Olá viajantes!

Hoje trago para vocês uma parte do meu roteiro em Paris: minha visita ao bairro de Montmartre, que foi cenário do filme “O Fabuloso Destino de Amelie Poulain”. Montmartre respira arte e é sem dúvida um dos bairros mais interessantes de Paris. No final do século 19, era o polo dos artistas e escritores que frequentavam os seus famosos bordéis e cabarés.

Antes de visitar Montmartre, preparei um roteiro com ajuda do blog Conexão Paris. Não segui totalmente à risca e o que publico hoje é um misto do que foi planejado com o acaso.  

Bon Voyage!

Montmartre por Karla Larissa

De quase toda a Paris é possível ver a colina de Montmartre e a Sacré-Coeur. E das escadarias que levam até a Basílica é possível ver quase toda a Paris. O bairro mais peculiar de Paris é um velho conhecido dos fãs do filme “O Fabuloso Destino de Amelie Poulain”, entre os quais eu me incluo.

Assisti ao filme logo no lançamento, em 2002, no extinto cinema Rio Verde.  Era semana de filme francês. E o formato do filme totalmente diferente dos filmes americanos que estava costumada a ver me encantou.  Logo, Amelie Poulain entrou para o meu hall de filmes preferidos e nunca mais saiu. Antes de embarcar para Europa, assisti novamente ao filme, desta vez, com o marido, Fred Santos.

Comecei meu roteiro em Paris justamente pelo Montmartre. Como chegamos de Londres já à tarde, apenas demos entrada no hotel, nos arrumamos e seguimos para a colina.

Para quem chega a Montmartre pela estação Anvers, a primeira impressão é de que você chegou a um bairro de comércio popular. São lojinhas e vendedores por todos os lados. Aproveite a oportunidade para comprar souvenirs, pois é lá que se encontram os melhores preços.

Comércio de Montmartre
Comércio de Montmartre

No começo da escadaria, um carrossel diverte crianças. É hora de decidir se chegará a Sacré-Coeur subindo as escadas ou pelo funicular. Como havíamos comprado o Paris Visit (cartão de transporte. Você pode comprar também o Paris Pass, que inclui transporte e entrada gratuita nas principais atrações de Paris aqui.) não precisamos pagar mais nada pelo funicular e não tivemos nem o que pensar. Em menos de 2 minutos já estávamos com a multidão que se encontrava em frente à Basílica.

Um dos muitos cenários em Montmartre do filme Amelie Poulain
Um dos muitos cenários em Montmartre do filme Amelie Poulain

Todo aquele cenário já me parecia muito familiar. E lá do alto, é possível ter a vista espetacular de toda a cidade. A arquitetura da Sacré-Coeur parece que não é muito valorizada pelos parisienses, segundo li no blog Conexão Paris. Mas a mim, que não tenho nenhum conhecimento na área, sinceramente, ela me agradou mais do que a famosa Notre Dame, mas só posso falar pela parte externa, pois preferi não entrar. Desde Lisboa já tinha visitado muitas igrejas, optei então por explorar Montmartre de outras formas.

Paris vista do alto
Paris vista do alto
Sacré Couer - Basílica do Sagrado Coração
Sacré-Coeur – Basílica do Sagrado Coração

Saímos caminhando pelas ruas até chegar a famosa Place du Tertre. A praça é o ponto mais alto de Paris, a 130m de altura, e é o que traduz melhor o clima boêmio próprio de Montmartre. Rodeada de pintores, que trabalham ao ar livre, fazendo retratos de turistas ou pintando paisagens, a praça oferece muitas opções de bistrôs e restaurantes. Escolhemos o La Cremaillere para fazer nossa primeira refeição em Paris. Fomos de crepe, o mais delicioso que comi na vida, e café. Enquanto comíamos, observávamos aquele cenário, que mais parece de um filme antigo.

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Place du Tertre
Place du Tertre
Artista faz o retrato da turista na Place du Tertre
Artista faz o retrato da turista na Place du Tertre

Depois do café, fomos andando pela Rua Norvins, com seus célebres pôsteres de Montmartre. Descemos até a praça Marcel Aymé, onde está a escultura chamada de Le Passe Muraille, o homem que passava através dos muros. A partir daí, o bairro ganha outra atmosfera, com ruas calmas, longe dos turistas, muito verde e bonitas casas.

Pôsteres de Montmartre
Pôsteres de Montmartre

 

Le Passe Muraille
Le Passe Muraille

Seguimos subindo e descendo ladeiras até chegar a rua Saint Vincent onde fica um famoso vinhedo. Isso mesmo, um vinhedo dentro da cidade!

Vinhedo de Montmartre
Vinhedo de Montmartre

De lá, voltamos a praça Marcel Aymée e pegamos a rua d’Orchampt até chegar a Lepic. Na esquina dessas duas ruas, fica o Moulin de la Galette, um dos dois únicos moinhos de ventos, dos mais de 30 que haviam em Montmartre, que restam hoje. No lugar, funciona também um luxuoso restaurante. Descendo a rua, também passamos pelo outro moinho restante, o Moulin du Radet, também propriedade particular.

Moulin de la Galette
Moulin de la Galette
 Moulin du Radet
Moulin du Radet

A rua Lepic é enorme e tem uma continuação esquisita, formando um “U”, e no meio dela passa a rua des Abbesses. É difícil de explicar, mas o Café des Deux Moulins também fica na Lepic apesar de estar um pouco distante dos dois moinhos. O Café é o cenário principal do filme O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, pois é o local de trabalho da personagem e boa parte do filme se passa nele. Estar ali, bebendo e comendo no cenário do meu filme preferido foi realmente surreal.

Café des Deux Moulins
Café des Deux Moulins
Amelie, eu e Fred
Amelie, eu e Fred

 

No café tudo remete ao filme, um painel com o cartaz do filme autografado pela atriz Audrey Tautou, a Amelie; os cardápios, mas a maior surpresa está no corredor que dá acesso aos banheiros, onde há uma espécie de armário com porta de vidro com os vários objetos do filme, como o anão de jardim do pai de Amelie que dá a volta ao mundo. Demais!!!

Descobrindo os tesouros do filme
Descobrindo os tesouros do filme

O café apesar de muito visitado pelos fãs do filme é também frequentado por parisienses. O local não é refinado e é até bem simples, mas tem um clima muito legal, inclusive, com música brasileira ao vivo em alguns dias da semana. Aproveitamos um tempo por lá, bebemos um pouco e petiscamos. De sobremesa, pedimos um crème brûlée. Ficamos até pouco depois das 20h, pois às 20h30 tínhamos que estar no Moulin Rouge, que fica a poucos metros do café.

Compramos os ingressos do Moulin Rouge com bastante antecedência, pela internet. O preço é bem salgado e você pode optar entre  o show com ½ garrafa de champanhe por pessoa ou com jantar. Ficamos com a primeira opção.

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Moulin Rouge
Moulin Rouge

Logo na entrada, tivemos que pagar 2 euros para guardar casacos, máquina fotográfica (não é permitido fotografar dentro) e compras que tínhamos feito. E isso não é opcional. Mas o que são dois euros para quem já pagou 210 euros por um show! 🙁

Entramos e o salão já estava lotado, fomos colocados em uma mesa com dois casais de russos e um casal de australiano. Todos bem receptivos. Os russos ofereceram a Fred e ao australiano uma dose de bebida russa que eles estavam tomando, tão forte que o australiano aproveitou a distração do russo para jogar no balde de gelo. Fred encarou, mas disse que a bebida parecia ter 80% de álcool!

O salão é muito bonito e fica esbarrotado de gente de todas as nacionalidades, com destaque para os chineses, claro. Inclusive, teoricamente existe um dress code para assistir ao show, com um traje social. Fomos bem vestidos, Fred de terno, eu de vestido, afinal era nossa primeira noite em Paris! Mas tinha muita gente de jeans e tênis.

O espetáculo Féérie inclui dançarinas seminuas, shows de mágica, apresentações circenses e brincadeiras com a plateia. É bonito e encanta turistas de muitas nacionalidades, mas acredito que aos brasileiros que conhecem o carnaval do Rio de Janeiro nem que seja pela televisão, o show deixa muito a desejar. E nós que na noite anterior tínhamos assistido ao musical Wicked, em Londres, o espetáculo do Moulin Rouge causou até mesmo um pouco de decepção. Mas valeu por estar num lugar com mais de 100 anos de história e a noite à base de um bom champanhe até que foi bem divertida.

Na entrada para o show Féérie
Na entrada para o show Féérie

Sem dúvida, Montmartre foi o lugar de Paris mais interessante para mim. O bairro tem mesmo um clima bem especial e vale a pena visitar. Lá me senti realmente na Paris dos parisienses e não apenas na Paris turística.

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