Estreia O Vagamundo

Olá viajantes!

Hoje é um dia mais que especial para mim. Dia de estreia no Compartilhe Viagens. A partir de hoje, terei a honra de contar com a colaboração do jornalista, pesquisador/pensador, educador, promotor cultural independente, ativista socioambiental e principalmente, viajante, Antonino Condorelli, que é também coordenador da Pós em Estratégias de Comunicação em Mídias Sociais da Estácio, curso do qual sou aluna. A coluna assinada por Antonino “O VAGAMUNDO” será publicada aqui no CV sempre na 2ª terça-feira de cada mês. No espaço, Antonino irá compartilhar “fragmentos de  andanças pelo mundo, encontros, vivências e reflexões de um viajante empedernido”, como o mesmo resumiu.

Tenham uma maravilhosa viagem!

Leia o primeiro post de “O VAGAMUNDO”: Caminhante, são tuas pegadas o caminho, e nada mais.

 


Caminhante, são tuas pegadas o caminho, e nada mais

condor_76@hotmail.com
@el_condor76

A trilha sonora deste post é Cantares – Letra: Joan Manuel Serrat e Antonio Machado; Música e interpretação: Joan Manuel Serrat.

Sou europeu e fui adotado pela América do Sul. Ao longo de mais de trinta anos de existência, vivi em três países de diferentes continentes e passei longos períodos em outros dois. Sempre que pude, embora não tanto quanto teria gostado, devido a uma situação financeira sempre instável, fiz longas viagens de mochila pelo mundo. Sempre me senti atraído pelo encontro com o diferente; sempre procurei o deslumbramento, a vertigem, centelhas de significado para a minha existência no contato com outros lugares, outros povos, outras paisagens, no mergulho – embora por períodos breves – em ambientes não-urbanos. Sempre senti um impulso irresistível para o conhecimento e a mestiçagem com outros estilos de vida, com outras maneiras de pensar o mundo e de vivê-lo. Nunca me senti enraizado em lugar algum, sentindo à flor da pele aquela sensação de estrangereidade que Claude Lévi-Strauss, em Tristes Trópicos, assumiu como sua condição permanente, um sentimento de estranhamento constante que o fazia sentir-se estrangeiro em qualquer lugar, inclusive em sua cultura de origem.

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