No entorno de Cusco, na região dos Andes, está o chamado Vale Sagrado dos Incas, que reúne alguns dos mais importantes monumentos sagrados desta civilização. O vale possui paisagens belíssimas, com muitos rios, terraços de plantações e antigos vilarejos. De Cusco saem diariamente tours para conhecer alguns desses parques arqueológicos. O passeio do “Vale Sagrado” inclui a visita aos parques de Pisac, Ollantaytambo e Chinchero e pode ser feito com o boleto turístico parcial, que inclui ainda o parque de Moray.

Vale Sagrado dos Incas
Vale Sagrado dos Incas

O passeio de um dia começa em torno das 9h e segue até às 19h. É preciso pesquisar bem antes de fechar com uma agência, pois a diferença de preço pode ser muito alta. Mas o preço médio praticado custa entre 20 e 25 soles, com transporte e guia bilíngue. O boleto turístico deve ser comprado à parte na Direção Regional de Cultura de Cusco e pode ser o integral, que inclui 16 atrações e custa 130 soles ou  parcial, que custa 70 soles. O almoço também é cobrado à parte e não custa muito barato, pois normalmente, as agências levam para um buffet. Então, pergunte antes quanto irá custar o almoço, que sai entre 25 e 30 soles.

O primeiro parque visitado no tour é Pisac, mas antes são feitas algumas paradas em centros de artesanatos e mirantes. A paisagem de Cusco à cidade de Pisac é simplesmente deslumbrante. Uma dica importante, escolha sentar do lado esquerdo do ônibus na ida.

Pisac
Pisac
Pisac
Pisac
Vista de Pisac
Vista de Pisac

Pisac fica bem no alto de uma montanha, com uma vista impressionante para o vale. Além de belíssimas terraças de plantação, o parque mantém preservadas várias construções, que datam do século 10 e 11. Com a explicação do guia, fica mais evidente o quão engenhosos eram os Incas e como faziam para construir edifícios tão perfeitos e grandiosos em áreas de tão difícil acesso.

Paisagem no Vale Sagrado
Paisagem no Vale Sagrado
Tradição do Vale Sagrado: Torito de Pucará nos telhados de todas as casas
Tradição do Vale Sagrado: Torito de Pucará nos telhados de todas as casas

Depois de Pisac paramos para almoço em um buffet e depois seguimos o passeio com a visita ao parque de Ollantaytambo.

Ollantaytambo
Ollantaytambo

Ollantaytambo impressiona desde a entrada. Situado em uma colina, tem terraças em formato piramidal, construções muito bem preservadas e templos com gigantescos monolitos. O guia nos explicou de onde vieram aquelas pedras, como eram levadas até o templo e como eram polidas. Todas as construções incas chamam atenção pelo perfeccionismo com que eram feitas.

Ollantaytambo
Ollantaytambo

Na base da fortaleza de Ollantaytambo fica o povoado de mesmo nome. A pequena cidade preserva ainda pequenas ruas e galerias de escoamento de águas do tempo dos Incas. Em Ollantaytambo está também a estação de trem de onde partem e chegam os trens de Águas Calientes, base para Machu Picchu. Algumas pessoas que fazem o passeio do Vale Sagrado ficam na cidade para pegar o trem. Mas acabam perdendo a visita a Chinchero.

Ruas de Ollantaytambo, preservadas desde o período dos Incas
Ruas de Ollantaytambo, preservadas desde o período dos Incas

Antes de chegarmos a Chinchero, fizemos uma parada em uma cooperativa têxtil de mulheres, que fizeram uma explicação rápida de como são feitas e tingidas as roupas da maneira artesanal. Como algumas pessoas demoraram fazendo compras na cooperativa, acabamos chegando em Chinchero quase à noite.

Mulheres de cooperativa têxtil explica o processo artesanal de fabricação de roupas
Mulheres de cooperativa têxtil explica o processo artesanal de fabricação de roupas

O parque arqueológico de Chinchero é um dos exemplos em que as construções Incas foram utilizadas de base pelos espanhóis para igrejas cristãs. Em Chinchero estão as ruínas de três templos Incas: Titiqaqa, Pumaqaqa, e Chincana. E também uma igreja do período colonial, que guarda telas da escola cusquenha.

Chinchero
Chinchero

Em frente à igreja muitos artesãos vendem seus trabalhos, e, aos domingos, há uma grande feira que reúne artesãos, agricultores e comerciantes.

Todos esses parques arqueológicos podem ser visitados por conta própria. Porém, o transporte público chega nas cidades próximas, mas não chega até eles. Então, quem decidir ir por conta, provavelmente terá que caminhar ou pegar um táxi ou mototáxi quando chegar nessas cidades para visitar os monumentos. Também a distância entre um parque e outro é grande, então, provavelmente só será possível conhecer um ou dois por dia. Além disso a visita guiada faz toda a diferença, pois assim podemos conhecer melhor a história e os significados de cada monumento. Por isso, nós preferimos e recomendamos fazer o passeio com uma agência. O nosso passeio foi feito com a agência Aita Perú.

Não tivemos tempo de ir até Moray. Mas um outro passeio é oferecido pelas agências e inclui a visita à Moray e às Salinas de Maras.

* Com algumas informações do http://www.peru.travel/

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