Olá viajantes!

Desde que o Compartilhe Viagens ingressou para a Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem, tenho feito contatos maravilhosos com blogueiros de todo o Brasil. E entre eles, uma em especial me despertou de cara uma grande admiração. A autora do Preciso Viajar, Fernanda Souza, assim como eu, é aquariana e realizou um sonho que também é meu: deu a volta ao mundo! No ano passado, ela largou tudo e viveu um ano sabático. E adivinhem quem a inspirou nessa volta pelo mundo? O gnomo do filme O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Lembram do meu roteiro em Montmartre? Fernanda está escrevendo um ebook sobre essa incrível experiência e assim que for lançado eu aviso a vocês! Hoje, ela divide com a gente um pedacinho dessa incrível viagem. O destino, o Japão, foi um pedido meu e depois que recebi o texto dela, tive certeza que fiz uma boa escolha.

良い旅行!

Gueishas
Gueishas

Japão por Fernanda Souza

Eu nunca gostei muito de japoneses. Conhecia vários e achava a cultura um pouco submissa demais (principalmente para as mulheres). Tampouco gosto de comida japonesa (não como nada cru), não frequento restaurantes japoneses no Brasil e todos esses motivos deixaram o Japão de fora na minha viagem de volta ao mundo.

Meu interesse pelo país era nulo. Mas eu já estrava na estrada há um bom tempo e recebi um e-mail de um amigo dizendo que estava indo para Bangkok e Tóquio e ele perguntou se eu queria ir com ele. Eu já estava com passagem comprada para Bangkok e coincidentemente era no mesmo dia que ele chegaria lá. Aí ele perguntou se eu também não queria ir para o Japão com ele.

Jardins do Palácio Imperial
Jardins do Palácio Imperial

De imediato, já disse que não, mas ele insistiu que eu estaria bem perto e valeria a pena ver se não tinha passagens baratas para o Japão. Então, encontrei uma passagem barata que saía de Bangkok, ía para Tóquio e depois iria para Pequim, outro destino que já estava na lista. E topei o desafio de encarar o Japão.

Paguei minha língua, porque foi amor à primeira vista. Tanto é que quando comecei a contar os relatos da minha viagem, meus amigos e familiares deram muitas risadas.

O Japão é um daqueles lugares que você aprende uma coisa nova por dia. Aprende a usar o controle do vaso sanitário, aprende que o assento do vaso sanitário é aquecido, aprende que as máquinas que vendem bebidas também vendem bebidas quentes, aprende que tudo se resolve com educação.

Tudo é limpo e organizado e por mais caótico que possa parecer, tudo funciona. As pessoas estão sempre dispostas a te ajudar, mesmo não falando uma palavra de inglês e mesmo sem conseguir ler o nosso alfabeto. Os japoneses sabem que o Japão é caro e que é longe do resto do mundo. Eles realmente valorizam os turistas. Tudo é caro para todo mundo, até para eles. Não é aquela exploração de vários outros países em que existem preços diferenciados para turistas e para locais.

Cruzamento de Shibuya
Cruzamento de Shibuya

O Japão também tem algumas peculiariedades e as que ficaram mais evidentes para mim foram:

1) a dificuldade de encontrar lixeiras pelas ruas. E como ninguém joga lixo no chão, você tem que se acostumar a andar com seu lixo por quadras, até encontrar uma lixeira.

2) Nenhum banheiro público tem toalha para secar as mãos. Nem aquelas toalhas de pano, nem as de papel e tampouco aqueles aquecedores. Um problema para os turistas, mas para os japoneses não parece ser um problema, já que eles sempre carregar uma toalha ou um lenço na bolsa.

3) Como em todos os outros lugares da Ásia, eles tem obsessão em ficarem mais brancos. Todas as publicidades espalhadas no país são com pessoas bem brancas, muitas delas nem são japonesas e em todos os supermercados e farmácias você encontra cremes branqueadores para o rosto e corpo.

4) Eles são muito estilosos e todo mundo usa bolsa. De crianças a homens, todo mundo tem alguma bolsa.

5) Eles adoram pelúcias. Você sempre vê algum tipo de pelúcia pendurada nas bolsas. Destaque especial para a Hello Kitty, que é uma invenção japonesa.

6) Você nunca deve oferecer gorjeta. É considerado falta de respeito.

7) Você tem que tirar o sapato para entrar em vários lugares.

8) Os japoneses adoram usar máscaras (aquelas de hospital). Não sei se eles usam as máscaras com medo de pegar algum tipo de doença ou se eles já estão doentes (gripados por exemplo) e não querem passar para outras pessoas.

Como o Japão é caro, eu tive que me contentar com um roteiro básico que incluía Tóquio e Kyoto, porque se ficasse mais tempo no país, estouraria o orçamento do resto da minha viagem. E já foi o suficiente para me apaixonar pelo país e querer visitá-lo outra vez.

Tóquio é legal, mas eu sinceramente esperava um pouco mais da cidade. Visitei vários templos na cidade, entre eles o de Sensoji e o Meiji. O Meiji é muito mais legal e nos finais de semana, vários noivos vão para lá tirarem fotos.

Sensoji
Sensoji
Noivos
Noivos

Outros pontos que vale a pena visitar em Tóquio são os jardins do Palácio Imperial, o cruzamento de Shibuya, o Observatório TMG e o bairro de Shinjuku, que é um bairro conhecido pelo neón e letreiros de LCD gigantes.

Observatório TMG
Observatório TMG

Agora o Japão que todo mundo espera encontrar está mesmo fora de Tóquio. Eu tive a oportunidade de conhecer Kyoto, uma cidade com traços do Japão Imperial.

É lá em Kyoto que fica na minha opinião, um dos templos mais bonitos do mundo chamado Kinkakuji ou Golden Temple.

Golden Temple
Golden Temple

Kyoto tem 1.700 templos e obviamente que não visitei todos. Eu fui nos seguintes templos: Kinkakuji, Kyomizudera, Nonomiya, Sanjusangendo, Daitokuji. O meu preferido foi o de Kyomizudera.

Kyomizudera
Kyomizudera

Se puder escolher uma época para visitar o Japão, escolha a época das cerejeiras (final de abril, começo de maio). Eu não tive essa chance, visitei durante o outono, mas mesmo assim, fiquei encantada com o cenário.

 

 


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