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Belém: riquezas de um cenário urbano em contraste com os mistérios da floresta

Olá viajantes!

Depois de vários passeios por destinos internacionais esta semana, Veneza (ITA), Transilvânia (ROM) e Champagne (FRA), hoje vamos nos transportar até um dos estados mais ricos do país em belezas naturais, arquitetura, cultura, povo e gastronomia: o Pará. 

Os belos cenários do estado que estão sendo exibidos na atual novela global “Amor Eterno Amor” e que enchem os olhos também serão apresentados aqui no Compartilhe Viagens nas próximas semanas em três textos carinhosamente escritos por Ana Maria Novaes,  pós graduanda em Estratégias de Comunicação em Mídias Sociais da Estácio de Sá.

Para começar no post de hoje, ela traça um roteiro, inciando pela capital Belém e estendendo aos Igarapés e ao distrito de Icoaraci. 

Surpreendam-se!

Belém, Igarapés e Icoaraci por Ana Maria Novaes

Quando me convidaram pra conhecer Belém em 2005, confesso que imaginei uma cidade sem qualquer atrativo …puro engano!!!

Em seus quase 400 anos de história – Belém foi fundada em 12 de janeiro de 1616 – a capital do Pará vivenciou momentos de plenitude, entre os quais o período áureo da borracha, no início do século 20, quando o município recebeu inúmeras famílias europeias, o que veio a influenciar a arquitetura de suas edificações, ficando conhecida na época como Paris n’América.

Hoje, mesmo sendo uma cidade cosmopolita e moderna em vários aspectos, a Cidade das Mangueiras, não perdeu o ar tradicional das fachadas dos casarões, das igrejas e capelas do período.

Ana Maria em frente ao Teatro da Paz
Igreja da Sé, totalmente restaurada
Igreja da Sé

A cidade conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Teatro da Paz, o Museu Emílio Goeldi, o Mangal das Garças, o mercado Ver-o-Peso e eventos de grande repercussão, como o Círio de Nazaré – um dos maiores eventos religiosos do Brasil!

Basílica de N.S. de Nazaré

O povoamento da capital paraense se originou a partir da margem direita da foz do rio Guamá, no ponto em que deságua na baía do Guajará. Ali foi construído estrategicamente o Forte do Presépio para proteger a cidade.

Forte do Presépio

O velho presídio agora é São José Liberto, abrigando o Museu de Gemas do Pará, o Pólo Joalheiro e a Casa do Artesão.

Museu de Gemas do Pará

Conhecer o mercado Ver-o-Peso é um roteiro obrigatório para quem quer conhecer os sabores e aromas do Pará.

Mercado Ver-o-Peso. Foto: ABN News

Lá você vai encontrar:

Rosângela Leal (esquerda), amiga de Ana Maria, mostra o tucupi

O tucupi – um líquido amarelo, extraído da mandioca, que é a base da culinária paraense.

Jambú

O jambú – folha nativa da região que provoca uma sensação de dormência nos lábios.

Farinha grossa. Foto: ABN News

A farinha grossa – de sabor crocante, fica deliciosa quando torrada com charque frita, cortada em pedacinhos bem pequenos – um acompanhamento indispensável na mesa do paraense.

Pimentas de cheiro

As pimentas de cheiro – o sabor do Pará que a gente carrega na alma!

O camarão seco

A castanha do Pará

E as famosas barraquinhas de ervas aromáticas e garrafadas

Entre um mercado e outro – Ver-o-Peso / Mercado do Peixe – visite o Solar da Beira; lá você vai ver as mais belas imagens sobre os costumes indígenas; as fotos falam por si só…

Solar da Beira
Reprodução de foto em exposição no Solar Beira
Reprodução de foto em exposição no Solar Beira

E pra finalizar o dia, vá à Estação das Docas.

Estação das Docas. Foto: ABN News

Visite as lojas no piso superior

Estação Docas, loja

E experimente os pratos típicos da região em um dos bons restaurantes no local:

Restaurantes da Estação. Foto: ABN News

Pato no Tucupí – prato feito com o pato assado, que depois é cozido no tucupi com o jambú.

Tacacá – caldo à base de tucupi, engrossado com a goma de tapioca, servido com jambú e camarão seco.

Maniçoba – a “feijoada” paraense – ela é feita com a maniva (folha da mandioca) e com as carnes da feijoada tradicional – é uma feijoada que não leva feijão!

E de sobremesa, o sorvete da Cairu!

Sorveteria da Cairu

De outro lado, o cenário urbano de Belém se confronta com os mistérios da floresta.

Tipicamente amazônica, a cidade de Belém é desenhada por rios e igarapés, verdadeiras dádivas da natureza!

Num raio de 60 km você pode conhecer os principais igarapés da região, dentre eles o “Asahy” (o nome lembra açaí – a fruta) …ele fica na estrada de Benfica, próximo a Belém!

Igarapé.Foto: Nirlando Lopes

No primeiro contato com a água tem-se a sensação de um choque térmico, de tão fria, mas depois do segundo mergulho o corpo se acostuma à temperatura.

Em alguns igarapés você pode tomar o banho e se “melar” de argila (Brilhante), ou apenas brincar nas corredeiras (Olho D’Água), ou até mesmo passar o dia com a família, numa estrutura semelhante a de um clube (Neópolis);  alguns deles encontram-se localizados até dentro de propriedades particulares, como este, em Santo Antonio de Tauá – a 56 km de Belém.

Igarapé em propriedade particular

Além dos igarapés, conheça também Icoaraci, um distrito basicamente industrial, a 20 km de Belém, que emprega boa parte de seus moradores em Indústrias de Pesca, Madeireiras, Olarias, Marcenarias, Industrialização de Palmito e um grande pólo da Cerâmica Marajoara!

Cerâmica Marajoara

Visite a feirinha de artesanatos

Rosângela na Feirinha de Artesanatos

Almoce um filhote ou apenas saboreie uma “unha” de caranguejo no restaurante Na Telha

“Unha” de caranguejo
Ana Maria

E termine o dia contemplando um lindo pôr do sol.

Belém é tudo isso e muito mais!

Conheça a cidade entre os meses de junho a outubro. Se curtir verão, julho é o mês indicado; se preferir participar do Círio de Nazaré programe-se para o segundo domingo de outubro.

A cidade tem uma boa rede hoteleira e o povo é prá lá de hospitaleiro!

Até o(s) próximo(s) roteiro(s) – Altér do Chão, Marajó e Praias do Pará – e uma ótima viagem!

É muita riqueza para um lugar só! É este Brasil tem muitas belezas! Conte para a gente o que achou, comente!