Quando a gente é criança, a gente sempre se pergunta de onde vêm as coisas ou como são feitas. Mas depois que nos tornamos adultos, parece que nós ligamos o piloto automático e não nos preocupamos muito em saber se aquela roupa baratinha que compramos pela internet foi costurada por trabalhadores em condições análogas a escravidão na Ásia ou sobre todo o trabalho que alguém ou muitas pessoas tiveram para um vegetal chegar à nossa mesa e a gente simplesmente decidir que não tá afim de comer e jogá-lo fora no lixo. Essas são situações que, normalmente, não temos tempo para parar e refletir em nosso corrido dia a dia. Eu, por exemplo, nunca tinha parado para pensar sobre todo o risco, trabalho e sofrimento que alguém pode passar para que eu use três delicados anéis em minhas mãos. Não até estar me esforçando para puxar o pouco de ar que tinha para dividir com outras oito pessoas em um apertado buraco em uma mina de prata em Potosí, na Bolívia.
Das coisas que deveríamos aprender na escola, mas só descobrimos viajando: a Bolívia tem duas capitais. Uma constitucional, que é Sucre, e uma administrativa, que é onde o presidente vive e trabalha, que é La Paz, e é só esta que normalmente vemos nos mapas e decoramos o nome na época da escola. O fato é que, por ser a capital desde a criação da República da Bolívia, Sucre conserva um belíssimo centro histórico, que desde 1991 é Patrimônio Mundial da UNESCO. Boa parte das construções tem a cor branca, o que também lhe rendeu o título de “La ciudad blanca”. Sucre é, na minha opinião, a cidade mais charmosa do país e reúne importantes atrativos turísticos. Vale a pena reservar pelo menos dois dias inteiros para conhecê-la. Veja o que fazer na cidade:
Um país cheio de belezas naturais e culturalmente rico. Vizinho do Brasil, barato para viajar e que não exige visto para os países do Mercosul. Assim é a Bolívia. No entanto, o país ainda está fora da lista dos destinos mais visitados pelos turistas brasileiros, que na América do Sul, inclui Chile e Argentina. Talvez porque a Bolívia tenha fama de “durona”. Você sempre irá ouvir alguém dizer que é um país difícil de viajar. Para os mochileiros, no entanto, esse pode ser um atrativo a mais. Um desafio. Mas não é para tanto. Você só precisa saber de algumas coisas antes de ir e poderá tirar a viagem pelo país “de letra” e, certamente, irá se surpreender. Neste post, listei as 10 principais coisas que você precisa saber para planejar o seu mochilão pela Bolívia.
1- Viaje com milhas
É possível viajar para Bolívia com a mesma quantidade de milhas necessárias para viajar pelo Brasil. Com 10 mil milhas por trecho é possível emitir uma passagem para o país. Em geral, os trechos com milhas são oferecidos para Santa Cruz de la Sierra. Para quem é da região sul e sudeste também há muitas promoções de passagens que podem compensar mais do que usar as milhas.
2- É muito barato
Em tempos de alta de dólar, todo mundo está buscando por destinos mais baratos e a Bolívia é um deles. Apesar de o real também ter se desvalorizado com relação ao Boliviano (veja aqui a cotação atual), o custo de viajar pelo país é ainda muito baixo. É possível ficar em um quarto compartilhado, pagando R$ 15, na capital La Paz; pagar em torno de R$ 5 por uma refeição com entrada, prato principal e suco; e menos de R$ 0,50 em uma passagem de transporte público.
3- É um país cheio de belezas
Alguns dos lugares mais bonitos que já vimos no Mundo (Salar de Uyuni, Lipez e Isla del Sol) ficam na Bolívia. O país tem muitas belezas e o melhor é que algumas delas ainda não são tão exploradas. Mas da mesma forma também não estão preparadas para receber os turistas mais exigentes, porém satisfazem bem as necessidades de um mochileiro.
Nunca em toda nossa vida de viajante esperamos tanto por uma viagem. Desde que fizemos a Volta ao Mundo, sonhamos com uma continuação pela América do Sul. Mas primeiro faltava dinheiro, depois tempo. Conseguimos comprar as passagens em setembro do ano passado. No começo iríamos passar 20 dias, que seria o tempo de férias que Fred teria no emprego anterior, depois com a #vidanômade iríamos só com a passagem de ida. Mas aí meu irmão caçula resolveu marcar a data do casamento para maio deste ano (assim faltando dois meses!) e agora vamos viajar por 37 dias. Nesta, que será a primeira parte do Dois na América, pois este ano queremos focar as nossas viagens no continente americano, iremos viajar por Bolívia, Chile (Atacama) e Peru.
Neste mochilão teremos um novo desafio: o de conciliar a viagem com os nossos trabalhos remotos. Teremos que dar conta de trabalhar 8 horas por dia e ainda viajar por esses três países. Para isso, pretendemos dividir as horas de trabalho entre o início da manhã e noite e deixar o restante do dia para conhecer as cidades e fazer passeios. Espero, inclusive, conseguir fazer alguns posts durante a viagem. Mas garanto muitas fotos em nossas redes sociais: siga @compviagens e curta fb.com/compartilheviagens.
2015 mal começou e já está numa velocidade. E ontem chegou ao fim a nossa #VidaNômadePipa. Foram pouco mais de 2 meses vivendo em Pipa-RN. Aproveitamos cada instante e curtimos muito cada praia. Também aproveitamos para dar uma desacelerada e pegar o jeito do nosso novo estilo de vida: a vida nômade. E nos adaptamos muito bem.
Hoje o Compartilhe Viagens recebe a visita do casal blogueiro Jackeline Mota e Rômulo Elizardo do Viaje Sim. Jackie é mineira, jornalista e mestranda em Estudos Estratégicos; Rômulo, médico e pós-graduando em neurociências. Juntos, eles dividem relatos e dicas sobre suas viagens no blog que tem uma história da escolha do nome muito interessante: o SIM faz uma referência ao casamento (os dois começaram escrevendo sobre destinos de lua de mel). Mas também faz uma referência a um episódio da vida de John Lennon e Yoko Ono. Pois Jackie é Beatlemaníaca.
Segundo conta o casal SIM, John conheceu Yoko ao visitar sua exposição em Londres e a primeira obra que John viu no local era uma escada branca que levava ao teto também branco onde estava pendurada uma lupa e com ela lia-se no teto a palavra “Sim”. John disse que se houvesse lido qualquer outra palavra, teria ido embora. Mas como era sim, resolveu ficar e acabou conhecendo Yoko.
Bem, hoje Jackie e Rômulo dividem com a gente o Mochilão que eles fizeram em janeiro deste ano pela Bolívia e revelam para a gente um país vizinho com paisagens belíssimas e lugares incríveis.