Uma ideia incrível, um lugar lindo, arte e natureza integradas. O Inhotim é certamente um lugar único. O maior centro de arte ao ar livre da América Latina fica no pequeno município de Brumadinho, de apenas 30 mil habitantes, e que fica a 60 km de Belo Horizonte. Aberto ao público há apenas 8 anos, o Inhotim é um dos dois museus brasileiros a constar na lista dos 25 melhores museus do Mundo, (Travelers´Choice Museums 2014), divulgada recentemente pelo TripAdvisor. O Instituto não pode ficar de fora do roteiro de quem visita Minas Gerais. Neste post, explico todos os passos para quem quer visitar o Inhotim, fazendo um bate-volta de Belo Horizonte.
O Inhotim
Na semana passada cai de “paraquedas” em Belo Horizonte, o que é uma longa história. Mas o fato é que perguntei aos amigos mineiros o que fazer na cidade e arredores e TODOS recomendaram a visita ao Inhotim. Então, claro, fui lá conferir e fiquei realmente impressionada.
O parque fica em uma área de Mata Atlântica de 786,06 hectares, sendo 440,16 ha área de preservação. A área de visitação compreende 96,87 ha e inclui jardins, galerias, cinco lagos ornamentais e muita natureza.
O Inhotim foi criado em 2004 pelo empresário Bernardo Paz para abrigar sua coleção de arte contemporânea, que há 20 anos vinha reunindo. Só em 2006, foi aberto ao público e hoje reúne 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, distribuídos em galerias e exposições que estão em constante renovação.
Como chegar
Saindo de Belo Horizonte de carro, a viagem leva pouco mais de 1h. Veja o trajeto pelo Google Maps: https://goo.gl/maps/HjH5o
Existe também uma opção para quem quiser ir de ônibus. A companhia Saritur, tem uma linha que saí de BH às 8h15 e retorna do Inhotim às 16h30, de terça a sexta e às 17h30, sábados, domingos e feriados. A saída do ônibus é da Rodoviária de BH, plataforma F2 e deixa na porta do parque. De ônibus a viagem dura 2h. É possível escolher entre o ônibus convencional (R$ 16,90 ida e R$ 16,45 volta) e executivo (R$ 23,90 ida e R$ 23,45 volta).
E não, ficar cerca de 6h no parque não é muito tempo. Pode parecer na hora do planejamento, mas lá, você verá que mesmo em um dia todo no parque não é possível ver tudo.
Ingressos
O Inhotim funciona de terça a sexta-feira, das 9h30 às 16h30. E sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30. Nas terças-feira (exceto feriado), a entrada é GRATUITA, quartas e quintas-feira, custa R$ 20,00 e sextas, sábados, domingos e feriados, R$ 30,00.
Crianças de até 5 anos não pagam. Crianças de 6 a 12 anos, idosos acima de 60 anos, estudantes identificados pagam meia entrada.
Os ingressos podem ser comprados tranquilamente na bilheteria sem reserva. Cartões de crédito são aceitos.
Na bilheteria também é vendido o serviço de transporte elétrico, que é feito por carrinhos elétricos, como os de golf. O bilhete do carrinho custa R$ 20.
Eu fiz todo o passeio do parque a PÉ, mas é bem cansativo, pois além da área de visitação ser enorme, são muitas subidas e descidas.
Ah! E no meio do caminho não dá para contratar o carrinho, só na bilheteria.
O que visitar
Antes de visitar o Inhotim é preciso ter bem claro, que em um único é impossível conhecer o parque todo. Então, antes de sair caminhando por aí, escolha suas prioridades.
O parque é dividido em três rotas: a laranja, a amarela e a rosa. A laranja é a que reúne o maior número de galerias e também as mais interessantes. Mas só vim descobrir isso depois. Então, recomendo começar por ela. Mas nas outras rotas também tem galerias bem interessantes.
O mapa está disponível em PDF neste link, mas na bilheteria você irá receber um.
Destaco aqui as galerias e obras que mais gostei, entre as que consegui ver:
Troca-Troca (Jarbas Lopes) – rota laranja
Galeria Valeska Soares – rota laranja
Caleidoscópio (Viewing Machine – Olafur Eliasson) – rota laranja
Galeria Cosmococa – rota laranja
Beehive Bunker (Chris Burden) – rota laranja
Não está entre as minhas preferidas, mas está entre as mais famosas do parque.
Piscina (Jorge Macchi) – rota laranja
Tem também duas piscinas em que é possível tomar banho, uma na Cosmococa e outra do Jorge Macchi. Fiquei chateada de não ter levado o bíquini, pois um banho cairia bem no calor que estava fazendo! hehe
Galeria Doug Aitken – rota rosa
Essa galeria é bem interessante. É onde é possível ouvir o som da Terra.
Edgar de Souza – rota rosa
Invenção da cor, penetrável Magic Square #5, De luxe (Hélio Oiticica) – rota rosa
Além das obras e galerias, o parque tem uma fauna e flora exuberantes, banquinhos feitos de árvores caídas para descansar, restaurantes, lanchonetes e lojinhas.
No final da visita, você irá perceber que um dia foi muito pouco para conhecer o parque e ficará com vontade de voltar!
Dica de amiga
Antes de visitar o parque, veja a previsão do tempo. Pois em dia de chuva, não tem a menor graça. Mas em dia de sol, vá com roupas leves, calçando tênis, use boné ou chapéu, não esqueça de jeito algum do protetor solar e dos óculos escuros nem da máquina fotográfica e se quiser dar um tchibum, lembre-se da roupa de banho. Exceto a máquina fotográfica, eu esqueci de tudo isso, então vai por mim! 😉
*Viagem a Belo Horizonte com passagens custeadas pela Gol Linhas Aéreas Inteligentes.
*Agradecimento especial ao Hélder e a Lílian do blog Nerds Viajantes, que me receberam em BH.