A 72 km de La Paz está o sítio arqueológico de Tiwanaku (também se escreve Tiahuanaco, Tiahuanacu e Tihunaco), Patrimônio Mundial da Unesco desde 2000. Um bate-volta imperdível para quem visita a capital administrativa da Bolívia. Algumas agências oferecem o passeio de um dia, mas ir por conta própria é bem fácil.

As vans para Tiwanaku saem da rua paralela ao cemitério de La Paz, do mesmo lugar de onde partem. Duas cooperativas oferecem o trajeto. O trecho custa 10 bolivianos por pessoa, com o mínimo de 10 pessoas. É preciso esperar a van lotar ou ratear o valor mínimo. Por isso, o melhor horário para ir é no início da manhã, quando mais pessoas procuram o serviço e o número mínimos de passageiros é alcançado logo.

A viagem dura 1h30 e a van para bem na frente da bilheteria para o sítio arqueológico, onde também se toma a van de volta.  O ingresso inteiro para estrangeiros custa 80 bolivianos e inclui entrada em dois sítios e dois museus, o Museu Nacional de Arqueologia de Tiwanaku e o Museu Lítico de Tiwanaku.

Tiwanaku está localizado a uma altitude de 3.850 m, um pouco mais alto que La Paz, que fica a  3. 660 m, próximo à margem do Lago Titicaca, mas do sítio arqueológico não é possível avistá-lo.

Segundo a Unesco, a cidade de Tiwanaku foi a capital de um poderoso império pré-hispânico que dominou uma grande área do sul dos Andes e com o seu apogeu alcançado entre 500 e 900 dC. O império teria existido entre 1.500 a.C a 1.000 d.C e foi “caracterizado pelo uso de novas tecnologias e materiais para a arquitetura, cerâmica, têxteis, metais e cestaria”. A Unesco considera que Tiwanaku desempenhou um papel de liderança no desenvolvimento da civilização pré-hispânica nos Andes.

O sítio arqueológico é composto por uma série de estruturas arquitetônicas de diferentes períodos, como o Templo Semi-subterrâneo, o templo de Kalasasaya, pirâmide de Akapana, Pirâmide de Pumapumku. A pirâmide de Akapana e a Porta do Sol são os maiores destaques. No Museu de Arqueologia de Tiwanaku estão peças de cerâmicas, metais e cestaria descobertas na área do sítio arqueológico. No Museu Lítico estão alguns monolitos, esculturas feitas em uma única rocha. O destaque é o monolito gigantesco representando a Pachamama, a mãe terra, uma divindade para os Tiwanakus. O outro sítio incluído no bilhete é Puma Punku, que não tem as construções tão bem preservadas quanto Tiwanaku mas é interessante para observar as estruturas arquitetônicas da civilização, como, por exemplo, o encaixe das pedras e como usavam metais para fortalecer as construções.

As bases arquitetônicas, culturais e religiosas da civilização Tiwanaku foram utilizadas pela civilização Inca, maior Império da América Pré-Colombiana. Por isso, a visita ao sítio arqueológico de Tiwanaku é importante para entender também sobre a civilização Inca e encontrar semelhanças entre as dois impérios.

Para quem deseja fazer a visita com guia, é possível contratar um em frente a bilheteria e dividir o custo com outras pessoas.  Em frente ao sítio arqueológico de Tiwanaku, também há barracas de algumas cholitas que vendem artesanatos, por bons preços.

Para voltar a La Paz no mesmo dia, o ideal é terminar a visita ainda antes do fim da tarde, no máximo umas 16h, para não perder a van de volta, pois, assim como na ida, não há horário de saída definidos.

Uma dica é pedir para o motorista deixá-lo(a) na estação de teleférico linha vermelha, em El Alto. O teleférico custa 3 BOB e a vista da descida de El Alto para La Paz é muito bonita.