Como viajar melhorou minha saúde

O estresse é uma epidemia global. E isto já foi admitido pela própria  Organização Mundial de Saúde (OMS) há alguns anos, que apontou que 90% das pessoas do mundo sofriam desta doença. E eu, é claro, não fazia parte dos 10% que estavam livres. E além de estar entre os 90%, o estresse ainda me causou uma série de problemas. Entre eles, fibromialgia e psoríase. Eu tinha 16 anos e estava prestes a fazer o vestibular quando apareceram as primeiras manchas de psoríase. O dermatologista me disse que passaria uma pomada para clarear as manchas, mas explicou: – você só vai ficar boa disso, quando tirar um tempo para relaxar, caminhar na praia. E, então eu pensei: “Não vou ficar boa porque não tenho tempo para isso”. Passaram 10 anos e eu convivia diariamente com as dores intensas no corpo da fibromialgia e as manchas na pele que me matavam de vergonha até que decidi mudar. E melhorar a saúde e fugir do estresse foram alguns dos motivos que me fizeram partir para a Volta ao Mundo. Foram 7 meses sem dor e sem manchas.

Meditando durante a Volta ao Mundo
Meditando durante a Volta ao Mundo

Poucos meses antes de viajar, eu tive uma das maiores crises de coluna que já tive. Fui ao médico, marquei exames, fiz fisioterapia, usei colar cervical. Quando apareci com ele na aula da pós graduação, um amigo perguntou “o que foi” e respondi que pelo menos uma vez por ano eu colocava a “coleira”. Ele perguntou, mas por quê? E foi aí que fui refletir se realmente eu precisava conviver com aquilo.

No período da crise, com colar cervical
No período da crise, com colar cervical

Depois veio o diagnóstico da fibromialgia e meu retorno para yoga. Eu sempre voltava para yoga quando estava nas últimas. Nos meses que antecediam a viagem, tentei controlar a ansiedade. Mas foi só quando partimos mesmo que fui relaxar de vez e consegui ao longo dos meses ir espantando o fantasma do estresse.

Carregar 13 kg não era mais problema!
Carregar 13 kg não era mais problema!

Se antes eu mal podia carregar minha bolsa do dia a dia, durante a viagem carregava 13 kg em duas mochilas por várias horas e caminhando muito sem sentir nenhuma dor. Se antes, eu tomava remédio para dor constantemente, as caixas e caixas de analgésicos que levei para viagem, mal foram abertas. E as manchas, essas nem apareceram. Na psoríase tomar sol é importante para o tratamento. E sol foi o que não me faltou nesses 7 meses.

Além de relaxar, durante a viagem, eu caminhava, nadava, escalava, fazia uma série de atividades que não estava acostumada a fazer no meu cotidiano e que também foram fundamentais para combater o estresse. E não foi só eu que fui beneficiada, Fred que estava acima do peso, perdeu 20 kg durante a viagem só com a prática de atividade física e a mudança de alimentação durante a Volta ao Mundo.

Tem remédio melhor que esse?
Tem remédio melhor que esse?

Depois do retorno a Volta ao Mundo, tentei manter a vida mais relaxada, com menos compromissos, trabalhando com mais satisfação e procurando ter mais momentos de lazer. A prática de atividade física regular ainda é um problema para mim que quero resolver. Mas sem dúvida, quando estou viajando me sinto muito melhor.

Agora neste final de ano, a ansiedade e a sobrecarga me fizeram voltar a sentir algumas dores e também a surgir algumas manchas. Então, vou voltar ao tratamento. E se viajar é  o meu melhor remédio, tenho que aumentar a dose.  E já começa nos próximos dias com a mudança para Pipa! 🙂

 


Coleções de viagens: objetos que trazemos como lembranças e ideias de como organizá-los

“Então, vocês compram muito?”, “O que vocês trazem de viagem?”, “Mas como assim, viajam e não compram nada?”. Essas são disparadas algumas das perguntas que mais ouvimos. E, sim, conseguimos viajar e não comprar muito. Especialmente, na Volta ao Mundo. Carregando uma mochila nas costas por 7 meses, você sabe o peso de cada souvenir. Então, imagina sair por aí comprando tudo que achar lindo. Não dá. Além do peso, não podíamos gastar com supérfluos. Mas, claro, que tentamos trazer algumas recordações de cada lugar. Mas a maioria não é de coisas necessariamente compradas ou que custam caro. Temos uma pequena coleçãozinha de objetos que trazemos como lembranças e algumas ideias do que pretendemos fazer com eles e que decidi compartilhar com vocês meste post. E quem sabe vocês podem sugerir mais ideias legais!

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Sexta é dia de bar: Meu Barraco Boteco Bistrô meu barzinho preferido em Natal

Sexta-feira é o dia internacional do happy hour, de compartilhar aquela ida ao barzinho com os amigos. E hoje estreio aqui no Compartilhe Viagens uma seção especial sobre barzinhos do Mundo, que se chamará “Sexta é dia de bar”, que irei publicar sempre às sextas-feiras. Sim, porque ninguém faz amigos bebendo leite, né? E provar as bebidas locais de cada lugar visitado é tão importante quanto conhecer a gastronomia. Para estrear a série, escolhi o meu barzinho preferido em Natal, que há muito tempo eu já deveria ter apresentado a vocês.

O Meu Barraco Boteco Bistrô, como o nome gigantesco já diz, é uma mistura de boteco com bistrô e, talvez, tenha o “Meu Barraco” no nome porque funciona nos fundos da casa das donas, que fica no bairro de Lagoa Nova, totalmente fora do roteiro turístico da cidade. O que significa que é um barzinho frequentado pelos natalenses e se os turistas já descobriram, foram poucos (mantenha o segredo guardado, gente!).

 

O meu prato preferido: passarinho na gaiola
O meu prato preferido: passarinho na gaiola

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Trem da Vale: passeio de Ouro Preto a Mariana

No post Estrada Real: Ouro Preto e Mariana em 1 dia comentei que tinha feito o trajeto entre Ouro Preto e Mariana no Trem da Vale. O passeio de 1h é bem interessante, especialmente para quem viaja com crianças, e no caminho é possível observar a paisagem rural das duas cidades, ter uma panorâmica delas a distância, passar por cachoeiras, riachos, túneis e também ver (de longe) a Mina da Passagem, a maior mina de ouro aberta a visitação do mundo (que infelizmente não pude visitar).

Trem da Vale
Trem da Vale

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1 ano que retornamos da Volta ao Mundo e agora seremos Nômades Digitais

Parece que foi ontem que eu chorava copiosamente em um quarto de um hostal em Madri. Era hora de fazer as malas, ou melhor, a mochila para casa. Apesar da saudade e da vontade de rever a família, estava desconsolada, pois um sonho chegava ao fim. Aqueles 219 dias de viagem tinham passado rápido demais. Mas o destino foi gentil comigo e nos deu mais um dia de viagem. Com a mudança no voo que só ficamos sabendo na hora, ficamos um dia a mais em Lisboa, totalizando 220 dias de Volta ao Mundo. Hoje faz 1 ano que chegamos dessa que foi, até aqui, a nossa maior viagem. E passados 365 dias, agora sei, que aquele não era o fim de um sonho. Mas talvez, o início. Hoje encerramos mais um ciclo desse sonho, eu diria um segundo momento, e damos início a outro. Um segundo momento de reorganização, de reflexão, autoconhecimento e de muitas decisões. Uma das mais importantes delas, tomamos recentemente, e é com muita alegria que comunico que, a partir de agora, seremos Nômades Digitais. E a Volta ao Mundo não será mais um sonho que realizamos, mas algo permanente, ou pelo menos, eterno enquanto durar.

Dia em que partimos para Volta ao Mundo, em abril de 2013
Dia em que partimos para Volta ao Mundo, em abril de 2013

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Cuidados na hora de reservar hospedagem pela internet

Você fez uma longa viagem, está muito cansado (a) e a vontade é de chegar logo no hotel e se jogar na cama.

Mas, aí descobre que você está hospedado numa verdadeira espelunca. E ao invés de cair na cama, cai para trás.

Foi exatamente o que aconteceu comigo em Belo Horizonte, na semana passada. Decidi ficar na cidade pouco tempo antes de fazer o check in de volta para Natal e, como estava sem acesso à internet, pedi a Fred para fazer a reserva de hotel para mim.  Disse pelo telefone as seguintes palavras: reserve um hotel bem localizado e que não seja caro. Mas, aí não sei se ele confundiu hotel 5 estrelas com 5a categoria ou se ele ficou chateado que eu ia viajar mais dias sem ele (hehe!) e reservou um hotel em uma das  ruas mais tumultuadas do centro da cidade, numa área não muito segura. Acabei não dormindo nenhuma noite no hotel e fui resgatada por amigos de BH (Valeu Nerds!)

Masss, isso só aconteceu porque ele não tomou alguns cuidados básicos que são necessários na hora de reservar um hotel pela internet. Desde que nos entendemos como viajantes, SEMPRE reservamos hotéis pela internet e sempre atendeu muito bem nossas necessidades. E também todos que recomendamos ficam muito satisfeitos, inclusive, uma amiga minha dias desses ficou super feliz porque conseguiu reservar pela internet um hotel em Nova York pela metade do preço que tinham oferecido para ela em uma agência de viagens.

Só que é preciso entender que a gostos e gostos, tipos e tipos de viajantes. E o hotel que não me satisfez pode atender a necessidade de outras pessoas.

Então, para se dar bem e não cair em furadas, listei neste post alguns que cuidados a serem tomados na de reservar hospedagem pela internet: Continue reading Cuidados na hora de reservar hospedagem pela internet


Estrada Real: Ouro Preto e Mariana em 1 dia

Em 2014 estou tendo o prazer de viajar mais pelo Brasil e de riscar da minha Bucket List Nacional destinos que há muitos anos sonhava em conhecer, como Manaus e a Floresta Amazônica, Paraty e um pouco mais do interior do Rio Grande do Norte. Agora consegui riscar mais um: as cidades históricas de Minas Gerais. Não todas, o que deve ser impossível em uma única viagem. Mas pelo menos duas das mais famosas: Ouro Preto e Mariana. Visitei as duas, a partir de um bate-volta de Belo Horizonte. Além de um dia perfeito, ganhei dois carimbos no passaporte da Estrada Real. Apenas o começo de um caminho que pretendo desbravar em outras viagens. Neste post, explico como organizar o roteiro de um dia para essas duas cidades e como conseguir o passaporte e carimbos da Estrada Real.

Ouro Preto
Ouro Preto

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