Coronavírus: Rio de Janeiro decreta situação de emergência

A situação do Rio de Janeiro diante o novo coronavírus preocupa e assusta o governo do estado e os cariocas. Nesta quinta-feira (19) foi confirmada, na cidade de Niterói, a segunda morte no estado por covid-19  e, no total, o estado registra 65 pessoas infectadas pela doença. Na quarta-feira (18), Edmar Santos, secretário estadual de Saúde, informou que há cerca de 800 casos suspeitos da doença no estado.

Diante este panorama e sabendo da velocidade com que o vírus se propaga, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, tomou medidas de enfrentamento para tentar evitar a propagação do Covid-19.

Confira os serviços e atividades que estão suspensas por 15 dias em todo o estado:

  • Aulas nas unidades da rede pública e privada de ensino, inclusive nas unidades de ensino superior;
  • Comícios e passeatas;
  • Jogos de futebol e demais eventos desportivos;
  • Sessões de cinema e de teatro;
  • Shows;
  • Eventos em salão ou casa de festas, como aniversários;
  • Feiras;
  • Eventos científicos;
  • Visitação a unidades prisionais;
  • Visitação a pacientes diagnosticados com o Covid-19.
  • Além das atividades e serviços, Wilson Witzel também determinou corte de 50% da lotação dos coletivos e Crivella proibiu viagens em pé no município. Paralelo ao decreto do governador, o Detro – Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro – publicou uma portaria nesta terça-feira (17) que restringe as linhas intermunicipais de ônibus no RJ. Por 15 dias, está proibida a circulação de quaisquer ônibus entre a Região Metropolitana e o interior. A medida afeta linhas regulares, coletivos fretados e veículos de turismo.E, por fim, foram feitas algumas recomendações:
  • Restringir a 30% a lotação em bares, restaurantes e lanchonetes, com normalidade de entrega e retirada de alimentos no próprio estabelecimento;
  • Restringir a hóspedes o funcionamento de bares, restaurantes e lanchonetes no interior de hotéis e pousadas;
  • Fechar academias de ginásticas;
  • Fechar shopping centers e centros comerciais, exceto supermercados, farmácias e serviços de saúde. Bares, restaurantes e lanchonetes devem observar a restrição da lotação e reduzir em 30% o horário de funcionamento.
  • Não frequentar praias, lagoas, rios e piscinas públicas;
  • Suspender voos com origem em estados e países com circulação confirmada do coronavírus ou situação de emergência decretada;
  • Suspender a atracação de navio de cruzeiro com origem em estados e países com circulação confirmada do coronavírus ou situação de emergência decretada.

 

 

 

 


Rio de Janeiro: Neste sábado (7), realizaremos o evento do Mahila – Expedição Feminina à Índia na Casa Naara

Antes de ganhar o mundo, o nosso projeto “Mahila – Expedição Feminina à Índia”, começa a ganhar o Brasil. Nesta Semana da Mulher, iremos realizar o evento de divulgação no Rio de Janeiro, com exposição fotográfica “Mulheres da Índia” do fotógrafo Filipe Aires, prática de yoga com a instrutora Flávia Seabra e depoimentos de mulheres que já visitaram o país, entre elas Carla Boechat, do blog Fui, Gostei e Contei. A programação acontece a partir das 9h30, na Casa Naara, no Centro do Rio. O evento é aberto (contribuição livre e voluntária). As inscrições devem ser feitas pela internet no link: http://bit.ly/inscricoesmahilarj.

O evento faz parte de um projeto maior nosso – Compartilhe Viagens (http://compartilheviagens.com.br/) – em parceria coma  Marquise Art & Media(empresa de mídia e arte de brasileiros com atuação na Índia),que culminará com uma Expedição Feminina que será realizada entre os dias 1 e 16 de novembro de 2020. A Expedição será um grupo de viagens que levará exclusivamente mulheres – de todo o Brasil – para viver uma experiência de 15 dias no Norte da Índia que terá 4 pilares: turismo, espiritualidade, empreendedorismo e projetos sociais.

 

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Alô mulheres do Rio de Janeiro!!! No próximo sábado (7) estaremos realizando o evento “Mahila – Expedição Feminina à Índia” na @casanaara, um espaço incrível, no Centro do Rio. Teremos a exposição fotográfica “Mulheres da Índia ” de @filipe_aires, prática de yoga com @flaviamseabra e depoimentos de mulheres que já visitaram à Índia, incluindo @karen_dpaula da @marquiseartmedia. Alimentação por conta da querida Emanuele Lopes @manuhuts @ciclo.cozinha. ♀️O Mahila é o nosso grande projeto de 2020 que culminará com uma viagem apenas para mulheres de 15 dias ao Norte da Índia. O projeto têm quatro pilares principais: turismo, espirtualidade, projetos sociais e empreendedorismo. 👉 Inscrições gratuitas abertas. Link na bio. E antes que eu me esqueça parabéns para o Rio de Janeiro que hoje está completando 455 anos! 🥰 👉Evento Aberto. Contribuição Financeira LIVRE, VOLUNTÁRIA E CONSCIENTE * . . . [* Não será cobrada a entrada para facilitar o acesso de todas as pessoas que quiserem participar, independente da sua condição financeira. Mas, para que o evento aconteça, existe um custo. Contribuindo financeiramente com o máximo dentro das possibilidades individuais, cada pessoa pode ajudar na sustentabilidade do projeto para que ele aconteça mais vezes. #cidademaravilhosa #riodejaneiro #mahila #india #mulheres #diadamulher #empoderamentofeminino

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“A ideia é que seja mais do que uma viagem de turismo. Será uma imersão pelo universo feminino. Iremos sim visitar os pontos turísticos famosos como o Taj Mahal, mas nossa intenção maior é visitar e conhecer projetos sociais e de empreendedorismo que atuem diretamente com as mulheres indianas. Também devemos realizar um jantar de networking com empresárias e personalidades indianas”, conta Karla Larissa, diretora da Compartilhe Viagens.

Evento no Rio

Casa Naara

A Casa Naara é uma loja, café e restaurante vegano e centro cultural que fica no Centro do Rio. O espaço recebe eventos que valorizam o comércio justo e sustentável, servindo à reflexão prática por um mundo mais consciente. Ficamos muito felizes que a Casa tenha aberto as portas para a realização do Mahila.

O evento é gratuito, mas receberemos contribuições voluntárias que serão totalmente revertidas para a Casa Naara.

Após o evento, quem quiser, pode conhecer um pouco mais do restaurante, que tem um cardápio totalmente vegano. A chef Emanuele Lopes preparou um menu especial para o dia do evento com Entrada (trio de samosas de cogumelo com espinafre – R$10), prato principal (Shawarma de couve flor crocante, com massala de tomates, repolho e coentro, servido no pão chapati artesanal – R$25) e sobremesa (arroz doce com especiarias – R$8). O menu completo sai com preço promocional de R$35. As reservas devem ser feitas diretamente com a Casa Naara.

Exposição fotográfica
Fotos da exposição Mulheres da Índia, do evento Mahila. Foto: Filipe Aires
Fotos da exposição Mulheres da Índia, do evento Mahila. Foto: Filipe Aires
O evento no Rio de Janeiro será no mesmo modelo que realizamos no início de janeiro em Natal e foi um sucesso! Teremos  exposição Mulheres da Índia é assinada pelo designer gráfico e fotógrafo potiguar Filipe Aires. Serão doze fotos, feitas entre 2016 e 2019, que mostram mulheres indianas em suas diversas representações. São pastoras no campo, joguinises, meninas muçulmanas, artistas, trabalhadoras têxteis. “A exposição é um pequeno recorte de uma experiência de 2 anos e meio, por diferentes regiões, onde se pode constatar que embora sendo tão desvalorizadas e subjugada por seu próprio povo e mesmo diante de todo caos e dificuldade, a mulher indiana consegue ainda revelar sua beleza e virtude, toda sua força e inteligência, suas cores e alegria”, destaca Filipe.
Prática de yoga
Em seguida, teremos prática de yoga com Flávia Seabra, que possui graduação em educação física, e formação em yoga com mestres  como Marco Shultz, Ligia Lepage e Joseph Lepage, Professor Hermógenes, entre outros. Flávia fez ainda pós graduação em Neuro educação e saúde mental na Santa Casa de Misericórdia e estudou se formou em Ayurveda com Laura Pires.Também é terapeuta Reikiana e trabalha também com Massoterapia
Depoimentos de Mulheres 
Um dos momentos mais tocantes do evento Mahila são os depoimentos de mulheres que já visitaram à Índia. Na edição do Rio de Janeiro, teremos a jornalista e travel blogger Carla Boechat, do Fui, Gostei e Contei. O blog foi criado em 2013 e em 2016 foi eleito um dos blogs de viagens mais populares do mundo em Madri pela Fitur (Feira Internacional de Turismo). Carla já viajou por diversos países e, atualmente, vive e trabalha em San Pedro do Atacama, no Chile.
Instagram: @fuigosteicontei
A jornalista e instrutora de yoga Patrícia Britto também dará seu depoimento durante o evento. Ela viveu uma experiência de dois meses na Índia, que mudou seu estilo de viver. Patrícia escreveu por um ano no blog Namastê na Folha de S. Paulo.
Encerraremos os depoimentos com Karen Aires, uma das diretoras da Marquise Art Mídia,  que vive entre Brasil e Índia. Karen passou uma temporada de 2 anos e meio na Índia e conheceu diversos projetos sociais no país. Além da sua experiência, ela fará um pouco sobre o projeto Mahila, a definição do roteiro e a escolha dos projetos que serão visitados.
“Nossa ideia com o Mahila é apresentar às brasileiras essas iniciativas e promover essa troca entre as mulheres brasileiras e as indianas. Inclusive, o roteiro da viagem é baseado nas experiências que vivi lá”, afirma Karen.

Serviço

Mahila – Expedição Feminina à Índia
Quando? 7 de março (sábado), a partir das 9h30
Onde? Casa Naara
R. Teófilo Otoni, 134 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20090-080, Brasil
+55 21 97399-0642
Entrada gratuita (contribuição voluntária para Casa Naara) – aberto à mulheres e homens
Inscrições: http://bit.ly/inscricoesmahilarj

Contatos: (84) 998059893

Mosteiro de São Bento, um tesouro no centro do Rio de Janeiro

Esta nossa última viagem ao Rio de Janeiro foi mesmo cheia de boas surpresas. Como falei, deixamos um pouco de lado as praias cariocas (também porque fomos à Búzios) e visitamos alguns lugares bem interessantes na cidade, como o Real Gabinete Português de Leitura, o Parque das Ruínas e o Mosteiro e igreja de São Bento. Este último é um complexo da Congregação Beneditina considerado Monumento Mundial pela Unesco e tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Um verdadeiro tesouro no centro do Rio, com  missa com canto gregoriano aos domingos. E assim como os demais lugares que citei, tem entrada gratuita.

Fachada da igreja do Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro
Fachada da igreja do Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro

A entrada para o complexo do Mosteiro de São Bento pode passar completamente despercebida por qualquer pessoa que caminhe pela rua Dom Gerardo. É que o melhor acesso é feito pelo número 40 (no Google Maps aparece número 68, que é na verdade o estacionamento, que também é possível ter acesso, mas é preciso subir caminhando), que aparentemente é a entrada de um centro comercial, mas tem escrito na porta bem discreto “Mosteiro São Bento”. Lá você pode pegar o elevador para chegar até a igreja.

Interior da igreja do Mosteiro de São Bento
Interior da igreja do Mosteiro de São Bento

O Mosteiro de São Bento foi fundado em 1590, apenas 24 anos após a fundação do Rio de Janeiro. A construção do prédio do mosteiro teve início em 1617 e 1633 foi dado início à obra da igreja, que levou mais de 100 anos para ser concluída. A visita aberta ao público é apenas para a igreja.

Do lado de fora, a igreja, que é dedicada à Nossa Senhora de Monserrate e é a terceira mais antiga abadia das Américas, parece muito simples, com um exterior de arquitetura sóbria, marcada pela simetria. Mas basta chegar na porta para se impressionar (impossível não soltar um UAU!) com o seu interior e ter certeza de que está diante de uma das igrejas mais bonitas do Brasil (olha que já estive nas cidades históricas mineiras, em Salvador e em Olinda).

O interior da igreja é coberto por talha de madeira dourada barroca, um trabalho realizado entre 1694 e 1734. A abadia é compreendida por uma nave central, a capela-mor, onde estão o altar-mor, o coro e o trono, onde está a imagem de Nossa Senhora de Monserrate.

Além da imagem de N Sra de Monsserrate, estão entre os tesouros da igreja a imagem de São Bento do final do século 17, os três portões de ferro fundido, vindos da Inglaterra em 1880;os dois grandes lampadários de prata, que ficam o lado do altar central e pesam  227 kg cada; o órgão da coroa de 1773, as doze imagens da nave central, que representam 4 papas, 4 bispos e 4 reis, santos da Ordem Beneditina. A pia batismal é de pedra sabão do século 18, vinda de Minas Gerais. As torres possuem 12 sinos, sendo que seis deles vieram da Alemanha em 1953. O maior deles, chamado de “Cristo Rei” pesa 5.750 kg!

Altar de Nossa Senhora da Conceição na igreja do Mosteiro de São Bento
Altar de Nossa Senhora da Conceição na igreja do Mosteiro de São Bento

A Capela do Santíssimo, que fica à esquerda no altar-mor, me chamou muito atenção. Os altares dedicados aos santos São Mauro, Nossa Senhora do Pilar e São Caetano (à esquerda) e a Nossa Senhora da Conceição, São Lourenço, Santa Gertrudes e São Brás (à direita) também são belíssimos.

A igreja está aberta para visita gratuita de segunda à sexta, das 6h30 às 18h30 (aos sábados até às 17h30). Às missas acontecem de segunda à sexta, às 7h30, aos sábados, às 8h, e aos domingos, às 10h (com canto gregoriano).

Além do mosteiro, que hospedou o papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil, e da igreja, o Colégio de São Bento também faz parte do complexo. O colégio é um dos mais tradicionais da cidade, tendo sido fundado em 1858, e é exclusivamente para meninos.

Além da visita a igreja, recomendo circular um pouco pela área externa e apreciar a vista para o Museu do Amanhã, o Boulevard Olímpico e toda essa região portuária.

Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro

Rua Dom Gerardo, 40 – Centro

https://www.mosteirodesaobentorio.org.br/


Parque das Ruínas no Rio de Janeiro: centro cultural e mirante com visita gratuita

Interior do Parque das Ruínas
Interior do Parque das Ruínas

Depois do Real Gabinete Português de Leitura, um dos passeios mais interessantes que fizemos em nossa última viagem ao Rio de Janeiro foi ao Parque das Ruínas, no bairro de Santa Teresa. Trata-se de um centro cultural que funciona, nas ruínas de um antigo palacete, e de onde é possível ter vista para alguns dos principais cartões postais da cidade, como o Cristo Redentor, a Baía de Guanabara, a Catedral e os Arcos da Lapa. Assim como no Real Gabinete, a entrada é gratuita.

As ruínas são de um neo-colonial, construído entre 1898 e 1902 e que pertencia a Laurinda Santos Lobo, mecenas das artes do Rio de Janeiro, que realizava famosos bailes e saraus, que contavam com a presença de artistas como Villa Lobos e Tarsila do Amaral.  O casarão era considerado o ponto de encontro do modernismo no Rio.

Laurinda faleceu em 1946 e não deixou herdeiros. O casarão foi deixado, em testamento, para a Sociedade Homeopática, que nunca tomou posse. Com o abandono, o prédio foi saqueado e ocupado por moradores de rua.  

Vista do alto do Parque das Ruínas
Vista do alto do Parque das Ruínas
Vista para o Centro do Rio do alto do Parque das Ruínas
Vista para o Centro do Rio do alto do Parque das Ruínas
Parque das Ruínas une as ruínas à estrutura modernista de ferro e vidro
Parque das Ruínas une as ruínas à estrutura modernista de ferro e vidro

Em 1996, a prefeitura do Rio encomendou um projeto desenvolvido pelos arquitetos Ernani Freire e Sônia Lopes, que uniram às ruínas do palacete a novas estruturas, em ferro e vidro. Após a reforma, o espaço foi aberto em 1997 para funcionar como centro cultural, que inclui teatro, galeria de arte, palco externo, parque infantil, terraços panorâmicos e café.

No terraço que fica no alto do prédio é possível ter uma vista para o centro do Rio, o Corcovado, para Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar, estes dois últimos também podem ser vistos do terraço ao lado do café.

O passeio ao Centro Cultural pode levar 1h ou 2h dependendo do ritmo do viajante, pois rende muitas fotos e também pode ser um bom lugar para descansar, tomar um café ou brincar com as crianças.

Endereço: Rua Murtinho Nobre, 169 Santa Teresa
Telefone: (21) 2215-0621/ 2224-3922
Horário: Aberto de terça-feira a domingo, das 8h às 18h.


Real Gabinete Português de Leitura: a impressionante biblioteca pública no centro do Rio de Janeiro

O Real Gabinete Português fica na rua Luís de Camões, no centro do Rio
O Real Gabinete Português fica na rua Luís de Camões, no centro do Rio

Na Rua Luís de Camões (poeta português autor de “Os Lusíadas”), número 30, em frente ao Largo Alexandre Herculano, no Centro do Rio de Janeiro, fica um dos lugares mais impressionantes da cidade: O Real Gabinete Português de Leitura. Uma biblioteca pública, quase bicentenária, que mais parece cenário de filmes como Harry Potter ou A Bela e a Fera e já foi eleita pela revista Time (2014), a quarta biblioteca mais bonita do mundo.

A entrada é gratuita. Vale a pena dar um tempo nas praias cariocas e incluir o Real Gabinete, durante uma visita ao Centro.

Em maio de 2019, o Real Gabinete Português de Leitura completa 182 anos. Trata-se da associação mais antiga criada pelos portugueses no país após a independência do Brasil.

Elis, aos 9 meses, deslumbrada com o Real Gabinete
Elis, aos 9 meses, deslumbrada com o Real Gabinete

A sede foi inaugurada pela Princesa Isabel, no ano 1887. Antes, o Gabinete funcionou em outras 3 endereços. A sede própria foi construída em estilo neomanuelino (referência a D. Manuel I), e sua fachada foi inspirada no Mosteiro dos Jerônimos, em Lisboa. A fachada traz quatro estátuas, que representam Pedro Álvares Cabral, Luís de Camões, Infante D. Henrique e Vasco da Gama. O prédio é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural.

O Real Gabinete dispões de cerca de 350 mil volumes, incluindo milhares de obras raras, tais como a edição “prínceps” de ” Os Lusíadas”, de 1572, que pertenceu à Companhia de Jesus; as “Ordenações de Dom Manuel” por Jacob

Detalhes do Real Gabinete Português de Leitura
Detalhes do Real Gabinete Português de Leitura

Cromberger, editadas em 1521; os “Capitolos de Cortes e Leys que sobre alguns delles fizeram”, editados em 1539; além de manuscritos do “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco e o “Dicionário da Língua Tupy, de Gonçalves Dias. E ainda mais centenas de cartas de escritores.

O acervo está à disposição para leitura e pesquisa e quem quiser ter acesso pode se associar na sede da própria instituição ou ter acesso ao acervo digitalizado através do site da instituição, neste link.

O Real Gabinete também recebe curiosos e turistas que visitam o lugar apenas para admirar a beleza do lugar, que encanta apaixonados por livros e arquitetura e surpreendeu até mesmo nossa filhinha Elis, na época com 9 meses.

O horário de funcionamento é de segunda à sexta, das 9h às 18h.

*Com informações do site do Real Gabinete Português de Leitura.


Exposição gratuita “Dreamworks Animation” no CCBB do Rio segue até 15 de abril

Durante nossa viagem ao Rio de Janeiro, visitamos a exposição “Dreamworks Animation – Uma Jornada do Esboço à Tela”, que está no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Centro, até o dia 15 de abril. A entrada é gratuita. A exposição atrai a atenção de crianças, até mesmo Elis (aos 9 meses) demonstrou interesse, e adultos, e mostra de forma interativa o processo criativo do estúdio Dreamworks desde a inspiração, os primeiros rabiscos até o resultado final.

Elis tentando resgatar um dos pinguins de Madagascar
Elis tentando resgatar um dos pinguins de Madagascar

Para quem não se lembra ou não sabe, o Dreamworks Animation é o estúdio responsável pela criação de animações de sucesso como Shrek, Madagascar, Kung Fu Panda, Como Treinar o seu Dragão, Trolls, Croods, O Príncipe do Egito, entre outras.

A parte principal da exposição está no primeiro andar do CCBB e está dividida em três partes: Personagem, História e Mundo. Tudo apresentado de uma forma bem dinâmica e interativa. São mais de 400 itens e mais de 80 maquetes. Na área de História, por exemplo, tem um enorme storyboard digital em que é mostrado o passo a passo de um das cenas do filme Shrek. Na parte do Mundo, é possível brincar em um Simulador de Oceano.

Fred e Elis na exposição da Dreamworks
Fred e Elis na exposição da Dreamworks

No térreo, há telas à disposição para o visitante testar seus traços. E o imperdível vídeo de tecnologia imersiva “Voo do Dragão”. O vídeo tem menos de 4 minutos, e mostra a Ilha Berk, do filme Como Treinar o Seu Dragão, em 180 graus, em um sobrevoo nas costas do dragão Banguela. O vídeo começa como um esboço de papel e vai se desenvolvendo até chegar a um ambiente criado por computador. É bem interessante e pode ser visto por pessoas de qualquer idade. Elis, que nem faz uso de telas, prestou atenção e ficou bem animada.  A única orientação é para ser evitado por pessoas com problemas de vertigem.

Exposição Dreamworks no segundo andar do CCBB
Exposição Dreamworks no segundo andar do CCBB
O Voo do Dragão é o destaque da exposição
O Voo do Dragão é o destaque da exposição

Mesmo tendo a entrada gratuita, é preciso retirar o ingresso para a exposição na entrada do CCBB, apresentando documento com foto. Recomendo que aproveite e retire também o ingresso para a exposição do Museu Nacional, que está no segundo andar do CCBB, com parte do acervo recuperado do incêndio que ocorreu em setembro de 2018. A entrada também é gratuita.

Para o passeio ficar completo, sugiro um café acompanhado de alguma sobremesa na loja da Confeitaria Colombo, que fica no segundo andar do CCBB, e que é bem mais tranquila que a loja principal, que fica no Centro.

Exposição “Dreamworks Animation” – até 15 de abril/2019

Horário: De quarta à segunda, das 9h às 21h

Endereço: CCBB – Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro

Entrada: gratuita

 


De Petrópolis à Teresópolis pela trilha do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ)

Por Filipe Mamede*

Morro do Marco, Parque Nacional Serra dos Órgãos
Morro do Marco, Parque Nacional Serra dos Órgãos

Eram ‘pontualmente’ oito e pouco da manhã (08 de janeiro) quando cheguei à sede do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), em Petrópolis. De lá, parti – ao lado do guia Leonardo Andrade – para uma trilha de cerca de 30 quilômetros, atravessando montanhas até chegar à Teresópolis. O trajeto entre os dois municípios abriga paisagens de belezas indescritíveis.

Pelo menos oito horas (8 km) de intensa caminhada separam a portaria do parque do Abrigo Açu, uma choupana de madeira vizinha aos Castelos de Açu. Até chegar lá, porém, muitos passos foram dados, muitas gotas de suor foram derramadas e muitos fôlegos precisaram ser recobrados.

Além da geografia montanhosa, do terreno íngreme em sua grande maioria, uma mochila cargueira com mais de 10  kg, os meus próprios limites foram obstáculos. Joelhos, pés e braços foram testados a cada passo, a cada novo patamar alcançado. O tempo quente, embora facilitador do trajeto em parte, castigou o corpo com calor. Suei bicas.

Morro do Marco
Morro do Marco

Percebi em pouco tempo que o principal segredo para uma trilha como a Travessia Petrópolis-Teresópolis reside na paciência, na cadência, na parcimônia. Não adianta afobamento. A pressa aqui é mais do que nunca inimiga da perfeição. A atenção precisa existir literalmente em cada passo dado, em cada pedra escolhida para receber sua pisada, afinal, uma torção pode deixá-lo fora desse jogo, onde não vence quem chegar primeiro, mas quem souber aproveitar a majestade daquela cadeia de montanhas ao seu redor.

 

Morro do Dinossauro, Parnaso
Morro do Dinossauro, Parnaso

A trilha abriga verdadeiras pinturas: os famosos picos como o Dedo de Deus, Morro do Sino, os Portais de Hércules, os Três Picos, além da exuberância da flora de montanha, com suas bromélias, cactos e arbustos. A beleza do lugar é perene e suntuosa. As nuvens quase sempre são presenças constantes, o Sol está mais próximo e as estrelas brilham com luminosidade mais intensa.

O caminho é sinalizado por totens de madeira e pedras empilhadas. Além de orientar trilheiros e ser ponto de descanso, servem para estimular e deixar claro que o melhor ainda está por vir. Chegar ao “Graças a Deus”, por exemplo, foi de uma alegria imensa. A partir deste ponto, são mais 1.5 quilômetros até o nosso primeiro pernoite, onde o abrigueiro Rubens nos aguardava.

À noite, temos direito a um banho quente de cinco minutos. Mais do que suficiente para acalentar os músculos, estes, fustigados pela travessia. A dormida se faz num beliche com o auxílio de um saco de dormir. Não há “roupa de cama”. Todos os utensílios do abrigo são pontuais e práticos. Não há nada supérfluo.

Ao cair da noite, a cozinha comunitária é um espaço disputado pelos trilheiros. Afinal, depois de horas de trilha, a fome é grande e o alimento é mais do que necessário. Antes de dormir, dois dedos de prosa e nada de exageros. O corpo precisa descansar para mais uma etapa.

Vista do Morro do Marco
Vista do Morro do Marco

Na manhã seguinte, mais oito quilômetros precisam ser vencidos até o segundo abrigo, localizado a 900 metros da Pedra do Sino. Embora se diga que esta seja uma trilha mais “tranquila”, há -pelo menos – dois trechos técnicos que são encarados com o auxílio de cordas e mosquetão, e o trilheiro fica exposto: de um lado os paredões de pedra das montanhas, do outro, o desfiladeiro e possível encontro com Deus.

Elevador, Cavalinho e O coice do cavalo: devidamente vencidos com o auxílio do guia Leonardo e a boa sorte que a vida nos brinda em certos momentos. Já no segundo abrigo, o ponto alto da trilha é encenado por um pôr do sol sublime no topo da Pedra do Sino, ponto culminante da travessia, com seus 2275 metros de altitude. De lá, o olhar divisa paisagens como a Baía de Guanabara e municípios que se avizinham ao Parnaso. A Serra dos Órgãos é um lugar onde tempo e espaço se confundem. O sol reina e as montanhas são majestosas. Em uma palavra: inesquecível.

Filipe Mamede na Pedra do Sino
Filipe Mamede na Pedra do Sino
*Este post é uma colaboração de Filipe Mamede,  jornalista (foi meu contemporâneo de universidade), que cedeu gentilmente o texto e as fotos ao Compartilhe Viagens.

Trilha do Morro da Urca no Rio de Janeiro

Além dos passeios tradicionais, são muitas as opções de trilhas para fazer na cidade do Rio de Janeiro e todas elas têm como prêmio no final, uma paisagem deslumbrante para a Cidade Maravilhosa. Uma trilha fácil, acessível e com uma vista extraordinária é a do Morro da Urca, que fizemos na nossa última ida à cidade.

Praia Vermelha, Rio de Janeiro
Praia Vermelha, Rio de Janeiro

A trilha começa na Praia Vermelha, no bairro da Urca, no mesmo local de onde saem os bondinhos para o Pão de Açúcar. Aliás, para quem não sabe, o Morro da Urca é o morro vizinho ao Pão de Açúcar.

Entrada para a Trilha da Urca
Entrada para a Trilha da Urca

Como já fizemos o passeio do bondinho mais de uma vez, desta vez, fizemos a trilha. Ao lado da Praia Vermelha, você irá encontrar um portão e uma placa “Pista Cláudio Coutinho – Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca”. A entrada para a trilha é por aí.

Pista Claudio Coutinho, onde começa a trilha
Pista Claudio Coutinho, onde começa a trilha

Já no começo pela pista de cooper é possível ver belas paisagens para a Praia Vermelha e pequenas ilhas em volta. Em um paredão ao lado desta pista, algumas pessoas também fazem rapel.

Logo, é possível ver o início  da trilha propriamente, que é quase toda subindo uma escadaria. Para fazer tudo leva em média uns 40 minutos, mas dá para fazer em menos tempo, para quem está em boas condições físicas. O percurso tem 900 metros e a altitude vai de 20 metros, no início, a 220 metros lá no alto do morro.

A trilha é de nível fácil, mas como é quase toda de escadas é preciso ter fôlego e não ter problema de acessibilidade. Como a trilha é dentro da mata, o caminho é todo pela sombra. Mas não esqueça de levar água, pois o calor é bem intenso.

Vista no início da trilha
Vista no início da trilha
A trilha para Morro da Urca
A trilha para Morro da Urca

No caminho, você também pode ver alguns saguis ou miquinhos, mas não caia na tentação de alimentá-los. Inclusive, tem vários avisos dizendo que é proibido alimentar os animais. 

Já no final da trilha, as paisagens começam a se revelar: a Praia Vermelha, o Corcovado com o Cristo Redentor. E do outro lado, o Pão de Açúcar, com os bondinhos subindo e descendo (foto em destaque); a Enseada de Botafogo, a Praia do Flamengo, o Aeroporto Santos Dumont, a Ponte Rio-Niterói, Niterói e tantos outros cartões postais do Rio.

Em cima do Morro da Urca têm restaurantes, lanchonetes, lojas. Dá para descansar bem e admirar com calma as belas paisagens do Rio de Janeiro. Se quiser, retornar caminhando, a volta é ainda mais rápida. Se preferir descer de bondinho, o Trecho Morro da Urca – Praia Vermelha custa R$ 25,00 (inteira) e R$ 12,50 (meia). Se quiser subir de bondinho do Morro da Urca até o Pão de Açúcar e descer até o Morro da Urca, custa R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia). Já o trecho Morro da Urca – Pão de Açúcar – Morro da Urca – Praia Vermelha: R$ 65,00 (inteira) e R$ 32,50 (meia). O passeio completo de bondinho sai por R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). E a trilha é totalmente grátis. 

Vista da trilha do Morro da Urca
Vista da trilha do Morro da Urca
Praia Vermelha vista do Morro da Urca
Praia Vermelha vista do Morro da Urca

Se você fizer a trilha mais cedo, acho que vale um merecido descanso na Praia Vermelha. Estava desejando esse banho de mar depois da trilha, mas como já fomos a tarde, quando descemos já estava anoitecendo e tinha esfriado (fomos em junho). Mas em compensação, indo a tarde, vimos o sol se pondo ao lado do Corcovado. Um espetáculo lindo, mesmo estando nublado.

Aeroporto Santos Dumont e ponte Rio-Niterói
Aeroporto Santos Dumont e ponte Rio-Niterói

Importante: o portão de acesso à trilha está aberto todos os dias, das 8h às 18h (até às 19h no horário de verão).

Pôr do Sol na Enseada de Botafogo
Pôr do Sol na Enseada de Botafogo

Além da trilha ser tranquila, senti que era segura, por estar dentro de uma área fechada. Nós fomos em um grupo de 5 pessoas e no caminho, encontramos várias pessoas fazendo a trilha também.

Sol se pondo ao lado do Corcovado
Sol se pondo ao lado do Corcovado

Fazer a trilha do Morro da Urca foi um ótimo jeito de rever belas paisagens do Rio, sem gastar nada. Sobrou dinheiro pro açaí e pra cerveja no fim da trilha. =)

Obrigada ao nosso amigo Tom, que nos levou para fazer a trilha. 😉

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