Dia 2

O segundo dia de Salkantay é considerado o mais difícil da trilha, pois é o dia de muita subida, onde chega-se ao ponto mais alto da trilha. Fomos acordados às 4h30 pelo cozinheiro com chá de coca e depois fomos todos tomar café da manhã.

Me preparando para a subida com a mula
Me preparando para a subida com a mula

Como ainda estava fraca e tinha cansado muito na subida do dia anterior, o guia me sugeriu que fizesse a subida de mula, pois no ponto alto da subida fazia muito frio e o restante do grupo não poderia me esperar se eu ficasse para trás. Concordei para não atrapalhar o grupo. Fred subiu caminhando e, por isso, saiu antes de mim.

Na subida do segundo dia
Na subida do segundo dia

O aluguel da mula foi pago à parte e incluía um guia. Eu já havia andado de camelo, de elefante, mas nunca de cavalo, burro ou mula. Antes de trazerem a mula que iria montar, vi as outras mulas que levavam as bagagens e na hora de serem preparadas, elas davam muitos coices.

Saí quase 1h após o grupo, acompanhada do guia e uma outra menina. Subir a montanha com a mula pode até ser mais fácil fisicamente, mas não psicologicamente, pois a danada só pisa no limite dos penhascos e muitas vezes me assustava tanto que preferia fechar os olhos. O guia ia caminhando, puxando a mula na maior velocidade e não parou nem para tomar água nas quase 3h de subida. Com mais de 60 anos, mas aparência de mais velho, ele parecia incasável. Durante o trajeto íamos passando de alguns trilheiros até que consegui ver onde Fred estava e fiquei mais calma por ele estar indo bem.

Aproveitei para tirar muitas fotos, apesar de ir chacoalhando e não poder usar as duas mãos. A paisagem desse segundo dia é belíssima, com vistas para as montanhas de Humantay e Salkantay, que dá o nome a trilha. Parte da trilha estava coberta de neve, mesmo sendo início do outono.

O condutor da mula nos deixou um pouco antes do ponto alto e fomos caminhando até o topo da montanha, aos 4.650 m. Fiquei aguardando Fred e o restante do grupo chegar. E começou a nevar forte. Quando o vi chegando, fiquei realmente emocionada. A parte mais difícil já tinha passado.

Nosso grupo no ponto alto da Salkantay
Nosso grupo no ponto alto da Salkantay

O grupo todo fez algumas fotos e o guia nos ensinou a fazer alguns antigos rituais sagrados de agradecimentos.

Depois daí, o restante do dia era só descida. Como estava mais descansada, caminhei o restante do dia sem dificuldades.

O acampamento do segundo dia, em Chaullay é melhor estruturado do que o da primeira noite. É possível tomar banho, pagando 2 soles pelo banho frio ou 10 pelo banho quente. Também tem uma lojinha, onde é possível comprar água, refrigerante e até cerveja.

O grupo aproveitou para “tomar uma” nesta noite, mas nós não podíamos porque ainda estávamos tomando antibióticos.

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