Olá viajantes,

Na próxima quarta-feira (28), o blog comemora seu primeiro mensário e, por isso, reservei textos especialíssimos para esta semana com muito Brasil. E para começarmos muito bem, publico hoje um texto divertidíssimo do jornalista Júlio Pinheiro, repórter do portal da Tribuna do Norte. Ele esteve em Blumenau (SC) para Oktoberfest e aproveitou para conhecer as cidades ao redor, além de Curitiba e o Balneário Camboriú. Júlio compartilha com a gente toda a experiência, dando dicas bastante úteis para quem pretende conhecer a famosa festa e a belíssima região.

Boa viagem!

Oktoberfest por Júlio Pinheiro

Tomar cerveja é algo que quase todo mundo gosta. E ver gente bonita, com certeza, todo mundo gosta. Junte tudo isso em uma cidade pequena e aconchegante, com um grupo de amigos e pronto: você está na Oktoberfest em Blumenau (SC). O compartilhamento de viagem aqui é especificamente para o mês de outubro, quando ocorre a maior e mais tradicional festa típica alemã no Brasil.

Antes de levantar mais a bola da Oktoberfest, é importante acabar dois mitos principais. O primeiro é relacionado à bebida. Quem vai acreditando naquela conversa mole de que é só ter a caneca que se bebe de graça dentro da festa, e que há um milhão de carrinhos distribuindo chope nas ruas da cidade, pode se desempolgar. Chope lá é pago e o preço é o mesmo que você paga em bons bares de Natal. Os carrinhos distribuindo chope pela rua só existem no dia dos desfiles e, acredite, você não vai ser convidado a desfilar. São grupos de amigos e descendentes de alemães que participam. Chope só pagando, repito.

Desfile da Oktoberfest
Desfile da Oktoberfest

O segundo mito é referente ao pensamento “micaretístico” que algum desavisado possa ter na festa. O clima lá não é de pegação desenfreada. Mesmo havendo gente de todo o Brasil que vai com essa “vibe”, não é o lugar que o micareteiro vai se sentir à vontade. Na Vila Germânica, onde ocorre a festa, não toca NENHUMA música que não seja alemã ou no estilo alemão. No máximo, o pavilhão três tem um DJ no intervalo das apresentações locais e disputa do Chope no Metro. Portanto, vá de coração aberto, mas não pense que vai fazer de lá um Carnatal. Feitas as ressalvas, vamos falar do que vale a pena fazer por lá.

Blumenau é uma cidade muito bonita, não faz tanto frio e o povo é extremamente educado e acolhedor. Porém, você conhece toda Blumenau em uma tarde. Portanto, o ideal é que quem vai viajar se programe para conhecer outras cidades também, porque vale muito a pena. No entorno de Blumenau há várias cidades onde em todo lugar há aqueles prédios tipicamente alemães, sem falar no povo. Em Pomerode, por exemplo, é comum se encontrar crianças conversando em alemão na rua. Lá também há cervejarias artesanais que valem a pena conhecer, e sem gastar muito tempo. De carro, Pomerode fica a cinco minutos de Blumenau. Além de lá, também pode conhecer Brusque, Joinvile… Entretanto, quando fui com um grupo de amigos, fizemos outro cronograma que, acredito, muitos podem gostar.

Blumenau, Santa Catarina
Blumenau, Santa Catarina

Por termos amigos em Curitiba, fomos para lá na quinta-feira. A capital do Paraná fica a duas horas e meia de carro de Blumenau, e as estradas são excelentes (com três ou quatro pedágios de menos de R$ 2). Aproveitamos o dia em Curitiba, conhecendo os pontos turísticos de lá (Ópera de Arame, trocentos parques, Arena da Baixada…), e à noite fomos ao Samba da Vela no bar “Aos Democratas”. Para quem gosta de samba, é uma boa pedida. De Curitiba, seguimos para Blumenau na sexta-feira.

Samba da Vela no bar "Aos Democratas", em Curitiba
Samba da Vela no bar "Aos Democratas", em Curitiba

Acreditem, não vale a pena chegar em Blumenau antes da sexta-feira. Não tem muito o que se fazer, mesmo sendo época de Oktoberfest. Por isso, só saímos pela manhã da sexta e aproveitamos para conhecer Balneário Camboriú (SC), que também é perto de Blumenau. A cidade é linda e as praias são bacanas. Ao chegarmos à sede da Oktobefest, já no fim da tarde da sexta-feira, fomos ao flat que alugamos. Isso é um ponto importante a se lembrar.

Como em toda cidade pequena que tem uma grande festa, os hotéis ficam lotados e arranjar lugar para ficar é complicado, sem falar na “facada” que os proprietários dos hotéis dão. Se você é uma pessoa sem frescura, o melhor é tentar alugar um flat (eufemismo pra quitinete). Conseguimos um na rua principal, onde ocorre o desfile, e que fica a 10 minutos de caminhada da Vila Germânica. O cara cobrou, por duas diárias, R$ 750. Dividido por cinco ficou tranquilíssimo.

Outra opção boa também é o grande bate-volta. Venhamos e convenhamos: há muito mais o que se ver em Balneário Camboriú, Florianópolis e Curitiba do que em Blumenau. Há vários ônibus saindo dessas cidades que fazem o percurso à tarde e voltam após a festa na Vila Germânica, na madrugada. Não lembro o preço, mas não é nada que assuste. No ônibus, inclusive, você vai conhecer mais gente e pode pegar mais dicas.

Quanto à festa propriamente dita, vale muito a pena ir. A Vila Germânica tem três galpões gigantes, várias lojas para se comprar as lembranças dos amigos e familiares e, claro, cervejarias de todo o tipo. Quem gosta de cerveja vai se fartar. Há chopes do tipo que você imaginar e de várias cervejarias do mundo, principalmente brasileiras. A música que toca se estranha no início, também como as coreografias do pessoal. Mas todos nos acostumamos e, depois de pouco tempo, já estávamos cantando também.

Oktoberfest
Oktoberfest

Se você tiver problema com aperto, vá na sexta-feira que é menos infernal. Acredite, o aperto nos três pavilhões é muito grande no sábado. Mas, se você quer ver mesmo é o circo pegar fogo e ir no sábado, compre o camarote. Vale a pena porque lá, sim, o chope é rasgado. Não tem futuro chegar muito cedo porque é desanimado. É bom chegar umas três horas depois de abrir os portões, porque já há um movimento. Antes de ir pra lá, procure uma festa bacana na cidade. Sempre tem e são bacanas, além de ajudar a você chegar no clima. Ah, para entrar nos pavilhões é barato. Pagamos R$ 15 há dois anos, mas não deve estar muito diferente.

Enfim, acho que escrevi muito, mas também acho que deu pra explicar direitinho o como é a Oktoberfest para quem nunca foi. Vale a pena conferir e tirar as próprias conclusões e, depois, compartilhar sua viagem nesse espaço muito bem bolado pela querida amiga Karla Larissa.

Abraços e aproveitemos a vida!

Muito legal, né? Quem quiser conhecer o evento é bom se preparar. A edição de 2012 já tem programação definida e acontecerá do dia 10 a 27 de outubro. Comente, dê sua opinião sobre o post, tire suas dúvidas, dê sua contribuição!

 

 


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