Antigua, na Guatemala, é uma das cidades mais bonitas da América Central. E, como o nome sugere, é também uma das cidades mais antigas do continente , tendo sido fundada em 1543. Desde a década de 70,  é Patrimônio Mundial da Unesco, dada a importância do seu centro histórico do período colonial. A beleza de Antigua está também nos vulcões que rodeiam a cidade.

Portanto, não é a toa que Antigua é o destino turístico número 1 da Guatemala e um ótimo ponto de partida para conhecer o país.

Centro histórico de Antigua e o vulcão Água
Centro histórico de Antigua e o vulcão Água

Como chegar

Em termos de transporte, a Guatemala é um dos países mais complicados para viajar na América Central. O país é relativamente grande, com destinos turísticos distantes uns dos outros. Para completar a opção de transporte público são os chamados chicken bus, ônibus sem nenhum conforto e com longos trajetos. A opção mais indicada para turistas são as vans de empresas de turismo.

Transporte público da Guatemala, os chamados Chicken Bus
Transporte público da Guatemala, os chamados Chicken Bus

Nós chegamos em Antigua, vindos de León na Nicarágua, mais de 15 horas de viagem.  Para quem viaja apenas pela Guatemala, provavelmente chegará a Antigua, a partir da capital, Cidade da Guatemala, que fica a pouco mais de 1h de carro.

Onde ficar

No centro histórico de Antigua há inúmeras opções de hostels, pousadas, hotéis, alguns, bem luxuosos. Mas, quanto mais próximo ao Parque Central ou Plaza Mayor, melhor. Nós nos hospedamos Hotel Dionisio Inn, uma pousada simples, mas bem localizada e com o conforto que precisávamos: quarto privativo com banheiro, café da manhã incluído, wi fi. Os quartos, no entanto, são bem pequenos. A pousada, como a maioria na cidade, funciona em um casarão colonial, com jardim no interior.

O ideal é ficar, pelo menos, 3 noites na cidade.

Veja outras opções de hospedagem em Antigua, Guatemala 

O que fazer

Como disse, Antigua vale pelo menos 3 noites de estadia, pois oferece muitos atrativos.

O centro histórico pode ser visitado a pé, mas como há muitos lugares a serem visitados, reserve pelo menos dois dias para isso.

Comece o passeio pela cidade pelo Parque Central ou Plaza Mayor. Nos arredores da praça fica a Catedral, o Palácio de los Capitanes Generales e a Prefeitura.

Catedral de Antigua
Catedral de Antigua

 

Atrás da catedral, é possível visitar as ruínas de parte do prédio, que foi destruída pelo terremoto de 1773. A frente da catedral, no entanto, é restauração da construção de 1680.

Ruínas da Catedral
Ruínas da Catedral

Na lateral da Catedral, fica também o Museu de Arte Colonial. Caminhando para o lado esquerdo, você irá passar pelo Tanque de la Union, um antigo tanque coletivo para lavar roupas, que também servia de ponto de encontro, bem atrás fica o Convento de Santa Clara.

Tanque de la Union
Tanque de la Union
Mulheres indígenas na praça em frente ao Tanque de La Union
Mulheres indígenas na praça em frente ao Tanque de La Union

Continuando nesta direção, você irá chegar na Igreja de São Francisco O Grande. A primeira igreja construída no local é de meados do século 16, mas ao longo dos séculos, o santuário foi danificado por vários terremotos. A última reconstrução foi de 1967. Assim como na Catedral, na igreja de São Francisco também é possível visitar as ruínas que restaram dos vários terremotos.

Igreja de São Francisco
Igreja de São Francisco

A igreja de São Francisco é uma das mais frequentadas da cidade porque é onde fica o Santuário de Santo Hermano Pedro de San José Betancur, um padre franciscano que foi missionário na Guatemala. É considerado o primeiro Santo das Ilhas Canárias (onde nasceu) e Guatemala. Visitamos a igreja no domingo e havia muitos fiéis visitando o santuário.

Voltando a praça central e seguindo pelo lado direito da Catedral, encontram-se o Convento das Capuchinas, o Hotel Museu Santo Domingo, o Convento e a Igreja de La Merced e também o Convento de la Recoleccion.

Igreja de La Merced
Igreja de La Merced

O mais importante cartão postal da cidade é o Arco de Santa Catalina. Atrás do arco é possível ver o vulcão de Água, um dos vulcões que estão nos arredores da cidade.

Arco de Santa Catalina
Arco de Santa Catalina

Imperdível também em Antigua é a vista do Cerro de la Santa Cruz, onde é possível chegar subindo uma escadaria.  A vista da cidade e do vulcão Água é espetacular.

Vulcão Água e Antigua vistos do Cerro de la Santa Cruz
Vulcão Água e Antigua vistos do Cerro de la Santa Cruz

Como disse, Antigua é uma cidade rodeada por vulcões. E entre os passeios mais populares para quem visita a cidade estão as subidas aos vulcões.  O Pacaya (2.552 m) é um dos mais turístico e também mais ativos do país. É possível subir até a cratera e também ver a lava escorrendo pelo vulcão, que é o que atrai mais os turistas.

Acatenango (3.976m) e Fuego (3.763m) são dois vulcões unidos e juntos são chamados de La Horqueta. Normalmente, os passeios para esses dois vulcões incluem pernoite na montanha. O Fuego é também um dos vulcões mais ativos da Guatemala. Ainda é possível escalar o vulcão Água (3.766m), que está inativo.

Antigua também é uma cidade que atrai muitos estrangeiros que deseja estudar espanhol, por ter um baixo custo comparado a outros destinos. Na cidade, também é possível fazer aulas de culinária.

Em Antigua, você poderá observar também a forte presença indígenas de origem maia, que é a maioria da população da Guatemala. Especialmente mulheres e crianças estão por toda a cidade, com vestimentas típicas (lindas!), vendendo artesanato. Infelizmente, o trabalho infantil é muito comum no país. =(

Também é interessante prestar atenção que os nativos ainda se comunicam em línguas maias. E, alguns, sequer compreendem o espanhol.

Mulheres indígenas no Parque Central
Mulheres indígenas no Parque Central
Meninas indígenas vendendo artesanato
Meninas indígenas vendendo artesanato

De Antigua para…

Depois de Antigua, seguimos viagem pela Guatemala para o Lago Atitlán.


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