Em nossa Volta ao Mundo, que teve início na última quarta-feira (10), procuramos viajar sem roteiro definido e, assim, estamos livres para encontrar todo dia as coisas mais interessantes de cada lugar. Para se ter ideia, estamos há 3 dias em Londres e passamos longe dos pontos turísticos mais tradicionais, como o Palácio de Buckingham, a London Eye, o Parlamento e a Abadia de Westminster. Não que esses pontos turísticos não mereçam uma visita e até já estivemos neles, da outra vez que visitamos Londres, mas é que cada cidade tem muito mais a oferecer do que o que está nos guias de turismo.

Aos poucos estamos descobrindo uma Londres em toda sua diversidade. E foi assim que ontem fomos parar no BAPS Shri Swaminarayan Mandir London, este que é o maior templo Hindu fora da Índia, com direito a reconhecimento do Guinness Book. 

Portões do Baps
Portões do Baps
Soube do templo, através da Revista do Aprendiz de Viajante, que na edição de março, traz uma matéria maravilhosa sobre 100 Coisas para Fazer de Graça em Londres. O Baps era a 100a sugestão e me interessei bastante, pois vi a foto da internet e achei muito bonito, também como faço yoga me interesso por todo o misticismo indiano.
Para chegar ao templo, fomos de metrô até a estação Kilburn Park e depois pegamos o ônibus 206 na parada ao lado da estação. O caminho é longo e o passeio de ônibus permite ver a paisagem homogeneizada londrina. Aqui as casas têm um padrão por bairro, geralmente com cores neutras, e o que vemos parece sempre um filme repetido.
O ônibus para bem em frente ao templo, que fica no bairro do Brent. Do lado de fora, podemos fazer algumas fotos do Baps que foi o primeiro templo autêntico Hindu a ser construído na Europa, com conclusão em 1995. Os detalhes e a beleza impressionam.
O Baps foi o primeiro templo Hindu tradicional da Europa
O Baps foi o primeiro templo Hindu tradicional da Europa
O templo é aberto à visitação, que é gratuita. Mas câmeras fotográficas e bolsas ficam guardadas. E infelizmente não pude registrar o quão lindo é o templo por dentro. Quase tudo em mármore, esculpido delicadamente. Há também “altares” para alguns dos infinitos deuses hindus. A impossibilidade de fotografar ajuda a ficarmos mais atentos nos detalhes. O silêncio toma conta do lugar.
Mandir significa o “lugar onde se encontra a paz” e é exatamente essa a sensação que temos no templo.
Com Fred em frente ao Baps. Do lado interno não são permitidas fotos
Com Fred em frente ao Baps. Do lado interno não são permitidas fotos
O lugar reservado à visitação é pequeno. A maior parte do templo é restrita aos religiosos.
Detalhe dos jardins do templo
Detalhe do jardim do templo
Fizemos ainda uma visita a uma exposição sobre o hinduísmo, que custou 1,50 libras. É bem interessante e, através dela,  pudemos ter uma pequena noção sobre a cultura indiana. É impressionante como não estudamos na escola nada sobre a história e cultura oriental, que é bem mais antiga e talvez rica do que a ocidental.
Os indianos, por exemplo, faziam cirurgia plástica com perfeição há 2.600 anos. E também foram eles que inventaram o `Zero`. E sabe o que significa isso? Sem o zero não existiria o sistema binário e nem computadores.
Isso só para relatar alguns feitos dos indianos, que foram muitíssimos. A mitologia hindu também é interessantíssima, e compreendê-la pode ser bem difícil para os ocidentais.
A visita ao Baps nos permitiu conhecer um pouco do caldeirão cultural que é Londres, que abriga pessoas dos quatro cantos do planeta, de todas as etnias e religiões. Londres parece, realmente, ser a capital do Mundo.
Compre na Livraria do Compartilhe Viagens:
Guia de Londres

Comentários