Insignificância e poder: o homem diante do sublime

Antonino Condorelli
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A trilha sonora deste post é Planeta Sonho, de Flávio Venturini. Ouça e assista:

A primeira sensação que atravessa o nosso corpo quando nos defrontamos pela primeira vez com visões sublimes – no sentido que o filósofo Alain De Botton, inspirando-se em Edmund Burke, atribui à expressão: “o sentimento provocado por certos tipos de paisagens muito grandes, impressionantes e perigosas. Lugares como os oceanos abertos, as altas montanhas, as calotas polares[1]” – é um certo desconcerto, às vezes um calafrio: improvisamente, nos sentimos pequenos, frágeis, insignificantes. Uma cordilheira nevada, um deserto, um oceano, uma selva imensa que se perde no horizonte podem estimular-nos a “aceitar as limitações impostas à nossa vontade[2]” a reconhecer que há energias e exigências maiores do que as que experienciamos como as do nosso “eu”.

Aproximando-se do Glaciar Balmaceda, Província de Última Esperanza, Patagônia Chilena
Aproximando-se do Glaciar Balmaceda, Província de Última Esperanza, Patagônia Chilena

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