Ah, João Pessoa! Por que demoramos tanto para te rever? Foram 9 anos desde a nossa última visita, mesmo sendo nossa capital vizinha (nós moramos em Natal). E como me surpreendi positivamente com a cidade.
Jampa, apelido carinhoso da segunda capital mais verde do mundo, continua com a sua costumeira tranquilidade e está uma cidade organizada, limpa, com uma orla estruturada e me pareceu segura (um raridade no Brasil). Um ótimo destino para viajar com a família. Essa foi a nossa primeira viagem para fora do Rio Grande do Norte com Elis, que na época estava com 6 meses.
Viajamos em janeiro, em plena alta temporada, e conseguimos aproveitar bem o destino sem sermos explorados. Compartilho com vocês o nosso roteiro de 5 dias (com algumas sugestões extras) que tem um ritmo muito mais tranquilo do que estamos habituados e, por isso, é indicado para fazer com crianças, mas também pode ser feito por quem gosta de aproveitar a viagem com mais calma.
Farol do Cabo Branco que marca o ponto mais ocidental das Américas. E a Estação Cabo Branco, ao lado.
Assista ao nosso vídeo de João Pessoa:
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DIA 1 – Praia de Tambaú
Nos hospedamos em um apartamento em Tambaú, bairro que considero mais indicado para estadia, e já chegamos a tarde na cidade. Então, aproveitamos nosso primeiro dia na própria praia de Tambaú. Como era a tarde e dia de semana, mesmo sendo alta estação, a praia estava com pouca gente e muito tranquila.
Tambaú tem uma orla bem organizada com ciclovia, quiosques e restaurantes. Pela manhã, das 5h às 8h, a avenida Cabo Branco, que fica à beira mar é fechada em alguns trechos para prática de atividades físicas. Na praia tem redes de vôlei e o combo de mesinha – duas espreguiçadeiras e guarda sol – que pode ser alugado em média por R$15 a R$20. Depende da sua negociação.
Teoricamente as mesas não pertencem aos quiosques, mas os garçons atendem lá. Os preços costumam ser bem justos.
O mar é tranquilo, mas com crianças é preciso ter cuidado, pois logo no início tem uma baixa e fica fundo. A água é super morninha. Uma delícia!
De Tambaú, mais próximo ao famoso hotel Tambaú – este redondo na foto de abertura do post -, saem os passeios de barco para as piscinas naturais de Picãozinho (R$ 50, em jan/19), que ficam mais próximas e, também para as piscinas do Seixas (R$ 50). Indo direto no local de saída mais próximo as piscinas dos Seixas custam R$ 35.
Como Tambaú é uma área bem turística também é possível sair de lá para fazer o passeio para as piscinas de Areia Vermelha (R$ 60, incluindo carro e barco. Saindo direto de Areia Vermelha custa R$ 30).
Os passeios têm duração entre 2h e 3h. E o snorkell é cobrado a parte e custa entre R$ 15 e R$ 20. Bem, gostaria muito, mas não fizemos os passeios. Fiquei com receio de ser muito tempo para Elis. Mas pelo que conversei com as pessoas de lá, são passeios tranquilos que podem ser feitos com crianças. Fica para a próxima!
Gulliver Mar, em Cabo BrancoO nosso primeiro dia em Jampa foi na data do meu aniversário e também nossas bodas de casamento. Como era uma data especial, Fred reservou um restaurante bacana para irmos jantar. Fomos ao Gulliver Mar, em Cabo Branco. Não é exatamente um restaurante para ir com crianças, mas eles não fizeram nenhuma restrição e tinha até cadeirão para Elis.
Ficamos na varanda coberta, com vista para o mar (a lua cheia estava especialmente linda!). O ambiente é bem sofisticado, com piano ao vivo e o atendimento dos garçons é bem gentil. Como o nome sugere, o forte do cardápio são os frutos do mar, mas o menu é bem variado. Porém não traz opções vegetarianas. O que não foi um problema, pois eles providenciaram um risoto de funghi para mim. E Fred pediu um polvo. Os pratos principais não estavam excepcionais. Mas a entrada que pedimos (provoleta) simplesmente me dá água na boca até hoje! Uma surpresa para mim foi que mesmo sendo um restaurante gourmet, os pratos são muito bem servidos. Tanto que nem sobrou espaço para o meu bolo e não pedimos sobremesa. Os preços do restaurante não são baratos, claro, mas também nada absurdo para o padrão do restaurante. Recomendo para quem procura um bom almoço ou jantar.
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DIA 2 – Praia de Cabo Branco, Estação Ciência, Pôr do Sol do Jacaré
Começamos o segundo dia na Praia de Cabo Branco que é, na verdade, uma continuação da praia de Tambaú e segue a mesma estrutura. Porém, achei mais tranquila porque fica mais distante dos barcos e dos vendedores de passeios.
À tarde, fomos na Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura & Artes que já havíamos visitado na última vez. Mas, dessa vez, me decepcionei ao saber que o prédio chamado “Torre Mirante” projetado por Oscar Niemeyer está fechado para reforma já há alguns anos. E as exposições estão no prédio em frente.
Além da beleza dos traços de Niemeyer, a torre Mirante tem um andar com vista panorâmica para a orla de João Pessoa. Então, o museu perde muito com o fechamento deste edifício.
Enfim, fomos à Estação com o objetivo principal de visitar o planetário, que havia sido recomendado por uma amiga que tem um bebê da idade de Elis e que me disse que ele adorou. Mas, infelizmente, no dia que fomos, o planetário estava recebendo visita de uma escola e não aceitaram visitas de turistas. Uma pena, pois não tivemos tempo de voltar e acabamos visitando apenas a única exposição fotográfica que estava no museu.
A Estação funciona de terça à sexta, das 9h às 18h e sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h. O planetário recebe visitas de terça a domingo, às 10h30, 11h30, 15h e 16h. Devido ao que aconteceu com a gente recomendo ligar antes para saber se está recebendo visitas (81) 3214-8303.
Vizinho a Estação Cabo Branco fica o Farol do Cabo Branco que marca o ponto mais ocidental das Américas, ou seja, o mais próximo da África. Este é um dos cartões postais de João Pessoa. Ao lado do Farol está o Bosque dos Sonhos com lojinhas de artesanato, área de piquenique, praça de alimentação, mirante, redário, parques infantis, esculturas e restaurante. Funciona de terça a domingo, das 8h às 17h. A entrada custa R$ 5.
No final da tarde fomos ao famoso pôr do sol do Jacaré, que fica em Cabedelo, a 13 km de Tambaú. Como falei no início do post, a última vez que havia ido em João Pessoa foi há 9 anos e fiquei desorientada com tantas mudanças na Praia do Jacaré.
Só para vocês entenderem, antes, havia vários restaurantes na orla, que ficavam até dentro d´água e deles víamos a execução do Bolero de Ravel por Jurandy do Sax. Desde 2015, a justiça ordenou a demolição dos restaurantes por questões ambientais. E, hoje, a única coisa que se mantém como antes é o show de Jurandy.
Agora, as pessoas assistem ao pôr do sol na orla ou em um passeio de barco que são oferecidos no local. Os passeios custam entre R$ 35 e R$ 45 e tem 1 hora de duração. Cada barco oferece um diferencial, como show de xaxado ou do próprio Jurandy, mas sinceramente, não achei que os passeios valem a pena. Uma coisa que gostei foi o show do violinista Paulo Barreto, no calçadão, que fez uma prévia para a apresentação de Jurandy. Mas não tenho certeza se acontece sempre.
No calçadão tem também várias lojinhas de artesanato e próximo agora tem também um pequeno shopping com vários quiosques de comidas.
Particularmente, eu preferia mais o modelo antigo. No entanto, se afetava o meio ambiente, a mudança tinha mesmo que ser feita. E o pôr do sol no Rio Paraíba continua maravilhoso!
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DIA 3 – Lovina Tropical Bar e praia de Ponta de Campina
No terceiro dia, saímos quase na hora do almoço (pois como já contamos algumas vezes, Fred trabalha mesmo enquanto viajamos, então, precisa ter horário de trabalho) e fomos conhecer o Lovina Tropical Bar, restaurante famosinho que fica em Cabedelo, na praia de Ponta de Campina, a 11 km de João Pessoa.
Certamente você já deve ter visto em alguma foto no Instagram de um portal de madeira com o nome “Lovina”, com coqueiros em volta e o mar ao fundo. O Lovina é um restaurante bem grande e, como falei, bem badalado, mas atende bem à famílias com crianças.
O restaurante tem mesas “normais” que ficam na área coberta principal e algumas na areia e mesas com vista para o mar, com consumação mínima de R$ 200 e ainda lounges com mesas, sofás e espreguiçadeiras, com consumação mínima de R$ 500. As cotas parecem altas, mas se for para várias pessoas é bem fácil de alcançar, pois os preços não são tão baratos. Apesar de ter algumas opções acessíveis.
Listo aqui alguns preços do cardápio só para vocês terem uma ideia: drinks (entre R$ 12,90 a R$ 29,90), cervejas (de R$ 7,99 – long neck a R$ 12,99 – 600 ml), petiscos (entre R$ 14, 99 – batata frita a R$ 47,99 – filé de camarão ao alho e óleo com fritas), pratos principais ( entre R$ 69,99 – frango a R$ 139,99 – peixe inteiro frito). Referência de preços de janeiro de 2019.
Uma coisa que não me agradou no restaurante é que além do consumo e nos casos das mesas e lounges especiais, com consumação mínima, eles ainda cobram estacionamento (R$ 10) e pelo uso do playground que é bem bacana até (R$ 10 – 20 minutos e R$ 20 – o dia inteiro). Ah! Também cobram couvert, o que é normal, e esse acabei não anotando o valor, mas não era caro. No dia que fomos, estava tocando um sanfoneiro.
O ponto alto do restaurante, na minha opinião, é a praia que fica em frente. A praia de Ponta de Campina é maravilhosa para banho, super tranquila e tem uma vista maravilhosa para a cidade de João Pessoa. Porém, as cadeiras e guarda-sóis que ficam em frente ao restaurante são de ambulantes e são cobradas a parte. Ou seja, você pode ir direto para a praia, se quiser.
Mas preferi ficar no restaurante porque almoçamos com calma, ficamos um bom tempo por lá, Elis brincou no parquinho (não cobraram porque ela é um bebê) e usamos o chuveiro após o banho de mar. Outro ponto negativo que observei é que os banheiros não têm trocadores para bebês, apesar de muitas famílias frequentarem o local. Ao lado do restaurante, o Lovina tem também um espaço para grandes shows.
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Dia 4 – Camboinhas
O nosso quarto dia foi completamente #fail. Meu plano era irmos para as praias do litoral Sul, que ficam no Conde e que havíamos conhecido na nossa última vez: Tabatinga, Coqueirinho e Tambaba (a parte não nudista! hehe). Estas praias estão a aproximadamente 45 minutos de João Pessoa.
Bem, tínhamos alguns familiares visitando também a cidade e acabamos combinando de nos encontramos na praia de Camboinhas, que fica em Cabedelo, ao lado de Ponta de Campina. Camboinhas é também uma ótima praia para ir com crianças e de lá saem os passeios para Areia Vermelha, um banco de areia que têm restaurantes flutuantes.
Nós estávamos prontos para ficarmos de boa na praia, com crianças e bebês, quando caiu um temporal de verão. Nos refugiamos no restaurante em frente, mas a chuva era tanta e com tanto vento que nos molhávamos mesmo assim. As pessoas que eram de João Pessoa diziam que a chuva era bem incomum para época e os demais turistas faziam cara de decepcionados. Uma mulher falou que era o primeiro dia dela na cidade e não estava acreditando naquela chuva.
E, se tem uma coisa que aprendi viajando e, principalmente, agora com Elis é o bom e velho “aceita que dói menos”. Imprevistos em viagens acontecem e não dá para sempre pegar o clima perfeito. Então, o jeito é voltar pro hotel ou apartamento e descansar, assistir Netflix, ir a um shopping ou improvisar um almoço/churrasco no apartamento, que acabou sendo a nossa opção.
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Dia 5 – Feirinha de Tambaú e Mangai
Para fechar os nossos dias em João Pessoa, pegamos uma praia pela manhã em Tambaú, que era a mais próxima da nossa hospedagem e fomos até a famosa feirinha de artesanato, que fica no bairro.
Para almoçar, fomos no Mangai, famoso restaurante de comidas nordestinas. Em Natal, tem duas unidades da rede, porém queria conhecer a de João Pessoa, que foi a primeira. O restaurante de Jampa é bem menor do que os de Natal, mas é bem acolhedor. O buffet é self service no kg. A minha dica aqui é: não deixe de comprar uns pãezinhos de macaxeira para viagem. São simplesmente deliciosos!
Eu tinha planos de visitar muito mais lugares em JP. Mas, com criança, o ritmo é sempre mais lento e é preciso respeitar isso. Alguns desses lugares que gostaria de ter visitado e que já fui em outras oportunidades é o Centro Histórico de João Pessoa, onde ficam o Centro Cultural São Francisco, a Catedral de Nossa Senhora das Neves, a igreja de Nossa Senhora do Carmo, entre outros prédios históricos. Pelo que me lembro, o centro histórico é bem conservado.
Próximo de lá também estão outros lugares que podem ser visitados com crianças, o Parque da Lagoa – Solon de Lucena e o Parque Zoobotânico Arruda Câmara.
Ficam para uma próxima, que prometo que não irá demorar tanto dessa vez.
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