranquilos que ficam nos arredores de Natal.

3️⃣ Como disse, a nossa primeira viagem nesses tempos de pandemia foi a dois. A nossa primeira desde que Elis nasceu. Ela estava com 2 anos e 3 meses e passou a primeira noite longe de nós dois com meus pais na casa de praia. Fomos comemorar o aniversário de Fred em São Miguel do Gostoso e ficamos na Pousada Spa dos Amores, em um bangalô bem reservado, incluindo, piscina privativa.

Decidimos ir só nós dois a princípio, pois entendemos que para criança cumprir os protocolos e evitar ter contato com outras pessoas é mais difícil. Mas depois que observamos como as coisas estavam funcionando adaptamos para levarmos ela na nossa próxima viagem.

Em Bananeiras, na Paraíba
Em Bananeiras, na Paraíba

4️⃣ Quando viajamos com Elis, em novembro, fomos à Paraíba. Escolhemos ir a Bananeiras e a Barra de Camaratuba, dois destinos conhecidos pela tranquilidade, especialmente, na baixa estação. Escolhemos pousadas que podíamos ficar mais reservados também.

5️⃣ Procuramos fazer a maioria dos passeios por conta própria, com pouca interação com outras pessoas. Mas, quando foi necessário, como no caso de um passeio de quadriciclo, que fizemos em Bananeiras, seguimos os protocolos de biossegurança. Alguns deles são fazer check in online, uso de máscara, álcool gel, tapete de higienização etc.

Mascarados no passeio de quadriciclo, em Bananeiras. Elis sem máscara porque não consegue ficar por muito tempo.
Mascarados no passeio de quadriciclo, em Bananeiras. Elis sem máscara porque não consegue ficar por muito tempo.

6️⃣Os restaurantes também, que praticamente não estamos frequentando, durante as viagens, procuramos ir em lugares tranquilos e que seguiam os protocolos à risca. Em Barra de Camaratuba, fizemos quase todas as refeições na própria pousada.

7️⃣Sempre que voltamos de viagem, evitamos contato com pessoas de grupo de risco, como no caso dos meus pais, que seguem em isolamento mais rigoroso.

8⃣Apesar de todos os cuidados, temos consciência de que o risco sempre existe. Então, sejam bem rigorosos em suas escolhas e tomem todo cuidado possível.

Decidimos viajar apenas por destinos tranquilos, como Barra de Camaratuba, na Paraíba
Decidimos viajar apenas por destinos tranquilos, como Barra de Camaratuba, na Paraíba

9⃣Ainda não me senti tranquila para viajar de avião com Elis e não sei quando retomaremos as viagens aéreas. Apesar dela estar muito bem adaptada ao uso de máscara e pedir sempre para passar álcool nas mãos, criança é criança, né? Uma hora quer interagir e sai pegando em tudo. 

E, agora que retomei os posts aqui no blog, vou pouco a pouco trazendo os relatos dessas viagens mais recentes e também de viagens que estou devendo há um pouquinho mais de tempo. 

Também estou curiosa para saber sobre vocês, retomaram as viagens, que critérios estão tendo? Compartilha com a gente nos comentários. 👇


Canal do Youtube: Trilha na Pedra da Boca, divisa do RN com a PB

Temos novo vídeo no nosso canal no Youtube mostrando como foi a Trilha na Pedra da Boca, divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba, com o grupo da Fisiolever que levamos com a agência Compartilhe Viagens. No vídeo, mostrei os obstáculos da trilha, as curiosidades apresentadas pelo guia Seu Tico e um fato bem engraçado (ou seria nojento?) que aconteceu durante o passeio. As imagens feitas por Fred Santos com o drone estão maravilhosas.

Assista:

Leia também nosso post sobre a Trilha na Pedra da Boca:

Trilha no Parque estadual da Pedra da Boca, na divisa do RN com a Paraíba

E, se você ainda não viu os outros vídeos do canal, confira aqui:

Os vídeos do nosso canal são publicados quinzenalmente. Neles, mostramos um pouco das nossas viagens, damos dicas de como viajar sem gastar muito, viagens com crianças, destinos potiguares, entre outros assuntos.

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Trilha no Parque estadual da Pedra da Boca, na divisa do RN com a Paraíba

Neste mês de Agosto, lançamos a Agência Compartilhe Viagens. E levamos o nosso primeiro grupo oficial, no último dia 25, para fazer uma das trilhas do Parque da Pedra da Boca, que fica no município de Araruna, bem na divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba. O passeio foi uma parceria com o estúdio de pilates Fisiolever. Fomos em um grupo de 15 pessoas e fizemos a trilha com o famoso Seu Tico.

Para chegarmos às 9h na propriedade do Seu Tico, que fica na divisa entre Passa Fica (RN) e Araruna (PB), saímos de Natal, às 6h30 para dar tempo de fazer uma parada para o café da manhã, no caminho. Passa Fica está a 105 km de Natal e 155 km de João Pessoa. O Parque fica a 7 km do centro da cidade e é uma área de conservação ambiental de 157 hectares.

Explicação de seu Tico antes da Trilha. Foto: Luise Maia

A estrada, desta vez, estava bem melhor do que há 9 anos, quando fiz a trilha pela primeira vez. E esta não foi a única diferença que encontrei. Fiquei impressionada com a quantidade de vans que encontramos quando chegamos à propriedade do Seu Tico e o restaurante cresceu bastante e ficou lotado na hora do almoço.

As trilhas agora não são feitas apenas por Seu Tico, mas também pelos filhos dele. Mas pedi para que fizéssemos com ele, que tem quase 50 anos de dedicação ao lugar.

Início da trilha com vista para a Pedra da Boca. Foto: Luise Maia

Saímos para trilha um pouco depois das 9h, um bom horário para não pegar o sol forte. Antes da saída, Seu Tico dá explicações gerais sobre o parque, os cuidados que devemos tomar e as opções de trilha. Nós decidimos pela trilha de 3 horas. Como estávamos num grupo de um estúdio de pilates, tivemos alongamento liderado pela fisioterapeuta Rebeca Moura.

No início a caminhada é bem tranquila e Seu Tico vai dando explicações de como sobreviver na mata. Segundo ele, poderíamos ficar até 3 dias perdidos, só com os recursos naturais que encontramos ao longo da caminhada. Ele explica como extrair a água das plantas, pomada natural para picadas de insetos, fio dental feito com agave e até ofereceu larva de dentro de coquinho para comer. E teve quem topasse.

Seu Tico dando explicações sobre sobrevivência na mata. Foto: Luise Maia

A parte fácil logo acaba e começam os obstáculos. Como disse, fazia 9 anos que tinha feito a trilha e tinha esquecido completamente do grau de dificuldade. Em termos de caminhada é bem tranquila, mas exige um certo esforço para escalar pedras na “Entregação”, fazendo prancha entre as pedras (quem não quiser, pode passar por um poça) e subindo segurando cordas; depois para passar pela grutas do Olho d´água, Cama do Caçador e do Zamboca. Vários trechos são bem estreitos e não são recomendados para quem é claustrofóbico. Na última passagem, Seu Tico diz que nascemos de novo, de tão estreito que é o espaço em que passamos. Mas, durante toda a trilha é preciso confiar no que Seu Tico diz.

Começo dos obstáculos. Prancha na pedra. Foto: Luise Maia
Trecho de subida com corda. Foto: Luise Maia

A Pedra da Boca é a formação rochosa mais famosa do Parque, com 336 metros de altura e uma grande cavidade, que lembra uma boca aberta. Mas o lugar reúne outras cavernas e formações, como a Pedra da Caveira, a Pedra do Forno, a Pedra do Letreiro, Pedra da Piriquiteira e a Pedra da Santa. Na trilha que fizemos, passamos por algumas delas. Mas esta não é a trilha que vai até a “Boca”. No total, são 6 opções de trilha. Para ir à Boca tem as opções de trilha mais longa, fazer o pêndulo ou rapel. Estes dois últimos não são com a família de Seu Tico.

Para fazer a trilha, o ideal é ir de calça (legging ou de trilha), camiseta leve ou com proteção solar, tênis ou botas de escalada. Não esqueça o protetor solar, óculos e da água.

Passagem pelas grutas. Foto: Luise Maia

A trilha é de nível médio por causa dos obstáculos, mas pode ser cansativa para quem não é acostumado com escaladas. Mas a paisagem compensa todo o esforço.

Passagem entre as pedras da trilha na Pedra da Boca

No final da trilha, almoçamos no restaurante da propriedade do Seu Tico, que agora está maior. O almoço é buffet self-service. A comida é simples, mas saborosa e tem bastante opção. E agora lá também tem chuveiros para banho após a trilha e voltar mais descansado para casa.

O nosso primeiro grupo oficial da Agência Compartilhe Viagens

Apesar do cansaço, o grupo todo ficou satisfeito com a trilha e terminamos com todos sãos e salvos. =)

A cobertura fotográfica do passeio ficou por conta de Luise Maia (as fotos deste post também) e ela foi ainda responsável por confeccionar as lembrancinhas da Agência Compartilhe Viagens para os participantes da trilha, ímãs de geladeira com fotos do passeio. <3


Turismo de aventura na Pedra da Boca (PB)

Olá viajantes!

Hoje conto para vocês mais uma das minhas aventuras, na verdade, uma das melhores que já vivi: minha ida ao Parque da Pedra da Boca, divisa da Paraíba com o Rio Grande do Norte. Um lugar lindo! Esse é um passeio que pode ser feito em um dia e tem um custo muito baixo. Para quem não tem opção para a Semana Santa é uma boa. Quem não puder ir agora, vale a pena em qualquer época do ano!

 Boa viagem!

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