Olá viajantes!!

Quando fiz minha Bucket List Brasil coloquei Foz do Iguaçu (PR) no topo da minha lista. E recebi um post muito legal e explicativo da dentista Mariana Melo, potiguar residente em Brasília (DF), que já colaborou com o blog com o roteiro de 7 dias em Santiago do Chile e regiões vizinhas, que é um dos recordistas de visitas do Compartilhe Viagens. O Roteiro em Foz de Iguaçu é de 5 dias e traz dicas do que fazer nos três países que fazem a tríplice fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina).

Boa Viagem!!

Foz do Iguaçu (PR) por Mariana Melo

Fazia tempo que eu queria conhecer Foz do Iguaçu, sempre vi fotos e achava que era lindo. E agora que conheci a dica mais importante que dou é: se tiver oportunidade, vá. É um lugar único no mundo. E é por isso que milhares de turistas do mundo inteiro seguem para lá todos os anos. Quando eu falo do mundo inteiro é mundo inteiro mesmo. Fiquei impressionada com a quantidade de idiomas diferentes que ouvi em um único dia. Tinham alemães, japoneses, chineses, indianos, americanos e até brasileiros. Viajamos, eu e meu marido, em novembro de 2012 e vou compartilhar com vocês um pouco da minha experiência.

Parque Nacional do Iguaçu - lado brasileiro
Parque Nacional do Iguaçu – lado brasileiro

Dia 1

Chegamos a Foz umas 19h, a maioria dos voos chega entre 14h e 16h. Então, é um dia meio perdido, que não dá pra fazer muita coisa. Minha dica é que nesse dia você descanse no hotel e saia pra jantar, que foi o que eu fiz, já que nos outros dias a programação é intensa. Fiquei em um hotel localizado no centro chamado San Rafael. O que não falta em Foz são opções de hospedagem. Eu recomendo que antes de marcar o hotel verifique a localização dele. Tem hotéis mais perto do parque das cataratas e outros mais perto do centro, aí vai depender do que você quer.

Saímos pra jantar em um bar/restaurante chamado Capitão. Pra quem gosta de comida mexicana como eu é uma boa pedida, mas existem outras boas opções no cardápio.
Uma dica que acho importante dar é que os passeios turísticos são distante do centro, o mais recomendado é fechar pacotes com vans nas agências de turismo. Só que essas vans cobram por pessoa, então se forem mais de duas pessoas recomendo alugar um carro. E não se preocupem pois é super fácil de andar pela cidade.

Dia 2
Dia de acordar cedo para conhecer o lado brasileiro do Parque Nacional do Iguaçu. O parque abre às 9h, chegamos por volta das 10h. O valor da entrada no lado brasileiro pode ser pago com cartão de crédito, mas eles exigem documento para a venda com cartão. O percurso da entrada até o início da trilha que leva às cataratas é feito em um ônibus daqueles de dois andares que é aberto em cima. Muito legal ir na parte de cima apreciando a floresta nativa. A trilha tem cerca de 1,5 km, mas é bem tranquila de ser feita.

Parque Nacional do Iguaçu - lado brasileiro
Parque Nacional do Iguaçu – lado brasileiro

O visual não tem nem como descrever, só vendo mesmo, afinal uma imagem vale mais que mil palavras. No final do percurso tem um elevador panorâmico. No lado brasileiro do parque existem outros passeios para serem feitos, como o Macuco Safari, que é um passeio de barco. Mas nós preferimos fazer o passeio de barco do lado argentino do parque, tinha lido em alguns lugares que é mais emocionante e mais barato lá e não me arrependi não. Então o passeio do lado brasileiro acabou cedo.

Foz do Iguaçu, lado brasileiro
Mariana Melo nas Cataratas do Iguaçu
Mariana Melo nas Cataratas do Iguaçu

Aproveitamos que o Parque das Aves é em frente ao Parque das Cataratas e fomos visitar essa maravilha de lugar. Vale muito a pena ir lá. O Parque das Aves é como se fosse um zoológico só de aves e répteis. Mas é um zoológico diferente já que entramos em algumas “jaulas” pra ficar mais próximos das aves. Me senti em total contato com a natureza. Um dos lugares mais encantadores que já vi foi o borboletário. Você entra em uma mini floresta repleta de borboletas e beija-flores, as borboletas pousam em você e algumas não querem mais sair. Pra quem gosta de bater fotos é um lugar perfeito. Pena que eu tinha esquecido de carregar minha máquina e ela estava sem bateria. Só deu pra tirar uma foto no final, com a jiboia. É que no parque, ao final do percurso tem uma jiboia e uma arara para quem quiser tirar fotos como eles. Criei coragem e me agarrei à jiboia. Uma experiência única.

Parque das Aves
Parque das Aves
Foto com Jibóia no Parque das Aves
Foto com Jibóia no Parque das Aves

Como a programação desse dia ia ser muito intensa não quisemos parar para almoçar. Acabamos lanchando no Parque das Aves mesmo. Lá tem sanduíches gostosos que são enormes e valem como uma refeição.

Saindo do Parque das Aves fomos fazer a visita à hidrelétrica de Itaipu. Mas não façam isso se não tiverem feito reserva. É que existem dois tipos de passeio pela usina, tem o panorâmico e o circuito especial. Para fazer o circuito especial é necessário fazer reserva pelo site www.turismoitaipu.com.br. E eu recomendo fazer o circuito especial. Nele conhecemos a hidrelétrica por dentro, até a cabine de comando central, muito interessante. O passeio completo dura cerca de duas horas e meia e é necessário ir com roupa no joelho e calçados fechados, mulheres não podem ir de saia, vestidos ou shorts.
Para encerrar o dia fomos jantar em um restaurante maravilhoso chamado Chef Lopes. Se você for a Foz não deixe de ir a esse restaurante. O principal prato de lá é o bife de chorizo, uma delícia. O petit gâteau também é maravilhoso.

Mariana na Hidrelétrica de Itaipu
Mariana na Hidrelétrica de Itaipu
Sala de comando central em Itaipu
Sala de comando central em Itaipu
 Petit Gâteau do Chef Lopes
Petit Gâteau do Chef Lopes

Dia 3

Dia de compras no Paraguai. É muito difícil um brasileiro ir a Foz e não dar um pulinho no Paraguai para fazer umas comprinhas básicas. Nesse dia eu recomendo que mesmo que você tenha alugado um carro vá ao Paraguai com uma van de alguma empresa de turismo ou táxi. É que o trânsito lá é horrível e estacionamento também é difícil. Saímos do hotel 8 da manhã e chegamos ao Paraguai meia hora depois. Uma dica: evite ir dia de sexta e sábado, são os dias mais lotados e as filas pra atravessar a ponte são enormes.

No Paraguai tem que ter alguns cuidados com o que você vai comprar e onde vai comprar. Como eu estava querendo um celular pesquisei antes na internet e achei uma loja chamada Mega Eletrônicos. Não posso dar muitas dicas de compras porque não comprei muita coisa, mas aqui vão algumas dicas: eletrônicos achei os preços melhores nessa Mega Eletrônicos, e lá é enorme, tem de tudo. Pra quem quer bebida e perfumes achei a Macedônia a mais barata e também é confiável. Essa Macedônia tem uma na rua, perto da Mega Eletrônicos, e outra dentro do Shopping Del Este. Também tem a Monalisa, mas quando eu fui os preços lá não estavam tão bons. Além dessas dicas tem as básicas, que são os cuidados que todos têm que ter em locais muito movimentados, como não andar com ouro, com bolsas, usar roupas confortáveis, etc. Quase todas as lojas lá aceitam real, mas eu achei melhor levar dólar, que também é aceito em todas as lojas.

Voltamos do Paraguai às 14h e almoçamos no Chef Lopes. No almoço eles têm Buffet self-service no peso. Achei o preço justo e a comida boa. Quem estiver hospedado por perto vale a pena ir lá no almoço também. Se bem que o jantar é melhor. À noite fomos ao Cassino do lado argentino. O próprio Cassino disponibiliza vans pra levar os turistas pra lá, é só avisar na recepção do hotel que você quer ir lá e eles pedem pra van passar no hotel e combinam a hora como você. Pra atravessar para o lado argentino o controle é um pouco mais rigoroso que no Paraguai, é preciso mostrar identidades (eles aceitam carteira de motorista também) por isso geralmente tem uma fila pra atravessar a fronteira. O Cassino é bem bonito, mas eu particularmente não vejo muita graça, mas como a van era de graça fui lá conhecer.

Dia 4

Achei esse o melhor dia da viagem. Fomos para o Parque Nacional do Iguaçu só que do lado argentino. Algumas pessoas vão a Foz e não conhecem esse parque, se você for lá não faça isso, atravesse a fronteira, vai valer a pena. A entrada do parque tem que ser paga em pesos argentinos e eles não aceitam cartão de credito, então no Brasil você tem que comprar alguns pesos. Na época que fomos o valor da entrada era de 45 pesos por pessoa e mais uma taxa de 5 pesos por casal que eu não sei pra que é. Depois que entramos fomos logo procurar a agência que faz o passeio de barco dentro do parque. O melhor é fazer o passeio antes de tudo porque o ponto onde o passeio termina é onde começa o passeio a pé. Antes do passeio de barco é feita uma trilha de 9 km dentro da floresta em um caminhão estilizado, como se fosse um safári. O passeio de barco é maravilhoso, o barco chega pertinho de uma das quedas d’água e a gente fica todo molhado (eles dão uma bolsa a prova d’água pra você colocar suas coisas). Achei muito divertido.

"Safári" no lado argentino
“Safári” no lado argentino
 "Porto" do passeio de barco
“Porto” do passeio de barco
 Passeio de barco
Passeio de barco
Quedas d'água do lado argentino
Quedas d’água do lado argentino
Cataratas, lado argentino
Cataratas, lado argentino

No final do passeio eu e meu marido estávamos ensopados, mas como a gente já sabia que era assim tínhamos levado roupas secas para trocar, então passamos em um banheiro para trocar de roupa e seguimos o passeio. O parque tem três passeios diferentes, o Circuito Inferior, o Circuito Superior e o que leva até a Garganta do Diabo, que é a queda d’água mais linda. Iniciamos pelo passeio inferior, é uma trilha que vai subindo, exige um pouco mais (fisicamente) que a trilha do lado brasileiro, é bom ir com um tênis confortável. As paisagens são lindas, há diversas cachoeiras de tirar o fôlego. No passeio superior a gente vê as mesmas cachoeiras que vemos no inferior, só que as vemos de cima, também é muito lindo. No meio do passeio paramos em uma das várias lanchonetes do parque para um lanche rápido antes de seguir para a Garganta do Diabo.

Circuito Inferior
Circuito Inferior
Circuito Inferior
Circuito Inferior
 Circuito Superior
Circuito Superior
 Circuito Superior
Circuito Superior
Garganta do Diabo
Garganta do Diabo

Para ir a essa queda d’água pegamos um trenzinho que anda pelo meio da floresta, quando descemos do trem ainda percorremos 2,5 km em uma ponte que passa por cima do Rio Iguaçu. Ao final do percurso um dos maiores espetáculos da natureza pode ser visto de pertinho. Ficamos vários minutos apreciando a Garganta do Diabo. O passeio só terminou às 16h, estava exausta, mas feliz e encantada com tanta beleza.

Na volta do parque combinamos com o motorista da van de parar no Duty Free argentino, que fica no caminho de volta para o Brasil. Lá tem muita coisa que tem mais barato no Paraguai, mas mesmo assim achei que valeu a pena conhecer. Algumas maquiagens e um perfume que eu queria, não encontrei no Paraguai e acabei comprando lá. Perfumes e bebidas vale a pena comprar no Duty Free, mas roupas e eletrônicos não.

À noite fomos jantar em uma churrascaria que é considerada a melhor da cidade, chama-se La Cabaña. O restaurante é muito bom realmente, mas não achei que valeu a pena pelo preço cobrado, R$60,00 por pessoa achei caro pra ser em Foz do Iguaçu. Mas para quem gosta muito de carne (que não é o meu caso) pode valer a pena.

Dia 5
Dia de arrumar as malas e voltar para casa. Aqui eu recomendo que se seu voo for a tarde, vá conhecer um pouco da cidade. Foz do Iguaçu tem gente de muitos lugares do mundo, por isso é uma cidade que abriga uma mesquita mulçumana e um templo budista, por exemplo. Não deu pra eu visitar, mas vi muita gente falando que vale a pena, então se você tiver um tempinho pode passar nos dois. Além disso, tem também o monumento que marca a fronteira dos três países (Brasil, Paraguai e Argentina), nós não visitamos porque o taxista que pegamos falou que o local está mal conservado, sujo e com mato. Mas pode ser que na época que você for esteja mais bem cuidado e valha a pena conhecer. E assim terminou minha jornada por Foz, com a certeza de que valeu a pena cada e de que todo mundo deveria conhecer.


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