Depois de tomada a decisão de dar a Volta ao Mundo, o primeiro passo era analisar a viabilidade da realização do sonho. Tínhamos que encontrar passagens com preços que caberiam em nosso orçamento, que na verdade ainda não tínhamos nem ideia de quanto seria. Mas, enfim, passagens, que no mínimo, pudéssemos pagar com o nosso limite de cartão de crédito.

Essa parte do planejamento foi a mais demorada (de setembro a janeiro) e comparo com a organização da lista de convidados do nosso casamento. Ao mesmo tempo em que tínhamos a alegria de poder escolher as pessoas que estariam ao nosso lado em nosso grande dia, também passávamos pela tristeza de ter que “cortar” pessoas queridas. E assim foi com a escolha do nosso roteiro.

A primeira lista que fizemos tinha nada mais nada menos que 40 países!! Não sei da onde tiramos que poderíamos conhecer 40 países em 6 meses! Sim, porque naquele momento ainda pensávamos em embarcar apenas em maio.

Por falar em embarcar, só ontem compramos as passagens Natal-Londres e finalmente temos uma data de partida: 9 de abril!!!! A volta está marcada para o dia 12 de novembro, saindo de Madri, e a tempo de chegarmos para o casamento da irmã de Fred, no dia 16 de novembro, no qual seremos padrinhos.

E as tais passagens de Volta ao Mundo? Depois de pesquisar durante meses e fazer milhares de tentativas nas empresas mais conhecidas Star Alliance e One World e quase desistir ao se deparar com os valores mais absurdos possíveis, do tipo R$ 15 mil para cada (!!), fui salva mais uma vez pela Fernanda Souza, que me indicou a Round the World Experts, empresa com sede em Londres, a mesma em que ela havia comprado as passagens dela. Antes disso, a Maria do Carmo tinha me ajudado cotando o valor de comprar as passagens em separado, que também dava um valor absurdo.

E foi aí que as coisas se inverteram e o roteiro acabou nos escolhendo ao invés de nós a ele. Isso porque depois de várias tentativas de personalização de roteiros com a Round the World, vimos que a opção mais econômica era comprar um dos roteiros prontos que eles oferecem e o mais em conta de todos era o Mini World Experience com quatro paradas (Cingapura- Sydney- Los Angeles-Londres), com saída de Londres no dia 16 de abril. A partida da Austrália para Los Angeles será via Melbourne, então teremos que ir de Sydney até lá por nossa conta, o que já aconteceria normalmente.

Esta passagem tinha sido anunciada no site da empresa inglesa a partir de 800 e poucas libras, mas nas datas que escolhemos saiu por pouco mais de 1.000 libras, R$ 3 mil cada, sem contar o IOF, que deu pouco mais de R$ 500 para os dois.

“O que? R$ 3 mil para dar a Volta ao Mundo?” Isso mesmo! Não disse que não tínhamos ganhado na Mega-Sena!

Bem, é claro que além desse valor, tivemos o custo das passagens Natal-Londres e Madri-Natal, que saiu por cerca de R$ 2.500 (aproveitei a queda do dólar) por pessoa e teremos que comprar várias outras passagens de avião low cost, trem, barco, ônibus para conhecer os outros países. Mas nada que vá chegar a cifra de R$ 15 mil por pessoa só de passagens!!!

Para mim, a vantagem de comprar uma passagem com poucas paradas é ter mais liberdade na hora de viajar para os países vizinhos, pois só temos quatro datas de chegadas e partidas definidas.

Dessa forma, ficaremos três meses na Ásia, que aproveitaremos para conhecer cerca de seis países, um mês na Austrália, um mês nos Estados Unidos e 56 dias na Europa, quando deveremos conhecer uns oito países e daremos uma esticadinha até o Marrocos.

“O que?? Oito países em 50 dias na Europa? Tem gente que conhece o continente todo em 30 dias!” Sim, mas na nossa viagem menos será mais!

Viajaremos para menos países do que poderíamos, mas conheceremos mais e melhor cada um deles! Lembra dos 40 países? Deverão se resumir a no máximo 17!

Depois conto quais foram os escolhidos.

PS: Como não ser feliz em um ano que irei duas vezes a Londres? 🙂

 


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